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Documentação musical: discussão sobre a ... - ECA-USP

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O modelo proposto parte de uma abordagem interdisciplinar, conjugando as duas<br />

áreas de conhecimento – música e ciência da informação. As diferenças mais<br />

marcantes desta proposta, em relação aos modelos descritos – da <strong>ECA</strong> e IA – são os<br />

campos que transformam os formatos de busca em algo que realmente sirva ao<br />

pesquisador músico.<br />

O campo “Título Uniforme” é a primeira diferença dessa proposta. As<br />

recomendações da biblioteconomia são de que este campo – caso exista – somente<br />

deve ser preenchido para música erudita, aí já está a primeira dificuldade. Mesmo<br />

as músicas populares podem ser editadas em diversos lugares, com títulos<br />

traduzidos, ou até adaptados. Este campo reuniria todas as obras iguais que<br />

tenham sido editadas com títulos diferentes.<br />

As subdivisões do campo “Autoridades” na nossa proposta conferem importância e<br />

diferenciação aos outros responsáveis intelectuais pela obra a ser catalogada,<br />

classificando-os como arranjador, autor da transcrição e conseqüentemente<br />

indicando de maneira correta as alterações feitas na obra original.<br />

A apresentação do tempo de duração da obra, em um campo específico, permitiria,<br />

por meio de uma ajuda de busca – introduzindo-se uma busca por duração<br />

aproximada – que se pudesse escolher obras de algum gênero, por exemplo, com<br />

determinada duração, para a construção de programas de concerto.<br />

Por fim os campos mais importantes desta contribuição: “Forma/gênero” e<br />

“Instrumentação”. Não será necessário repetir o quão fundamental é informar<br />

sempre e corretamente a forma ou gênero da obra, a fim de otimizar a pesquisa. Já<br />

a instrumentação colabora descrevendo com exatidão o número e distribuição dos<br />

instrumentos executantes da obra, para que o usuário possa na própria base de<br />

dados selecionar a obra que atenda exatamente às suas necessidades.<br />

Retomamos nesta conclusão as confirmações obtidas na nossa hipótese inicial: os<br />

modelos de catalogação utilizados para partituras não satisfazem as necessidades<br />

de informação dos pesquisadores músicos, leigos interessados ou musicólogos.<br />

Pudemos perceber a dificuldade sentida por um consulente ao remeter sua<br />

necessidade de informação a sistemas, que em função da sua constituição deveriam<br />

ser especializados. Os espaços de pesquisa na área de música são escassos, temos<br />

poucas opções e tristemente constatamos que essas poucas não nos auxiliam como<br />

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