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Química<br />
Ao longo dos anos, principalmente dos últimos, a Banca <strong>de</strong> Química tem observado, ao analisar o<br />
<strong>de</strong>sempenho dos candidatos, que muitos ainda consi<strong>de</strong>ram este ramo do conhecimento como um “bichopapão”.<br />
O que se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> alguns resultados é que muitos estudantes não se dão ao trabalho,<br />
em alguns casos, <strong>de</strong> ler certas questões porque acham que não são capazes <strong>de</strong> respondê-las. Quando as<br />
lêem o fazem mal, sem a <strong>de</strong>vida atenção.<br />
Esse comportamento tem prejudicado, na avaliação <strong>de</strong>sta Banca, alguns candidatos que, se se empenhassem<br />
mais na resolução das questões propostas na prova, melhor resultado obteriam.<br />
Pensando nesta situação, a Banca <strong>de</strong> Química resolveu então elaborar uma prova que se aproximasse<br />
mais do candidato, tentando fazer com que o mesmo se i<strong>de</strong>ntificasse com o texto, provocando assim, o<br />
seu interesse pela leitura. Pensou-se que, <strong>de</strong>sta forma, po<strong>de</strong>r-se-ia encorajá-lo a respon<strong>de</strong>r perguntas que,<br />
<strong>de</strong> outro modo, ele sequer leria.<br />
A narrativa ficcional foi a forma escolhida. O “roteiro” tentou estimular o candidato a ler a prova<br />
inteira, mesmo que este tenha, a priori, a intenção <strong>de</strong> não resolver nenhuma questão. Imaginou-se que, ao<br />
envolver-se na narrativa, se encorajasse e respon<strong>de</strong>sse. Quem sabe até, po<strong>de</strong>ria encontrar, no meio do<br />
texto, certas “pistas”, propositadamente ali colocadas, que o incentivassem a tentar a solução.<br />
Foi ainda <strong>de</strong>sejo da Banca <strong>de</strong> Química que esta forma <strong>de</strong> prova pu<strong>de</strong>sse contribuir para diminuir o<br />
estresse dos candidatos, fazendo com que eles pu<strong>de</strong>ssem se sentir mais à vonta<strong>de</strong>, o que também, se refletiria<br />
no seu <strong>de</strong>sempenho.<br />
Abaixo, colocamos duas correspondências recebidas logo após o vestibular:<br />
Candidato:<br />
Gostaria <strong>de</strong> parabenizá-los pelo método original com o qual trataram a prova <strong>de</strong> Química da segunda<br />
fase. Porém foi esquecido um <strong>de</strong>talhe na questão 1, item a. Neste item é necessário a utilização do número<br />
<strong>de</strong> Avogadro para a resolução, número o qual não é fornecido entre os dados da prova. Apesar <strong>de</strong> ser um<br />
número muito conhecido <strong>de</strong> seu arredondamento não influenciar no resultado da questão, acho que os<br />
candidatos tinham o direito <strong>de</strong> receber esta informação.<br />
Muito obrigado pela atenção e parabéns pelo trabalho.<br />
A prova<br />
Prezado Candidato,<br />
Agra<strong>de</strong>cemos a sua mensagem <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2001. Manifestações como a sua são muito importantes<br />
pois representam um valioso estímulo para a difícil tarefa que procuramos cumprir com responsabilida<strong>de</strong><br />
e carinho.<br />
No que se refere à questão 1, a constante <strong>de</strong> Avogadro não foi esquecida. A omissão <strong>de</strong>sta informação<br />
foi intencional. Consi<strong>de</strong>ramos que saber que 1 mol correspon<strong>de</strong> à 6 x 10 23 “partículas” é um conhecimento<br />
fundamental em Química. Informar que 1 mol <strong>de</strong> uma substância contém 6 x 10 23 átomos ou moléculas<br />
equivale a informar que 1 quilograma correspon<strong>de</strong> a 1000 gramas.<br />
Note que na questão 4 não se fornece a correlação entre a escala absoluta e a Celsius <strong>de</strong> temperatura e<br />
você não reclamou. É porque você já incorporou este conhecimento como fundamental.<br />
Agra<strong>de</strong>cemos mais uma vez a sua manifestação.<br />
Atenciosamente,<br />
A Banca <strong>de</strong> Química<br />
P.S.: Sugerimos que entre na web-página da Comvest (http://www.convest.unicamp.br/) e leia a nota<br />
da Banca <strong>de</strong> Química, ali publicada após a aplicação da prova no dia 15/01.<br />
Candidata:<br />
Boa Tar<strong>de</strong>,<br />
Estou aqui apenas para registrar meu imenso <strong>de</strong>scontentamento em relação a prova <strong>de</strong> química da<br />
segunda fase do vestibular 2001. Obviamente foi impossível resolver a todas as questões tanto pela complexida<strong>de</strong><br />
e extensão.<br />
Prova extremamente bem elaborada exigindo do aluno conhecimentos muito específicos. Além disso,<br />
conversei com inúmeros colegas e todos, sem exceção reclamaram da presença da historinha <strong>de</strong> Naná e<br />
Chuá. Além <strong>de</strong> per<strong>de</strong>rmos um tempo precioso lendo o diálogo, este era repleto <strong>de</strong> frases que no momento<br />
da prova fizeram-me sentir a candidata mais burra da sala (expressões como “- Ah, essa questão é fácil,<br />
quero ver outra mais difícil...”)<br />
Certamente não fui a única a reclamar da prova.<br />
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