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FERNANDO VELLOSO GUIMARES - Ppga.com.br

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<strong>FERNANDO</strong> <strong>VELLOSO</strong> GUIMARÃES<<strong>br</strong> />

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E<<strong>br</strong> />

ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS: A BASF NA<<strong>br</strong> />

REGIÃO AMÉRICA DO SUL<<strong>br</strong> />

Taubaté – SP<<strong>br</strong> />

2003


1<<strong>br</strong> />

<strong>FERNANDO</strong> <strong>VELLOSO</strong> GUIMARÃES<<strong>br</strong> />

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E<<strong>br</strong> />

ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS: A BASF NA<<strong>br</strong> />

REGIÃO AMÉRICA DO SUL<<strong>br</strong> />

Monografia apresentada para obtenção do<<strong>br</strong> />

Certificado de Especialização pelo Curso de<<strong>br</strong> />

Pós Graduação MBA em Gestão de<<strong>br</strong> />

Produção e Tecnologia do Departamento de<<strong>br</strong> />

Economia, Contabilidade, Administração e<<strong>br</strong> />

Secretariado – ECASE da Universidade de<<strong>br</strong> />

Taubaté,<<strong>br</strong> />

Área de Concentração:MBA Gestão de<<strong>br</strong> />

Produção e Tecnologia<<strong>br</strong> />

Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Chamon<<strong>br</strong> />

Taubaté – SP<<strong>br</strong> />

2003


2<<strong>br</strong> />

<strong>FERNANDO</strong> <strong>VELLOSO</strong> GUIMARÃES<<strong>br</strong> />

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS: A BASF NA<<strong>br</strong> />

REGIÃO AMÉRICA DO SUL<<strong>br</strong> />

UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP<<strong>br</strong> />

Data: ___________________________________________<<strong>br</strong> />

Resultado: _______________________________________<<strong>br</strong> />

COMISSÃO JULGADORA<<strong>br</strong> />

Prof. Dr. Marco Antonio Chamon<<strong>br</strong> />

Assinatura _____________________________________<<strong>br</strong> />

Prof. Dr. Edson Aparecida Araújo Querido de Oliveira<<strong>br</strong> />

Assinatura _____________________________________<<strong>br</strong> />

Prof. Especialista Paulo César Corrêa Lindgren<<strong>br</strong> />

Assinatura _____________________________________


3<<strong>br</strong> />

Ao meu filho e grande amigo<<strong>br</strong> />

Lucas, agradeço a atenção e<<strong>br</strong> />

o carinho <strong>com</strong> que me<<strong>br</strong> />

suportou durante mais esta<<strong>br</strong> />

jornada.


4<<strong>br</strong> />

AGRADECIMENTOS<<strong>br</strong> />

A Deus, por dar-me condições para a realização deste trabalho.<<strong>br</strong> />

Ao meu orientador Profº Dr. Marco Antonio Chamon que, <strong>com</strong> a sabedoria dos<<strong>br</strong> />

grandes mestres soube conduzir-me durante esta tarefa e, <strong>com</strong> a humildade dos<<strong>br</strong> />

grandes homens, soube tolerar minhas deficiências.


5<<strong>br</strong> />

GUIMARÃES, Fernando Velloso. Tecnologia da Informação e estratégia de<<strong>br</strong> />

negócios: a BASF na Região América do Sul. 2003. 102 f. Monografia de<<strong>br</strong> />

Especialização (MBA em Gerência de Produção e Tecnologia) – Departamento de<<strong>br</strong> />

Economia, Contabilidade, Administração e Secretariado – ECASE, Universidade de<<strong>br</strong> />

Taubaté, Taubaté.<<strong>br</strong> />

RESUMO<<strong>br</strong> />

O presente trabalho procura mostrar a concepção e implementação de um<<strong>br</strong> />

plano estratégico para a área de Tecnologia da Informação a partir das estratégias de<<strong>br</strong> />

negócio definidas globalmente para a empresa. O uso da Tecnologia da Informação<<strong>br</strong> />

por si só não representa uma vantagem <strong>com</strong>petitiva permanente para o negócio, pois<<strong>br</strong> />

não é sustentável o suficiente para isto. Entretanto, a falta ou o uso inadequado dela<<strong>br</strong> />

pode representar seu fracasso. Busca-se também descrever o uso de conceitos e<<strong>br</strong> />

ferramentas empregadas no gerenciamento das informações, bem <strong>com</strong>o identificar o<<strong>br</strong> />

nível de informações que rege a organização. Como cenário para a análise feita,<<strong>br</strong> />

realizou-se um estudo de caso na BASF América do Sul, descrevendo seu ambiente<<strong>br</strong> />

até 2001 e suas propostas para o período de 2002 a 2004.<<strong>br</strong> />

Palavras-chave: estratégia, sistemas de informação, tecnologia da informação.


6<<strong>br</strong> />

GUIMARÃES, Fernando Velloso. Tecnologia da Informação e estratégia de<<strong>br</strong> />

negócios: a BASF na Região América do Sul. 2003. 102 f. Monografia de<<strong>br</strong> />

Especialização (MBA em Gerência de Produção e Tecnologia) – Departamento de<<strong>br</strong> />

Economia, Contabilidade, Administração e Secretariado – ECASE, Universidade de<<strong>br</strong> />

Taubaté, Taubaté.<<strong>br</strong> />

ABSTRACT<<strong>br</strong> />

The present work shows the conception and implementation of a strategic plan<<strong>br</strong> />

for the information technology area from the business strategy globally defined for the<<strong>br</strong> />

firm. Information Technology by itself doesn’t represent a sustainable <strong>com</strong>petitive<<strong>br</strong> />

advantage for a firm but its lack or misuse can strongly contribute for its failure. The<<strong>br</strong> />

work describes the use of concepts and tools that are usually applied for the<<strong>br</strong> />

information management as well as identifies the information levels in the organization.<<strong>br</strong> />

The working environment is the <strong>com</strong>pany BASF, in South America, up to the year 2001<<strong>br</strong> />

and its main proposals for the period from 2002 to 2004.<<strong>br</strong> />

Key words: strategy, information systems, information technology.


7<<strong>br</strong> />

SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

RESUMO......................................................................................................................05<<strong>br</strong> />

ABSTRACT..................................................................................................................06<<strong>br</strong> />

LISTA DE TABELAS...................................................................................................10<<strong>br</strong> />

LISTA DE FIGURAS....................................................................................................11<<strong>br</strong> />

1- INTRODUÇÃO........................................................................................................12<<strong>br</strong> />

1.1- Objetivos........................................................................................................13<<strong>br</strong> />

1.2- Relevância do Estudo....................................................................................14<<strong>br</strong> />

1.3- Delimitações do Estudo.................................................................................14<<strong>br</strong> />

1.4- Organização do Trabalho..............................................................................14<<strong>br</strong> />

2. FORMULAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................17<<strong>br</strong> />

2.1- Definindo Tecnologia da Informação.............................................................17<<strong>br</strong> />

2.2- Definindo Sistemas de Informação................................................................18<<strong>br</strong> />

2.2.1 Níveis de Sistemas de Informação......................................................19<<strong>br</strong> />

2.3- Gestão Estratégica........................................................................................20<<strong>br</strong> />

2.3.1 Ferramentas de Análise de Gestão Estratégica.................................22<<strong>br</strong> />

2.3.1.1 Análise SWOT........................................................................22<<strong>br</strong> />

2.3.1.2 Balanced Scorecard...............................................................23<<strong>br</strong> />

2.4- Tecnologias Aplicadas a Sistemas de Informação Empresariais..................27<<strong>br</strong> />

2.4.1 Relacionamento Externo (Fornecedores e Clientes)..........................29<<strong>br</strong> />

2.4.1.1 eCommerce………………………………………………..…….29<<strong>br</strong> />

2.4.1.2 SCM: Supply Chain Management…………………………..…30<<strong>br</strong> />

2.4.1.3 CRM: Customer Relationship Management………………….32<<strong>br</strong> />

2.4.1.4 CPFR: Collaborative Planning, Forecasting<<strong>br</strong> />

and Replenishment............................................……34<<strong>br</strong> />

2.4.1.5 MB: Mobile Business……………………………………………37<<strong>br</strong> />

2.4.2 Gerenciamento Interno e Tomada de Decisão Estratégica................38<<strong>br</strong> />

2.4.2.1 e-Learning………………………………………………………..38


8<<strong>br</strong> />

2.4.2.2 BI: Business Intelligence…………...…………………………..38<<strong>br</strong> />

2.4.2.3 KM: Knowledget Management…………………………………41<<strong>br</strong> />

2.4.3 Nível Operacional...............................................................................43<<strong>br</strong> />

2.4.3.1 ERP: Enterprise Resource Planning…………...……………..43<<strong>br</strong> />

3. METODOLOGIA...................................................................................................47<<strong>br</strong> />

4. A EMPRESA BASF S.A.......................................................................................49<<strong>br</strong> />

4.1- BASF, 91 anos de História no Brasil...........................................................49<<strong>br</strong> />

5. ESTUDO DE CASO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA BASF<<strong>br</strong> />

REGIÃO AMÉRICA DO SUL........................................51<<strong>br</strong> />

5.1- Missão.........................................................................................................52<<strong>br</strong> />

5.2- Visão...........................................................................................................53<<strong>br</strong> />

5.3- Gestão Estratégica para Tecnologia da Informação...................................54<<strong>br</strong> />

5.3.1 Análise SWOT..................................................................................54<<strong>br</strong> />

5.3.2 Balanced Scorecard.........................................................................56<<strong>br</strong> />

5.3.3 Definição das Prioridades para BASF – América do Sul..................56<<strong>br</strong> />

5.3.4 Principais Ações a serem desenvolvidas na região..........................60<<strong>br</strong> />

5.3.5 Estrutura de Sistemas de Informação e Níveis de Acesso...............62<<strong>br</strong> />

6. PROJETOS ESTRATÉGICOS BASF EM TECNOLOGIA DA<<strong>br</strong> />

INFORMAÇÃO........................................................................................................64<<strong>br</strong> />

6.1- O Plano de Tecnologia da Informação – 2002 a 2004................................65<<strong>br</strong> />

6.2- Projetos <strong>com</strong> Relações Exteriores..............................................................69<<strong>br</strong> />

6.2.1 eCommerce………………………………………………………………69<<strong>br</strong> />

6.2.1.1 e-Mentoring………………………………………………….....72<<strong>br</strong> />

6.2.1.2 e-Metrics……………………………………………….......…..73<<strong>br</strong> />

6.2.1.3 Jump Start………………………………………….…..………73<<strong>br</strong> />

6.2.1.4 e-Procurement…………………………………………………74<<strong>br</strong> />

6.2.1.5 e-Readiness…..………………………………………………..75<<strong>br</strong> />

6.2.1.6 VMI: Vendor Management Inventory………….……….……75<<strong>br</strong> />

6.2.1.7 Worldaccount……………………………………..……………76<<strong>br</strong> />

6.2.1.8 Site BASF - www.BASF.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> - Portal BASF.........….......76


9<<strong>br</strong> />

6.2.2 SCM: Supply Chain Management…………………………..………77<<strong>br</strong> />

6.2.3 CRM: Customer Relationship Management………………….……79<<strong>br</strong> />

6.2.4 CPFR: Collaborative Planning, Forecasting<<strong>br</strong> />

and Replenishment..........................................................81<<strong>br</strong> />

6.2.5 MB: Mobile Business…………………………………………………82<<strong>br</strong> />

6.3- Projetos de gerenciamento Interno e Tomada de Decisões<<strong>br</strong> />

Estratégicas……………………………………………………………………83<<strong>br</strong> />

6.3.1 e-Learning.…………………………………………………………….83<<strong>br</strong> />

6.3.2 BI: Business Intelligence……………………………………………..85<<strong>br</strong> />

6.3.3 KM: Knowledge Management……………………………………….85<<strong>br</strong> />

6.4- Projetos Operacionais..............................................................................87<<strong>br</strong> />

6.4.1 ERP: Enterprise Resource Planning………………………………..87<<strong>br</strong> />

6.5- Projetos de Infra-Estrutura e Tele<strong>com</strong>unicações.....................................90<<strong>br</strong> />

7. AÇÕES ESTRATÉGICAS EM ANDAMENTO.....................................................92<<strong>br</strong> />

CONCLUSÃO.............................................................................................................94<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................96<<strong>br</strong> />

ANEXOS.....................................................................................................................98<<strong>br</strong> />

AUTORIZAÇÃO PARA REPRODUÇÃO..................................................................102


10<<strong>br</strong> />

LISTA DE TABELAS<<strong>br</strong> />

Tabela 01<<strong>br</strong> />

Tabela 02<<strong>br</strong> />

Tabela 03<<strong>br</strong> />

Tabela 04<<strong>br</strong> />

Tabela 05<<strong>br</strong> />

Tabela 06<<strong>br</strong> />

Tabela 07<<strong>br</strong> />

Tabela 08<<strong>br</strong> />

Tabela 09<<strong>br</strong> />

Tabela 10<<strong>br</strong> />

Tabela 11<<strong>br</strong> />

Tabela 12<<strong>br</strong> />

Tabela 13<<strong>br</strong> />

– Análise SWOT.............................................................................55<<strong>br</strong> />

– Níveis de Informação...................................................................63<<strong>br</strong> />

– Tipos de Informação....................................................................63<<strong>br</strong> />

– Relação Ferramentas / Conceitos...............................................68<<strong>br</strong> />

– Premissas Básicas eCommerce..................................................72<<strong>br</strong> />

– Premissas Básicas SCM.............................................................77<<strong>br</strong> />

– SAP Value Calculator – SCM......................................................79<<strong>br</strong> />

– Premissas Básicas CRM.............................................................80<<strong>br</strong> />

– Premissas Básicas CPFR...........................................................82<<strong>br</strong> />

– Premissas Básicas Mobile Business...........................................83<<strong>br</strong> />

– Premissas Básicas e-Learning....................................................84<<strong>br</strong> />

– Premissas Básicas BI..................................................................85<<strong>br</strong> />

– Premissas Básicas KM................................................................86


11<<strong>br</strong> />

LISTA DE FIGURAS<<strong>br</strong> />

Figura 1<<strong>br</strong> />

Figura 2<<strong>br</strong> />

Figura 3<<strong>br</strong> />

Figura 4<<strong>br</strong> />

– A Pirâmide de Informações..........................................................19<<strong>br</strong> />

– Cenário ideal................................................................................65<<strong>br</strong> />

– Benefícios para a BASF...............................................................67<<strong>br</strong> />

– Etapas do Planejamento Estratégico...........................................92


12<<strong>br</strong> />

1. INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

Vive-se um período de grandes transformações no mundo dos negócios, onde<<strong>br</strong> />

as novas tecnologias surgem freqüentemente e norteiam novos caminhos para serem<<strong>br</strong> />

trilhados dentro e fora das corporações. Os caminhos são novos, mas o objetivo é<<strong>br</strong> />

sempre o mesmo: LUCRO.<<strong>br</strong> />

A Tecnologia da Informação é um meio para alcançar um equilí<strong>br</strong>io <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

concorrentes, participar de novos mercados, conquistar vantagens <strong>com</strong>petitivas e,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>etudo, dar continuidade aos negócios. O que difere em seu uso é a estratégia de<<strong>br</strong> />

negócio que pautará o ritmo, a intensidade, o momento e o foco da sua aplicação.<<strong>br</strong> />

As empresas têm seus objetivos traçados e necessita de meios para alcançálos.<<strong>br</strong> />

A Tecnologia da Informação suportará esses novos desafios. A importância da<<strong>br</strong> />

informação para os negócios, nesta época de concorrência acirrada e mudanças<<strong>br</strong> />

rápidas, é diretamente proporcional à intensidade do uso da Tecnologia da Informação<<strong>br</strong> />

e de seus Sistemas.<<strong>br</strong> />

Não há mais <strong>com</strong>o retroceder neste caminho, pois o negócio passou a ser<<strong>br</strong> />

dependente dessas informações, que são controladas e armazenadas pelos sistemas<<strong>br</strong> />

criados pela Tecnologia da Informação.<<strong>br</strong> />

Entretanto, é preciso lem<strong>br</strong>ar que, a Tecnologia da Informação (TI), por si só,<<strong>br</strong> />

não representa uma vantagem sustentável a longo prazo. Ela pode ser classificada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o uma atividade de suporte na cadeia de valor (Laudon e Laudon, 2001) que<<strong>br</strong> />

constitui a infra-estrutura organizacional e torna possível a realização de atividades<<strong>br</strong> />

primárias mas que não agrega diretamente valor ao cliente. Dessa forma, a estratégia<<strong>br</strong> />

concebida para a área de TI deve necessariamente levar em conta essa característica<<strong>br</strong> />

da atividade, isto é, a de ser elemento de apoio do negócio.<<strong>br</strong> />

Por outro lado, estratégias de negócios podem (e devem) ser construídas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

as possibilidades oferecidas pela Tecnologia da Informação. A logística, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

atividade primária da cadeia de valor, pode ser concebida e implementada <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

ferramentas de <strong>com</strong>unicação e automação disponibilizadas pela TI. Assim, no caso da<<strong>br</strong> />

rede Wall Mart, o gerenciamento de estoques e reposição de produtos pode ser<<strong>br</strong> />

deixado a cargo dos fornecedores, por meio de um sistema de informações que liga a


13<<strong>br</strong> />

leitura do código de barras do produto no caixa a um banco de dados de estoque que<<strong>br</strong> />

é acessado por esses fornecedores.<<strong>br</strong> />

Essa característica de suporte da Tecnologia da Informação, ainda que<<strong>br</strong> />

fundamental, foi aparentemente esquecida num passado recente, quando a<<strong>br</strong> />

generalização do acesso à Internet pareceu que<strong>br</strong>ar as regras usuais de negócios e<<strong>br</strong> />

tornar obsoletos os conceitos de estratégia (Porter, 2001). Entretanto, a análise fria<<strong>br</strong> />

dos acontecimentos subseqüentes, em particular após as sucessivas que<strong>br</strong>as das<<strong>br</strong> />

empresas “ponto<strong>com</strong>”, mostrou que, ainda que a Internet – e, por extensão, a<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação – tenha mudado a forma de conceber estratégias dentro<<strong>br</strong> />

das empresas, ela não as substituiu. Entretanto, a velocidade de <strong>com</strong>unicação, a<<strong>br</strong> />

capacidade de armazenamento e tratamento das informações e os níveis de<<strong>br</strong> />

integração proporcionados pelas novas tecnologias disponíveis tornaram a Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação ponto de passagem o<strong>br</strong>igatório para as empresas e uma necessidade<<strong>br</strong> />

para sua so<strong>br</strong>evivência.<<strong>br</strong> />

Assim, torna-se fundamental conhecer a forma pela qual essas novas<<strong>br</strong> />

tecnologias se apresentam e de que maneira elas devem ser integradas à estratégia<<strong>br</strong> />

do negócio. O presente trabalho é uma tentativa de responder a essas questões.<<strong>br</strong> />

1.1 OBJETIVOS<<strong>br</strong> />

O objetivo fundamental deste trabalho é mostrar de que maneira a Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação suporta as atividades primárias das corporações e se integra a suas<<strong>br</strong> />

estratégias, usando <strong>com</strong>o cenário a BASF na região da América do Sul.<<strong>br</strong> />

Para todas as tecnologias propostas será descrito um resumo teórico e<<strong>br</strong> />

também um <strong>com</strong>entário acerca da aplicação dessas tecnologias dentro da BASF.<<strong>br</strong> />

Serão apresentados alguns detalhes so<strong>br</strong>e o desenvolvimento dessas<<strong>br</strong> />

tecnologias, as expectativas por parte da empresa quanto aos benefícios que elas<<strong>br</strong> />

podem trazer e as condições atuais de implantação.


14<<strong>br</strong> />

1.2 RELEVÂNCIA DO ESTUDO<<strong>br</strong> />

O planejamento estratégico, por natureza, exige um nível de detalhamento que<<strong>br</strong> />

normalmente não é encontrado nos textos disponíveis para consulta. Este trabalho<<strong>br</strong> />

busca co<strong>br</strong>ir essa lacuna, pelo menos do ponto de vista da Tecnologia da Informação.<<strong>br</strong> />

Os diferentes conceitos e ferramentas da Tecnologia da Informação são analisados e<<strong>br</strong> />

sua integração aos diversos níveis do negócio é explorada.<<strong>br</strong> />

Uma visão estratégica da empresa conduz a intenções de uso de<<strong>br</strong> />

determinadas tecnologias/conceitos, porém a <strong>com</strong>plexidade dos processos de uma<<strong>br</strong> />

corporação, suas diferentes prioridades em diferentes regiões, fazem <strong>com</strong> que haja<<strong>br</strong> />

um des<strong>com</strong>passo entre o planejado e o realizado. O conhecimento desse<<strong>br</strong> />

des<strong>com</strong>passo permite a identificação de fatores críticos de sucesso na implantação de<<strong>br</strong> />

projetos de Tecnologia da Informação. Assim, esse trabalho também pretende<<strong>br</strong> />

contribuir nessa direção.<<strong>br</strong> />

1.3 DELIMITAÇÕES DO ESTUDO<<strong>br</strong> />

O estudo não tratará de aspectos referentes ao retorno dos investimentos, visto<<strong>br</strong> />

que estas informações não estão disponíveis.<<strong>br</strong> />

Tendo <strong>com</strong>o principal motivo o uso da Tecnologia da Informação na<<strong>br</strong> />

corporação, nos limitaremos a analisar o uso e as condições atuais das tecnologias<<strong>br</strong> />

adotadas pela BASF na Região da América do Sul.<<strong>br</strong> />

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO<<strong>br</strong> />

O presente capítulo <strong>com</strong>põe a introdução do trabalho, <strong>com</strong> seus objetivos e<<strong>br</strong> />

delimitações.<<strong>br</strong> />

No capítulo 2 são descritos os principais conceitos so<strong>br</strong>e Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação, Sistemas de Informação e seus níveis de acesso, Gestão Estratégica e<<strong>br</strong> />

algumas ferramentas para medir e avaliar suas premissas (Análise SWOT e “Balanced


15<<strong>br</strong> />

Scorecard”). Também são descritas várias ferramentas, tecnologias e conceitos<<strong>br</strong> />

aplicados a Sistemas da Informação nas suas diferentes formas de utilização.<<strong>br</strong> />

O capítulo 3 apresenta a metodologia empregada no trabalho, que foi baseada<<strong>br</strong> />

no estudo de caso.<<strong>br</strong> />

No capítulo 4 é descrita de forma genérica a BASF no Brasil e na região da<<strong>br</strong> />

América do Sul. Sua origem, um pouco de sua história no Brasil, os países onde ela<<strong>br</strong> />

tem negócios e sua colocação no mercado. Também descreve-se a Visão e Missão da<<strong>br</strong> />

empresa, onde ficam claras suas intenções em relação ao meio ambiente e clientes.<<strong>br</strong> />

Discute-se ainda nesse capítulo alguns de seus principais produtos e negócios da<<strong>br</strong> />

BASF na região e sua declaração de <strong>com</strong>promissos.<<strong>br</strong> />

No capítulo 5 desenha-se a BASF na região da América do Sul em seus<<strong>br</strong> />

aspectos humanos, tecnológicos e estratégicos, sua missão e visão que nortearam a<<strong>br</strong> />

estratégia aplicada, suas ferramentas de análise de gestão e um levantamento do que<<strong>br</strong> />

existe em termos de tecnologia e recursos materiais para as unidades de Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação. Dentro de uma idéia de Estratégia e de Gerenciamento dos negócios,<<strong>br</strong> />

procura-se estabelecer quais foram suas principais ações desenvolvidas na região.<<strong>br</strong> />

Também sua estrutura de Sistemas de Informação, por níveis de informação, níveis de<<strong>br</strong> />

acesso e as ferramentas utilizadas em cada nível, é descrita nesse momento.<<strong>br</strong> />

No capítulo 6 descreve-se, dentro da estratégia da unidade Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação BASF, todos os projetos que foram e estão sendo implementados na<<strong>br</strong> />

região. Para cada projeto tem-se um resumo do desenvolvimento, suas expectativas e<<strong>br</strong> />

fase em que se encontra. Os projetos estão segmentados, sob uma ótica BASF, em<<strong>br</strong> />

níveis diferentes de atuação, onde as ferramentas representam a busca pela<<strong>br</strong> />

efetivação das estratégias. O planejamento para Tecnologia da Informação deve estar<<strong>br</strong> />

em sintonia <strong>com</strong> as aspirações da <strong>com</strong>panhia e sempre alinhado <strong>com</strong> os novos<<strong>br</strong> />

modelos de Gestão e Mercado.<<strong>br</strong> />

No capítulo 7 apresenta-se uma ação tomada no ano de 2002, onde definiu-se<<strong>br</strong> />

um Plano Estratégico que será implementado, seguindo novas premissas, mas não<<strong>br</strong> />

interferindo no que já havia sido estabelecido. O plano, denominado FIT (Future<<strong>br</strong> />

Information Technology), representa toda a Estratégia de Tecnologia de Informação<<strong>br</strong> />

que está sendo implementada na BASF S/A


16<<strong>br</strong> />

Finalmente, no capítulo 8, apresenta-se as considerações finais para o<<strong>br</strong> />

trabalho, onde são resumidas as linhas mestras do planejamento para o setor de<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação da BASF, bem <strong>com</strong>o o aprendizado obtido <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

implantação do plano estratégico.


17<<strong>br</strong> />

2. FORMULAÇÃO TEÓRICA<<strong>br</strong> />

2.1 DEFININDO TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

O termo informática nos últimos anos foi substituído pela expressão Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação – TI, que designa o conjunto de recursos tecnológicos e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>putacionais para a geração e uso da informação.<<strong>br</strong> />

Para Rezende e A<strong>br</strong>eu (2001,p. 56) a Tecnologia da Informação está<<strong>br</strong> />

fundamentada nos seguintes <strong>com</strong>ponentes:<<strong>br</strong> />

• Hardware, seus dispositivos e periféricos;<<strong>br</strong> />

• Software e seus recursos;<<strong>br</strong> />

• Sistemas de tele<strong>com</strong>unicações;<<strong>br</strong> />

• Gestão de dados e informações.<<strong>br</strong> />

Esse conceito enquadra-se na visão de gestão da Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação e do Conhecimento. Um outro ponto de vista é apresentado por Cruz<<strong>br</strong> />

(1998, p. 21):<<strong>br</strong> />

“Uma outra forma de caracterizar a Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação é vê-la <strong>com</strong>o todo e qualquer<<strong>br</strong> />

dispositivo que tenha capacidade para tratar<<strong>br</strong> />

dados e ou informações, tanto de forma<<strong>br</strong> />

sistêmica <strong>com</strong>o esporádica, quer esteja<<strong>br</strong> />

aplicada ao produto, quer esteja aplicada ao<<strong>br</strong> />

processo”.<<strong>br</strong> />

Certamente existem outras definições para Tecnologia da Informação,<<strong>br</strong> />

embora todas elas concordem que a Tecnologia da Informação não deve caminhar só,<<strong>br</strong> />

mas junto <strong>com</strong> a estratégia de negócios da empresa. Não há mais <strong>com</strong>o pensar<<strong>br</strong> />

apenas nas novas tecnologias sem pensar no retorno que elas trarão.<<strong>br</strong> />

Esse retorno pode ser entendido <strong>com</strong>o mais lucros, menos despesas, maior<<strong>br</strong> />

qualidade, maior <strong>com</strong>petitividade, que dependerá diretamente de <strong>com</strong>o forem usadas<<strong>br</strong> />

as novas tecnologias para o benefício da empresa.<<strong>br</strong> />

Fundamentalmente, o papel da Tecnologia da Informação é o de gerar e<<strong>br</strong> />

gerenciar informações. As informações são ativos de grande valor no mundo de hoje.


18<<strong>br</strong> />

Gerar informações em maior quantidade, <strong>com</strong> maior qualidade, no menor tempo e a<<strong>br</strong> />

baixo custo é o que se deseja da Tecnologia da Informação.<<strong>br</strong> />

Mas, segundo Porter (2001, p. 17) “pode ser que não se trate de gerar<<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva, mas de criar igualdade de condições para <strong>com</strong>petir e implementar novas<<strong>br</strong> />

idéias”. Portanto, falar de Tecnologia da Informação é falar de informação e de seu uso<<strong>br</strong> />

nas organizações.<<strong>br</strong> />

2.2 DEFININDO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Até recentemente, a informação, por si só, não era considerada <strong>com</strong>o um<<strong>br</strong> />

recurso importante para a empresa. O processo de administração era considerado<<strong>br</strong> />

uma arte pessoal e não um extenso processo de coordenação global. Atualmente é<<strong>br</strong> />

notório que a <strong>com</strong>preensão dos Sistemas de Informação é essencial para os dirigentes<<strong>br</strong> />

e a maioria das empresas necessita implantar o sistema que melhor lhe atenda, para<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>eviver e prosperar.<<strong>br</strong> />

Um Sistema da Informação pode ser definido tecnicamente <strong>com</strong>o um conjunto<<strong>br</strong> />

de <strong>com</strong>ponentes inter-relacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena e<<strong>br</strong> />

distribui informação para a tomada de decisão e o controle da organização.<<strong>br</strong> />

Sistemas de Informação não podem ser ignorados pelas empresas, por seu<<strong>br</strong> />

papel crítico na atualidade. A tecnologia digital está transformando as organizações<<strong>br</strong> />

empresariais. Todo o fluxo de caixa da maioria das empresas está ligado a sistemas<<strong>br</strong> />

de Informação. Os sistemas atuais afetam <strong>com</strong>o as empresas decidem, planejam e em<<strong>br</strong> />

muitos casos, que produtos serão produzidos. Eles desempenham um papel<<strong>br</strong> />

estratégico. Assim, a responsabilidade pelos Sistemas de Informação não pode ser<<strong>br</strong> />

delegada a tomadores de decisões técnicas.<<strong>br</strong> />

Segundo Laudon e Laudon (2000, p. 48)<<strong>br</strong> />

“Há uma interdependência crescente entre<<strong>br</strong> />

estratégia empresarial, regras e procedimentos,<<strong>br</strong> />

por um lado, e software, hardware, banco de<<strong>br</strong> />

dados e tele<strong>com</strong>unicações, por outro. Uma<<strong>br</strong> />

mudança em qualquer destes elementos<<strong>br</strong> />

freqüentemente requer mudanças em outros<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ponentes.”


19<<strong>br</strong> />

2.2.1 NÍVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Embora o assunto Sistemas de Informação seja antigo e pareça <strong>com</strong>um a<<strong>br</strong> />

todas as empresas, ele ainda não está presente, na sua forma mais ampla, em todas<<strong>br</strong> />

as organizações que utilizam Tecnologia da Informação e seus recursos.<<strong>br</strong> />

As informações se dividem em níveis operacionais, gerenciais e estratégicos, e<<strong>br</strong> />

nem sempre as empresas possuem métodos e recursos para organizá-las desta<<strong>br</strong> />

forma.<<strong>br</strong> />

Todas empresas possuem (ou deveriam possuir) uma base de dados única<<strong>br</strong> />

das funções empresariais (Compras, Vendas, Materiais, Produção, Clientes, Recursos<<strong>br</strong> />

Humanos, etc..) que caracteriza um grande volume de informações. É o<<strong>br</strong> />

escalonamento das informações que vai definir sua consolidação e permitir seu<<strong>br</strong> />

gerenciamento. Nem todos os níveis da empresa necessitam da mesma quantidade<<strong>br</strong> />

e/ou qualidade de informação.<<strong>br</strong> />

A Figura a seguir representa a pirâmide das informações nas empresas.<<strong>br</strong> />

SIE<<strong>br</strong> />

SIG<<strong>br</strong> />

SIO<<strong>br</strong> />

Base de dados das Funções Empresariais<<strong>br</strong> />

Figura 1 - Pirâmide das Informações<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

SIE = Sistemas de Informações Estratégicas<<strong>br</strong> />

SIG = Sistemas de Informações Gerenciais<<strong>br</strong> />

SIO = Sistemas de Informações Operacionais


20<<strong>br</strong> />

2.3 GESTÃO ESTRATÉGICA<<strong>br</strong> />

Para Porter, (1994, p. 29) “estratégia é realizar escolhas e <strong>com</strong>promissos ao<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petir. A essência da estratégia é escolher o que não fazer...... estratégia é a<<strong>br</strong> />

criação de uma posição única e de valor, envolvendo um conjunto de atividades”.<<strong>br</strong> />

Todo esse planejamento estratégico ocorre em um ambiente de grandes<<strong>br</strong> />

mudanças e as organizações vivem, hoje, diante de uma realidade pouco confortável e<<strong>br</strong> />

extremamente <strong>com</strong>plexa, onde nada é constante e previsível.<<strong>br</strong> />

Neste contexto, detectam-se altos níveis de incerteza, de transformações e de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitividade globalizada, e as formas tradicionais de gestão e de funcionamento<<strong>br</strong> />

não bastam mais para que as empresas consigam so<strong>br</strong>eviver em um ambiente tão<<strong>br</strong> />

turbulento.<<strong>br</strong> />

Os antigos modelos e práticas organizacionais estão obsoletos e o maior<<strong>br</strong> />

desafio enfrentado pelas empresas tem sido a busca de uma vantagem <strong>com</strong>petitiva<<strong>br</strong> />

num ambiente em freqüente e constante mutação e turbulência, caracterizado por um<<strong>br</strong> />

conjunto de transformações políticas, econômicas e sociais, dentre as quais<<strong>br</strong> />

destacam-se:<<strong>br</strong> />

• Aumento da taxa de mudança e da <strong>com</strong>plexidade do ambiente;<<strong>br</strong> />

• Incremento e utilização efetiva de novas tecnologias, acelerando a<<strong>br</strong> />

obsolescência técnica e econômica de equipamentos, processos e<<strong>br</strong> />

produtos;<<strong>br</strong> />

• Surgimento de novos concorrentes, gerando o acirramento da concorrência<<strong>br</strong> />

e o excesso de oferta;<<strong>br</strong> />

• Novas exigências políticas e sociais, <strong>com</strong>o, por exemplo, a participação do<<strong>br</strong> />

governo numa perspectiva macroeconômica, as novas exigências dos<<strong>br</strong> />

clientes por melhor qualidade dos produtos/serviços e, con<strong>com</strong>itantemente,<<strong>br</strong> />

menores preços e as novas dinâmicas da força de trabalho;<<strong>br</strong> />

• Crescentes flutuações nos mercados, a diluição das fronteiras e o aumento<<strong>br</strong> />

das condições de incerteza e de risco no processo de tomada de decisões.


21<<strong>br</strong> />

As empresas <strong>com</strong> condições de so<strong>br</strong>eviver e se desenvolver neste contexto<<strong>br</strong> />

serão aquelas que tiverem a capacidade de reagir a estas situações e, ao mesmo<<strong>br</strong> />

tempo, anteciparem-se às mudanças a partir de estratégias adequadamente definidas.<<strong>br</strong> />

Isto traz a necessidade da criação de novas ferramentas e mecanismos<<strong>br</strong> />

para práticas organizacionais. Pode-se perceber, neste sentido, uma forte tendência<<strong>br</strong> />

de reorganização dos fatores produtivos das empresas <strong>com</strong> altas taxas de<<strong>br</strong> />

incorporação de tecnologia.<<strong>br</strong> />

No entanto, considerada <strong>com</strong>o um processo relativamente <strong>com</strong>plexo, a<<strong>br</strong> />

administração da tecnologia exige que os seus gestores entendam não só <strong>com</strong>o as<<strong>br</strong> />

tecnologias surgem, mas também <strong>com</strong>o se desenvolvem e afetam a forma das<<strong>br</strong> />

organizações <strong>com</strong>petirem e <strong>com</strong>o seus mem<strong>br</strong>os desempenham suas atividades.<<strong>br</strong> />

Entender as forças que movem os desenvolvimentos tecnológicos pode auxiliar<<strong>br</strong> />

administradores na antecipação, no monitoramento e no gerenciamento das<<strong>br</strong> />

tecnologias de forma mais eficaz e eficiente.<<strong>br</strong> />

Como análise estratégica para Tecnologia da Informação cabe, então,<<strong>br</strong> />

entender a relação entre arquitetura tecnológica e <strong>com</strong>petitividade organizacional<<strong>br</strong> />

ditada pela estratégia de negócios.<<strong>br</strong> />

Essa relação pode:<<strong>br</strong> />

• provocar o ajuste dos processos a partir de Tecnologias de Informações<<strong>br</strong> />

disponíveis no ambiente; ou<<strong>br</strong> />

• partindo das necessidades da organização, buscar tecnologias disponíveis<<strong>br</strong> />

que sejam adequadas aos seus processos, considerando-se ainda a sua<<strong>br</strong> />

estrutura, o seu modo de funcionamento, além de outros aspectos<<strong>br</strong> />

relacionados aos seus mem<strong>br</strong>os, suas habilidades e à cultura inerente.<<strong>br</strong> />

Percebe-se, pois, que a visão, principalmente da industria de Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação que procura soluções puramente tecnológicas para a organização, é<<strong>br</strong> />

muito simplista para a <strong>com</strong>plexidade destas ações.<<strong>br</strong> />

Os novos rumos da economia mundial, frutos da globalização e outros fatores<<strong>br</strong> />

modificadores do panorama empresarial, que definem novas tendências ou decretam<<strong>br</strong> />

a morte de outras, apontam para mudanças muito rápidas e devem ser avaliados <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

prudência. Certos efeitos de “moda tecnológica” fazem <strong>com</strong> que o uso da Tecnologia


22<<strong>br</strong> />

da Informação se torne freqüentemente uma busca da tecnologia pela tecnologia, sem<<strong>br</strong> />

relação mais sólida <strong>com</strong> os objetivos do negócio.<<strong>br</strong> />

Pode-se verificar o fracasso de inúmeros casos, <strong>com</strong>o os de empresas virtuais,<<strong>br</strong> />

empresas que não tinham ativos e nem geravam empregos diretos e que se<<strong>br</strong> />

baseavam somente em uma tecnologia em ebulição, a Internet, e cujas ações<<strong>br</strong> />

chegaram a níveis altíssimos.<<strong>br</strong> />

Todas estas organizações foram empurradas por ondas lançadas por<<strong>br</strong> />

grandes empresas de tecnologia e previsões exageradas do <strong>com</strong>portamento futuro do<<strong>br</strong> />

mercado e dos clientes. O mesmo aconteceu <strong>com</strong> o eCommerce (Comércio<<strong>br</strong> />

Eletrônico) e o CRM (Customer Relationship Management), cujas premissas eram por<<strong>br</strong> />

demais otimistas.<<strong>br</strong> />

Também a idéia de mudanças rápidas tem trazido problemas. A tecnologia<<strong>br</strong> />

“wireless”, por exemplo, realmente trouxe um novo enfoque às redes de <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />

mas, sem tempo de maturação necessário, mostra-se muito frágil em termos de<<strong>br</strong> />

segurança de acesso.<<strong>br</strong> />

Tudo isso mostra a necessidade de uma visão de negócios por parte dos CIO<<strong>br</strong> />

(Chief Information Officer), que hoje devem conhecer profundamente do negócio em<<strong>br</strong> />

que atuam, sua cultura, forças e fraquezas. Isso é o que realmente conduzirá a<<strong>br</strong> />

empresa até as tecnologias certas, ainda que nada garanta que seu uso tornará a<<strong>br</strong> />

empresa rentável ou <strong>com</strong>petitiva.<<strong>br</strong> />

2.3.1 FERRAMENTAS DE ANÁLISE DE GESTÃO ESTRATÉGICA<<strong>br</strong> />

2.3.1.1 ANÁLISE SWOT<<strong>br</strong> />

Esta técnica foi criada por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois<<strong>br</strong> />

professores da Harvard Business School, e posteriormente aplicada por numerosos<<strong>br</strong> />

acadêmicos.<<strong>br</strong> />

A análise SWOT estuda a <strong>com</strong>petitividade de uma organização segundo<<strong>br</strong> />

quatro variáveis: strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities<<strong>br</strong> />

(oportunidades) e threats (ameaças). É uma forma útil para identificar fatores internos


23<<strong>br</strong> />

e externos assim <strong>com</strong>o salientar oportunidades em potencial. Por meio desta<<strong>br</strong> />

metodologia pode-se fazer o inventário das forças e fraquezas da área ou empresa;<<strong>br</strong> />

das oportunidades e ameaças no meio envolvente; e do grau de adequação entre<<strong>br</strong> />

elas.<<strong>br</strong> />

Quando os pontos fortes de uma área ou organização estão de acordo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

os fatores críticos de sucesso para satisfazer as oportunidades de mercado a empresa<<strong>br</strong> />

será, por certo, <strong>com</strong>petitiva no longo prazo.<<strong>br</strong> />

Apesar da popularidade da SWOT, ainda não se eliminou o problema da<<strong>br</strong> />

definição da <strong>com</strong>petência distintiva de uma organização, ou seja, da definição dos<<strong>br</strong> />

pontos fortes e fracos na organização.<<strong>br</strong> />

Para solucionar este problema, busca-se identificar quais aspectos da<<strong>br</strong> />

organização são duradouros e imutáveis durante períodos relativamente longos; e<<strong>br</strong> />

quais aspectos são necessariamente mais sensíveis às mudanças no mercado e às<<strong>br</strong> />

pressões de forças ambientais.<<strong>br</strong> />

Quando as opções estratégicas são analisadas sob uma perspectiva de<<strong>br</strong> />

longo prazo, a noção de “<strong>com</strong>petência distintiva” passa a ter uma importância<<strong>br</strong> />

adicional, em conseqüência de riscos maiores inerentes aos investimentos de longo<<strong>br</strong> />

prazo. Assim, caso a organização busque oportunidades fora da sua atual<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência distintiva, o estrategista deve considerar se a organização está disposta<<strong>br</strong> />

a investir em outro tipo de <strong>com</strong>petência.<<strong>br</strong> />

2.3.1.2 BALANCED SCORECARD<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard nasceu em 1990, a partir de um estudo realizado em<<strong>br</strong> />

uma das unidades de pesquisa da KPMG, então dirigida por David Norton, que trouxe<<strong>br</strong> />

Robert Kaplan, da Universidade de Harvard, para ser o consultor acadêmico do<<strong>br</strong> />

projeto.<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton partilhavam da crença de que os métodos existentes para<<strong>br</strong> />

avaliação de desempenho empresarial, elaborados no quadro da era industrial e, em<<strong>br</strong> />

geral, apoiados em indicadores financeiros, estavam se tornando obsoletos na era da<<strong>br</strong> />

informação. Até meados da década de 70, o desempenho das empresas era


24<<strong>br</strong> />

determinado pela incorporação de novas tecnologias a ativos físicos, <strong>com</strong>o máquinas,<<strong>br</strong> />

para aumentar a eficiência da produção.<<strong>br</strong> />

Na era da informação, a capacidade de mobilizar e explorar ativos intangíveis<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o processos internos eficientes, qualidade dos serviços, capacidade intelectual<<strong>br</strong> />

dos funcionários, Sistemas de Informação que apóiem o aprendizado e níveis de<<strong>br</strong> />

satisfação e lealdade dos clientes tornou-se muito mais decisiva do que gerenciar<<strong>br</strong> />

ativos tangíveis.<<strong>br</strong> />

A conclusão do estudo apontou para a elaboração de um "sistema<<strong>br</strong> />

equili<strong>br</strong>ado de medição estratégica", organizado em torno de quatro perspectivas:<<strong>br</strong> />

financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento.<<strong>br</strong> />

O nome Balanced Scorecard reflete os vários tipos de equilí<strong>br</strong>io envolvidos:<<strong>br</strong> />

entre objetivos de curto e de longo prazo, entre indicadores financeiros e nãofinanceiros,<<strong>br</strong> />

entre indicadores de resultados ocorridos e de tendências de desempenho<<strong>br</strong> />

futuro, entre uma visão interna de desempenho (que envolve processos,<<strong>br</strong> />

aprendizagem, inovação e crescimento), e outra externa, voltada para clientes e<<strong>br</strong> />

acionistas. Ele também expressa um equilí<strong>br</strong>io entre medidas objetivas, ligadas a<<strong>br</strong> />

resultados facilmente quantificáveis, e subjetivas, que tratam de vetores que vão<<strong>br</strong> />

influenciar resultados futuros e que precisam, de alguma forma ser medidos no<<strong>br</strong> />

momento presente.<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard traduz a missão e a estratégia das empresas num<<strong>br</strong> />

conjunto a<strong>br</strong>angente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema<<strong>br</strong> />

de medição e gestão estratégica. É um novo instrumento que integra as medidas<<strong>br</strong> />

derivadas da estratégia, sem menosprezar as medidas financeiras do desempenho<<strong>br</strong> />

passado, e que mede o desempenho organizacional sob as quatro perspectivas<<strong>br</strong> />

mencionadas: financeira, do cliente, dos processos internos da empresa, e do<<strong>br</strong> />

aprendizado e crescimento.<<strong>br</strong> />

1ª PERSPECTIVA: FINANCEIRA<<strong>br</strong> />

É a primeira a ser elaborada. As diretrizes financeiras dão o tom à elaboração<<strong>br</strong> />

das perspectivas financeiras dos níveis organizacionais abaixo, <strong>com</strong>o também para as<<strong>br</strong> />

outras perspectivas do Balanced Scorecard.


25<<strong>br</strong> />

O motivo básico pode ser explicado <strong>com</strong> uma alusão à primeira decisão do<<strong>br</strong> />

investidor ao entrar em um negócio, que é baseada na obtenção de retorno adequado<<strong>br</strong> />

para o seu capital, mesmo que isto implique em ter que esperar por um período de<<strong>br</strong> />

recessão, no caso de investidores de longo prazo.<<strong>br</strong> />

É nesta perspectiva que se traça o que se deseja em termos de retorno para o<<strong>br</strong> />

investimento, taxas de crescimento, relacionamento <strong>com</strong> investidores e outros<<strong>br</strong> />

objetivos de cunho financeiro que estejam alinhados <strong>com</strong> a estratégia.<<strong>br</strong> />

Se a diretriz de nossa empresa é um maior retorno para o investimento,<<strong>br</strong> />

devemos pressupor que os administradores terão que aumentar o nível de utilização<<strong>br</strong> />

de seus ativos e sua produtividade.<<strong>br</strong> />

De forma reversa, a perspectiva financeira é influenciada por todas as<<strong>br</strong> />

perspectivas dos outros setores. Fazendo uma analogia, equivale dizer que a linha de<<strong>br</strong> />

lucro ou prejuízo é a última e resultante de esforços durante o exercício.<<strong>br</strong> />

2ª PERSPECTIVA: DOS CLIENTES<<strong>br</strong> />

A perspectiva dos clientes <strong>com</strong>eça <strong>com</strong> a identificação e decisão de quais<<strong>br</strong> />

clientes e mercados se deseja atingir e qual a proposta de valor que será oferecida a<<strong>br</strong> />

eles. A escolha do mercado-alvo é feita em alguma fase da vida da empresa, porém<<strong>br</strong> />

ela é passível de mudança em função de novos fatos, onde se pressupõe alteração<<strong>br</strong> />

nos produtos e serviços oferecidos e/ou segmento de mercado de atuação, por<<strong>br</strong> />

exemplo.<<strong>br</strong> />

Essa perspectiva contribui fortemente na consecução dos objetivos financeiros,<<strong>br</strong> />

em especial, de crescimento e rentabilidade, fornecendo o elo da empresa <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

entrada de recursos financeiros.<<strong>br</strong> />

Os objetivos são definidos após um amplo estudo so<strong>br</strong>e os diferentes<<strong>br</strong> />

segmentos de mercado, características dos clientes e preferências quanto a preço,<<strong>br</strong> />

qualidade e funcionalidade dos produtos, imagem e reputação da empresa e de seus<<strong>br</strong> />

produtos; e relacionamento e serviço da empresa para <strong>com</strong> os clientes.<<strong>br</strong> />

O objetivo "aumentar o nível de satisfação após a venda" está associado <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

retenção de clientes e participação de mercado, que poderá resultar em melhor<<strong>br</strong> />

rentabilidade. Isto é, o objetivo de uma perspectiva está conectado à outra, formando<<strong>br</strong> />

uma relação de causa e efeito.


26<<strong>br</strong> />

3ª PERSPECTIVA: DOS PROCESSOS INTERNOS<<strong>br</strong> />

A perspectiva dos processos internos é elaborada após a perspectiva<<strong>br</strong> />

financeira e dos clientes, pois estas fornecem as diretrizes para seus objetivos.<<strong>br</strong> />

A rentabilidade desejada pode implicar, por exemplo, em objetivos<<strong>br</strong> />

operacionais de produtividade e de entrega rápida, levando a alterações nos<<strong>br</strong> />

processos responsáveis pelo fornecimento que estão entre o momento do pedido e a<<strong>br</strong> />

entrega do produto. Mas o que são esses processos?<<strong>br</strong> />

São as diversas atividades empreendidas dentro da organização que, de uma<<strong>br</strong> />

forma ampla, possibilitam realizar desde a identificação das necessidades até a<<strong>br</strong> />

satisfação dos clientes. A<strong>br</strong>angem os processos de inovação (projeto e<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de produtos e serviços), de operação (produção e <strong>com</strong>ercialização) e<<strong>br</strong> />

de serviço pós-venda.<<strong>br</strong> />

Uma análise mais criteriosa dos processos internos nos indicará a existência<<strong>br</strong> />

de processos principais de negócio e processos de apoio.<<strong>br</strong> />

4ª PERSPECTIVA: DO APRENDIZADO E CRESCIMENTO<<strong>br</strong> />

A perspectiva do aprendizado e crescimento oferece a base para a consecução<<strong>br</strong> />

dos objetivos das outras perspectivas.<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard coloca muito claramente a importância do fator humano<<strong>br</strong> />

ao destacá-lo <strong>com</strong>o uma perspectiva à parte das outras. Isto não só porque a<<strong>br</strong> />

implantação de uma nova estratégia depende do fator humano, mas também devido a<<strong>br</strong> />

execução da estratégia atual depender das pessoas.<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard deve traduzir a missão e a estratégia de uma unidade<<strong>br</strong> />

de negócios em objetivos e medidas tangíveis.<<strong>br</strong> />

As medidas representam o equilí<strong>br</strong>io entre indicadores externos voltados para<<strong>br</strong> />

acionistas e clientes, e as medidas internas dos processos críticos de negócios,<<strong>br</strong> />

inovação, aprendizado e crescimento.


27<<strong>br</strong> />

Há um equilí<strong>br</strong>io entre as medidas de resultado – as conseqüências dos<<strong>br</strong> />

esforços do passado - e as medidas de determinado desempenho no futuro. Esse<<strong>br</strong> />

equilí<strong>br</strong>io leva a um conjunto de objetivos das unidades de negócios além das medidas<<strong>br</strong> />

financeiras sumarizadas.<<strong>br</strong> />

Com a adoção do Balanced Scorecard, a empresa constata que ele pode ser<<strong>br</strong> />

utilizado para:<<strong>br</strong> />

• Esclarecer e obter consenso em relação à estratégia;<<strong>br</strong> />

• Comunicar a estratégia à toda empresa;<<strong>br</strong> />

• Alinhar as metas departamentais e pessoais à estratégia;<<strong>br</strong> />

• Associar os objetivos estratégicos <strong>com</strong> metas de longo prazo e orçamentais<<strong>br</strong> />

anuais;<<strong>br</strong> />

• Identificar e alinhar as iniciativas estratégicas;<<strong>br</strong> />

• Obter "feedback" para aprofundar o conhecimento da estratégia e<<strong>br</strong> />

aperfeiçoá-la.;<<strong>br</strong> />

• Realizar revisões estratégicas periódicas e sistemáticas.<<strong>br</strong> />

2.4 TECNOLOGIAS APLICADAS A SISTEMAS DE INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

EMPRESARIAIS<<strong>br</strong> />

Sistemas de Informação podem funcionar até mesmo sem recursos<<strong>br</strong> />

tecnológicos <strong>com</strong>putacionais porém as empresas que requerem todas as vantagens<<strong>br</strong> />

oferecidas pela Tecnologia da Informação necessitam de uma ou mais tecnologias<<strong>br</strong> />

aplicadas à geração de informações para auxiliar em seus processos decisórios<<strong>br</strong> />

focados no negócio empresarial.<<strong>br</strong> />

Somente <strong>com</strong> a aplicação dessas tecnologias é possível o real e efetivo<<strong>br</strong> />

funcionamento dos Sistemas de Informação, sob a ótica da lucratividade e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitividade empresarial.<<strong>br</strong> />

Serão descritas a seguir as principais tecnologias aplicadas aos Sistemas de<<strong>br</strong> />

Informação. Elas estão agrupadas conforme seu nível de aplicação e uso dentro da<<strong>br</strong> />

corporação. Dessa forma, três grandes áreas podem ser definidas:


28<<strong>br</strong> />

a) Relacionamento externo (clientes e fornecedores). Corresponde aos<<strong>br</strong> />

sistemas de informação que permitem, numa ponta da cadeia, o<<strong>br</strong> />

conhecimento so<strong>br</strong>e o cliente e o atendimento a suas necessidades e, na<<strong>br</strong> />

outra ponta, o contato <strong>com</strong> os fornecedores, automatizando todo o<<strong>br</strong> />

processo de negociação, <strong>com</strong>pra e atendimento ao cliente. Entre as<<strong>br</strong> />

tecnologias descritas estão:<<strong>br</strong> />

i. Comércio Eletrônico (eCommerce)<<strong>br</strong> />

ii. Gestão da cadeia de suprimentos (SCM)<<strong>br</strong> />

iii. Gestão de relacionamento <strong>com</strong> o cliente (CRM)<<strong>br</strong> />

iv. Planejamento cooperativo, previsão e ressuprimento (CPFR)<<strong>br</strong> />

v. Tecnologias móveis (mBusiness)<<strong>br</strong> />

b) Gerenciamento interno e tomada de decisão estratégica.<<strong>br</strong> />

Corresponde aos sistemas que gerenciam os processos de conhecimento<<strong>br</strong> />

dentro da empresa e dão suporte à tomada de decisão. Entre as<<strong>br</strong> />

tecnologias descritas encontram-se:<<strong>br</strong> />

i. Aprendizado assistido por <strong>com</strong>putador (e-Learning)<<strong>br</strong> />

ii. Inteligência do negócio (BI)<<strong>br</strong> />

iii. Gestão do conhecimento (KM)<<strong>br</strong> />

c) Gerenciamento operacional. Corresponde aos sistemas que gerenciam<<strong>br</strong> />

a informação dos processos internos à empresa e que garantem o fluxo<<strong>br</strong> />

de informações no nível operacional. Será descrito o sistema de<<strong>br</strong> />

gerenciamento integrado dos recursos operacionais da empresa<<strong>br</strong> />

(Entreprise Resource Planning - ERP).


29<<strong>br</strong> />

2.4.1 RELACIONAMENTO EXTERNO (FORNECEDORES E CLIENTES )<<strong>br</strong> />

2.4.1.1 eCommerce<<strong>br</strong> />

Segundo Drucker (2001, p. 73):<<strong>br</strong> />

“A verdadeira força motriz da revolução da<<strong>br</strong> />

informação é o Comércio Eletrônico, o uso da<<strong>br</strong> />

Internet <strong>com</strong>o canal mundial de distribuição de<<strong>br</strong> />

produtos e serviços, e até de empregos. Essa<<strong>br</strong> />

nova realidade está modificando<<strong>br</strong> />

profundamente as economias, os valores e o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamento dos consumidores, o mercado<<strong>br</strong> />

de trabalho, a sociedade enfim. E deve levar à<<strong>br</strong> />

criação de novos e inesperados setores de<<strong>br</strong> />

atividade. Trata-se apenas de uma previsão,<<strong>br</strong> />

mas feita segundo a premissa de que a<<strong>br</strong> />

revolução da informação evoluirá do mesmo<<strong>br</strong> />

modo que outras revoluções tecnológicas dos<<strong>br</strong> />

últimos 500 anos”.<<strong>br</strong> />

O Comércio Eletrônico refere-se a toda transação <strong>com</strong>ercial por meio<<strong>br</strong> />

eletrônico: entrada de pedidos, a<strong>com</strong>panhamento e consulta de pedidos, prestação de<<strong>br</strong> />

serviços (assistência técnica, entre outros).<<strong>br</strong> />

Atualmente o termo eCommerce (Comércio Eletrônico) está sendo<<strong>br</strong> />

amplamente divulgado pela mídia e também é assunto preferido daqueles que estão<<strong>br</strong> />

em sintonia <strong>com</strong> os negócios. Mas, nunca é demais lem<strong>br</strong>ar que, eCommerce significa<<strong>br</strong> />

conduzir negócios eletronicamente em qualquer setor. Ou seja, via <strong>com</strong>putador,<<strong>br</strong> />

realizar uma <strong>com</strong>pra, uma venda, uma transação <strong>com</strong>ercial que antes era feita por<<strong>br</strong> />

meios convencionais.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, assim <strong>com</strong>o a evolução tecnológica e a explosão da Internet, o<<strong>br</strong> />

eCommerce vem também mudando o <strong>com</strong>portamento das pessoas e a maneira de se<<strong>br</strong> />

fazer negócios, apresentando baixos custos na transação e sem limites geográficos.<<strong>br</strong> />

Na indústria química está sendo criada uma nova base para o<<strong>br</strong> />

relacionamento entre fornecedores e clientes. Os especialistas prevêem que em<<strong>br</strong> />

aproximadamente três anos, esta atividade representará um dos maiores segmentos<<strong>br</strong> />

do Comércio Eletrônico mundial.


30<<strong>br</strong> />

Há quatro anos a BASF <strong>com</strong>eçou a desenvolver soluções de vendas<<strong>br</strong> />

eletrônicas e integrá-las aos conceitos de vendas do Grupo.<<strong>br</strong> />

Como resultado destes passos pioneiros, a empresa está entre os líderes do<<strong>br</strong> />

Comércio Eletrônico na indústria química européia.<<strong>br</strong> />

2.4.1.2 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT - SCM<<strong>br</strong> />

A Gestão da Cadeia de Suprimentos tem representado uma nova e<<strong>br</strong> />

promissora fronteira para empresas interessadas na obtenção de vantagens<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivas de forma efetiva, e pode ser considerada uma visão expandida,<<strong>br</strong> />

atualizada e, so<strong>br</strong>etudo, holística da administração de materiais tradicional,<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>angendo a gestão de toda a cadeia produtiva de uma forma estratégica e<<strong>br</strong> />

integrada.<<strong>br</strong> />

SCM pressupõe, fundamentalmente, que as empresas devem definir suas<<strong>br</strong> />

estratégias <strong>com</strong>petitivas e funcionais através de seus posicionamentos (tanto <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

fornecedores, quanto <strong>com</strong>o clientes) dentro das cadeias produtivas nas quais se<<strong>br</strong> />

inserem.<<strong>br</strong> />

Assim, é importante ressaltar que o escopo da SCM a<strong>br</strong>ange toda a cadeia<<strong>br</strong> />

produtiva, incluindo também a relação da empresa <strong>com</strong> seus clientes e não apenas a<<strong>br</strong> />

relação <strong>com</strong> os seus fornecedores. SCM também introduz uma importante mudança<<strong>br</strong> />

no paradigma <strong>com</strong>petitivo, na medida em que considera que a <strong>com</strong>petição no mercado<<strong>br</strong> />

ocorre, de fato, no nível das cadeias produtivas e não apenas no nível das unidades<<strong>br</strong> />

de negócios (isoladas).<<strong>br</strong> />

Essa mudança resulta num modelo <strong>com</strong>petitivo baseado no fundamento de<<strong>br</strong> />

que atualmente a <strong>com</strong>petição se dá, realmente, entre "virtuais unidades de negócios",<<strong>br</strong> />

ou seja, entre cadeias produtivas.<<strong>br</strong> />

As mais efetivas práticas na SCM visam obter uma "virtual unidade de<<strong>br</strong> />

negócios", proporcionando assim muitos dos benefícios da tradicional integração<<strong>br</strong> />

vertical, sem as <strong>com</strong>uns desvantagens em termos de custo e perda de flexibilidade<<strong>br</strong> />

inerente à mesma. Uma “virtual unidade de negócios” é então formada pelo conjunto<<strong>br</strong> />

de unidades (geralmente representadas por empresas distintas) que <strong>com</strong>põe uma<<strong>br</strong> />

determinada cadeia produtiva.


31<<strong>br</strong> />

Uma unidade de negócios pode então, participar de diversas “virtuais<<strong>br</strong> />

unidades de negócios”, <strong>com</strong>o é o caso, por exemplo, de várias empresas de<<strong>br</strong> />

autopeças que atuam em “virtuais unidades de negócios” lideradas por grandes<<strong>br</strong> />

montadoras.<<strong>br</strong> />

Em termos práticos, essa virtual unidade de negócios deve se preocupar <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a <strong>com</strong>petitividade do produto perante o consumidor final e <strong>com</strong> o desempenho da<<strong>br</strong> />

cadeia produtiva <strong>com</strong>o um todo. Isso acarreta uma necessidade de gestão integrada<<strong>br</strong> />

da cadeia produtiva, requerendo um estreitamento nas relações e a criação conjunta<<strong>br</strong> />

de <strong>com</strong>petências distintivas pelas unidades (empresas) da mesma.<<strong>br</strong> />

Um objetivo básico na SCM é maximizar e tornar realidade as potenciais<<strong>br</strong> />

sinergias entre as partes da cadeia produtiva, de forma a atender o consumidor final<<strong>br</strong> />

mais eficientemente, tanto por meio da redução dos custos, <strong>com</strong>o da adição de mais<<strong>br</strong> />

valor aos produtos finais.<<strong>br</strong> />

Valores têm sido adicionados aos produtos, por meio da criação de bens e<<strong>br</strong> />

serviços customizados, do desenvolvimento conjunto de <strong>com</strong>petências distintivas;<<strong>br</strong> />

através da cadeia produtiva e dos esforços para que, tanto fornecedores <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

clientes, aumentem mutuamente a sua lucratividade.<<strong>br</strong> />

Redução dos custos tem sido obtida <strong>com</strong> a diminuição do volume de<<strong>br</strong> />

transações de informações e papéis, dos custos de transporte e estocagem, e da<<strong>br</strong> />

variabilidade da demanda de produtos e serviços, dentre outros.<<strong>br</strong> />

Práticas eficazes na SCM têm sido implementadas em todo mundo, as quais<<strong>br</strong> />

têm visado a simplificação e obtenção de uma cadeia produtiva mais eficiente.<<strong>br</strong> />

Resultados positivos têm sido alcançados principalmente utilizando-se<<strong>br</strong> />

procedimentos <strong>com</strong>o os listados abaixo:<<strong>br</strong> />

• Reestruturação e consolidação do número de fornecedores e<<strong>br</strong> />

clientes: Significa reestruturar (geralmente <strong>com</strong> redução) o número de<<strong>br</strong> />

fornecedores e clientes, construindo e aprofundando as relações de<<strong>br</strong> />

parceria <strong>com</strong> o conjunto de empresas <strong>com</strong> as quais, realmente, se deseja<<strong>br</strong> />

desenvolver um relacionamento colaborativo e <strong>com</strong> resultado sinérgico;<<strong>br</strong> />

• Divisão de informações e integração da infra-estrutura <strong>com</strong> clientes<<strong>br</strong> />

e fornecedores: A integração de Sistemas de<<strong>br</strong> />

Informação/<strong>com</strong>putacionais e a utilização crescente de sistemas <strong>com</strong>o o


32<<strong>br</strong> />

EDI (Electronic Data Interchange) entre fornecedores, clientes e<<strong>br</strong> />

operadores logísticos têm permitido a prática, por exemplo, da reposição<<strong>br</strong> />

automática do produto na prateleira do cliente, ECR (Efficient Consumer<<strong>br</strong> />

Response). Tais práticas têm proporcionado, so<strong>br</strong>etudo, trabalhar <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

entregas just-in-time e diminuir os níveis gerais de estoques. Também, a<<strong>br</strong> />

utilização de representantes permanentes (In - plant representatives)<<strong>br</strong> />

junto aos clientes tem facilitado, dentre outras coisas, um melhor<<strong>br</strong> />

balanceamento entre as necessidades dos mesmos e a capacidade<<strong>br</strong> />

produtiva do fornecedor, bem <strong>com</strong>o maior agilidade na resolução de<<strong>br</strong> />

problemas.<<strong>br</strong> />

2.4.1.3 CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT - CRM<<strong>br</strong> />

O CRM é um conceito atual na evolução de ferramentas capazes de fazer<<strong>br</strong> />

diferença na disputa implacável entre as empresas por mais <strong>com</strong>petitividade nos<<strong>br</strong> />

negócios e no seu relacionamento <strong>com</strong> os clientes.<<strong>br</strong> />

A iniciativa CRM objetiva criar o melhor relacionamento possível <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

cliente, em todo o ciclo de vida do cliente <strong>com</strong> a empresa, e não apenas na venda.<<strong>br</strong> />

Não é em absoluto uma idéia nova, uma vez que muitas empresas sempre<<strong>br</strong> />

pretenderam criar um bom relacionamento <strong>com</strong> os seus clientes. Mas, o que desperta<<strong>br</strong> />

tanto interesse atualmente é a disponibilidade de tecnologias que facilitam esta<<strong>br</strong> />

atividade.<<strong>br</strong> />

Antes do CRM, tivemos, <strong>com</strong>o conceitos catalisadores desse esforço, o<<strong>br</strong> />

Executive Information System (EIS), o Data Mining (“garimpagem” de dados em uma<<strong>br</strong> />

base de dados), o Supply Chain e, mais recentemente, a integração da Internet nos<<strong>br</strong> />

processos de negócio de forma ágil, simplificada e num contexto visual.<<strong>br</strong> />

Embora a área da Tecnologia da Informação tenha um papel<<strong>br</strong> />

importantíssimo, pois deve fornecer a infra-estrutura de tecnologia (software e<<strong>br</strong> />

hardware), ela não deve ser a patrocinadora do processo.<<strong>br</strong> />

Quem conhece e pode direcionar a iniciativa CRM é, sem som<strong>br</strong>a de dúvida,<<strong>br</strong> />

o setor de marketing.


33<<strong>br</strong> />

Muitas empresas estão encarando o CRM <strong>com</strong>o um aspecto meramente<<strong>br</strong> />

tecnológico, sem foco estratégico de <strong>com</strong>unicação. E é exatamente aqui onde devem<<strong>br</strong> />

entrar os especialistas em marketing, planejando e sistematizando ações que<<strong>br</strong> />

usufruam todo o potencial tecnológico citado, avaliando resultados e identificando<<strong>br</strong> />

oportunidades sempre que possível.<<strong>br</strong> />

Para a criação de um CRM primeiramente é preciso dispor das informações<<strong>br</strong> />

adequadas so<strong>br</strong>e os clientes.<<strong>br</strong> />

Um CRM pode ser considerado um Datamart (base de dados específica<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e um assunto) de marketing, <strong>com</strong> informações específicas so<strong>br</strong>e clientes.<<strong>br</strong> />

Na prática é impossível chegar-se a 100% do detalhe de cada cliente da<<strong>br</strong> />

empresa, mesmo porque muitos deles não justificariam tal investimento.<<strong>br</strong> />

Apesar da proposta do CRM ser, fazer <strong>com</strong> que a empresa venha apenas a<<strong>br</strong> />

ter clientes rentáveis, no dia a dia isto dificilmente será alcançado.<<strong>br</strong> />

Segundo pesquisa realizada pelo Gartner Group (2001), o investimento<<strong>br</strong> />

mundial em CRM crescerá de US$ 23 bilhões para US$ 76,3 bilhões em 2005.<<strong>br</strong> />

Outras pesquisas fazem estimativas ainda mais otimistas: de acordo <strong>com</strong> um<<strong>br</strong> />

estudo desenvolvido pelo Instituto IDC (IDC Brasil Pesquisas), as vendas no setor de<<strong>br</strong> />

CRM devem ter crescimento anual de 25%. O levantamento da instituição indica que o<<strong>br</strong> />

volume de negócios gerados deve pular de US$ 61 bilhões, no ano de 2001, para US$<<strong>br</strong> />

148 bilhões, em 2005.<<strong>br</strong> />

Quaisquer que sejam os números corretos representam um investimento<<strong>br</strong> />

muito expressivo. O interessante é desco<strong>br</strong>ir o que faz <strong>com</strong> que haja um crescimento<<strong>br</strong> />

tão rápido no volume de investimento .<<strong>br</strong> />

A resposta para isso parece ser que as empresas estão percebendo a<<strong>br</strong> />

mudança havida no <strong>com</strong>portamento dos consumidores.<<strong>br</strong> />

Antigamente, marcas consagradas tinham seu consumo preservado entre<<strong>br</strong> />

seus consumidores. A preocupação não era manter os clientes antigos, e sim<<strong>br</strong> />

conquistar novos consumidores.<<strong>br</strong> />

Atualmente, porém, os clientes demonstram lealdade de marca cada vez<<strong>br</strong> />

menor, podendo mudar de uma para outra sem sentimento de traição à marca favorita.


34<<strong>br</strong> />

Portanto, conquistar novos clientes pode ser fácil, o que parece difícil é fazer<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> que continuem <strong>com</strong>prando regularmente uma mesma marca ou um mesmo<<strong>br</strong> />

serviço.<<strong>br</strong> />

As empresas que adotaram o CRM tiveram um aumento de 42% nas vendas,<<strong>br</strong> />

uma diminuição de 35% nos custos de vendas e uma queda de 40% nos custos de<<strong>br</strong> />

serviços. Além disso, um estudo realizado pela Andersen Consulting <strong>com</strong> grandes<<strong>br</strong> />

empresas, baseado em 54 critérios de avaliação, revelou que o retorno dos<<strong>br</strong> />

investimentos dessas empresas foi de 33% após a implementação do CRM (estas<<strong>br</strong> />

estatísticas são para empresas dentro dos EUA).<<strong>br</strong> />

2.4.1.4 COLLABORATIVE PLANNING, FORECASTING AND<<strong>br</strong> />

REPLENISHMENT - CPFR<<strong>br</strong> />

O CPFR (Planejamento cooperativo, previsão e ressuprimento) amplia as<<strong>br</strong> />

fronteiras do processo de previsão de vendas para a cadeia de suprimentos.<<strong>br</strong> />

A implementação do gerenciamento da demanda no contexto de uma cadeia<<strong>br</strong> />

de suprimentos tem sido alvo de diversos programas gerenciais, os quais, em linhas<<strong>br</strong> />

gerais, consistem em extensões dos processos de previsão e seus <strong>com</strong>ponentes<<strong>br</strong> />

principais (técnicas, sistemas de suporte à decisão e gerenciamento da organização).<<strong>br</strong> />

Sua missão está fortemente associada a outros esforços semelhantes, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

a iniciativa ECR (Efficient Consumer Response) e outros programas de resposta<<strong>br</strong> />

rápida.<<strong>br</strong> />

Uma evidência neste sentido é o objetivo de promover a parceria entre<<strong>br</strong> />

varejistas e fornecedores através do <strong>com</strong>partilhamento dinâmico de informações ao<<strong>br</strong> />

longo da cadeia de suprimentos.<<strong>br</strong> />

A diferença entre o gerenciamento da demanda no âmbito de uma empresa<<strong>br</strong> />

para o seu gerenciamento na cadeia de suprimentos (sob a proposta do CPFR)<<strong>br</strong> />

consiste na identificação de dados e informações <strong>com</strong>paráveis por diversas empresas<<strong>br</strong> />

da cadeia.<<strong>br</strong> />

Do ponto de vista operacional, o CPFR pode permitir a sincronização de<<strong>br</strong> />

diferentes funções em varejistas e bens de consumo. Para tal, tornam-se necessários


35<<strong>br</strong> />

sofisticados sistemas de processamento e tecnologia de rede que interajam <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

demais aplicativos referentes ao gerenciamento da cadeia de suprimentos.<<strong>br</strong> />

Os pontos de contato vão depender se uma empresa é um varejista ou um<<strong>br</strong> />

fornecedor, ou seja, o quão distante está um determinado estágio do consumidor final.<<strong>br</strong> />

Os tópicos a seguir exemplificam algumas classes de sistemas de suporte à<<strong>br</strong> />

decisão <strong>com</strong> as quais o CPFR interage no varejo e nos fa<strong>br</strong>icantes de bens de<<strong>br</strong> />

consumo.<<strong>br</strong> />

• Sistemas responsáveis pelo planejamento de merchandising, gerando<<strong>br</strong> />

previsões de vendas e promoções;<<strong>br</strong> />

• Sistemas responsáveis pela distribuição, incluindo o gerenciamento de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pras e armazenagem ou aplicações para planejamento do<<strong>br</strong> />

ressuprimento, gerando previsões de pedidos, a<strong>com</strong>panhando<<strong>br</strong> />

carregamentos em trânsito e fornecendo informações em tempo real<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o centro de distribuição;<<strong>br</strong> />

• Sistemas responsáveis pela operação das lojas, reposição e colocação<<strong>br</strong> />

do pedidos.<<strong>br</strong> />

Nos fornecedores:<<strong>br</strong> />

• Aplicações CRM (Customer Relationship Management), auxiliando a<<strong>br</strong> />

força de vendas a desenvolver promoções e prever vendas;<<strong>br</strong> />

• Aplicações APS (Advanced Planning and Scheduling), permitindo a<<strong>br</strong> />

elaboração de planos de ressuprimento;<<strong>br</strong> />

• Aplicações ERP (Enterprise Resource Planning), associadas à produção<<strong>br</strong> />

e distribuição de produtos, baseada na demanda da empresa .<<strong>br</strong> />

Dentre as principais características do CPFR cabe destacar :<<strong>br</strong> />

• Participação de times de trabalho no desenvolvimento de planos<<strong>br</strong> />

promocionais, alteração nas políticas de estoque e mudanças de produto<<strong>br</strong> />

para cada categoria;<<strong>br</strong> />

• Identificação de exceções quando da análise da demanda <strong>com</strong>partilhada;


36<<strong>br</strong> />

• Compartilhamento de planos de reposição.<<strong>br</strong> />

Uma premissa básica do CPFR é que cada organização utilizará informações<<strong>br</strong> />

detalhadas dos planos de negócio desenvolvidos conjuntamente no seu<<strong>br</strong> />

replanejamento em tempo real, <strong>com</strong>partilhando os resultados em intervalos de tempos<<strong>br</strong> />

regulares ou tão logo ocorram mudanças mercadológicas ou problemas nas<<strong>br</strong> />

operações logísticas. Como cada estágio pode gerenciar até milhares de produtos<<strong>br</strong> />

distribuídos por vários locais, não é factível <strong>com</strong>parar discrepâncias entre valores<<strong>br</strong> />

planejados e realizados sem o auxílio da tecnologia de informação.<<strong>br</strong> />

O princípio é que se os planejamentos de cada estágio da cadeia estiverem<<strong>br</strong> />

próximos o suficiente, a probabilidade de adotar ações corretivas <strong>com</strong> relação aos<<strong>br</strong> />

níveis de estoque ou políticas de ressuprimento é mínima.<<strong>br</strong> />

A tecnologia CPFR permite a identificação de exceções nas milhares de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>binações produtos/locais que são planejadas por cada empresa. Sua adoção tem<<strong>br</strong> />

permitido reduzir substancialmente os custos da falta e do excesso de produtos na<<strong>br</strong> />

cadeia de suprimentos.<<strong>br</strong> />

O <strong>com</strong>ércio colaborativo busca, <strong>com</strong>o objetivo último, incrementar as<<strong>br</strong> />

parcerias entre produtores e distribuidores por meio da gestão conjunta de processos,<<strong>br</strong> />

integrando as vertentes da procura e do fornecimento e fomentando a troca de<<strong>br</strong> />

informação para melhor servir e fidelizar o cliente/consumidor final.<<strong>br</strong> />

Resta reafirmar que o <strong>com</strong>ércio colaborativo representa uma oportunidade<<strong>br</strong> />

ainda pouco explorada e <strong>com</strong> grandes vantagens para o lado da procura.<<strong>br</strong> />

A agilidade das empresas atuais deve passar, cada vez mais, pela partilha de<<strong>br</strong> />

informação atual e daquela relativa às previsões de futuro, permitindo às várias<<strong>br</strong> />

entidades o planejamento conjunto da rede/cadeia de abastecimento em que se<<strong>br</strong> />

inserem.<<strong>br</strong> />

E será importante não esquecer que, além do <strong>com</strong>ando da rede/cadeia se<<strong>br</strong> />

fazer pelo lado do cliente/consumidor final (em função das suas exigências), advindo<<strong>br</strong> />

daí os benefícios da fidelização, o <strong>com</strong>ércio colaborativo, representa para as<<strong>br</strong> />

empresas em parceria alguns aspectos importantes e a considerar, nomeadamente:<<strong>br</strong> />

a) Oportunidades quanto aos proveitos acrescidos: as vendas perdidas por<<strong>br</strong> />

falta de adequação entre a oferta e procura na parte final da rede/cadeia<<strong>br</strong> />

criam uma oportunidade a explorar;


37<<strong>br</strong> />

b) Reduções de inventário: esta colaboração tem um papel decisivo na<<strong>br</strong> />

gestão da incerteza e das ineficiências nos processos que conduzem ao<<strong>br</strong> />

aumento dos estoques;<<strong>br</strong> />

c) Melhorias no ROI (return on investment) tecnológico: através do CPFR os<<strong>br</strong> />

investimentos em tecnologia para integração podem ser mais baixos e<<strong>br</strong> />

estendidos a maior número de parceiros;<<strong>br</strong> />

d) Melhorias no ROI genérico: O ROI conseguido via CPFR será substancial<<strong>br</strong> />

para a maioria das empresas integradas neste modelo.<<strong>br</strong> />

2.4.1.5 MOBILE BUSINESS - MB<<strong>br</strong> />

Mobile Business (negócio móvel) é a integração de mobilidade, internet e<<strong>br</strong> />

eCommerce.<<strong>br</strong> />

Ele a<strong>br</strong>ange infra-estrutura, soluções e serviços para que todos se<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>uniquem e façam negócios de qualquer lugar, através de qualquer rede, para<<strong>br</strong> />

qualquer aparelho, em qualquer situação.<<strong>br</strong> />

Possibilita às pessoas e às empresas ganharem mobilidade e flexibilidade<<strong>br</strong> />

ilimitadas, oportunidades ilimitadas para gerarem novos modelos de negócios e novas<<strong>br</strong> />

receitas.<<strong>br</strong> />

O Mobile Business refere-se ao eCommerce em movimento.<<strong>br</strong> />

Porém não é simplesmente a extensão da telefonia. É a extensão móvel dos<<strong>br</strong> />

serviços e aplicações ao lar, ao escritório, e ao mercado global. Portanto, Mobile<<strong>br</strong> />

Business a<strong>br</strong>ange a mobilidade pessoal, a mobilidade do local de trabalho, a<<strong>br</strong> />

mobilidade dos serviços e aplicações assim <strong>com</strong>o a mobilidade dos seus negócios.<<strong>br</strong> />

Simultaneamente, cada vez mais soluções desta natureza estão emergindo<<strong>br</strong> />

na área de entretenimento, serviços de informática e <strong>com</strong>ércio móvel.


38<<strong>br</strong> />

2.4.2 GERENCIAMENTO INTERNO E TOMADA DE DECISÃO<<strong>br</strong> />

ESTRATÉGICA<<strong>br</strong> />

2.4.2.1 e-Learning<<strong>br</strong> />

Por e-Learning (aprendizado eletrônico) entendemos todas as abordagens<<strong>br</strong> />

instrucionais que utilizam os conceitos de ensino à distância e que lançam mão dos<<strong>br</strong> />

mais modernos canais de <strong>com</strong>unicação disponíveis.<<strong>br</strong> />

Isto inclui o CBT (Computer-Based Training) <strong>com</strong> multimídia em CD-ROM,<<strong>br</strong> />

Internet e Intranet Corporativa.<<strong>br</strong> />

No e-Learning a maior parte do contato do participante <strong>com</strong> o treinamento<<strong>br</strong> />

é realizada via <strong>com</strong>putador.<<strong>br</strong> />

Podem existir atividades off-line <strong>com</strong>o, por exemplo, um exercício prático<<strong>br</strong> />

ou a leitura de material impresso, porém, a maior parte do conteúdo instrucional é<<strong>br</strong> />

apresentado on-line.<<strong>br</strong> />

Uma de suas principais vantagens reside na sua característica interativa,<<strong>br</strong> />

possibilitando uma participação mais ativa do aluno no processo de aprendizagem.<<strong>br</strong> />

Esta característica também é responsável pela motivação promovida pelo feedback<<strong>br</strong> />

imediato ao aprendiz.<<strong>br</strong> />

O e-Learning também pode contemplar a <strong>com</strong>unicação entre o participante<<strong>br</strong> />

e o autor do curso, bem <strong>com</strong>o entre os próprios participantes, criando um contexto<<strong>br</strong> />

mais favorável ao aprendizado.<<strong>br</strong> />

Esta <strong>com</strong>unicação pode se dar de forma síncrona (por exemplo, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

utilização de salas fechadas de bate-papo <strong>com</strong> a presença de um tutor) ou assíncrona<<strong>br</strong> />

(por exemplo, através de e-mails, etc.).<<strong>br</strong> />

2.4.2.2 BUSINESS INTELLIGENCE - BI<<strong>br</strong> />

Um dos grandes desafios de todo indivíduo que gerencia qualquer<<strong>br</strong> />

processo é a análise dos fatos relacionados a seu dever. Ela deve ser feita de modo


39<<strong>br</strong> />

que, <strong>com</strong> as ferramentas e dados disponíveis, o gerente possa detectar tendências e<<strong>br</strong> />

tomar decisões eficientes e no tempo correto.<<strong>br</strong> />

Com essa necessidade surgiu, então, o conceito de Business Intelligence<<strong>br</strong> />

ou BI que significa Inteligência Empresarial.<<strong>br</strong> />

Há milhares de anos, Fenícios, Persas, Egípcios e outros Orientais já<<strong>br</strong> />

faziam, a seu modo, Business Intelligence, ou seja, cruzavam informações<<strong>br</strong> />

provenientes da natureza, tais <strong>com</strong>o <strong>com</strong>portamento das marés, períodos de seca e<<strong>br</strong> />

de chuvas, posição dos astros, para tomar decisões que permitissem a melhoria de<<strong>br</strong> />

vida de suas <strong>com</strong>unidades.<<strong>br</strong> />

Business Intelligence é um conceito muito atual que vai além da gestão<<strong>br</strong> />

empresarial.<<strong>br</strong> />

Entre outras coisas, envolve a utilização de produtos e soluções <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

tecnologias analíticas de ponta que permitem transformar dados armazenados em<<strong>br</strong> />

bases de dados em informações que auxiliam os diversos níveis de uma empresa na<<strong>br</strong> />

tomada de decisões.<<strong>br</strong> />

Inteligência é o produto da transformação de dados em informação, após<<strong>br</strong> />

ser analisada ou inserida em um determinado ambiente. Esta informação<<strong>br</strong> />

transformada, aplicada a um determinado processo de decisão, gera vantagem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitiva para a organização.<<strong>br</strong> />

Business Intelligence é um termo cunhado pelo Gartner Group nos anos 80<<strong>br</strong> />

e descreve as habilidades das corporações para acessar dados e explorar as<<strong>br</strong> />

informações (normalmente contidas em um Data Warehouse, ou armazém de dados)<<strong>br</strong> />

e entendimentos a seu respeito, o que lhes permite incrementar e tornar mais pautada<<strong>br</strong> />

em informações a tomada de decisão.<<strong>br</strong> />

Aprofundando um pouco mais no conceito, podemos dizer que o BI é um<<strong>br</strong> />

sistema onde envolvemos a coleta de informações de diversas fontes, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

empresa, concorrentes, clientes, fornecedores, possibilidades de expansão do negócio<<strong>br</strong> />

(aquisições, joint-ventures e alianças), fatores sociais, políticos e econômicos que<<strong>br</strong> />

podem influenciar o negócio.<<strong>br</strong> />

Justamente o Business Intelligence, <strong>com</strong>o interface, analisa , processa e<<strong>br</strong> />

relaciona todas estas informações e as transforma em conhecimento estratégico.


40<<strong>br</strong> />

Para o armazenamento, organização e gerenciamento de dados, o BI se<<strong>br</strong> />

apóia em estruturas do tipo Data Warehouse e DataMarts.<<strong>br</strong> />

Pela ótica do usuário final, Data Warehouse é um banco de dados de alta<<strong>br</strong> />

disponibilidade, <strong>com</strong> todas as informações gerenciais/estratégicas de que precisam<<strong>br</strong> />

para tomar decisões, <strong>com</strong> dados confiáveis e em formato e agregação adequados. Os<<strong>br</strong> />

dados são sempre atualizados <strong>com</strong> a freqüência correta, preservando o histórico para<<strong>br</strong> />

permitir análises <strong>com</strong>parativas e a realização de projeções.<<strong>br</strong> />

O DataMart é uma abordagem específica do Data Warehouse, focada em<<strong>br</strong> />

uma área ou departamento.<<strong>br</strong> />

As características das ferramentas de BI para usuários finais são:<<strong>br</strong> />

• Acessar dados e análise das informações;<<strong>br</strong> />

• Buscar dados de várias fontes, sendo possível o correlacionamento dos<<strong>br</strong> />

mesmos;<<strong>br</strong> />

• Extrair e integrar dados de múltiplas fontes;<<strong>br</strong> />

• Fazer uso da experiência;<<strong>br</strong> />

• Analisar dados contextualizados;<<strong>br</strong> />

• Trabalhar <strong>com</strong> hipóteses;<<strong>br</strong> />

• Procurar relações de causa e efeito;<<strong>br</strong> />

• Transformar os registros obtidos em informação útil para o<<strong>br</strong> />

conhecimento empresarial;<<strong>br</strong> />

• Apresentação dos dados já agregados, trabalhados, contextualizados<<strong>br</strong> />

permitindo, assim, um melhor entendimento do negócio e um melhor<<strong>br</strong> />

planejamento das ações.<<strong>br</strong> />

A utilização das ferramentas de Business Intelligence provê benefícios<<strong>br</strong> />

concretos aos tomadores de decisão, permitindo:<<strong>br</strong> />

• Antecipação às mudanças <strong>br</strong>uscas no mercado;<<strong>br</strong> />

• Antecipação às ações dos <strong>com</strong>petidores;<<strong>br</strong> />

• Conhecimento so<strong>br</strong>e o negócio;


41<<strong>br</strong> />

• Aprendizado através do sucesso e falhas dos concorrentes;<<strong>br</strong> />

• Visão clara so<strong>br</strong>e novos negócios;<<strong>br</strong> />

• Auxílio na implementação de novas ferramentas gerenciais;<<strong>br</strong> />

• Conhecimento so<strong>br</strong>e novas tecnologias, produtos ou serviços que<<strong>br</strong> />

possam afetar direta e indiretamente o seu negócio.<<strong>br</strong> />

2.4.2.3 KNOWLEDGE MANAGEMENT - KM<<strong>br</strong> />

Knowledge Management, ou Gestão do conhecimento, não é uma nova<<strong>br</strong> />

tecnologia, é também um conceito, embora use outras tecnologias.<<strong>br</strong> />

As empresas não irão ao mercado <strong>com</strong>prar sistemas de gestão do<<strong>br</strong> />

conhecimento, tal <strong>com</strong>o não vão <strong>com</strong>prar sistemas de fluxo de trabalho.<<strong>br</strong> />

As organizações usam o “workflow” para construir sistemas de concessão<<strong>br</strong> />

de crédito, de contas a pagar ou de processamento de participações; do mesmo modo<<strong>br</strong> />

irão usar o Knowledge Management para organizar, codificar e disseminar o<<strong>br</strong> />

conhecimento implicado nos documentos e registros e principalmente a experiência e<<strong>br</strong> />

perícia acumulada nas pessoas: o seu capital de conhecimento.<<strong>br</strong> />

Farão isso para apoiar sua força de trabalho e propiciar aos gestores o<<strong>br</strong> />

conhecimento de que necessitam para atingir os objetivos da empresa.<<strong>br</strong> />

Muitas das tecnologias que atualmente empregamos serão usadas para<<strong>br</strong> />

gerir o conhecimento corporativo. A diferença estará no modo <strong>com</strong>o irão ser usadas.<<strong>br</strong> />

Esse conhecimento pode estar armazenado, em papel, em formato<<strong>br</strong> />

eletrônico; mas para ter valor tem que ser captado e aplicado pelos já chamados<<strong>br</strong> />

knowledge workers.<<strong>br</strong> />

O papel da gestão do conhecimento é essencialmente o de ligar dois nós<<strong>br</strong> />

da rede: os que têm o conhecimento e os que o procuram.<<strong>br</strong> />

O conhecimento existe sob duas formas: explícita e tácita. O conhecimento<<strong>br</strong> />

explícito é facilmente codificado e transmitido. O conhecimento tácito, é em grande,<<strong>br</strong> />

parte baseado na experiência pessoal, é subjetivo e difícil de transportar.


42<<strong>br</strong> />

O desafio que o conhecimento explícito nos coloca é o controle do seu<<strong>br</strong> />

volume para assegurar a sua relevância: a so<strong>br</strong>ecarga de informação e a dificuldade<<strong>br</strong> />

de filtra-la têm, até agora, absorvido grande parte do esforço das organizações.<<strong>br</strong> />

Cada vez mais estas <strong>com</strong>eçam a perceber que, numa arena em que a<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>evivência depende da inovação e esta se baseia na criatividade, a gestão do<<strong>br</strong> />

conhecimento tácito tornou-se estratégica. E, o maior desafio, que esta coloca é a<<strong>br</strong> />

formulação desse conhecimento numa forma <strong>com</strong>unicável.<<strong>br</strong> />

Uma empresa que se preocupa <strong>com</strong> o gerenciamento dos conhecimentos<<strong>br</strong> />

pode obter benefícios enormes, promovendo a integração de sua força de trabalho e<<strong>br</strong> />

cultura.<<strong>br</strong> />

Normalmente, a empresa perde conhecimentos quando funcionários<<strong>br</strong> />

mudam de departamentos ou deixam a empresa.<<strong>br</strong> />

Por meio de uma estrutura de gerenciamento de conhecimentos, eles<<strong>br</strong> />

poderão trocar idéias mesmo a grandes distâncias, o que representa um fator crucial<<strong>br</strong> />

para as empresas que estão se posicionando na economia global.<<strong>br</strong> />

Esta abordagem permite que as melhores práticas e métodos sejam<<strong>br</strong> />

centralizados, resultando em produtos e serviços de alta qualidade, eliminando a<<strong>br</strong> />

"síndrome de reinventar a roda".<<strong>br</strong> />

Ela permite a redução de custos por meio do <strong>com</strong>partilhamento de técnicas<<strong>br</strong> />

e otimização das atividades e processos empresariais, e principalmente, aumenta a<<strong>br</strong> />

resposta às necessidade do cliente através do Banco de Conhecimentos de toda a<<strong>br</strong> />

organização.<<strong>br</strong> />

As soluções de Knowledge Management consistem na <strong>com</strong>binação e<<strong>br</strong> />

melhoramento de tecnologias existentes.<<strong>br</strong> />

As organizações utilizam, já hoje, várias das tecnologias que podem ajudalas<<strong>br</strong> />

no seu esforço para uma gestão do conhecimento. Evidentemente a Gestão<<strong>br</strong> />

Documental, o Workflow, o Groupware, as ferramentas de Indexação, os Sistemas de<<strong>br</strong> />

Busca são parte desse esforço.<<strong>br</strong> />

Essas ferramentas se prestam a várias das funções de gestão do<<strong>br</strong> />

conhecimento:


43<<strong>br</strong> />

Intermediação: o foco incide so<strong>br</strong>e as ferramentas de Groupware e<<strong>br</strong> />

Workflow, Intranets e ferramentas de pesquisa (texto<<strong>br</strong> />

integral ou outras).<<strong>br</strong> />

Exteriorização: incluem as que captam e organizam a informação:<<strong>br</strong> />

imagem, gestão documental.<<strong>br</strong> />

Interiorização.: cabe extrair e filtrar a informação do repositório externo ;<<strong>br</strong> />

a maioria são motores de pesquisa, agentes de “data<<strong>br</strong> />

warehousing” que vão mais além da pesquisa baseada<<strong>br</strong> />

na palavra para o terreno de “data mining” <strong>com</strong> pesquisa<<strong>br</strong> />

baseada no conceito e na heurística.<<strong>br</strong> />

É importante não esquecer que, dentro de cada uma destas categorias de<<strong>br</strong> />

funções, existe espaço para outras ferramentas e tecnologias mais tradicionais <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

microfilme e até a conversa. Não se deve cair no excesso de simplificação e<<strong>br</strong> />

considerar a gestão do conhecimento <strong>com</strong>o uma mera coleção tecnológica.<<strong>br</strong> />

As soluções tecnológicas só são bem sucedidas quando perfeitamente em<<strong>br</strong> />

simbiose <strong>com</strong> as pessoas que as usam.<<strong>br</strong> />

Knowledge Management não é um sistema, uma caixa preta que se<<strong>br</strong> />

desem<strong>br</strong>ulhe, ligue e <strong>com</strong>ece a trabalhar. É uma cultura, uma maneira de proceder,<<strong>br</strong> />

um ambiente operacional que é potencializado pela aplicação orquestrada de pessoas,<<strong>br</strong> />

processos de negócio e tecnologias.<<strong>br</strong> />

2.4.3 NÍVEL OPERACIONAL<<strong>br</strong> />

2.4.3.1 ENTERPRISE RESOURCE PLANNING - ERP<<strong>br</strong> />

Foi uma das tendências mais marcantes na área de Sistemas de<<strong>br</strong> />

Informação nos últimos anos.<<strong>br</strong> />

Estes produtos caracterizam-se por um conjunto de subsistemas<<strong>br</strong> />

integrados, capazes de suprir as necessidades de informação e automatizar os<<strong>br</strong> />

diversos processos empresariais, desde a entrada de um pedido de um cliente, até


44<<strong>br</strong> />

sua expedição, incluindo o planejamento dos recursos financeiros, materiais e<<strong>br</strong> />

humanos para sua produção.<<strong>br</strong> />

O ERP é uma evolução de conceitos mais antigos na área de<<strong>br</strong> />

planejamento e controle da produção nas organizações industriais.<<strong>br</strong> />

Em geral, os produtos ERP agregam as funcionalidades previstas pela<<strong>br</strong> />

filosofia MRP (Manufacturing Resources Planning) e MRP II que, a princípio, focalizam<<strong>br</strong> />

a preocupação <strong>com</strong> os recursos materiais para a produção, <strong>com</strong> as funcionalidades<<strong>br</strong> />

oferecidas por sistemas das áreas financeira, contábil, <strong>com</strong>ercial e de recursos<<strong>br</strong> />

humanos.<<strong>br</strong> />

Assim, o conceito de ERP tem sua fundamentação no planejamento<<strong>br</strong> />

integrado de todos os recursos necessários para a produção industrial. Entretanto, os<<strong>br</strong> />

produtos ERP buscam uma universalização destes conceitos, propondo sua<<strong>br</strong> />

adaptação para organizações não industriais.<<strong>br</strong> />

Um dos fatores que levaram as empresas a procurarem produtos ERP foi,<<strong>br</strong> />

também, a necessidade de se preparar para enfrentar o problema da passagem do<<strong>br</strong> />

milênio.<<strong>br</strong> />

As grandes corporações que dispunham de sistemas antigos viram <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

uma opção viável o investimento em novos sistemas, excluídos do risco do problema<<strong>br</strong> />

do ano 2000, ao invés de empreenderem esforços na manutenção de seus sistemas<<strong>br</strong> />

ultrapassados.<<strong>br</strong> />

Por outro lado, um outro fator que levou ao crescimento dos negócios<<strong>br</strong> />

relacionados a ERP, é o próprio amadurecimento da informática e a visão, por parte<<strong>br</strong> />

das empresas, da necessidade de investir em sistemas integrados <strong>com</strong>o forma de<<strong>br</strong> />

potencializar seus negócios.<<strong>br</strong> />

Diante deste quadro, uma série de software houses passaram a oferecer<<strong>br</strong> />

sistemas ERP, que inicialmente, em virtude dos altos investimentos, eram destinados<<strong>br</strong> />

em sua maior parte às grandes corporações.<<strong>br</strong> />

Mas, passada a fe<strong>br</strong>e do ERP, os clientes <strong>com</strong>eçaram a questionar dois<<strong>br</strong> />

aspectos cruciais em relação à implantação desses sistemas: fracassos das<<strong>br</strong> />

implantações e efetividade do retorno.


45<<strong>br</strong> />

De fato, um número considerável de projetos fracassou em termos de<<strong>br</strong> />

cumprimento de prazos estipulados e adequação aos orçamentos planejados. Esta<<strong>br</strong> />

situação, longe de ser exceção na área de informática, é a regra.<<strong>br</strong> />

Em geral, a indústria de software tem graves problemas relacionados à<<strong>br</strong> />

qualidade e produtividade de seus produtos e processos. Essa situação se<<strong>br</strong> />

potencializou no que diz respeito aos ERP´s, na medida que são sistemas <strong>com</strong>plexos<<strong>br</strong> />

e a<strong>br</strong>angentes.<<strong>br</strong> />

O segundo aspecto que <strong>com</strong>eçou a ser levantado pelos clientes, diz<<strong>br</strong> />

respeito à efetividade do retorno que as soluções ERP propiciariam aos clientes. As<<strong>br</strong> />

expressões chave aqui podem ser "retorno de investimentos" e "relação<<strong>br</strong> />

custo/benefício". Também aqui se pode observar as limitações da indústria de<<strong>br</strong> />

software no que diz respeito à clareza em sinalizar ao cliente o quanto um produto de<<strong>br</strong> />

software pode efetivamente propiciar de retorno e em quanto tempo.<<strong>br</strong> />

O questionamento dos clientes em relação ao retorno que o investimento<<strong>br</strong> />

em ERP poderia propiciar está relacionado às expectativas depositadas no sistema e<<strong>br</strong> />

que nem sempre se torna realidade. O que gera várias expectativas.<<strong>br</strong> />

Uma primeira expectativa é que o ERP pode propiciar o acesso à<<strong>br</strong> />

informação no momento em que ela é necessária e para a pessoa que efetivamente<<strong>br</strong> />

terá de tomar a decisão em relação a uma dada situação.<<strong>br</strong> />

Sem dúvida, esta é a expectativa de todo usuário em relação a todo<<strong>br</strong> />

sistema de informação. Por exemplo, no nível operacional, o sistema ser capaz de<<strong>br</strong> />

informar, <strong>com</strong> precisão, o saldo em estoque de matérias-primas, permitindo que haja a<<strong>br</strong> />

emissão de ordens de <strong>com</strong>pra tão logo se observe que os níveis de estoque são<<strong>br</strong> />

insuficientes para a produção.<<strong>br</strong> />

Outra expectativa diz respeito à possibilidade do ERP propiciar a perfeita<<strong>br</strong> />

integração entre setores da empresa, pois um fator crucial para o sucesso dos<<strong>br</strong> />

negócios é a integração entre as áreas que <strong>com</strong>põem uma empresa.<<strong>br</strong> />

Em termos de sistemas, esta integração é feita através da informação que<<strong>br</strong> />

está depositada nos bancos de dados <strong>com</strong>partilhados pelos setores.<<strong>br</strong> />

Classicamente, os principais problemas relacionados ao armazenamento<<strong>br</strong> />

dos dados são a redundância e a inconsistência. A redundância diz respeito à<<strong>br</strong> />

duplicação do dado no Banco de Dados, sendo necessário que a mesma seja


46<<strong>br</strong> />

controlada. A inconsistência está relacionada ao fato de que, estando um dado<<strong>br</strong> />

armazenado em mais de um local no banco de dados, poderá haver um momento em<<strong>br</strong> />

que o seu conteúdo será diferente em cada um dos locais.<<strong>br</strong> />

Uma decisão tomada a partir do dado incorreto poderá ter conseqüências<<strong>br</strong> />

desastrosas para a empresa.<<strong>br</strong> />

A terceira expectativa diz respeito à possibilidade do ERP eliminar<<strong>br</strong> />

conversões de informações entre sistemas diferentes.<<strong>br</strong> />

No nível gerencial, a necessidade de dispor de ferramentas que permitam<<strong>br</strong> />

o planejamento das atividades operacionais é imprescindível.<<strong>br</strong> />

A possibilidade de prever as tarefas a serem realizadas, bem <strong>com</strong>o as<<strong>br</strong> />

atribuições de responsabilidades e prazos oferecem recursos valiosos para<<strong>br</strong> />

posteriormente exercer o a<strong>com</strong>panhamento, o controle e a avaliação das atividades e<<strong>br</strong> />

da utilização dos recursos.<<strong>br</strong> />

A partir de dados fidedignos e de um planejamento adequado que pode ser<<strong>br</strong> />

oferecido pelo ERP, é possível detectar não-conformidades no processo produtivo e<<strong>br</strong> />

propiciar melhorias que permitam um incremento no desempenho operacional, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

reflexos na atuação da empresa no mercado.<<strong>br</strong> />

É preciso destacar que estas expectativas são realistas, desde que levado<<strong>br</strong> />

em conta que o ERP é capaz de gerar tais vantagens apenas se <strong>com</strong>preendido que<<strong>br</strong> />

sua implantação não é uma mera instalação de software, mas tem conseqüências<<strong>br</strong> />

organizacionais e <strong>com</strong>portamentais profundas.


47<<strong>br</strong> />

3. METODOLOGIA<<strong>br</strong> />

As estratégias de pesquisa em Ciências Sociais podem ser: experimental;<<strong>br</strong> />

survey (levantamento); histórica; análise de informações de arquivos (documental) e<<strong>br</strong> />

estudo de caso.<<strong>br</strong> />

Cada uma dessas estratégias pode ser usada para propósitos: exploratório;<<strong>br</strong> />

descritivo; explanatório (causal).<<strong>br</strong> />

Isto significa que o estudo de caso poderá ser: exploratório; descritivo ou<<strong>br</strong> />

explanatório (causal). Sendo mais freqüente os estudos de caso <strong>com</strong> propósitos<<strong>br</strong> />

exploratório e descritivo.<<strong>br</strong> />

A estratégia de pesquisa dependerá do tipo de questão da pesquisa; grau de<<strong>br</strong> />

controle que o investigador tem so<strong>br</strong>e os eventos; ou o foco temporal.<<strong>br</strong> />

O Estudo de Caso é preferido quando o tipo de questão de pesquisa é da<<strong>br</strong> />

forma “<strong>com</strong>o” e por quê ?.<<strong>br</strong> />

Quando o controle que o investigador tem so<strong>br</strong>e os eventos é muito reduzido;<<strong>br</strong> />

ou quando o foco temporal está em fenômenos contemporâneos dentro do contexto de<<strong>br</strong> />

vida real.<<strong>br</strong> />

O Estudo de Caso explanatório (causal) pode ser <strong>com</strong>plementado por Estudo<<strong>br</strong> />

de Caso descritivo ou exploratório.<<strong>br</strong> />

A necessidade de se utilizar a estratégia de pesquisa “Estudo de Caso” deve<<strong>br</strong> />

nascer do desejo de entender um fenômeno social <strong>com</strong>plexo.<<strong>br</strong> />

Geralmente, quando a pergunta de pesquisa é da forma “<strong>com</strong>o?” ou “por quê?<<strong>br</strong> />

As estratégias poderão ser: estudo de caso, pesquisa histórica ou experimental.<<strong>br</strong> />

A essência de um Estudo de Caso, ou a tendência central de todos os tipos de<<strong>br</strong> />

Estudo de Caso é que eles tentam esclarecer uma decisão ou um conjunto de<<strong>br</strong> />

decisões: Por que elas foram tomadas ?. Como elas foram implementadas?. E, quais<<strong>br</strong> />

os resultados alcançados ?.<<strong>br</strong> />

Um Estudo de Caso é uma pesquisa empírica que Investiga um fenômeno<<strong>br</strong> />

contemporâneo dentro de seu contexto real.<<strong>br</strong> />

As aplicações do Estudo de Caso podem ser:


48<<strong>br</strong> />

• Explicar ligações causais em intervenções ou situações da vida real que<<strong>br</strong> />

são <strong>com</strong>plexas demais para tratamento através de estratégias<<strong>br</strong> />

experimentais ou de levantamento de dados;<<strong>br</strong> />

• Descrever um contexto de vida real no qual uma intervenção ocorreu;<<strong>br</strong> />

• Avaliar uma intervenção em curso e modificá-la <strong>com</strong> base em um Estudo<<strong>br</strong> />

de Caso ilustrativo;<<strong>br</strong> />

• Explorar aquelas situações nas quais a intervenção não tem clareza no<<strong>br</strong> />

conjunto de resultados.


49<<strong>br</strong> />

4. A EMPRESA BASF S.A.<<strong>br</strong> />

A BASF - Badische Anilin- & Soda Fa<strong>br</strong>ik AG - é uma indústria química de<<strong>br</strong> />

origem alemã, <strong>com</strong> sede em Ludwigshafen, e foi fundada em 1865.<<strong>br</strong> />

Suas unidades de produção, distribuídas em 39 países, conduzem negócios<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> clientes em mais de 170 nações.<<strong>br</strong> />

Seus produtos têm oferecido importantes contribuições para as áreas de<<strong>br</strong> />

agricultura, química e nutrição.<<strong>br</strong> />

O Grupo BASF, <strong>com</strong>posto de 114 empresas, conta <strong>com</strong> aproximadamente 105<<strong>br</strong> />

mil colaboradores.<<strong>br</strong> />

Cerca de 10 mil profissionais trabalham diretamente <strong>com</strong> pesquisa e<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de novos produtos e processos de produção, que visam não apenas<<strong>br</strong> />

aspectos econômicos <strong>com</strong>o também ecológicos.<<strong>br</strong> />

A BASF é uma empresa química transnacional que visa aumentar e sustentar<<strong>br</strong> />

seu valor corporativo por meio de crescimento e inovação.<<strong>br</strong> />

A gama de produtos da empresa inclui um alto valor agregado, <strong>com</strong>o químicos,<<strong>br</strong> />

plásticos, corantes e pigmentos, dispersões, tintas imobiliárias, automobilísticas e<<strong>br</strong> />

industriais, produtos para a agricultura e química fina, bem <strong>com</strong>o petróleo e gás.<<strong>br</strong> />

O enfoque da BASF é a integração, em alemão conhecido <strong>com</strong>o "Verbund",<<strong>br</strong> />

que é uma de suas forças específicas, assegurando liderança em custos e uma<<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva exclusiva.<<strong>br</strong> />

4.1 BASF, 91 ANOS DE HISTÓRIA NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Os laços <strong>com</strong>erciais da BASF <strong>com</strong> o Brasil já tinham uma longa tradição<<strong>br</strong> />

quando a empresa estabeleceu seu escritório no Rio de Janeiro, em 1911.<<strong>br</strong> />

Estão espalhados pelo Brasil nove centros produtivos: São Bernardo do<<strong>br</strong> />

Campo (SP), Mauá (SP), São José dos Campos (SP), Guaratinguetá (SP), Santa Cruz<<strong>br</strong> />

(RJ), Camaçari (BA), Jaboatão (PE), Resende (RJ) e Paulínia (SP).


50<<strong>br</strong> />

Em 1959, a BASF do Brasil inaugurou as primeiras unidades de produtos<<strong>br</strong> />

químicos e Styropor® (poliestireno expansível), em Guaratinguetá, SP, hoje o maior<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexo químico industrial da Região América do Sul.<<strong>br</strong> />

Atualmente, a BASF no Brasil disponibiliza uma linha diversificada de produtos<<strong>br</strong> />

químicos, corantes, tintas e vernizes (tintas imobiliárias, industrial, automotiva e<<strong>br</strong> />

repintura), dispersões, pigmentos, auxiliares, vitaminas, produtos para agricultura,<<strong>br</strong> />

tintas de impressão, pré-misturas vitamínicas, plásticos de engenharia, sistemas de<<strong>br</strong> />

poliuretanos e poliestireno.<<strong>br</strong> />

Além disso, a BASF mantém uma estação experimental agrícola em Santo<<strong>br</strong> />

Antônio da Posse (SP) e um Centro de Pesquisas Agronômicas em Iracemápolis (SP).<<strong>br</strong> />

A BASF está presente em todos os países da Região América do Sul, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

exceção das Guianas e Suriname.<<strong>br</strong> />

Com forte presença nesses mercados, por meio das suas áreas de negócios e<<strong>br</strong> />

projetos <strong>com</strong> a <strong>com</strong>unidade e o meio ambiente, a BASF garante a liderança nos<<strong>br</strong> />

segmentos em que atua.


51<<strong>br</strong> />

5. ESTUDO DE CASO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA BASF –<<strong>br</strong> />

REGIÃO AMÉRICA DO SUL<<strong>br</strong> />

O grupo BASF na Região América do Sul mantém vendas em 10 países:<<strong>br</strong> />

Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina e<<strong>br</strong> />

Brasil. Mantém pólos industriais em seis paises da região: Brasil, Chile, Argentina,<<strong>br</strong> />

Colômbia, Equador e Venezuela. Com mais de 7000 funcionários, representa um total<<strong>br</strong> />

de seis % do faturamento global do Grupo BASF.<<strong>br</strong> />

A região BASF América do Sul já se encontrava, em 2001, em condições<<strong>br</strong> />

razoáveis de operação em relação a projetos de Tecnologia da Informação, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

implantação de um sistema ERP nos 10 países da região. Mas ainda faltava-lhe um<<strong>br</strong> />

alinhamento das estratégias e a consolidação de projetos que poderiam “alavancar”<<strong>br</strong> />

ainda mais os negócios.<<strong>br</strong> />

Os pontos que trariam vantagens para a região seriam o fortalecimento do<<strong>br</strong> />

eCommerce e uma forte padronização dos processos e equipamentos. Também<<strong>br</strong> />

fortalecer os meios de transmissão de dados e voz através de novas tecnologias a um<<strong>br</strong> />

custo <strong>com</strong>petitivo tornaria a região ainda mais atrativa para novos investimentos e<<strong>br</strong> />

mais rentável.<<strong>br</strong> />

O Quartel General das operações da Tecnologia da Informação na Região<<strong>br</strong> />

América do Sul é o Brasil, escolhido por sua posição de destaque na região, facilidade<<strong>br</strong> />

de operações disponíveis no país e pessoal tecnicamente qualificado em relação aos<<strong>br</strong> />

outros países da região.<<strong>br</strong> />

A BASF, <strong>com</strong>o todas as outras grandes empresas, determina sua Visão<<strong>br</strong> />

Estratégica para nortear seus negócios e <strong>com</strong> o nome Visão 2010 ela publicou a<<strong>br</strong> />

seguinte Visão para a região América do Sul:<<strong>br</strong> />

• “Nós, da BASF Região América do Sul, fazemos parte de uma empresa<<strong>br</strong> />

Inovadora e de sucesso. Atuamos no cenário mundial da Indústria<<strong>br</strong> />

química;<<strong>br</strong> />

• Com nossos produtos e serviços da melhor qualidade, estamos entre os<<strong>br</strong> />

mais destacados fornecedores do mundo;


52<<strong>br</strong> />

• Com o capital investido conseguimos uma rentabilidade atrativa para<<strong>br</strong> />

nossos acionistas;<<strong>br</strong> />

• Somos líderes de mercado em nossos segmentos. E conseguimos isto<<strong>br</strong> />

através da <strong>com</strong>petência, que nos tornou parceiros preferenciais de<<strong>br</strong> />

nossos clientes;<<strong>br</strong> />

• Em todas as nossas atividades, a proteção ao meio ambiente está<<strong>br</strong> />

sempre em primeiro plano;<<strong>br</strong> />

• Nós, colaboradores da BASF Região América do Sul, trabalhamos juntos,<<strong>br</strong> />

crescemos juntos, para atingirmos juntos o sucesso.”<<strong>br</strong> />

5.1 MISSÃO<<strong>br</strong> />

Drucker (1980, p. 34) expôs que “só uma definição clara da missão e do propósito<<strong>br</strong> />

da empresa permite chegar a objetivos claros e realistas. A estratégia define as atividadeschave<<strong>br</strong> />

e por isso exige que saibamos o que nossa empresa é e o que deveria ser.”<<strong>br</strong> />

A Missão da corporação faz parte de um planejamento estratégico<<strong>br</strong> />

macroscópico feito para toda a corporação e para as Unidades de Negócio e deve<<strong>br</strong> />

deixar claro desde o princípio seu propósito: Qual é nosso negócio? Quem é o<<strong>br</strong> />

consumidor? O que é valor para o consumidor?<<strong>br</strong> />

Como parte de seu desenvolvimento estratégico a Missão da empresa é<<strong>br</strong> />

fundamental para definir “O Que Fazer”.<<strong>br</strong> />

Na BASF a missão é atrelada às Unidades de Negócio, pois cada uma tem sua<<strong>br</strong> />

vida própria, seus fornecedores, clientes, gestores, forças e ameaças.<<strong>br</strong> />

A missão define a razão de ser da organização. Ela responde à pergunta: por<<strong>br</strong> />

que a organização deve realizar suas atividades?.<<strong>br</strong> />

Porém, a Missão de uma unidade de Tecnologia da Informação de uma<<strong>br</strong> />

empresa deve ser única, pois suporta as diversas áreas de negócio e deve ser<<strong>br</strong> />

expressa de forma genérica para englobar todas as expectativas e acordos feitos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

as áreas de negócios.


53<<strong>br</strong> />

Dessa forma, defini-se a Missão da unidade de Tecnologia da Informação<<strong>br</strong> />

BASF para a Região América do Sul da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

“Simplificar e suportar o funcionamento dos<<strong>br</strong> />

processos corporativos e áreas de negócio,<<strong>br</strong> />

disponibilizar soluções em tecnologia da<<strong>br</strong> />

informação, antecipar as tendências de mercado<<strong>br</strong> />

as quais estão em constantes transformações,<<strong>br</strong> />

entregando qualidade e vantagens <strong>com</strong>petitivas<<strong>br</strong> />

para nossos clientes.”<<strong>br</strong> />

5.2 VISÃO<<strong>br</strong> />

A Visão de uma empresa é um quadro inspirador de um futuro preferido, não é<<strong>br</strong> />

limitada por tempo, representa propósitos globais permanentes e serve <strong>com</strong>o base<<strong>br</strong> />

para o planejamento estratégico.<<strong>br</strong> />

No âmbito da organização, ela delineia um futuro ideal para o negócio, tanto no<<strong>br</strong> />

que se refere à sua ação no ambiente externo quanto em relação às condições do<<strong>br</strong> />

ambiente interno.<<strong>br</strong> />

A unidade de Tecnologia da Informação BASF, Brasil, norteada pela Visão<<strong>br</strong> />

2010 BASF, descreve sua Visão:<<strong>br</strong> />

• “Nós somos <strong>com</strong>petentes, atualizados, autônomos, criativos e profissionais<<strong>br</strong> />

empreendedores;<<strong>br</strong> />

• Nós somos os parceiros favoritos de nossos clientes porque nós estamos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometidos <strong>com</strong> seus objetivos e suas estratégias de negócios;<<strong>br</strong> />

• Nós interagimos pró ativamente <strong>com</strong> nossos clientes, adicionando soluções de<<strong>br</strong> />

valor, sendo um modelo de excelência no mercado;<<strong>br</strong> />

• Nós melhoramos permanentemente nossa eficiência, fascinamos os clientes <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

nossos produtos e serviços de qualidade, e <strong>com</strong> custos <strong>com</strong>petitivos;<<strong>br</strong> />

• Nós cultivamos a autenticidade, o respeito, a <strong>com</strong>unicação e o confiança em todas<<strong>br</strong> />

as nossas ações”.


54<<strong>br</strong> />

5.3 GESTÃO ESTRATÉGICA PARA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Segundo Porter (1999,p. 23) “Estratégia é realizar trade-offs ao <strong>com</strong>petir. A<<strong>br</strong> />

essência da estratégia é escolher o que não fazer”. Num ambiente em constante<<strong>br</strong> />

mutação os modelos e práticas organizacionais do passado estão obsoletos. A busca<<strong>br</strong> />

de uma vantagem <strong>com</strong>petitiva nesse ambiente tem sido o maior desafio enfrentado<<strong>br</strong> />

pelas empresas.<<strong>br</strong> />

A BASF, por meio de investimentos em técnicas e conceitos de eCommerce e<<strong>br</strong> />

Infra-estrutura pretende aumentar sua participação na região bem <strong>com</strong>o reformular<<strong>br</strong> />

seus processos internos e aumentar o nível de padronização para integrar-se ao resto<<strong>br</strong> />

da corporação no mundo.<<strong>br</strong> />

Na gestão estratégica para Tecnologia da Informação na América do Sul a<<strong>br</strong> />

BASF adotou duas ferramentas: a Análise SWOT e o Balanced Scorecard, que<<strong>br</strong> />

nortearam seus passos e mediram seus resultados.<<strong>br</strong> />

5.3.1 ANÁLISE SWOT<<strong>br</strong> />

Quando os pontos fortes de uma área ou organização estão de acordo <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

fatores críticos de sucesso para satisfazer as oportunidades de mercado a empresa<<strong>br</strong> />

será, por certo, <strong>com</strong>petitiva no longo prazo. Seguindo esta linha de raciocínio a<<strong>br</strong> />

unidade de Tecnologia da Informação BASF criou uma tabela, ver abaixo, para a<<strong>br</strong> />

análise SWOT para a região América do Sul.


55<<strong>br</strong> />

Tabela 1- Análise SWOT<<strong>br</strong> />

FORÇAS<<strong>br</strong> />

• Toda região integrada dentro da rede<<strong>br</strong> />

mundial BASF<<strong>br</strong> />

• Desenho <strong>com</strong>um de processos para os<<strong>br</strong> />

negócios na região<<strong>br</strong> />

• Sinergia entre os países no alinhamento<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> as políticas globais BASF<<strong>br</strong> />

• Alto grau de padronização para<<strong>br</strong> />

Hardware, Software e Tele<strong>com</strong>.<<strong>br</strong> />

• Datawarehouse regional<<strong>br</strong> />

• Pessoal <strong>com</strong> qualificação<<strong>br</strong> />

OPORTUNIDADES<<strong>br</strong> />

• Suporte regional padrão <strong>com</strong>um<<strong>br</strong> />

• Terceirização de tecnologias estáveis<<strong>br</strong> />

• Expertise de redução de custos,<<strong>br</strong> />

serviços e gerenciamento de projetos<<strong>br</strong> />

usados globalmente<<strong>br</strong> />

• Grande potencial para uso de novas<<strong>br</strong> />

tecnologias<<strong>br</strong> />

FRAQUEZAS<<strong>br</strong> />

• Falta de prioridade e representação<<strong>br</strong> />

nas decisões globais<<strong>br</strong> />

• Alguns padrões não convenientes na<<strong>br</strong> />

região América do Sul<<strong>br</strong> />

• Comunicação para projetos globais é<<strong>br</strong> />

deficiente.<<strong>br</strong> />

AMEAÇAS<<strong>br</strong> />

• Impactos de projetos globais<<strong>br</strong> />

• Instabilidade política e econômica<<strong>br</strong> />

• Dificuldades em reter staff de<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação de valor.<<strong>br</strong> />

• Falta de planejamento estratégico<<strong>br</strong> />

para a implementação de novos<<strong>br</strong> />

projetos<<strong>br</strong> />

• Alta demanda para novas soluções<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> conflitos de prioridades<<strong>br</strong> />

• Flutuação da moeda<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

Como foco principal de estratégia na América do Sul tem-se os seguintes<<strong>br</strong> />

pontos a ressaltar:<<strong>br</strong> />

• Dar valores aos negócios mediante a entrada de novas tecnologias <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

custos sustentáveis;<<strong>br</strong> />

• Padronização;<<strong>br</strong> />

• Melhora dos custos / benefícios no uso da Tecnologia da Informação;<<strong>br</strong> />

• Estabilidade tecnológica, própria ou terceirizada, concentrada em<<strong>br</strong> />

consultorias e treinamentos;<<strong>br</strong> />

• Prover atualização, consolidação dos dados e uso fácil de ferramentas para<<strong>br</strong> />

manipulação deles;<<strong>br</strong> />

• Organização regional <strong>com</strong> <strong>com</strong>unicação regional e centros de expertise;<<strong>br</strong> />

• Global procuremen;


56<<strong>br</strong> />

• Negócios e lucros orientados para perfis profissionais.<<strong>br</strong> />

5.3.2 BALANCED SCORECARD<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard para a unidade da Tecnologia da Informação Regional<<strong>br</strong> />

BASF foi elaborado tendo em vista as seguintes diretrizes:<<strong>br</strong> />

• Finanças / Contribuição para os resultados: Busca por economia de<<strong>br</strong> />

escala de acordo <strong>com</strong> conceitos e práticas globais da Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação;<<strong>br</strong> />

• Serviços e processos: Contribuir para a melhora da eficiência dos<<strong>br</strong> />

processos da <strong>com</strong>panhia, empregando as melhores práticas disponíveis no<<strong>br</strong> />

mercado;<<strong>br</strong> />

• Funcionários / Inovação / Potencial: Aumentar as <strong>com</strong>petências de<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação na região, desenvolvendo e treinando<<strong>br</strong> />

funcionários;<<strong>br</strong> />

• Clientes e mercado: Assegurar o contínuo alinhamento entre as metas de<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação e os negócios da <strong>com</strong>panhia.<<strong>br</strong> />

O Anexo 1, na página 98, mostrará o Balanced Scorecard elaborado para a<<strong>br</strong> />

área de Tecnologia de Informação da BASF – Região América do Sul.<<strong>br</strong> />

5.3.3 DEFINIÇÃO DAS PRIORIDADES PARA BASF – REGIÃO AMÉRICA<<strong>br</strong> />

DO SUL<<strong>br</strong> />

Para alcançar tais definições verifica-se o escopo das principais questões<<strong>br</strong> />

problemáticas para a Região América do Sul determinando assim claramente suas<<strong>br</strong> />

necessidades e prioridades.<<strong>br</strong> />

Percebeu-se que a padronização dos procedimentos, processos e follow up<<strong>br</strong> />

das atividades de Tecnologia da Informação era fundamental, assim <strong>com</strong>o a aquisição<<strong>br</strong> />

de ferramentas e hardware padronizados, o desenvolvimento de metodologias de<<strong>br</strong> />

projetos e a revisão da estrutura organizacional na região.


57<<strong>br</strong> />

Além disso, era necessário definir, entre os países da região contratos de<<strong>br</strong> />

prestação de serviços <strong>com</strong>partilhando conhecimento e recursos humanos, buscar uma<<strong>br</strong> />

forma padrão de alocar os custos internos e monitorar projetos e investimentos<<strong>br</strong> />

baseados nas prioridades da região.<<strong>br</strong> />

Também metas <strong>com</strong>uns na região forçariam o trabalho em conjunto dos países<<strong>br</strong> />

da região.<<strong>br</strong> />

De fato, um padrão de métodos de negociações/contratos <strong>com</strong> fornecedores<<strong>br</strong> />

ou prestadores de serviços <strong>com</strong>uns garantiria um resultado mais homogêneo destes<<strong>br</strong> />

processos.<<strong>br</strong> />

O controle do nível dos serviços de Tecnologia da Informação na região<<strong>br</strong> />

baseados em KPI´s (Key Performance Indicators – Indicadores chaves de<<strong>br</strong> />

desempenho) foi a forma definida para mensurar os resultados.<<strong>br</strong> />

Para suportar a demanda dos usuários na região um serviço regional de Help<<strong>br</strong> />

Desk e suporte para o sistema ERP BASIS (linguagem de programação) - SAP R/3,<<strong>br</strong> />

que já estava operacional, seria necessário e <strong>com</strong> a padronização de hardware,<<strong>br</strong> />

software e fornecedores isto passaria a ser possível. Uma alta demanda de<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de bases de dados para as aplicações existentes, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

necessidade de criação de um Datawarehouse <strong>com</strong> os dados extraídos do SAP/R3, e<<strong>br</strong> />

soluções técnicas para aplicações eCommerce seriam fundamentais para o controle<<strong>br</strong> />

das informações na região e o início das atividades de vendas através da Internet para<<strong>br</strong> />

a região.<<strong>br</strong> />

Para as necessidades acima citadas a reestruturação da rede de<<strong>br</strong> />

tele<strong>com</strong>unicações para dados e voz era essencial, pois sem uma boa infra-estrutura<<strong>br</strong> />

nada disto seria possível.<<strong>br</strong> />

Bem <strong>com</strong>o para <strong>com</strong>unicação interna um ambiente Intranet para o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>partilhamento de informações e aplicações corporativas era desejável, assim<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o planos de contingência para os servidores (dados e aplicações) e<<strong>br</strong> />

tele<strong>com</strong>unicações.<<strong>br</strong> />

Na área dos recursos humanos, a definição de um perfil dos candidatos<<strong>br</strong> />

potenciais para a unidade de Tecnologia da Informação BASF na região, para<<strong>br</strong> />

renovação do quadro e melhorar performance das atividades, precisava ser feita.


58<<strong>br</strong> />

O quadro de recursos e processos já existente na região até 2001, mesmo que<<strong>br</strong> />

não padronizado ou <strong>com</strong> performance de alto nível, oferecia à empresa bons<<strong>br</strong> />

resultados, mas que poderiam ser melhorados <strong>com</strong> as novas práticas.<<strong>br</strong> />

A seguir está descrita a situação dos serviços e atividades na Região América<<strong>br</strong> />

do Sul até 2001, data que precede as atividades de planejamento aqui descritas:<<strong>br</strong> />

Situação geral:<<strong>br</strong> />

• 07 paises <strong>com</strong> estrutura de Tecnologia da Informação;<<strong>br</strong> />

• 10 paises <strong>com</strong> SAP R/3 implantado;<<strong>br</strong> />

• 3658 usuários SAP;<<strong>br</strong> />

• 4372 PC´s;<<strong>br</strong> />

• 144 funcionários para as unidades de Tecnologia da Informação - 140<<strong>br</strong> />

próprios e 4 contratados;<<strong>br</strong> />

Coordenação/Desenvolvimento/Implementação de projetos:<<strong>br</strong> />

• Infra-estrutura, software, hardware e Tele<strong>com</strong>unicações;<<strong>br</strong> />

• SAP R/3;<<strong>br</strong> />

• DataWarehouse;<<strong>br</strong> />

• Segurança de dados;<<strong>br</strong> />

• eCommerce.<<strong>br</strong> />

Serviços de Infra-estrutura:<<strong>br</strong> />

• Lotus Notes;<<strong>br</strong> />

• Internet;<<strong>br</strong> />

• Canais de Voz (Argentina e Colômbia);<<strong>br</strong> />

• DNS;


59<<strong>br</strong> />

Controles de follow-up:<<strong>br</strong> />

• Metas;<<strong>br</strong> />

• Custos;<<strong>br</strong> />

• Conference Call – mensalmente <strong>com</strong> os gerentes em cada país;<<strong>br</strong> />

• Indicadores de qualidade e eficiência;<<strong>br</strong> />

• Relatórios para os gerentes dos países.<<strong>br</strong> />

Criação de Centros de <strong>com</strong>petências:<<strong>br</strong> />

• Lotus Notes;<<strong>br</strong> />

• Novell Netware;<<strong>br</strong> />

• UNIX;<<strong>br</strong> />

• Internet;<<strong>br</strong> />

• ORACLE;<<strong>br</strong> />

• SAP Basis e PROCESS EXPERTS.<<strong>br</strong> />

Padronização de ferramentas:<<strong>br</strong> />

• Metodologia de desenvolvimento de projetos;<<strong>br</strong> />

• Metodologia de desenvolvimento de aplicações;<<strong>br</strong> />

• Metodologia de Consultoria em Tecnologia da Informação;<<strong>br</strong> />

• Controle dos contratos para software e hardware;<<strong>br</strong> />

• iMAC Policies (instalation, Move, Add e Change) para equipamentos;<<strong>br</strong> />

• Indicadores de qualidade e eficiência.<<strong>br</strong> />

Com este quadro define-se o papel e a responsabilidade da unidade de<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação BASF para a Região América do Sul, a qual tem<<strong>br</strong> />

basicamente <strong>com</strong>o missão:


60<<strong>br</strong> />

a) Guiar a unidade regional de Tecnologia da Informação BASF para atender<<strong>br</strong> />

as necessidades do negócio, mantendo o foco na satisfação do cliente;<<strong>br</strong> />

b) prover infra-estrutura eficiente para os processos;<<strong>br</strong> />

c) gerenciar as atividades de Tecnologia da Informação, melhorando serviços<<strong>br</strong> />

e suporte técnico;<<strong>br</strong> />

d) buscar padronização de métodos e processos e custos <strong>com</strong>petitivos.<<strong>br</strong> />

5.3.4 PRINCIPAIS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS NA REGIÃO<<strong>br</strong> />

A partir do levantamento descrito anteriormente e levando em conta o papel e<<strong>br</strong> />

as responsabilidades atribuídos à unidade de Tecnologia da Informação BASF para a<<strong>br</strong> />

Região América do Sul, algumas ações definiram-se <strong>com</strong>o principais a serem<<strong>br</strong> />

desenvolvidas na região América do Sul.<<strong>br</strong> />

Essas ações resultam das análises estratégicas feitas, que estão referidas na<<strong>br</strong> />

análise SWOT e no Balanced ScoreCard para a área de Tecnologia da Informação,<<strong>br</strong> />

em consonância <strong>com</strong> a Visão estabelecida para essa área.<<strong>br</strong> />

Dois grupos de ação podem ser definidos, <strong>com</strong>o indicado a seguir:<<strong>br</strong> />

a) GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO<<strong>br</strong> />

• Propor e desenvolver uma estratégia regional para o uso da Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação baseado nas estratégias de negócios para a Região<<strong>br</strong> />

América do Sul em acordo <strong>com</strong> o Comitê Executivo da Região;<<strong>br</strong> />

• Transformar serviços de informação para dentro de uma unidade de<<strong>br</strong> />

serviço na qual se implementem soluções que adicionem valores aos<<strong>br</strong> />

cliente;<<strong>br</strong> />

• Contribuir para a melhoria dos processos do negócio, implementando<<strong>br</strong> />

as melhores práticas;<<strong>br</strong> />

• Oferecer serviços <strong>com</strong>petitivos de Tecnologia da Informação para os<<strong>br</strong> />

negócios da Região América do Sul;


61<<strong>br</strong> />

• Desenvolver e dar vantagens para as <strong>com</strong>petências da unidade de<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação BASF na região;<<strong>br</strong> />

• Prover atualização, dados confiáveis e consolidar o uso amigável das<<strong>br</strong> />

informações na região.<<strong>br</strong> />

b) GERENCIAMENTO DO NEGÓCIO<<strong>br</strong> />

• Decidir e <strong>com</strong>unicar planos e acordos dos objetivos para a região;<<strong>br</strong> />

• Assegurar <strong>com</strong>pleto gerenciamento das responsabilidades para Brasil e<<strong>br</strong> />

Argentina;<<strong>br</strong> />

• Dar suporte aos negócios em pequenos mercados <strong>com</strong> alvos<<strong>br</strong> />

acordados <strong>com</strong> os gerentes dos países;<<strong>br</strong> />

• Observar o desenvolvimento do mercado regional e monitorar sua<<strong>br</strong> />

performance;<<strong>br</strong> />

• Melhorar a rede de <strong>com</strong>unicação regional e global, priorizando e<<strong>br</strong> />

enfatizando qualidade, custos e melhorando constantemente a<<strong>br</strong> />

integração do ambiente de negócios;<<strong>br</strong> />

• Manter a tecnologia e Sistemas de Informação padrão e atualizado,<<strong>br</strong> />

para suportar processos e <strong>com</strong>unicação;<<strong>br</strong> />

• Manter o SAP R/3 o mais padronizado possível, permitindo fácil<<strong>br</strong> />

manutenção;<<strong>br</strong> />

• Desenvolver soluções técnicas padrão para aplicações eCommerce<<strong>br</strong> />

regional alinhada <strong>com</strong> a política global;<<strong>br</strong> />

• Participar na seleção e evolução dos gerentes locais;<<strong>br</strong> />

• Dirigir e manter a satisfação dos clientes;<<strong>br</strong> />

• Suportar operações locais, provendo bons ambientes de trabalho,<<strong>br</strong> />

instruindo e treinando seus usuários, adaptando o nível de serviços e<<strong>br</strong> />

infra-estrutura para as necessidades do negócio local;


62<<strong>br</strong> />

• Trabalhar em parceria <strong>com</strong> os coordenadores de serviços de<<strong>br</strong> />

informação regional para transferir know-how e aplicar soluções<<strong>br</strong> />

padrões em Tecnologia da Informação sempre que necessário;<<strong>br</strong> />

• Prover serviços e suporte para BASIS e funcionalidades do SAP R/3,<<strong>br</strong> />

Tele<strong>com</strong>unicações, Rede, Help Desk, Segurança da Informação, etc. ;<<strong>br</strong> />

• Controlar custos de pequenos investimentos respeitando o limite<<strong>br</strong> />

estabelecido;<<strong>br</strong> />

• Manter definições padrões regional e globalmente;<<strong>br</strong> />

• Implementar e controlar um indicador para “Qualidade Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação Regional” para medir qualidade e quantidade do nível de<<strong>br</strong> />

serviços;<<strong>br</strong> />

• Assumir o desenvolvimento e qualificação do staff local da unidade de<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação BASF.<<strong>br</strong> />

5.3.5 ESTRUTURA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E NÍVEIS DE<<strong>br</strong> />

ACESSO<<strong>br</strong> />

Para a Região América do Sul a estrutura funcional tem <strong>com</strong>o principais<<strong>br</strong> />

gestores os gerentes e o diretor da unidade de Tecnologia da Informação, Brasil, os<<strong>br</strong> />

quais fazem o papel do Regional Manager (Gerente regional).<<strong>br</strong> />

Em cada país temos os countries Managers (gerentes dos países),<<strong>br</strong> />

funcionários que respondem pela atividade de Tecnologia da Informação do país.<<strong>br</strong> />

A estrutura para informações e dados na região divide-se em quatro níveis<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o mostra a tabela abaixo:


63<<strong>br</strong> />

Tabela 2- Níveis de Informação<<strong>br</strong> />

Tipo de Informação<<strong>br</strong> />

Estratégica<<strong>br</strong> />

Tática<<strong>br</strong> />

Follow-up<<strong>br</strong> />

Operacional<<strong>br</strong> />

Níveis<<strong>br</strong> />

Presidência<<strong>br</strong> />

VP<<strong>br</strong> />

Diretores<<strong>br</strong> />

Controllers das<<strong>br</strong> />

Unidades de Negócio<<strong>br</strong> />

Equipes de<<strong>br</strong> />

Análise Operacional<<strong>br</strong> />

Operacionais<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

Para gerenciar essa estrutura informacional, as várias Unidades de<<strong>br</strong> />

Negócio dispõem das seguintes ferramentas de gerenciamento das informações nos<<strong>br</strong> />

diferentes níveis de controle, identificados na tabela abaixo.<<strong>br</strong> />

Tabela 3 - Tipos de Informação<<strong>br</strong> />

Tipo de Informação<<strong>br</strong> />

Estratégica<<strong>br</strong> />

EIS<<strong>br</strong> />

Ferramentas<<strong>br</strong> />

DataWarehouse<<strong>br</strong> />

Regional<<strong>br</strong> />

Táticas<<strong>br</strong> />

A<strong>com</strong>panhamento<<strong>br</strong> />

DataWarehouse<<strong>br</strong> />

Data Mart<<strong>br</strong> />

Operacional SAP R/3<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF


64<<strong>br</strong> />

6 PROJETOS ESTRATÉGICOS BASF EM TECNOLOGIA DA<<strong>br</strong> />

INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Como já vimos, os <strong>com</strong>ponentes do planejamento organizacional<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preendem, em termos gerais, uma hierarquia de políticas que definem as metas,<<strong>br</strong> />

objetivos e estratégias e apresentam planos que oferecem os meios para o alcance<<strong>br</strong> />

desses últimos.<<strong>br</strong> />

Os Sistemas de Informação possuem dois objetivos principais: auxiliar no<<strong>br</strong> />

monitoramento do uso dos recursos organizacionais, e do progresso que é feito em<<strong>br</strong> />

direção ao alcance dos objetivos corporativos que traduzem a estratégia em termos<<strong>br</strong> />

operacionais; e dar suporte às atividades que contribuem para o alcance dos objetivos<<strong>br</strong> />

corporativos, e conseqüentemente para a realização da estratégia corporativa.<<strong>br</strong> />

Sem um planejamento estratégico dos Sistemas de Informação formalmente<<strong>br</strong> />

estabelecido e integrado <strong>com</strong> a estratégia global da empresa, que reflita as políticas,<<strong>br</strong> />

padrões e procedimentos de recursos de informação <strong>com</strong>o um todo, e ofereça<<strong>br</strong> />

orientação para todos os setores da organização, os investimentos em tecnologia da<<strong>br</strong> />

informação dificilmente vão oferecer o retorno esperado, que é, em última análise,<<strong>br</strong> />

aumentar os lucros.<<strong>br</strong> />

O plano estratégico das informações deve interpretar a estratégia do negócio,<<strong>br</strong> />

expressando as necessidades da organização em termos dos investimentos em<<strong>br</strong> />

recursos tecnológicos e em Sistemas de Informação necessários por um prazo<<strong>br</strong> />

considerado adequado (esse prazo vem se reduzindo cada vez mais em função do<<strong>br</strong> />

aumento da <strong>com</strong>plexidade do ambiente externo das organizações, e dependendo do<<strong>br</strong> />

tipo de organização, pode variar em torno de 6 meses a 3 anos), e determinar uma<<strong>br</strong> />

estrutura para o estabelecimento de prioridades, concentrando os recursos em áreaschave<<strong>br</strong> />

e alocando responsabilidades para o alcance dos objetivos estabelecidos.


65<<strong>br</strong> />

6.1 O PLANO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2002 a 2004<<strong>br</strong> />

A BASF na América do Sul segue os conceitos BASF globais da Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação para a empresa, que tem <strong>com</strong>o visão macro a integração das<<strong>br</strong> />

aplicações/plataformas <strong>com</strong>uns para aumentar a flexibilidade e garantir a utilização de<<strong>br</strong> />

suas interfaces <strong>com</strong>plexas.<<strong>br</strong> />

A tríade DataWarehouse – SAP R/3 – INTERNET cria um universo de opções<<strong>br</strong> />

para a empresa desenvolver novos projetos. Estes três ambientes serão integrados<<strong>br</strong> />

através da ferramenta APO (Advanced Planner Optmizer), também da SAP, que gera<<strong>br</strong> />

as interfaces entre os três pilares definidos pela unidade de Tecnologia da Informação.<<strong>br</strong> />

Seguindo esta visão, a unidade de Tecnologia da Informação da BASF Região<<strong>br</strong> />

América do Sul, que é norteada pelas premissas da matriz (BASF AG e BASF Corp),<<strong>br</strong> />

definiu-se <strong>com</strong>o cenário ideal, até 2004, a seguinte figura.<<strong>br</strong> />

LB REGIONAL IT ORGANIZATION: IT Vision<<strong>br</strong> />

BASF South America in 2004<<strong>br</strong> />

VALUE ADDED CHAIN<<strong>br</strong> />

BASF BUSINESS STRATEGY - BSC - KPIs<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

U<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

L<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

R<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

eProcurement<<strong>br</strong> />

Enterprise<<strong>br</strong> />

Resource<<strong>br</strong> />

Planning<<strong>br</strong> />

E-Learning - Portals<<strong>br</strong> />

Knowledge Management<<strong>br</strong> />

SUPPLY CHAIN MANAGEMENT<<strong>br</strong> />

Business Intelligence: DataWarehouse<<strong>br</strong> />

DataMarts<<strong>br</strong> />

Data Mining<<strong>br</strong> />

eBusiness<<strong>br</strong> />

CRM<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

U<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

O<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

R<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

TECHNOLOGY / INFRASTRUCTURE<<strong>br</strong> />

CHANGE MANAGEMENT<<strong>br</strong> />

Information Services- LBF/I<<strong>br</strong> />

LBF-I/Fabio/Apres/Status Informática Nov 2001.ppt<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Figura 2 - Cenário Ideal<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF


66<<strong>br</strong> />

A figura acima é o desejável para o negócio BASF na Região e situa bem a<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação e os Sistemas de Informação dentro dele.<<strong>br</strong> />

O plano da unidade de Tecnologia da Informação pretende suportar as áreas<<strong>br</strong> />

de negócios que são as responsáveis pelas iniciativas de redução de custos e<<strong>br</strong> />

aumento de receita por meio de modelos de gestão baseados em novas tecnologias.<<strong>br</strong> />

Como já citado, a tríade DataWarehouse – SAP R/3 – INTERNET, forma a<<strong>br</strong> />

base da estrutura do plano para a implementação das novas ferramentas, que serão<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>entadas <strong>com</strong> mais detalhes mais adiante.<<strong>br</strong> />

Outro fator importante do plano é o novo perfil dos profissionais de Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação que deverá se adaptar a esta nova proposta, focando muito mais o<<strong>br</strong> />

negócio.<<strong>br</strong> />

Para este novo cenário o parque de hardware também foi atualizado,<<strong>br</strong> />

adaptando-se a ele, trazendo um novo ambiente e exigindo uma nova administração<<strong>br</strong> />

destes recursos. No primeiro semestre de 2002 executou-se o projeto “PC<<strong>br</strong> />

Standardization” que substituiu os PCs da região por uma configuração e uma<<strong>br</strong> />

plataforma mais atual para suportar as novas tecnologias. Este projeto trocará 60.000<<strong>br</strong> />

micro<strong>com</strong>putadores até 2003 em toda a BASF no mundo. Também a infra-estrutura<<strong>br</strong> />

que serve de base para estas novas tecnologias precisa ser atualizada.<<strong>br</strong> />

Esta é apenas uma visão parcial so<strong>br</strong>e o Plano de Tecnologia da Informação e<<strong>br</strong> />

suas implicações técnicas. Além dela, há também um outro lado, menos técnico,<<strong>br</strong> />

onde o negócio é que rege as ações para a Tecnologia da Informação.<<strong>br</strong> />

A figura abaixo descreve o que a empresa vê em termos de lucratividade para<<strong>br</strong> />

todos os projetos a serem desenvolvidos. Nesse quadro a avaliação de lucros e<<strong>br</strong> />

redução de despesas ficam claramente identificados, orientando a unidade de negócio<<strong>br</strong> />

que deseja lançar-se numa nova proposta.


67<<strong>br</strong> />

Benefits for B ASF<<strong>br</strong> />

Revenue<<strong>br</strong> />

Investm ent / R eturn Tim e<<strong>br</strong> />

CRM<<strong>br</strong> />

Increase<<strong>br</strong> />

CPFR<<strong>br</strong> />

SCM<<strong>br</strong> />

eBusiness<<strong>br</strong> />

WP<<strong>br</strong> />

Same<<strong>br</strong> />

BSC<<strong>br</strong> />

IP<<strong>br</strong> />

IT Infrastructure Conv.<<strong>br</strong> />

ERP<<strong>br</strong> />

MB<<strong>br</strong> />

BW,BI<<strong>br</strong> />

KM<<strong>br</strong> />

Strategic<<strong>br</strong> />

Sourcing<<strong>br</strong> />

IT Security<<strong>br</strong> />

Same<<strong>br</strong> />

Reduction<<strong>br</strong> />

Costs<<strong>br</strong> />

Figura 3 - Benefícios para BASF<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

Todas estas ferramentas e conceitos estão distribuídos em diversos níveis na<<strong>br</strong> />

corporação: Relacionamento Externo (Fornecedores e Clientes), Gerenciamento<<strong>br</strong> />

interno e tomada de decisões estratégicas, Operacional e de Infra-Estrutura. Mas para<<strong>br</strong> />

a aplicação destas ferramentas e conceitos todo um contexto é avaliado para a<<strong>br</strong> />

viabilização ou não das implantações.<<strong>br</strong> />

A tabela abaixo define a relação destas ferramentas/conceitos <strong>com</strong> os níveis<<strong>br</strong> />

da corporação:


68<<strong>br</strong> />

Relações<<strong>br</strong> />

externas<<strong>br</strong> />

Tabela 4 - Relação Ferramentas / Conceitos<<strong>br</strong> />

Gerenciamento<<strong>br</strong> />

Interno e tomada<<strong>br</strong> />

de decisões<<strong>br</strong> />

estratégica<<strong>br</strong> />

BW – Business<<strong>br</strong> />

SCM – Supply<<strong>br</strong> />

Chain management Warehouse<<strong>br</strong> />

CPFR – BI – Business<<strong>br</strong> />

Collaborative Intelligence<<strong>br</strong> />

Planning, Forecast<<strong>br</strong> />

and Replenishment<<strong>br</strong> />

MB – Mobile Balanced<<strong>br</strong> />

Business<<strong>br</strong> />

Scorecard<<strong>br</strong> />

CRM – Customer e-Learning<<strong>br</strong> />

Relationship<<strong>br</strong> />

Management<<strong>br</strong> />

eCommerce – KM – Knowledge<<strong>br</strong> />

Comércio<<strong>br</strong> />

Management<<strong>br</strong> />

Eletrônico<<strong>br</strong> />

Operacional<<strong>br</strong> />

SAP 4.6 (upgrade<<strong>br</strong> />

ERP)<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

Infra-estrutura<<strong>br</strong> />

e<<strong>br</strong> />

Tele<strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />

IP Convergency<<strong>br</strong> />

Security Mobile<<strong>br</strong> />

Tele<strong>com</strong> Strategic<<strong>br</strong> />

Sourcing<<strong>br</strong> />

Storage<<strong>br</strong> />

Information<<strong>br</strong> />

O grupo BASF tem seus projetos de Tecnologia da Informação em nível global<<strong>br</strong> />

e que norteiam, sob vários aspectos, as ferramentas de uso <strong>com</strong>um no plano regional.<<strong>br</strong> />

Muitas das ações globais serão adaptadas à realidade de cada região, sua cultura e<<strong>br</strong> />

suas necessidades locais, bem <strong>com</strong>o implementadas respeitando uma ordem de<<strong>br</strong> />

importância dos países em relação ao negócio Global.<<strong>br</strong> />

Por isso nem todas as ferramentas propostas foram ainda implantadas ou<<strong>br</strong> />

estão em fase de implementação na Região, mas sim aguardando o momento em que<<strong>br</strong> />

isto deverá ocorrer por conta de um projeto maior definido de forma estratégica para<<strong>br</strong> />

toda a corporação no mundo.<<strong>br</strong> />

Um aspecto importante do fator Global é que os valores que a região investe<<strong>br</strong> />

para estar incluída num projeto estão em dólar e isto sempre gera a necessidade de<<strong>br</strong> />

uma análise mais cuidadosa desses investimentos.<<strong>br</strong> />

A seguir uma <strong>br</strong>eve descrição desses conceitos e ferramentas, de <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />

BASF se encontra em relação ao planejado e quais são seus benefícios e<<strong>br</strong> />

expectativas para a Região.


69<<strong>br</strong> />

6.2 PROJETOS COM RELAÇÕES EXTERNAS<<strong>br</strong> />

6.2.1 eCommerce<<strong>br</strong> />

Desde 1998 a BASF <strong>com</strong>eçou a desenvolver soluções de vendas eletrônicas e<<strong>br</strong> />

integrá-las aos conceitos de vendas do Grupo.<<strong>br</strong> />

Como resultado destes passos pioneiros, a empresa está entre os líderes do<<strong>br</strong> />

Comércio Eletrônico na indústria química européia.<<strong>br</strong> />

Considerando o foco de atuação da BASF, uma indústria Química, a maioria de<<strong>br</strong> />

suas transações eletrônicas será baseada em B2B (Business to Business), ou seja, de<<strong>br</strong> />

empresa para empresa.<<strong>br</strong> />

A utilização da ferramenta trará uma melhoria nos processos internos e<<strong>br</strong> />

externos, disponibilizando mais informações em um menor tempo, automatizando<<strong>br</strong> />

processos e melhorando a imagem da empresa frente ao mercado.<<strong>br</strong> />

Com a crença de que o Comércio Eletrônico é algo fundamental para a<<strong>br</strong> />

indústria química e também uma vantagem <strong>com</strong>petitiva, a BASF avança a passos<<strong>br</strong> />

largos para organizar sua rede de fornecedores e clientes.<<strong>br</strong> />

Michel Mertens, vice-presidente de administração, finanças, logística e<<strong>br</strong> />

Tecnologia da Informação da empresa na Região América do Sul, diz que não se trata<<strong>br</strong> />

de algo passageiro, mas de um grande negócio. Um de seus argumentos a favor da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação on-line é a maior velocidade na troca de informações e nas transações.<<strong>br</strong> />

Não faltam caminhos globais para a realização de negócios on-line. O setor<<strong>br</strong> />

químico conta <strong>com</strong> portais <strong>com</strong>o o ChemConnect, o cc-chemplorer, o Elemica e o<<strong>br</strong> />

Omnexus, dedicado a venda de produtos plásticos.<<strong>br</strong> />

Na Europa, segundo Mertens, o Comércio Eletrônico representa 8% das<<strong>br</strong> />

transações da BASF. Pelos planos da empresa, as <strong>com</strong>pras de matérias-primas online<<strong>br</strong> />

em 2003 somarão cerca de US$ 1,53 bilhão. 'Há uma mudança na maneira de<<strong>br</strong> />

fazer negócios', afirma. 'O cliente quer uma resposta imediata e exige mais<<strong>br</strong> />

interatividade'.


70<<strong>br</strong> />

A meta da BASF é investir mundialmente mais de US$ 60 milhões no<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de novas ferramentas de Comércio Eletrônico em 2002. Desde 2001,<<strong>br</strong> />

a empresa adota <strong>com</strong>o base para integração de informações a tecnologia SAP R/3.<<strong>br</strong> />

A BASF realizou em junho de 2002 um leilão on-line para <strong>com</strong>prar material<<strong>br</strong> />

publicitário. Foi a primeira experiência da multinacional <strong>com</strong> Comércio Eletrônico na<<strong>br</strong> />

América Latina e o início de uma longa série de iniciativas.<<strong>br</strong> />

Os próximos leilões terão <strong>com</strong>o objetivo a <strong>com</strong>pra de embalagens. Até o final<<strong>br</strong> />

deste ano, a BASF espera realizar por meio eletrônico 30% de suas <strong>com</strong>pras técnicas<<strong>br</strong> />

e 5% das aquisições de matérias-primas. Na outra ponta, sua meta é integrar entre<<strong>br</strong> />

100 e 200 clientes na sua rede de <strong>com</strong>unicação.<<strong>br</strong> />

No caso do leilão do material publicitário, por exemplo, o levantamento de<<strong>br</strong> />

preços feito em duas horas demoraria, pelo sistema tradicional, duas semanas.<<strong>br</strong> />

'Estimamos uma redução de custos de 10% a 15% em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> uma<<strong>br</strong> />

negociação normal', diz Mertens (SAIT Communit, 2000).<<strong>br</strong> />

Além disso, ainda foi possível do<strong>br</strong>ar o número de fornecedores participantes<<strong>br</strong> />

da concorrência, já que a negociação é feita em tempo real via INTERNET.<<strong>br</strong> />

A transparência do leilão eletrônico, onde todos os fornecedores podem ver os<<strong>br</strong> />

lances de seus concorrentes (sem conhecimento do ofertante), aumenta a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitividade e favorece a rápida tomada de decisão.<<strong>br</strong> />

Conseqüentemente, nessa primeira operação o preço final dos materiais foi<<strong>br</strong> />

cerca de 10% inferior ao negociado num processo tradicional.<<strong>br</strong> />

Mesmo sabendo que este tipo de leilão não é adequado para todos os tipos de<<strong>br</strong> />

materiais técnicos, a unidade de Compras Técnicas continuará utilizando esta<<strong>br</strong> />

ferramenta e efetuará um treinamento para todos os funcionários.<<strong>br</strong> />

Até o final deste ano, Compras Técnicas espera realizar 30% de suas <strong>com</strong>pras<<strong>br</strong> />

pelo Comércio Eletrônico.<<strong>br</strong> />

Os números mundiais apresentados pela BASF indicam que em 2003 entre<<strong>br</strong> />

35% e 40% das vendas e <strong>com</strong>pras da indústria química serão feitas por meio<<strong>br</strong> />

eletrônico, através da Internet ou de redes fechadas.<<strong>br</strong> />

Os maiores avanços acontecerão nas <strong>com</strong>pras técnicas, que, ao contrário das<<strong>br</strong> />

matérias-primas, não envolvem contratos de fornecimento de médio ou longo prazo.


71<<strong>br</strong> />

Até o final de 2002, a BASF na Alemanha pretende <strong>com</strong>prar eletronicamente<<strong>br</strong> />

aproximadamente 1 bilhão de Euros de suas necessidades de matérias-primas, o que<<strong>br</strong> />

representa cerca de metade das aquisições de mercado.<<strong>br</strong> />

Atualmente, a BASF alemã está obtendo, em média, 8% das vendas de seus<<strong>br</strong> />

clientes via Comércio Eletrônico.<<strong>br</strong> />

A expectativa da empresa é conduzir, até o final de 2002, cerca de 40% de<<strong>br</strong> />

seus negócios eletronicamente. Em 2005, a BASF quer aumentar esta participação<<strong>br</strong> />

para mais de 50%.<<strong>br</strong> />

Nos próximos dois anos, a matriz planeja investir cerca de 75 milhões de Euros<<strong>br</strong> />

para expandir suas atividades no Comércio Eletrônico.<<strong>br</strong> />

No Brasil, a BASF desenvolveu projetos piloto de Comércio Eletrônico nas<<strong>br</strong> />

suas divisões de produtos para a agricultura, pigmentos e tintas.<<strong>br</strong> />

Com os recursos disponíveis, os clientes podem, entre outras coisas,<<strong>br</strong> />

encaminhar pedidos de <strong>com</strong>pra e consultar catálogos de produtos. A idéia é ampliar a<<strong>br</strong> />

experiência para outras divisões de negócios e aperfeiçoar o sistema a ponto de<<strong>br</strong> />

gerenciar os estoques dos clientes, por exemplo.<<strong>br</strong> />

A BASF espera, a partir de 2002, realizar 25% de seus negócios na América do<<strong>br</strong> />

Sul <strong>com</strong> a utilização de ferramentas de Comércio Eletrônico.<<strong>br</strong> />

As transações on-line crescem cerca de 51% ao ano no Brasil. Os leilões<<strong>br</strong> />

eletrônicos se tornarão rotineiros.<<strong>br</strong> />

As embalagens, que entrarão em <strong>br</strong>eve no programa de leilões, representam<<strong>br</strong> />

um importante custo para a BASF. A empresa gasta mais <strong>com</strong> embalagens do que<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> dióxido de titânio, utilizado na produção de tintas, por exemplo.<<strong>br</strong> />

O investimento massivo da BASF na área de Comércio Eletrônico parte de<<strong>br</strong> />

algumas premissas básicas, que justificam e orientam os investimentos nessa área. A<<strong>br</strong> />

tabela a seguir identifica essas premissas.


72<<strong>br</strong> />

TABELA 5- Premissas Básicas eCommerce<<strong>br</strong> />

DIMINUIR<<strong>br</strong> />

Custo do processo interno<<strong>br</strong> />

AUMENTAR<<strong>br</strong> />

Influência dos parceiros<<strong>br</strong> />

Custo do processo externo Colaboração e <strong>com</strong>partilhamento de<<strong>br</strong> />

informação<<strong>br</strong> />

Custos de <strong>com</strong>pras<<strong>br</strong> />

Tempo dos processos<<strong>br</strong> />

Barreiras para entrada<<strong>br</strong> />

Ciclos de estratégias<<strong>br</strong> />

Riscos e fraudes<<strong>br</strong> />

Velocidade nas transações <strong>com</strong>erciais<<strong>br</strong> />

Retenção dos clientes<<strong>br</strong> />

Velocidade na tomada de decisões<<strong>br</strong> />

Agilidade no modelo de negócio<<strong>br</strong> />

Mudança de estratégia de negócio<<strong>br</strong> />

Disponibilidade dos itens em termos de<<strong>br</strong> />

qualidade, preço, entrega e serviços<<strong>br</strong> />

Flexibilidade de acesso, qualquer tempo,<<strong>br</strong> />

qualquer lugar<<strong>br</strong> />

Expectativas do consumidor<<strong>br</strong> />

Valores propostos<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

Baseando-se nessas premissas, vários projetos específicos de eCommerce<<strong>br</strong> />

estão em desenvolvimento atualmente. Alguns deles são mencionados s seguir.<<strong>br</strong> />

6.2.1.1 e-Mentoring<<strong>br</strong> />

Lançado em Setem<strong>br</strong>o de 2001, este programa é coordenado conjuntamente<<strong>br</strong> />

pelas unidades de Recursos Humanos e eCommerce, onde colaboradores pré<<strong>br</strong> />

selecionados (e-Mentors) foram treinados <strong>com</strong> o objetivo de introduzir a nossa<<strong>br</strong> />

liderança (e-Mentees) no mundo digital. Cerca de 62 líderes e 54 colaboradores<<strong>br</strong> />

estiveram envolvidos em mais de 300 horas de "aula".


73<<strong>br</strong> />

6.2.1.2 e-Metrics<<strong>br</strong> />

Ao mesmo tempo em que as atividades realizadas em eCommerce pela<<strong>br</strong> />

BASF vinham sendo desenvolvidas, surgiu a necessidade de se ter medições que<<strong>br</strong> />

proporcionassem uma visão gerencial mais ampla e que <strong>com</strong>parassem <strong>com</strong> as metas<<strong>br</strong> />

que haviam sido estabelecidas. Assim, utilizando ferramentas <strong>com</strong>o o Discoverer e o<<strong>br</strong> />

Webtrends, desenvolveu-se o projeto "e-Metrics".<<strong>br</strong> />

Nele, há medições dos mais variados níveis para as iniciativas eCommerce<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o por exemplo focando-se os clientes já implementados no Jump Start (desde uma<<strong>br</strong> />

análise detalhada da navegação da ferramenta até valores de pedidos colocados e já<<strong>br</strong> />

faturados).<<strong>br</strong> />

Também existem levantamentos so<strong>br</strong>e a navegação no web site institucional<<strong>br</strong> />

da BASF e so<strong>br</strong>e iniciativas eCommerce em termos de Suprimentos e Compras<<strong>br</strong> />

Técnicas.<<strong>br</strong> />

6.2.1.3 Jump Start<<strong>br</strong> />

Ferramenta Regional de Extranet para a BASF Região América do Sul<<strong>br</strong> />

(atende aos requisitos básicos da região).<<strong>br</strong> />

Acesso restrito <strong>com</strong> senhas para clientes cadastrados. Disponível via<<strong>br</strong> />

INTERNET para clientes, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Permite gerenciar<<strong>br</strong> />

ordens de venda, criando-as e visualizando-as.<<strong>br</strong> />

Dá acesso ao Catálogo de Produtos e permite criar Catálogos Pessoais,<<strong>br</strong> />

entre outras funcionalidades.<<strong>br</strong> />

Foi implementada inicialmente em 3 Unidades de Negócio a partir do<<strong>br</strong> />

segundo trimestre de 2001 e passou por uma fase de estabilização técnica no <strong>com</strong>eço<<strong>br</strong> />

de 2002. Neste período desenvolveu-se um procedimento regional de implementação<<strong>br</strong> />

e organizou-se a política de versões a partir da demanda das áreas e feedback dos<<strong>br</strong> />

clientes. Em junho de 2002 iniciou-se a segunda fase de implementação, expandindose<<strong>br</strong> />

a base de clientes das Unidades de Negócio pioneiras para as demais.


74<<strong>br</strong> />

Prevê-se a entrada em 100 clientes, <strong>com</strong> um faturamento on-line de R$<<strong>br</strong> />

50.000.000 em 2002.<<strong>br</strong> />

6.2.1.4 e-Procurement<<strong>br</strong> />

A área de Compras Técnicas da BASF e Tecnologia da Informação<<strong>br</strong> />

desenvolveram o projeto de e-Procurement (<strong>com</strong>pras eletrônicas) que tem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

objetivo principal focar o trabalho do <strong>com</strong>prador em atividades de maior valor<<strong>br</strong> />

agregado ao processo da área.<<strong>br</strong> />

O departamento de Compras Técnicas da BASF pretende, <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

e-Procurement, agilizar as atividades "mecânicas" existentes nas funções dos<<strong>br</strong> />

colaboradores, permitindo a eles um tempo maior para dedicar-se a conhecer melhor o<<strong>br</strong> />

mercado fornecedor, desenvolver novos fornecedores e criar mais relações de<<strong>br</strong> />

parceria.<<strong>br</strong> />

O e-Procurement é uma ferramenta de <strong>com</strong>pra e venda via Internet, que visa<<strong>br</strong> />

facilitar o trabalho burocrático e agilizar as informações para os fornecedores /<<strong>br</strong> />

clientes. Por exemplo: num futuro próximo, haverá na tela do <strong>com</strong>putador dos<<strong>br</strong> />

colaboradores da área de Compras Técnicas, uma função definida <strong>com</strong>o status do<<strong>br</strong> />

pedido.<<strong>br</strong> />

A qualquer momento, este colaborador poderá acessar e se informar so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

status de seu pedido sem ter que esperar pela informação ou entrar em contato <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

empresa fornecedora.<<strong>br</strong> />

O Sistema já foi integrado ao SAP R/3 e está em operação desde o dia 18 de<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>il de 2002. Com esta ferramenta a BASF fará suas <strong>com</strong>pras através de um<<strong>br</strong> />

Marketplace, <strong>com</strong> todos os fornecedores conectados eletronicamente, permitindo uma<<strong>br</strong> />

maior agilidade, otimização do processo, menores custos operacionais, menor<<strong>br</strong> />

retrabalho.<<strong>br</strong> />

Outros benefícios são: Cotação eletrônica, Follow-up da cotação, Retorno<<strong>br</strong> />

das cotações já integrado no SAP R/3, Negociação eletrônica, Emissão automática de<<strong>br</strong> />

pedido, Comunidade eletrônica, Avaliação e qualificação de fornecedores.


75<<strong>br</strong> />

O departamento de Compras Técnicas estabeleceu a meta de efetuar 40%<<strong>br</strong> />

das suas transações eletronicamente no ano de 2002.<<strong>br</strong> />

Paralelamente, a área de Compras Técnicas está participando do grupo de e-<<strong>br</strong> />

Procurement das empresas do Grupo BASF no mundo, estabelecendo conceitos<<strong>br</strong> />

globais so<strong>br</strong>e o tema e visando possíveis sinergias a longo prazo.<<strong>br</strong> />

6.2.1.5 e-Readiness<<strong>br</strong> />

É um projeto que corre paralelo às iniciativas de eCommerce, visa preparar a<<strong>br</strong> />

empresa para ser capaz de atender e processar os pedidos que entram de forma<<strong>br</strong> />

eletrônica de uma maneira ágil e eficiente.<<strong>br</strong> />

Afinal, de que adianta termos acesso on line se nossos processos off-line não<<strong>br</strong> />

são <strong>com</strong>patíveis <strong>com</strong> ele?.<<strong>br</strong> />

Deste modo, dizer que o cliente ou a BASF são ou estão "e-Ready" significa<<strong>br</strong> />

dizer que os seus processos internos estão preparados para absorver não só os<<strong>br</strong> />

avanços tecnológicos da era eletrônica, mas também o impacto destes nos processos<<strong>br</strong> />

reais.<<strong>br</strong> />

6.2.1.6 VENDOR MANAGEMENT INVENTORY - VMI<<strong>br</strong> />

VMI é a garantia pelo fornecedor do reabastecimento de produto ao cliente.<<strong>br</strong> />

Isso acontece mediante a transferência do planejamento de reabastecimento<<strong>br</strong> />

ao fornecedor, que trabalha baseando-se em informações de estoque atual e previsão<<strong>br</strong> />

de consumo fornecidas pelo cliente.<<strong>br</strong> />

VMI pode ser realizado tanto <strong>com</strong> produtos em granel, quanto embalados.<<strong>br</strong> />

Vantagens BASF:<<strong>br</strong> />

• Redução nos custos de transporte;<<strong>br</strong> />

• Transparência e otimização na Supply Chain;<<strong>br</strong> />

• Redução dos estoques;


76<<strong>br</strong> />

• Novos clientes;<<strong>br</strong> />

• Fidelidade;<<strong>br</strong> />

• Redução dos custos administrativos;<<strong>br</strong> />

• Vantagens Cliente;<<strong>br</strong> />

• Disponibilidade do Produto;<<strong>br</strong> />

• Processo de <strong>com</strong>pra automatizado.<<strong>br</strong> />

Redução de esforços em:<<strong>br</strong> />

• Monitoramento de Estoque;<<strong>br</strong> />

• Disposição de Matéria Prima;<<strong>br</strong> />

• Monitoramento de Pedidos.<<strong>br</strong> />

6.2.1.7 WORLDACCOUNT<<strong>br</strong> />

É a ferramenta Mundial de Extranet para a BASF, <strong>com</strong> acesso restrito <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

senhas para clientes cadastrados. É disponível via WEB para clientes, 24 horas por<<strong>br</strong> />

dia, 7 dias por semana. Permite gerenciar ordens de venda, criando-as e visualizandoas<<strong>br</strong> />

e dá acesso ao Catálogo de Produtos e às informações técnicas de produtos.<<strong>br</strong> />

Essa ferramenta deverá operar em nível global, convergindo necessidades<<strong>br</strong> />

de todas as regiões do mundo onde a BASF atua.<<strong>br</strong> />

As especificações técnicas da primeira versão foram entregues no <strong>com</strong>eço<<strong>br</strong> />

de março de 2002 para a IBM na Alemanha e nos EUA. As equipes regionais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementam dados e as equipes técnicas trabalham na montagem da aplicação.<<strong>br</strong> />

6.2.1.8 SITE BASF www.basf.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>. - PORTAL BASF<<strong>br</strong> />

Após três meses de trabalho em parceria <strong>com</strong> todas as unidades de negócio,<<strong>br</strong> />

a BASF conta hoje <strong>com</strong> um Portal rico em informações, fácil de navegar, <strong>com</strong> um


77<<strong>br</strong> />

design moderno e dinâmico, pronto para <strong>com</strong>plementar todas as iniciativas da BASF<<strong>br</strong> />

em Comércio Eletrônico no Brasil e sem nenhuma <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> web sites de<<strong>br</strong> />

empresas do mesmo segmento. Em 2002 essa estratégia será aplicada em toda a<<strong>br</strong> />

região e a evolução do web site será feita em uma velocidade maior do que a exigida<<strong>br</strong> />

pelo mercado.<<strong>br</strong> />

6.2.2 SUPPLAY CHAIN MANAGEMENT - SCM<<strong>br</strong> />

A implantação de ferramentas e conceitos de Supply Chain atende à<<strong>br</strong> />

orientação estratégica da BASF e busca otimizar as relações ao longo de toda a<<strong>br</strong> />

cadeia de produção, aumentando a lucratividade.<<strong>br</strong> />

seguinte:<<strong>br</strong> />

As premissas básicas da BASF para o SCM estão indicadas na tabela<<strong>br</strong> />

Tabela 6- Premissas Básicas SCM<<strong>br</strong> />

DIMINUIR<<strong>br</strong> />

AUMENTAR<<strong>br</strong> />

Estoques<<strong>br</strong> />

Ciclo de Produção<<strong>br</strong> />

Ciclo de Distribuição<<strong>br</strong> />

Custos de Compras<<strong>br</strong> />

Custos de Produção<<strong>br</strong> />

Custos de Distribuição<<strong>br</strong> />

Perda de produtos<<strong>br</strong> />

Tempo de reação à variação de demanda<<strong>br</strong> />

Rotação dos estoques<<strong>br</strong> />

Nível de serviço ao cliente<<strong>br</strong> />

Utilização da capacidade de produção<<strong>br</strong> />

Utilização da capacidade de distribuição<<strong>br</strong> />

Confiabilidade do Lead Time<<strong>br</strong> />

Confiabilidade da previsão de demanda<<strong>br</strong> />

Velocidade produção<<strong>br</strong> />

Velocidade distribuição<<strong>br</strong> />

Simulação de cenários<<strong>br</strong> />

Colaboração e parcerias<<strong>br</strong> />

Sincronização da Cadeia de Suprimentos<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

A gestão da cadeia de suprimentos tem <strong>com</strong>o objetivos básicos o incremento<<strong>br</strong> />

das vendas, a redução dos custos e a utilização integral dos ativos <strong>com</strong> o intuito de


78<<strong>br</strong> />

otimizar a interação e <strong>com</strong>unicação de todos os participantes ao longo da cadeia de<<strong>br</strong> />

suprimentos.<<strong>br</strong> />

As soluções SCM utilizam a tecnologia de redes para relacionar os<<strong>br</strong> />

fornecedores, os distribuidores, e outros sócios do negócio <strong>com</strong> o objetivo de alcançar<<strong>br</strong> />

uma maior satisfação do cliente final, e ao mesmo tempo oferecer dados em tempo<<strong>br</strong> />

real so<strong>br</strong>e a demanda do cliente, nos processos de produção e distribuição dos sócios<<strong>br</strong> />

dentro da cadeia.<<strong>br</strong> />

A Internet está transformando a cadeia de suprimentos de todos os setores.<<strong>br</strong> />

Fornecedores, distribuidores, fa<strong>br</strong>icantes e vendedores trabalham atualmente em<<strong>br</strong> />

estreita colaboração e <strong>com</strong> maior eficácia.<<strong>br</strong> />

A gestão de suprimentos orientada tecnologicamente permite aos clientes<<strong>br</strong> />

gerenciar suas próprias experiências de <strong>com</strong>pras, incrementar a coordenação e interrelação<<strong>br</strong> />

entre seus fornecedores e ajuda a reduzir os custos operativos de todas as<<strong>br</strong> />

empresas da cadeia.<<strong>br</strong> />

Os processos integrados dentro de uma cadeia de suprimentos reduzem a<<strong>br</strong> />

redundância e melhoram a eficiência. Desta forma se <strong>com</strong>partilham oportunamente as<<strong>br</strong> />

informações so<strong>br</strong>e a demanda do mercado, se minimizam os estoques, se melhora a<<strong>br</strong> />

qualidade e se aumenta a rentabilidade.<<strong>br</strong> />

Além disso, uma cadeia de suprimentos interconectada permite reduzir o<<strong>br</strong> />

período de <strong>com</strong>ercialização através da colaboração de fornecedores e clientes. Em<<strong>br</strong> />

geral as soluções de software para SCM se dividem nos seguintes <strong>com</strong>ponentes:<<strong>br</strong> />

a) Desenvolvimento de produtos.<<strong>br</strong> />

b) Planificação de vendas e pedidos, de produção e distribuição e a<<strong>br</strong> />

correspondência da demanda <strong>com</strong> os suprimentos disponíveis.<<strong>br</strong> />

c) Distribuição e Logística.<<strong>br</strong> />

d) Compras<<strong>br</strong> />

e) Produção<<strong>br</strong> />

f) Integração de Sócios de Negócios.


79<<strong>br</strong> />

Com base em ferramentas de simulação disponíveis no mercado, e partindo de<<strong>br</strong> />

algumas informações básicas so<strong>br</strong>e o estágio da BASF e alguns dados econômicos e<<strong>br</strong> />

financeiros, foi possível estimar as economias esperadas após uma eventual<<strong>br</strong> />

implementação das ferramentas de SCM.<<strong>br</strong> />

Na tabela abaixo aparecem os cálculos estimados, para o ano de 2000,<<strong>br</strong> />

utilizando o SAP Value Calculator.<<strong>br</strong> />

Esta ferramenta usa <strong>com</strong>o input uma série de informações quantitativas e<<strong>br</strong> />

qualitativas so<strong>br</strong>e a BASF, e baseado em experiências de muitas empresas que têm<<strong>br</strong> />

desenvolvido projetos de SCM, calcula os valores, <strong>com</strong>o mostra a tabela abaixo.<<strong>br</strong> />

Tabela 7- SAP Value Calculator - SCM<<strong>br</strong> />

Benefícios Econômicos: Status BASF S.A.<<strong>br</strong> />

Receita Total Ano 2000:<<strong>br</strong> />

R$ 2.316 Mi<<strong>br</strong> />

Custo de Capital: 10% - 12%<<strong>br</strong> />

Margem Rentabilidade: 32% - 35%<<strong>br</strong> />

Benefício Esperado do SCM:<<strong>br</strong> />

Crescimento das Utilidades:<<strong>br</strong> />

Benefício da Gestão das Contas a receber<<strong>br</strong> />

Benefício Total Esperado:<<strong>br</strong> />

36.3 – 44.3 Mi<<strong>br</strong> />

47.8 – 58.4 Mi<<strong>br</strong> />

4.4 – 5.3 Mi<<strong>br</strong> />

R$ 88.5 - R$ 108.0 Mi<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

6.2.3 CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT - CRM<<strong>br</strong> />

CRM é um conceito atual na evolução de ferramentas capazes de fazer<<strong>br</strong> />

diferença na disputa entre as empresas por mais <strong>com</strong>petitividade nos negócios e no<<strong>br</strong> />

seu relacionamento <strong>com</strong> os clientes.<<strong>br</strong> />

Na BASF, região América do Sul, decidiu por não investir neste momento em<<strong>br</strong> />

uma solução CRM por se entender que a empresa ainda não está preparada para


80<<strong>br</strong> />

isto. Embora já se tenha um fornecedor (SAP) para uma solução CRM, ainda é<<strong>br</strong> />

prematuro arriscar-se, segundo a análise feita pela alta gerência.<<strong>br</strong> />

Em um prazo de 12 a 18 meses a empresa pretende trabalhar fortemente na<<strong>br</strong> />

fidelização e segmentação de seus clientes, orientados por segmentos de negócio e<<strong>br</strong> />

níveis financeiros. Trabalhar na atualização e cultura da empresa, em especial no<<strong>br</strong> />

setor de vendas, será a primeira onda do processo, <strong>com</strong>o descrito no projeto de<<strong>br</strong> />

Mobile Sales que automatizou os processos da força de vendas da empresa. De forma<<strong>br</strong> />

Global a BASF tem projetos arrojados para o assunto vendas e marketing, <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

projeto PRISMA (Professional Information System for Market Analysis) que provê<<strong>br</strong> />

informações de vendas e marketing diariamente atualizando bases de informação, tais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o, volumes, rotatividade, pedidos de entrada, etc., concentrado em mais de 100<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panhias BASF espalhadas no mundo.<<strong>br</strong> />

CRM.<<strong>br</strong> />

A tabela abaixo mostra o que a BASF pretende obter <strong>com</strong> a implementação do<<strong>br</strong> />

Tabela 8- Premissas Básicas CRM<<strong>br</strong> />

DIMINUIR<<strong>br</strong> />

AUMENTAR<<strong>br</strong> />

Reclamações dos clientes<<strong>br</strong> />

Custos através da automatização<<strong>br</strong> />

Tempo de resposta do mercado<<strong>br</strong> />

Meios de <strong>com</strong>unicação caros<<strong>br</strong> />

Receita<<strong>br</strong> />

Produtividade na área<<strong>br</strong> />

Vantagem <strong>com</strong>petitiva<<strong>br</strong> />

Níveis de inventários<<strong>br</strong> />

Conhecimento so<strong>br</strong>e clientes e mercado<<strong>br</strong> />

Nível de serviços ao cliente<<strong>br</strong> />

Opções de escolha para entrega<<strong>br</strong> />

Qualidade do ciclo de integração c/ cliente<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF


81<<strong>br</strong> />

6.2.4. COLLABORATIVE PLANNING, FORECASTING AND<<strong>br</strong> />

REPLENISHMENT - CPFR<<strong>br</strong> />

Dentro dos seguimentos de mercado que a BASF atua, o segmento de Tintas<<strong>br</strong> />

Imobiliárias é o que permite a interação direta <strong>com</strong> o varejo.<<strong>br</strong> />

Desta forma a preparação para o ambiente e execução de um CPFR torna-se<<strong>br</strong> />

possível, pois este segmento para nós foi durante muitos anos extremamente rentável.<<strong>br</strong> />

Para tal, o aperfeiçoamento dos nossos processos internos e recursos de Tecnologia<<strong>br</strong> />

da Informação são extremamente importantes e ainda não alcançamos um padrão<<strong>br</strong> />

desejável.<<strong>br</strong> />

Uma das ferramentas que determinará sucesso na implementação de um<<strong>br</strong> />

CPFR é certamente o CRM, que proporcionará mais informações so<strong>br</strong>e nossos<<strong>br</strong> />

clientes, tornará o processo de fidelização mais forte. Também o ERP disponibilizará<<strong>br</strong> />

informações financeiras adequadas para realizações de novas transações <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

clientes.<<strong>br</strong> />

Do ponto de vista técnico, a BASF não terá grandes desafios para uma<<strong>br</strong> />

implementação das ferramentas que propiciam o uso do conceito CPFR, mas os<<strong>br</strong> />

rumos da economia, o achatamento dos salários e o desemprego impactam<<strong>br</strong> />

diretamente na decisão de investir no segmento varejista, porém já existe um caminho<<strong>br</strong> />

traçado para desencadear este processo caso o panorama sócio-econômico de sinais<<strong>br</strong> />

de crescimento.<<strong>br</strong> />

As premissas BASF para obter sucesso no CPFR estão descritas na tabela<<strong>br</strong> />

abaixo.


82<<strong>br</strong> />

Tabela 9- Premissas Básicas CPFR<<strong>br</strong> />

DIMINUIR<<strong>br</strong> />

Níveis de inventários e segurança de<<strong>br</strong> />

estoque<<strong>br</strong> />

Tempo de plano de ajustes e previsão<<strong>br</strong> />

Custos<<strong>br</strong> />

Erros de previsão<<strong>br</strong> />

Tempo do ciclo de ressuprimento<<strong>br</strong> />

AUMENTAR<<strong>br</strong> />

Eficácia do plano de abastecimento<<strong>br</strong> />

Acuracidade da previsão<<strong>br</strong> />

Compartilhamento de conhecimento<<strong>br</strong> />

Níveis de serviço<<strong>br</strong> />

Vendas<<strong>br</strong> />

Colaboração e planejamento<<strong>br</strong> />

Nível de <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />

Capacidade <strong>com</strong>ercial<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

6.2.5 MOBILE BUSINESS - MB<<strong>br</strong> />

Dentro do conceito de Mobile Business, existe um projeto dentro da empresa<<strong>br</strong> />

que é o “BASF Mobile Sales” desenvolvido para a área de AgroNegócios, e que teve<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o objetivo maior incrementar a produtividade da Força de Vendas da área que<<strong>br</strong> />

conta hoje <strong>com</strong> 400 vendedores/representantes <strong>com</strong>erciais e tem <strong>com</strong>o economia<<strong>br</strong> />

potencial valores da ordem de US$ 900.000 até 2004.<<strong>br</strong> />

Foi feita uma parceria <strong>com</strong> empresas de Tecnologia no segmento para<<strong>br</strong> />

desenvolvimento da ferramenta que tem <strong>com</strong>o premissas básicas as funcionalidades<<strong>br</strong> />

on line e off line para as transações, uma interface amigável e a integração dos dados<<strong>br</strong> />

ao SAP R/3.<<strong>br</strong> />

Os benefícios qualitativos/estratégicos a serem obtidos são: Motivação dos<<strong>br</strong> />

vendedores, Aculturamento na utilização da tecnologia, Simplicidade/flexibilidade na<<strong>br</strong> />

operação e Redução de recursos para treinamento e suporte do negócio. Com isso<<strong>br</strong> />

espera-se uma melhora das operações e um aumento do capital intelectual da<<strong>br</strong> />

empresa.<<strong>br</strong> />

Outros benefícios diretos gerados pelo sistema: Diminuição de devolução,<<strong>br</strong> />

eliminando erros na digitação das informações (entrada dos dados no SAP R/3);


83<<strong>br</strong> />

deixar de contratar recursos para Supply Chain devido a eliminação das conferências<<strong>br</strong> />

de dados nos pedidos; redução do tempo das ligações para a entrada de pedidos de<<strong>br</strong> />

vendas; redução de papel. Os objetivos perseguidos pela BASF <strong>com</strong> o Mobile<<strong>br</strong> />

Businnes estão descritos na tabela abaixo.<<strong>br</strong> />

Tabela 10 - Premissas Básicas Mobile Business<<strong>br</strong> />

DIMINUIR<<strong>br</strong> />

Custos através do baixo custo de<<strong>br</strong> />

mecanismos móveis<<strong>br</strong> />

Treinamento usuário – Simples e fácil<<strong>br</strong> />

Tempo de acesso a dados<<strong>br</strong> />

Esforço nas tarefas (User Friendly<<strong>br</strong> />

Application)<<strong>br</strong> />

Erros através da entrada automatizada<<strong>br</strong> />

dados<<strong>br</strong> />

AUMENTAR<<strong>br</strong> />

Velocidade e eficiência<<strong>br</strong> />

Receptividade<<strong>br</strong> />

Flexibilidade na tomada de decisões<<strong>br</strong> />

Disponibilidade de informação<<strong>br</strong> />

Cobertura da informação – todos<<strong>br</strong> />

funcionários<<strong>br</strong> />

Lealdade dos clientes<<strong>br</strong> />

Satisfação dos clientes<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

6.3 PROJETOS DE GERENCIAMENTO INTERNO E TOMADA DE<<strong>br</strong> />

DECISÕES ESTRATÉGICAS<<strong>br</strong> />

6.3.1 e-LEARNING<<strong>br</strong> />

A BASF implantou seu canal de e-Learning para um de seus negócios, o de<<strong>br</strong> />

Tintas e Vernizes – EC, onde a Tecnologia da Informação foi o condutor dos<<strong>br</strong> />

processos, mas a área definiu suas necessidades e prioridades.<<strong>br</strong> />

Para que esta prática obtenha sucesso a área colocou <strong>com</strong>o meta para o PLR<<strong>br</strong> />

(Participação nos Lucros e Resultados) o seguinte: Treinar 100 % dos funcionários<<strong>br</strong> />

administrativos das unidades EC-D e EC-C no Brasil via e-Learning <strong>com</strong> mínimo de 8<<strong>br</strong> />

horas até Dezem<strong>br</strong>o de 2002.


84<<strong>br</strong> />

A definição de prioridade e necessidades elegeu três temas para início do<<strong>br</strong> />

projeto: Excelência no atendimento, Técnicas de apresentação e Técnicas de<<strong>br</strong> />

condução de reuniões.<<strong>br</strong> />

O total de funcionários de EC em todo Brasil é de 531, distribuídos nas<<strong>br</strong> />

seguintes localidades: Belo Horizonte, Tijuca, Curitiba, Salvador, São Bernardo,<<strong>br</strong> />

Sapucaia do Sul, Jaboatão e Santa Cruz. Os cursos foram <strong>com</strong>prados prontos no<<strong>br</strong> />

mercado e serão acessados através da Internet. Para divulgação dos eventos a<<strong>br</strong> />

Comunicação Social da empresa criou um método de mensagens e convites e<<strong>br</strong> />

Recursos Humanos criou juntamente <strong>com</strong> uma empresa de consultoria uma<<strong>br</strong> />

metodologia em que será possível medir a satisfação e o nível de aprendizado dos<<strong>br</strong> />

funcionários.<<strong>br</strong> />

A primeira turma teve início em 03 de Junho de 2002, onde obteve-se um<<strong>br</strong> />

retorno positivo por parte dos participantes.<<strong>br</strong> />

Os maiores riscos e dificuldades para o êxito do projeto foram o acesso<<strong>br</strong> />

remoto, colaboradores que não possuem micros <strong>com</strong>putadores, Links e Infra-estrutura<<strong>br</strong> />

das filiais mais distantes. Com o projeto e-Learning, a BASF espera alcançar os<<strong>br</strong> />

seguintes objetivos, <strong>com</strong>o mostra a tabela abaixo.<<strong>br</strong> />

Tabela 11 - Premissas Básicas e-Learning<<strong>br</strong> />

DIMINUIR<<strong>br</strong> />

AUMENTAR<<strong>br</strong> />

Falta nos treinamentos Gerenciamento do retorno do<<strong>br</strong> />

investimento<<strong>br</strong> />

Longa ausência do trabalho<<strong>br</strong> />

Custos (viagens, hospedagens, etc. )<<strong>br</strong> />

Cultura do aperfeiçoamento pessoal<<strong>br</strong> />

Satisfação do pessoal<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF


85<<strong>br</strong> />

6.3.2 BUSINESS INTELLIGENCE - BI<<strong>br</strong> />

A BASF Região América do Sul já preparou a base para a implementação da<<strong>br</strong> />

Inteligência para seus Negócios que são o ERP e o DataWarehouse, porém ainda não<<strong>br</strong> />

se definiu quando e quais ferramentas serão adotas para a implantação do BI.<<strong>br</strong> />

Não há, portanto, previsão para implantação mas os objetivos a serem<<strong>br</strong> />

perseguidos, qualquer que seja a solução adotada, baseiam-se nas seguintes<<strong>br</strong> />

premissas, descritas na tabela abaixo.<<strong>br</strong> />

Tabela 12 - Premissas Básicas BI<<strong>br</strong> />

DIMINUIR<<strong>br</strong> />

Tempo de tomada de decisão<<strong>br</strong> />

Dados isolados<<strong>br</strong> />

Custos através de alta produtividade<<strong>br</strong> />

Tempo de procura de informação<<strong>br</strong> />

Numero de fontes de informação<<strong>br</strong> />

AUMENTAR<<strong>br</strong> />

Riqueza dos dados<<strong>br</strong> />

Key Performance Metrics<<strong>br</strong> />

Gerenciamento de valores<<strong>br</strong> />

Acuracidade nas tomadas de decisão<<strong>br</strong> />

Acesso a informação interna e externa<<strong>br</strong> />

Benchmarking information<<strong>br</strong> />

Aplicações Analíticas<<strong>br</strong> />

Knowledge management<<strong>br</strong> />

Documentação<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

6.3.3 KNOWLEDGE MANAGEMENT - KM<<strong>br</strong> />

A contribuição da área de Tecnologia da Informação à gestão do<<strong>br</strong> />

conhecimento dentro da BASF, se dá por meio do suporte de software e hardware às<<strong>br</strong> />

diretrizes da empresa. O uso de soluções já implantadas, <strong>com</strong>o Lotus Notes e outras,<<strong>br</strong> />

é um exemplo desse suporte. As diretrizes básicas que devem ser alcançadas estão<<strong>br</strong> />

descritas na tabela abaixo.


86<<strong>br</strong> />

Tabela 13 - Premissas Básicas KM<<strong>br</strong> />

Diminuir<<strong>br</strong> />

Custos por maior produtividade<<strong>br</strong> />

Rotatividade de pessoal<<strong>br</strong> />

Tempo para construir “new intelligence”<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>ecarga de Informação<<strong>br</strong> />

Aumentar<<strong>br</strong> />

Compartilhamento do know-how<<strong>br</strong> />

Experiência coletiva<<strong>br</strong> />

Acesso ao conhecimento da empresa<<strong>br</strong> />

Integração entre pessoas e processos<<strong>br</strong> />

Serviços ao cliente<<strong>br</strong> />

Suporte a direção do Business strategy<<strong>br</strong> />

Valores e cultura do Negócio<<strong>br</strong> />

Oportunidades de mudanças<<strong>br</strong> />

Velocidade e perfomance<<strong>br</strong> />

Inovação<<strong>br</strong> />

Reputação e imagem da <strong>com</strong>panhia<<strong>br</strong> />

Capital intelectual<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

A BASF entende que existem três áreas onde a exploração do conhecimento<<strong>br</strong> />

pode criar um valor significativo para o negócio:<<strong>br</strong> />

• Entrega de valor ao cliente, utilizando informação e conhecimento para<<strong>br</strong> />

identificar e reagir às necessidades do cliente;<<strong>br</strong> />

• Produção de produtos e serviços inovadores. Promover a inovação no<<strong>br</strong> />

processo de desenvolvimento de produtos e a análise das tendências<<strong>br</strong> />

cambiantes do mercado;<<strong>br</strong> />

• Efetividade organizacional ainda melhor. O melhoramento da<<strong>br</strong> />

capacidade de resposta do negócio através da aprendizagem<<strong>br</strong> />

organizacional, e um planejamento e tomada de decisões mais rápida;<<strong>br</strong> />

E, interpretando as necessidades da organização no que diz respeito ao<<strong>br</strong> />

gerenciamento do conhecimento, envolvemos dois aspectos muito importantes:


87<<strong>br</strong> />

• Ferramentas para e-Learning;.<<strong>br</strong> />

• Portais Corporativos, ou aquilo que também se conhece <strong>com</strong>o Business to<<strong>br</strong> />

Employee (B2E) ou Employee Relationship Management (ERM).<<strong>br</strong> />

6.4 PROJETOS OPERACIONAIS<<strong>br</strong> />

6.4.1 ENTERPRISE RESOURCE PLANNING - ERP<<strong>br</strong> />

Já em 1997 a BASF na Região América do Sul iniciou seu processo de<<strong>br</strong> />

migração do Mainframe e seus sistemas legados para um sistema integrado.<<strong>br</strong> />

O ERP escolhido foi o R/3, da empresa alemã SAP, que já estava em produção<<strong>br</strong> />

na BASF Estados Unidos, Europa e México e já se havia criado <strong>com</strong>petências para<<strong>br</strong> />

sua implantação na Região da América do Sul.<<strong>br</strong> />

O primeiro passo foi definir a equipe responsável pela migração, que foi<<strong>br</strong> />

constituída de funcionários de áreas funcionais e apenas um funcionário da área de<<strong>br</strong> />

sistemas.<<strong>br</strong> />

Portanto, o projeto não era conduzido e planejado em seus aspectos<<strong>br</strong> />

estratégicos pela unidade de Tecnologia da Informação, mas sim por uma equipe<<strong>br</strong> />

escolhida em função de seus conhecimentos nos processos e sistemas já existentes<<strong>br</strong> />

na empresa.<<strong>br</strong> />

Esta equipe foi treinada para conhecer todos os módulos do R/3 (cada<<strong>br</strong> />

participante deveria conhecer profundamente o seu módulo e genericamente os<<strong>br</strong> />

outros) e também firmar um conceito para implantação para região e o uso da<<strong>br</strong> />

ferramenta.<<strong>br</strong> />

Definiu-se que, na Região América do Sul, o processamento deveria ficar<<strong>br</strong> />

centralizado para reduzir custos <strong>com</strong> pessoal e ativos.<<strong>br</strong> />

Todo o processamento está em Mont Olive – USA, mas hoje, <strong>com</strong> a alta do<<strong>br</strong> />

dólar, as taxas pagas pelo Brasil são muito altas e está em estudo trazer para o Brasil<<strong>br</strong> />

o processamento centralizado da Região América do Sul.


88<<strong>br</strong> />

Também <strong>com</strong>o política definiu-se que a BASF no Brasil deveria implantar todos<<strong>br</strong> />

os módulos simultaneamente pois nos outros países da Região a implantação já<<strong>br</strong> />

ocorrera e havia conhecimento necessário para enfrentar este desafio.<<strong>br</strong> />

Outro fator importante que levou a BASF a implantar seu ERP foi a passagem<<strong>br</strong> />

do milênio. Até o ano 2000 sete países da América do Sul e a unidade farmacêutica,<<strong>br</strong> />

Knoll, já estavam implantados.<<strong>br</strong> />

Para o sucesso da operação foram formadas equipes de implementação <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

usuários chaves que eram funcionários <strong>com</strong> perfil de multiplicador de informações e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> grande conhecimento em seus respectivos módulos.<<strong>br</strong> />

A partir desta etapa definiu-se a fase de levantamento dos processos,<<strong>br</strong> />

chamada de “As–Is”.<<strong>br</strong> />

Esta etapa é uma das mais críticas pois o não detalhamento de um processo<<strong>br</strong> />

ocasionará retrabalho no futuro.<<strong>br</strong> />

Talvez o maior benefício para a empresa seja o redesenho dos processos. A<<strong>br</strong> />

unificação e simplificação destes é realmente o grande ganho da implantação de um<<strong>br</strong> />

ERP, onde são aperfeiçoados os processos e se ganha em <strong>com</strong>petitividade.<<strong>br</strong> />

Nesta fase há muitos <strong>com</strong>entários negativos por parte dos funcionários da<<strong>br</strong> />

organização e há também muita resistência pois os processos irão mudar e há a<<strong>br</strong> />

dúvida se haverá uma redução também de pessoal. A BASF antecipando-se a esta<<strong>br</strong> />

questão criou o programa Change Management para liderança e usuários.<<strong>br</strong> />

O programa buscou a conscientização dos colaboradores e o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometimento da liderança para os novos desafios que seriam enfrentados.<<strong>br</strong> />

O ERP não é somente um software é uma mudança de cultura. Esta mudança<<strong>br</strong> />

de cultura pode trazer <strong>com</strong> ela grandes desafios para os funcionários que estavam<<strong>br</strong> />

acostumados <strong>com</strong> os sistemas Legados.<<strong>br</strong> />

A resistência aos novos processos e à nova ferramenta deve ser encarada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o uma das maiores dificuldades na implantação.<<strong>br</strong> />

Para obter um resultado satisfatório é preciso investir muito tempo e dinheiro<<strong>br</strong> />

em treinamento, ponto de suma importância para o sucesso do projeto.<<strong>br</strong> />

Grandes dificuldades são encontradas quando se pretende treinar pessoas que<<strong>br</strong> />

ainda utilizam os sistemas legados e necessitam aprender a nova ferramenta.


89<<strong>br</strong> />

Dois outros aspectos também foram decisivos para o sucesso do projeto: O<<strong>br</strong> />

apoio da alta direção e a <strong>com</strong>unicação. Muitos <strong>com</strong>unicados emitidos pela Presidência<<strong>br</strong> />

e Vice-Presidência declarando a importância do projeto para a Empresa e até<<strong>br</strong> />

iniciativas <strong>com</strong>o sorteios de <strong>br</strong>indes ou almoços contribuíram para a motivação do<<strong>br</strong> />

pessoal e o engajamento <strong>com</strong> o projeto.<<strong>br</strong> />

Ao fim da implantação na região o projeto SAP R/3 passou a ser da<<strong>br</strong> />

responsabilidade da unidade de Tecnologia da Informação e iniciou-se uma fase de<<strong>br</strong> />

transição dos funcionários da equipe inicial de implantação para suas áreas de origem<<strong>br</strong> />

ou para a área de sistemas.<<strong>br</strong> />

Infelizmente houve vários desligamentos, pois não havia vagas suficientes na<<strong>br</strong> />

unidade de Tecnologia da Informação e também não houve <strong>com</strong>o readaptá-los em<<strong>br</strong> />

suas áreas de origem.<<strong>br</strong> />

Assim, a unidade de Tecnologia da Informação passa a ser o responsável pelo<<strong>br</strong> />

ERP da empresa e, juntamente <strong>com</strong> as áreas de negócios, conduze os processos de<<strong>br</strong> />

modificações e melhorias no ERP.<<strong>br</strong> />

Novamente houve uma revisão dos processos e todos os problemas<<strong>br</strong> />

encontrados foram eliminados de acordo <strong>com</strong> a prioridade e importância para o<<strong>br</strong> />

negócio.<<strong>br</strong> />

Medidas foram adotadas para dar continuidade ao sistema e melhorar sua<<strong>br</strong> />

utilização bem <strong>com</strong>o dar um melhor atendimento aos usuários, tais <strong>com</strong>o: terceirização<<strong>br</strong> />

do atendimento aos usuários por meio de um Help Desk dedicado à resolução de<<strong>br</strong> />

problemas nas transações; certificação dos consultores de cada módulo (aqueles que<<strong>br</strong> />

passaram para a área de sistemas) pela própria SAP e promoção de Job Rotation<<strong>br</strong> />

entre eles, para disseminar conhecimento.<<strong>br</strong> />

Em 2002 fez-se o upgrade do R/3 para versão 4.6 e há um projeto Global para<<strong>br</strong> />

a integração de todas as bases.


90<<strong>br</strong> />

6.5 PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA E TELECOMUNICAÇÕES<<strong>br</strong> />

A Infra-estrutura é a base para todas as operações de Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação.<<strong>br</strong> />

Sem a Infra-estrutura adequada não há <strong>com</strong>o desenvolver projetos que<<strong>br</strong> />

demandem <strong>com</strong>unicação, armazenamento e processamento de dados.<<strong>br</strong> />

A BASF América do Sul está desenvolvendo projetos de infra-estrutura para<<strong>br</strong> />

suportar as exigências dos negócios na Região, adequando-se para um melhor<<strong>br</strong> />

rendimento dos projetos.<<strong>br</strong> />

As novas tecnologias provenientes de ambiente WEB, <strong>com</strong>o e-Learning, Portal<<strong>br</strong> />

Services, Stream Video entre outras, demandam um alto consumo de banda das<<strong>br</strong> />

LAN´s e para isto a BASF firmou um acordo <strong>com</strong> a CISCO, empresa de solução para<<strong>br</strong> />

infra-estrutura, que será a parceira BASF em suas operações de redes.<<strong>br</strong> />

O aumento de banda será decisivo para o êxito dos projetos. Em 10 sites do<<strong>br</strong> />

país haverá um upgrade da LAN onde a capacidade nos Clientes passará de 10 MHz<<strong>br</strong> />

HalfDuplex para 100 MHz FullDuplex. Nos servidores passará de 100 MHz FullDuplex<<strong>br</strong> />

para 1 GHz, oferecendo um bom tempo de resposta para as aplicações.<<strong>br</strong> />

Os dados/informações são cada vez mais importantes para a empresa e para<<strong>br</strong> />

resguardá-los de eventuais perdas o desenvolvimento de Storage Consolidation é<<strong>br</strong> />

cada vez mais importante.<<strong>br</strong> />

Criar o conceito de Storage Área Network América do Sul, <strong>com</strong> 1.7 Terabytes<<strong>br</strong> />

disponíveis para as plataformas Unix, Intel e Sun, dará a empresa mais segurança em<<strong>br</strong> />

suas operações. Também aumentará a disponibilidade, melhorará a performance e<<strong>br</strong> />

diminuirá o esforço de administração destes dados.<<strong>br</strong> />

Ainda so<strong>br</strong>e a segurança dos dados, o aumento do controle de acessos é<<strong>br</strong> />

fundamental e será feito um upgrade do Firewall, melhorando as ferramentas de<<strong>br</strong> />

gerenciamento e de relatórios.<<strong>br</strong> />

Implantação de técnicas de QoS (Quality of Services), Caching e Controle de<<strong>br</strong> />

tráfego e Classes de serviços melhora o desempenho da rede e a qualidade dos<<strong>br</strong> />

serviços prestados pela unidade de Tecnologia da Informação BASF.


91<<strong>br</strong> />

É fundamental também melhorar o tempo de resposta dos ambientes de maior<<strong>br</strong> />

criticidade (Unix), onde por exemplo rodam as bases do Datawarehouse. Para isto foi<<strong>br</strong> />

implantado o Load Balancing Failover e o Sitara Devices. Ambos definem prioridades<<strong>br</strong> />

de banda e segmentação de tráfego, e redirecionamento de links em caso de queda.<<strong>br</strong> />

Outros projetos que serão executados até 2004 trarão uma eficiência maior à<<strong>br</strong> />

organização assim <strong>com</strong>o uma redução de custos.<<strong>br</strong> />

Serão projetos que proporcionarão aos usuários um conforto maior em suas<<strong>br</strong> />

atividades e, para a unidade de Tecnologia da Informação BASF, melhores meios para<<strong>br</strong> />

garantir à empresa maior disponibilidade dos serviços e escalabilidade, já que muitos<<strong>br</strong> />

são baseados em redes IP.<<strong>br</strong> />

Os principais projetos são:<<strong>br</strong> />

• IP TV;<<strong>br</strong> />

• Cellular-wireless;<<strong>br</strong> />

• Voice over IP;<<strong>br</strong> />

• IP Video Conferencing;<<strong>br</strong> />

• Network Access Storage (NAS);<<strong>br</strong> />

• Microsoft Advanced Directory Services.<<strong>br</strong> />

E <strong>com</strong>o a BASF é uma empresa transnacional não seria possível deixar de<<strong>br</strong> />

implementar ações para melhora dos links internacionais para sua WAN.<<strong>br</strong> />

Atualmente existem dois links entre o Brasil e os USA (Imigrantes – Mt. Olive<<strong>br</strong> />

e Demarch – Andersen) e será criado uma redundância destes links para garantir a<<strong>br</strong> />

disponibilidade das operações.


92<<strong>br</strong> />

7 AÇÕES ESTRATÉGICAS EM ANDAMENTO<<strong>br</strong> />

Para atender aos desafios que a indústria química mundial vem enfrentando,<<strong>br</strong> />

tais <strong>com</strong>o fusões e aquisições, manutenção da margem de produtos e novos modelos<<strong>br</strong> />

de negócio, a BASF decidiu desenvolver um Plano Estratégico de Tecnologia que visa<<strong>br</strong> />

atingir dois macro objetivos:<<strong>br</strong> />

1 - Inserir a tecnologia na formulação de estratégia das áreas de negócio da<<strong>br</strong> />

BASF, de forma a suportar a empresa no aumento da eficiência de seus<<strong>br</strong> />

negócios;<<strong>br</strong> />

2 - Estruturar a unidade de Tecnologia da Informação BASF para operar de<<strong>br</strong> />

uma forma que viabilize a implementação das estratégias traçadas pelas<<strong>br</strong> />

áreas de negócios.<<strong>br</strong> />

O Planejamento Estratégico para a Tecnologia da Informação será <strong>com</strong>posto<<strong>br</strong> />

de quatro etapas que estão alinhadas <strong>com</strong> a abordagem definida pela BASF, conforme<<strong>br</strong> />

figura abaixo.<<strong>br</strong> />

Visão<<strong>br</strong> />

Do<<strong>br</strong> />

Colaborador<<strong>br</strong> />

Contexto de<<strong>br</strong> />

Negócio<<strong>br</strong> />

Levantamento<<strong>br</strong> />

da Situação<<strong>br</strong> />

Atual<<strong>br</strong> />

Visão<<strong>br</strong> />

de<<strong>br</strong> />

TI<<strong>br</strong> />

Formulação<<strong>br</strong> />

de<<strong>br</strong> />

Estratégias<<strong>br</strong> />

de TI<<strong>br</strong> />

Plano de<<strong>br</strong> />

Ação<<strong>br</strong> />

Figura 4: Etapas do Planejamento Estratégico<<strong>br</strong> />

Fonte: BASF<<strong>br</strong> />

1- Levantamento da Situação Atual: captar junto às áreas usuárias os<<strong>br</strong> />

requerimentos de negócios da BASF e a satisfação <strong>com</strong> o nível de serviço<<strong>br</strong> />

da Tecnologia da Informação; obter visão interna da área de Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação através do entendimento dos processos, organização, infraestrutura<<strong>br</strong> />

e aplicações;


93<<strong>br</strong> />

2- Visão da Tecnologia da Informação: <strong>com</strong> base nos requerimentos de<<strong>br</strong> />

negócio identificados e no modelo de operação de TI, discutir <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

executivos da BASF alguns princípios que deverão nortear a formulação de<<strong>br</strong> />

estratégias de TI;<<strong>br</strong> />

3- Formulação de Estratégias da Tecnologia da Informação: priorização de<<strong>br</strong> />

iniciativas em TI que visam atingir dois macros objetivos deste projeto:<<strong>br</strong> />

a. Reestruturação dos processos;<<strong>br</strong> />

b. Definição de papeis e perfis.<<strong>br</strong> />

4- Plano de Ação: elaboração de um plano de ação para implementação das<<strong>br</strong> />

iniciativas de Tecnologia da Informação selecionadas.<<strong>br</strong> />

O grande desafio durante este projeto será o envolvimento dos colaboradores,<<strong>br</strong> />

vital para o correto entendimento dos requerimentos de negócio e do modo de<<strong>br</strong> />

operação da unidade de Tecnologia da Informação BASF.<<strong>br</strong> />

Desta forma, para a primeira etapa, será necessário contar <strong>com</strong> a participação<<strong>br</strong> />

pontual de alguns colaboradores para o preenchimento de questionários e discussões<<strong>br</strong> />

de grupo. Este processo será conduzido pela Accenture, consultoria escolhida para<<strong>br</strong> />

nos suportar neste projeto, <strong>com</strong> o objetivo de atender aos requisitos desta etapa.<<strong>br</strong> />

A BASF busca <strong>com</strong> esta iniciativa, fortalecer sua posição <strong>com</strong>petitiva em um<<strong>br</strong> />

mercado em constante mutação.<<strong>br</strong> />

A adequação de <strong>com</strong>petências e soluções de tecnologia às necessidades de<<strong>br</strong> />

negócios da BASF constitui um importante passo na busca pela contínua criação de<<strong>br</strong> />

valor.<<strong>br</strong> />

Infelizmente o resultado desta ação não será possível de ser incluída neste<<strong>br</strong> />

trabalho pois os resultados e ações ainda estão sendo elaborados, mas nenhuma<<strong>br</strong> />

ação já iniciada ou planejada será cancelada em função destes resultados.


94<<strong>br</strong> />

CONCLUSÃO<<strong>br</strong> />

Como qualquer conceito ou ferramenta, a Tecnologia da Informação é um meio<<strong>br</strong> />

para atingir um fim. Entretanto, se o alinhamento entre as estratégias globais da<<strong>br</strong> />

empresa e as atividades da área de TI são uma necessidade inquestionável, a prática<<strong>br</strong> />

das empresas tem mostrado as dificuldades existentes em atingir esse objetivo. Podese<<strong>br</strong> />

ainda encontrar, em muitas empresas ou setores, uma visão puramente tecnológica<<strong>br</strong> />

da TI, que a transforma numa busca contínua de atualizações e expansão de infraestrutura<<strong>br</strong> />

sem ligação objetiva <strong>com</strong> o negócio. Daí o paradoxo, muitas vezes citado, do<<strong>br</strong> />

aumento de investimentos em Tecnologia de Informação sem retorno palpável.<<strong>br</strong> />

Uma sinergia adequada entre os objetivos estratégicos da empresa e as ações<<strong>br</strong> />

da área de Tecnologia da Informação exige um posicionamento dessa área dentro do<<strong>br</strong> />

negócio, uma visão estratégica da forma <strong>com</strong>o a TI pode integrar os processos da<<strong>br</strong> />

empresa. Exige também a consciência de que a Tecnologia da Informação é uma<<strong>br</strong> />

atividade de apoio e que, dessa forma, não agrega diretamente valor ao cliente.<<strong>br</strong> />

Finalmente, exige pessoal capacitado a estabelecer a ligação entre os conhecimentos<<strong>br</strong> />

técnicos e tecnológicos – próprios à área de TI – e os processos da empresa,<<strong>br</strong> />

permitindo a otimização da escolha de soluções tecnológicas para a empresa.<<strong>br</strong> />

Essa atividade não é trivial. O presente trabalho buscou mostrar um caminho<<strong>br</strong> />

possível para atender essa sinergia, indicando duas atividades fundamentais: a) a<<strong>br</strong> />

análise estratégica da área de TI, <strong>com</strong> ferramentas <strong>com</strong>o a análise SWOT e o<<strong>br</strong> />

Balanced Scorecard; e b) a identificação dos grandes setores da empresa onde a TI<<strong>br</strong> />

poderia atuar de maneira efetiva: relacionamento externo, gestão do conhecimento e<<strong>br</strong> />

gerenciamento da informação operacional.<<strong>br</strong> />

Um estudo de caso – a BASF na América do Sul – permitiu mostrar <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

essas duas atividades se desenvolveram num caso real. Esse estudo de caso serviu<<strong>br</strong> />

também para mostrar algumas das dificuldades encontradas no momento da<<strong>br</strong> />

implementação dos planos estratégicos traçados.<<strong>br</strong> />

Apesar de não estarem sendo diretamente implementadas no Brasil<<strong>br</strong> />

algumas das mais atuais ferramentas e conceitos da Tecnologia da Informação, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

por exemplo os conceitos de Inteligência para os negócios, a BASF não as está


95<<strong>br</strong> />

ignorando. Em alguma parte da organização espalhada pelo mundo elas já estão<<strong>br</strong> />

sendo implementadas.<<strong>br</strong> />

A troca de informações constantes entre os líderes das áreas de Tecnologia da<<strong>br</strong> />

Informação dá a segurança do domínio do conhecimento necessário para as<<strong>br</strong> />

implantações e desenvolvimentos das tecnologias descritas.<<strong>br</strong> />

A visão BASF, na região, trabalha <strong>com</strong> ações pró-ativas para preparar-se<<strong>br</strong> />

para a chegada destas inovações, tanto em capacidade de infra-estrutura <strong>com</strong>o de<<strong>br</strong> />

recursos humanos. É possível dizer que até 2004 todos os processos propostos em<<strong>br</strong> />

2001 estarão implementados, levando-se em consideração fatores <strong>com</strong>o custos,<<strong>br</strong> />

prioridades dos negócios e tendências de mercado.<<strong>br</strong> />

As incertezas e turbulências típicas dos tempos atuais tornam difíceis as<<strong>br</strong> />

previsões so<strong>br</strong>e o transcorrer de qualquer projeto. Entretanto, é justamente nesse<<strong>br</strong> />

ponto que a proposta da Tecnologia da Informação torna-se relevante. Seu papel<<strong>br</strong> />

fundamental é permitir que informações de toda a natureza sejam coletadas,<<strong>br</strong> />

armazenadas, processadas e recuperadas <strong>com</strong> confiabilidade e rapidez, permitindo<<strong>br</strong> />

uma tomada de decisão informada e um tempo de resposta mínimo frente aos<<strong>br</strong> />

acontecimentos.


96<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<<strong>br</strong> />

BASF. BASF 90 anos Brasil. III. São Bernardo do Campo: BASF, 2002.<<strong>br</strong> />

BASF. Jornal BASF - BASF INFORMA. Ano VII. São Bernardo do Campo: BASF,<<strong>br</strong> />

2000.<<strong>br</strong> />

BASF. Jornal BASF - BASF INFORMA. Ano VII. São Bernardo do Campo: BASF,<<strong>br</strong> />

2001.<<strong>br</strong> />

BASF. SAIT Communit 2000. BASF: São Bernardo do Campo, 2000. Publicado após<<strong>br</strong> />

reunião anual dos IT Managers BASF América do SUL.<<strong>br</strong> />

CRUZ, Tadeu . Sistemas de Informações Gerenciais. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.<<strong>br</strong> />

DRUCKER, Peter. Administração em Tempos de Grandes Turbulências , São Paulo-<<strong>br</strong> />

SP:Atlas, 1995.<<strong>br</strong> />

DRUCKER, Peter F. Kit melhor de Peter Drucker (administração /sociedade/ homem).<<strong>br</strong> />

São Paulo: FUTURA, 2001.<<strong>br</strong> />

LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de Informação. São Paulo:<<strong>br</strong> />

LTC, 2001.<<strong>br</strong> />

PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1986.<<strong>br</strong> />

PORTER, Michael E. , Estratégias Competitivas Essenciais. Rio de Janeiro: Campus,<<strong>br</strong> />

1999.


97<<strong>br</strong> />

PORTER, Michael E. Strategy and the Internet. Harvard Business Review, Vol. 79, n.<<strong>br</strong> />

3, p. 62-78, mar. 2001.<<strong>br</strong> />

REZENDE, Denis A. ABREU, Aline F. de. Tecnologia da Informação aplicada a<<strong>br</strong> />

Sistemas de Informação. São Paulo: Ed. Atlas, 2001.


100


101


102<<strong>br</strong> />

Autorizo copia total ou parcial desta<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>a, apenas para fins de estudo e<<strong>br</strong> />

pesquisa, sendo expressamente<<strong>br</strong> />

vedado qualquer tipo de reprodução<<strong>br</strong> />

para fins <strong>com</strong>erciais sem previa<<strong>br</strong> />

autorização especifica do autor.<<strong>br</strong> />

Fernando Velloso Guimarães.<<strong>br</strong> />

Taubaté, janeiro/2003.


ANEXO: 1<<strong>br</strong> />

Clientes<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

Metas: 01, 02, 03,<<strong>br</strong> />

04, 05, 06, 07, 08,<<strong>br</strong> />

09,10, 11<<strong>br</strong> />

Metas: 04, 05, 06,<<strong>br</strong> />

07, 08, 09, 10<<strong>br</strong> />

Pessoal<<strong>br</strong> />

07<<strong>br</strong> />

Estratégia<<strong>br</strong> />

TI<<strong>br</strong> />

Processos<<strong>br</strong> />

07<<strong>br</strong> />

Metas: 02, 04, 05, 06, 07, 09,11<<strong>br</strong> />

Metas: 01, 03, 04, 05,<<strong>br</strong> />

07, 09, 11<<strong>br</strong> />

Resultado<<strong>br</strong> />

0 7<<strong>br</strong> />

98


1<<strong>br</strong> />

Metas Macro Ações Medidores Prazo Quem R P PR C<<strong>br</strong> />

Manter os custos de • Follow up de custos<<strong>br</strong> />

− Budget Classe 4 - Dez/200 Tds X X<<strong>br</strong> />

Informática dentro do Budget • Garantir critérios uniformes na SAP<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

definição e alocação dos custos de<<strong>br</strong> />

Informática<<strong>br</strong> />

2 Aprimorar a qualidade dos<<strong>br</strong> />

serviços de IT identificando as<<strong>br</strong> />

necessidades dos clientes e<<strong>br</strong> />

implementando as soluções<<strong>br</strong> />

necessárias<<strong>br</strong> />

3 Preservar a integridade da<<strong>br</strong> />

imagem do Grupo BASF,<<strong>br</strong> />

eliminando possíveis impactos<<strong>br</strong> />

financeiros causados pelo uso<<strong>br</strong> />

inadequado dos recursos de IT<<strong>br</strong> />

4 Minimizar o impacto financeiro<<strong>br</strong> />

causado pela interrupção do<<strong>br</strong> />

sistema SAP<<strong>br</strong> />

• Implantar Zipo, PVCS, Metodologia<<strong>br</strong> />

para Desenvolvimento de Projetos<<strong>br</strong> />

• Implementar/Aplicar Indicadores de<<strong>br</strong> />

Qualidade e Eficiência<<strong>br</strong> />

• Desenvolver/Implementar<<strong>br</strong> />

ferramenta única de inventário de<<strong>br</strong> />

HW/SW/Contratos<<strong>br</strong> />

• Implantar TNG na Argentina e na<<strong>br</strong> />

Colômbia<<strong>br</strong> />

• Realizar Pesquisa de Satisfação<<strong>br</strong> />

• Análise da situação atual de<<strong>br</strong> />

Licenças de Software<<strong>br</strong> />

• Identificação de vulnerabilidades<<strong>br</strong> />

• Aplicar ações corretivas<<strong>br</strong> />

• A<strong>com</strong>panhar o processo<<strong>br</strong> />

• Análise da situação atual<<strong>br</strong> />

• Envolver as Áreas Críticas do<<strong>br</strong> />

negócio<<strong>br</strong> />

• Implementar/Documentar/Divulgar<<strong>br</strong> />

o Plano de Contingência<<strong>br</strong> />

• Realizar simulações<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

Ferramentas de<<strong>br</strong> />

organização/<<strong>br</strong> />

administração<<strong>br</strong> />

implantadas<<strong>br</strong> />

TNG implantado<<strong>br</strong> />

− Plano de Ação<<strong>br</strong> />

elaborado após<<strong>br</strong> />

pesquisa<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

Nenhuma<<strong>br</strong> />

autuação em<<strong>br</strong> />

2001 decorrente<<strong>br</strong> />

do<<strong>br</strong> />

uso<<strong>br</strong> />

inadequado dos<<strong>br</strong> />

recursos de IT<<strong>br</strong> />

Plano<<strong>br</strong> />

Contingência<<strong>br</strong> />

implantado<<strong>br</strong> />

de<<strong>br</strong> />

Dez/200<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Tds X X<<strong>br</strong> />

Mar/2001 Tds X X<<strong>br</strong> />

Dez/200<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Tds X X X X<<strong>br</strong> />

99


5 Otimizar a cadeia de valor da<<strong>br</strong> />

empresa, apoiando a revisão dos<<strong>br</strong> />

processos e <strong>com</strong>patibilizando-os<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> as necessidades das áreas<<strong>br</strong> />

de negócios<<strong>br</strong> />

6 Aumentar a produtividade dos<<strong>br</strong> />

Colaboradores, disponibilizando<<strong>br</strong> />

novos recursos de IT para<<strong>br</strong> />

integração e colaboração<<strong>br</strong> />

regional<<strong>br</strong> />

7 Viabilizar diferenciais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivos para a <strong>com</strong>panhia<<strong>br</strong> />

através da implementação de<<strong>br</strong> />

novas soluções de IT para a<<strong>br</strong> />

gestão do negócio<<strong>br</strong> />

8 Ampliar autonomia e agilidade<<strong>br</strong> />

dos Colaboradores na utilização<<strong>br</strong> />

dos recursos de IT<<strong>br</strong> />

• Desenvolver plano de trabalho<<strong>br</strong> />

para diagnóstico dos<<strong>br</strong> />

processos/infra-estrutura<<strong>br</strong> />

• Elaborar plano para aprimorar<<strong>br</strong> />

processos<<strong>br</strong> />

• Elaborar plano para aprimorar<<strong>br</strong> />

infra-estrutura<<strong>br</strong> />

• Estimar custos e datas<<strong>br</strong> />

• Aplicar Plano de Ação<<strong>br</strong> />

• Migração para Netware 5<<strong>br</strong> />

• Migração para Notes 5<<strong>br</strong> />

• Piloto de Voz so<strong>br</strong>e IP<<strong>br</strong> />

• Criar a infra-estrutura para os<<strong>br</strong> />

processos de E-Commerce<<strong>br</strong> />

• Implementar ferramenta de<<strong>br</strong> />

Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

• Plano/Implementação de<<strong>br</strong> />

SCM/CRM<<strong>br</strong> />

• Criar Banco de Dados de<<strong>br</strong> />

conhecimentos e solução de<<strong>br</strong> />

problemas para os Clientes<<strong>br</strong> />

• Disponibilizar na Intranet dados<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e as informações disponíveis<<strong>br</strong> />

no Datawarehouse (Metadata)<<strong>br</strong> />

• Disponibilizar novos Bancos de<<strong>br</strong> />

Dados (Datamarts) para que os<<strong>br</strong> />

Usuários tenham recursos de<<strong>br</strong> />

informação adicionais<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

Revisão dos<<strong>br</strong> />

processos/infraestrutura<<strong>br</strong> />

concluídos e<<strong>br</strong> />

soluções<<strong>br</strong> />

implementadas<<strong>br</strong> />

Novos recursos<<strong>br</strong> />

instalados<<strong>br</strong> />

Novos recursos e<<strong>br</strong> />

ferramentas<<strong>br</strong> />

disponíveis para<<strong>br</strong> />

os Clientes<<strong>br</strong> />

Base de<<strong>br</strong> />

conhecimentos,<<strong>br</strong> />

Datamarts e<<strong>br</strong> />

Metadata Intranet<<strong>br</strong> />

disponíveis para<<strong>br</strong> />

os Usuários<<strong>br</strong> />

2001/200<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Dez/200<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2001/200<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Dez/200<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Tds X X X X<<strong>br</strong> />

Tds<<strong>br</strong> />

Opc<<strong>br</strong> />

Tds<<strong>br</strong> />

Opc<<strong>br</strong> />

X X X<<strong>br</strong> />

X X X X<<strong>br</strong> />

BR X X<<strong>br</strong> />

100


9 Equalizar os recursos de IT em<<strong>br</strong> />

todos os países da Região<<strong>br</strong> />

10 Desenvolver os Colaboradores<<strong>br</strong> />

da Informática no conhecimento<<strong>br</strong> />

dos processos de negócios,<<strong>br</strong> />

auxiliando na identificação de<<strong>br</strong> />

oportunidades para as áreas<<strong>br</strong> />

11 Manter a disponibilidade dos<<strong>br</strong> />

ambientes de produção acima de<<strong>br</strong> />

98% (durante Prime Hour)<<strong>br</strong> />

• Implantar infra-estrutura local de<<strong>br</strong> />

DW na Venezuela, Peru e Equador<<strong>br</strong> />

• Implementar SAP e DW no<<strong>br</strong> />

Paraguai<<strong>br</strong> />

• Implementar SAP e DW na Bolívia<<strong>br</strong> />

• Elaborar plano de treinamento<<strong>br</strong> />

• Estimar custos<<strong>br</strong> />

• Desenvolver programa específico<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

−<<strong>br</strong> />

DW e SAP<<strong>br</strong> />

implementados<<strong>br</strong> />

Programa<<strong>br</strong> />

implementado<<strong>br</strong> />

• Monitoramento constante dos − Relatórios<<strong>br</strong> />

ambientes através de relatórios específicos: SAP,<<strong>br</strong> />

• Realização de trabalhos DW, Notes,<<strong>br</strong> />

preventivos de manutenção préagendados<<strong>br</strong> />

Netware, Links de<<strong>br</strong> />

Internet, PABX,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação,<<strong>br</strong> />

Aplicativos<<strong>br</strong> />

críticos fora SAP<<strong>br</strong> />

BALANCED SCORECARD: R (Resultado) - P (pessoas) - PR (Processos) - C (Clientes)<<strong>br</strong> />

Jul/2001 Tds X X X X<<strong>br</strong> />

Dez/200<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Dez/200<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Tds<<strong>br</strong> />

Opc<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

Tds X X X<<strong>br</strong> />

101

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