proposta de utilização do sistema operacional windows ce ... - UTFPR
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2.3 SISTEMAS OPERACIONAIS EM TEMPO REAL<br />
A gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s embarca<strong>do</strong>s não requer pro<strong>ce</strong>ssa<strong>do</strong>res com gran<strong>de</strong><br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pro<strong>ce</strong>ssamento para aten<strong>de</strong>r suas ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s, até porque estes pro<strong>ce</strong>ssa<strong>do</strong>res<br />
consomem muita energia e no ambiente embarca<strong>do</strong> po<strong>de</strong>-se não existir uma fonte <strong>de</strong><br />
alimentação contínua. Utilizam-se normalmente pro<strong>ce</strong>ssa<strong>do</strong>res mais simples e robustos que<br />
atendam às ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma bem dimensionada, para que não haja <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong><br />
recursos em um ambiente on<strong>de</strong> eles normalmente são escassos. Po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>sejar um<br />
pro<strong>ce</strong>ssa<strong>do</strong>r com pouca capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pro<strong>ce</strong>ssamento, mas com gran<strong>de</strong> economia <strong>de</strong> energia.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, em algumas aplicações po<strong>de</strong>m ser ne<strong>ce</strong>ssários requisitos <strong>de</strong> tempo real. Outros<br />
<strong>sistema</strong>s <strong>de</strong>mandarão uma gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s. Assim, o <strong>sistema</strong><br />
<strong>operacional</strong> embarca<strong>do</strong> está fortemente associa<strong>do</strong> às funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sejadas para um<br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> produto, bem como à arquitetura utilizada para implementá-lo (GOKHALE;<br />
SCHMIDT , 1999; OLIVEIRA, 2001; ORTIZ, 2001).<br />
Normalmente o <strong>sistema</strong> <strong>operacional</strong> para <strong>sistema</strong>s embarca<strong>do</strong>s utiliza muito das<br />
características <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s operacionais <strong>de</strong> tempo real (SOTR). No entanto, isto não é uma<br />
regra, pois po<strong>de</strong>m existir <strong>sistema</strong>s embarca<strong>do</strong>s que não utilizam as características <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s<br />
operacionais <strong>de</strong> tempo real. As características <strong>de</strong> tempo real são <strong>de</strong>sejáveis no momento que<br />
se utilizam equipamentos e dispositivos que tenham a ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a requisições<br />
com tempo máximo <strong>de</strong> resposta, muitas vezes disparadas por eventos externos<br />
(BARABANOV; YODAIKEN, 1996; ROSA JUNIOR, 2004).<br />
Aplicações embarcadas com requisitos <strong>de</strong> tempo real estão se tornan<strong>do</strong> cada vez mais<br />
comuns, principalmente em <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> tráfego aéreo, <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa militar, e <strong>de</strong><br />
automação e controle <strong>de</strong> pro<strong>ce</strong>ssos industriais. Na outra extremida<strong>de</strong> estão os <strong>sistema</strong>s mais<br />
simples, normalmente embarca<strong>do</strong>s em utilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mésticas que muitas vezes não ne<strong>ce</strong>ssitam<br />
<strong>de</strong> respostas em tempo real. (PAULIN et al., 1997; NETTER; BACELAR, 2001).<br />
Os <strong>sistema</strong>s operacionais para <strong>sistema</strong>s embarca<strong>do</strong>s precisam aten<strong>de</strong>r a outros<br />
requisitos além daqueles já exigi<strong>do</strong>s para os SOTR. Eles <strong>de</strong>vem ser escaláveis, isto é, não<br />
<strong>de</strong>vem ofere<strong>ce</strong>r um conjunto completo <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> forma monolítica, mas sim como uma<br />
biblioteca <strong>de</strong> módulos, a serem facilmente seleciona<strong>do</strong>s no momento da geração da aplicação<br />
<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as suas ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s específicas. Estes <strong>sistema</strong>s também <strong>de</strong>vem aten<strong>de</strong>r a<br />
restrições relacionadas ao projeto da aplicação, tais como quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> memória, restrições<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia (ORTIZ, 2001; KADIONIK, 2002; RASCHE;<br />
POLZE, 2002).<br />
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