Documentação musical: discussão sobre a ... - ECA-USP
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melodia, timbre, estrutura e estilo; além de aliá-los a outros campos parciais como:<br />
filosofia <strong>musical</strong>, estética e etnomusicologia, entre outros.<br />
Musicalmente entendemos análise como:<br />
A parte do estudo da arte <strong>musical</strong> que tem como referência a própria música,<br />
e não parâmetros externos. Envolve em geral o desmembramento de uma<br />
estrutura <strong>musical</strong> em elementos constituintes relativamente mais simples,<br />
além da investigação do papel desses elementos na estrutura (SADIE, 1994,<br />
p. 28).<br />
A análise <strong>musical</strong> é o processo – assim como a Análise Documentária para a<br />
Ciência da Informação – que permitirá a realização das três fases descritas por<br />
Kobashi (1996, p.9) e citadas no item 3.1:<br />
• ler um texto;<br />
• selecionar, no mesmo, o conteúdo informacional considerado<br />
pertinente para usos determinados;<br />
• representar, ou seja, dar forma às informações selecionadas, de modo<br />
a torná-las documentariamente manipuláveis.<br />
Por tudo que já descrevemos aqui fica claro que a falta de competência específica<br />
em análise <strong>musical</strong> inviabiliza a realização destas operações, fundamentais para<br />
descrição de um documento – tendo como objetivo principal atender ao seu público<br />
alvo: os músicos e pesquisadores de música.<br />
Como veremos, a complexidade que apontamos aqui já foi retratada por outros<br />
profissionais e encontramos na bibliografia consultada alguns casos comentados<br />
<strong>sobre</strong> bibliotecas de música que depararam-se frente às dificuldades da falta de<br />
competência específica.<br />
Num estudo produzido na Universidade Federal de Minas Gerais, duas<br />
bibliotecárias descrevem a execução de um projeto de catalogação de partituras da<br />
Biblioteca da Escola de Música da UFMG (SANTOS, PACHECO, 1998, p.113): “Uma<br />
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