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Custo-efetividade do tratamento da infecção pelo vírus da hepatite ...

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A avaliação <strong>da</strong> resposta precoce ao <strong>tratamento</strong> <strong>da</strong> <strong>hepatite</strong> C tem si<strong>do</strong> recomen<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

como medi<strong>da</strong> intermediária de resulta<strong>do</strong>s e informação para orientação de conduta<br />

(SHEPHERD, WAUGH, HEWTSON, 2004). É defini<strong>da</strong> pela redução <strong>do</strong> RNA viral em <strong>pelo</strong><br />

menos 2 log 10 uni<strong>da</strong>des, em relação à avaliação pré-<strong>tratamento</strong>, ou níveis indetectáveis <strong>do</strong><br />

RNA viral na 12ª semana após início <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> (SHEPHERD, WAUGH, HEWTSON,<br />

2004, p.vii).<br />

Shepherd, Waugh, Hewtson, (2004) definem “não-responsivos”, os pacientes que<br />

não demonstram evidências de clearance <strong>do</strong> <strong>vírus</strong> <strong>da</strong> <strong>hepatite</strong> C durante ou após o <strong>tratamento</strong><br />

e “recidivantes” aqueles pacientes que tiveram evidências <strong>do</strong> clearance <strong>do</strong> VHC durante o<br />

<strong>tratamento</strong>, mas não mantêm uma resposta sustenta<strong>da</strong>.<br />

A obtenção <strong>do</strong> clerance viral em indivíduos com <strong>do</strong>ença renal crônica é vista por<br />

Terrault e Adey (2007) como uma possibili<strong>da</strong>de na minimização de riscos de longo prazo,<br />

tanto antes como após o transplante renal. Os autores citam a erradicação <strong>do</strong> <strong>vírus</strong> como<br />

explicação para estabilização de glomerulopatias induzi<strong>da</strong>s <strong>pelo</strong> VHC e prevenção de<br />

glomerulopatias recorrentes após o transplante renal. Ressaltam ain<strong>da</strong> os riscos de rejeição <strong>do</strong><br />

enxerto renal com o uso <strong>do</strong> interferon como estímulo ao <strong>tratamento</strong> <strong>da</strong> <strong>infecção</strong> <strong>pelo</strong> VHC<br />

previamente ao transplante renal (TERRAULT; ADEY, 2007 p.567).<br />

O <strong>tratamento</strong> <strong>da</strong> <strong>infecção</strong> <strong>pelo</strong> VHC na população acometi<strong>da</strong> pela <strong>do</strong>ença renal crônica<br />

tem se basea<strong>do</strong> no uso <strong>do</strong> interferon-α em monoterapia, uma vez que o uso <strong>da</strong> ribavirina tem<br />

si<strong>do</strong> contra indica<strong>da</strong> neste grupo, em razão <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de de seus efeitos hematológicos,<br />

provocan<strong>do</strong> um agravamento <strong>do</strong> quadro de anemia presente em indivíduos com <strong>do</strong>ença renal.<br />

(POL et al., 1999).<br />

Diferenças na farmacocinética <strong>do</strong> interferon em indivíduos hemodialisa<strong>do</strong>s<br />

aumentam a meia-vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> interferon, em comparação com a população com função renal<br />

normal (TERRAULT, ADEY, 2007). Essas diferenças implicam na maior <strong>efetivi<strong>da</strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

medicamento, mas também na maior intensi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s efeitos colaterais neste grupo (KAMAR<br />

et al., 2006 a ).<br />

A fim de determinar a eficácia e segurança no uso <strong>do</strong> interferon em monoterapia para<br />

<strong>tratamento</strong> <strong>da</strong> <strong>hepatite</strong> C crônica em pacientes submeti<strong>do</strong>s à diálise, Russo e colabora<strong>do</strong>res<br />

(2003) realizaram uma revisão sistemática de estu<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>s entre 1986 e 2001. Os<br />

autores selecionaram 11 trabalhos, dentre os quais <strong>do</strong>is estu<strong>do</strong>s ran<strong>do</strong>miza<strong>do</strong>s <strong>do</strong> interferon<br />

versus placebo. Dos trabalhos identifica<strong>do</strong>s, oito avaliaram a terapia com interferon na <strong>do</strong>se<br />

de 3.000.000 UI, três vezes por semana e, os demais, investigaram <strong>do</strong>ses mais eleva<strong>da</strong>s. O<br />

pool de RVS encontra<strong>do</strong> para os estu<strong>do</strong>s com <strong>do</strong>ses de 3.000.000 UI foi de 33% (RUSSO et

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