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O legado do PAN: uma nova fase para o Rio? - Tribunal de Contas ...

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em pauta<br />

e autonomia fe<strong>de</strong>rativa com a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover a cooperação<br />

financeira na fe<strong>de</strong>ração e <strong>de</strong> reduzir as<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s regionais?<br />

3- Como evitar o afrouxamento<br />

da coesão fe<strong>de</strong>rativa face aos efeitos<br />

da globalização e da integração<br />

continental nas relações econômicas<br />

interregionais”?<br />

François <strong>de</strong> Bremaeker começou<br />

falan<strong>do</strong> <strong>de</strong> um trabalho, disponibiliza<strong>do</strong><br />

pelo IBAM na internet, sobre a<br />

construção <strong>de</strong> um pacto fe<strong>de</strong>rativo que<br />

interesse a to<strong>do</strong>s os municípios. “Os<br />

interesses <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

porte é completamente diferente <strong>do</strong>s<br />

municípios com poucos habitantes”,<br />

falou.<br />

François <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a proposta<br />

da equalização fiscal, “dar o mesmo<br />

dinheiro <strong>para</strong> to<strong>do</strong>s”. E, adiante,<br />

justificou: “quanto mais se tirar<br />

dinheiro <strong>do</strong>s municípios pequenos,<br />

mais se aumentarão as possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> que a população migre”.<br />

Encerran<strong>do</strong> a primeira mesa <strong>do</strong> dia,<br />

Paula Nazareth, <strong>do</strong> TCE/RJ, começou<br />

explican<strong>do</strong> que a perspectiva <strong>de</strong>la<br />

e <strong>do</strong> órgão, é um pouco diferente:<br />

“Na verda<strong>de</strong> estamos volta<strong>do</strong>s <strong>para</strong><br />

o interior. Estamos volta<strong>do</strong>s <strong>para</strong> os<br />

municípios e não <strong>para</strong> a capital, como<br />

o TCMRJ. A nossa preocupação é lidar<br />

com os 91 municípios que estão fora<br />

da capital, e a profunda <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong><br />

entre eles”.<br />

Adiante, Paula falou sobre o<br />

problema da reforma tributária e a<br />

discussão sobre a equalização <strong>de</strong><br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gastos. E, <strong>para</strong> concluir,<br />

mostrou gráfico com a tendência <strong>de</strong><br />

evolução da Reforma Tributária, como<br />

é que ela vai crescen<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

o tamanho da cida<strong>de</strong>.<br />

Organização política<br />

<strong>do</strong>s novos entes<br />

Inician<strong>do</strong> a segunda mesa <strong>do</strong> dia,<br />

que teve como objetivo discutir a maior<br />

economia na gestão pública e as <strong>nova</strong>s<br />

relações intergovernamentais; analisar<br />

a criação <strong>de</strong> <strong>uma</strong> instância encarregada<br />

<strong>de</strong> promover a negociação <strong>do</strong>s conflitos<br />

<strong>de</strong> interesses entre as esferas fe<strong>de</strong>rativas,<br />

Andréas Krell, Aspásia Camargo e Vicente Trevas<br />

e estudar experiências internacionais, a<br />

mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>ra, cientista política Aspásia<br />

Camargo, cumprimentou o TCMRJ<br />

pela iniciativa i<strong>nova</strong><strong>do</strong>ra, que coloca<br />

o Órgão na vanguarda “não só <strong>do</strong>s<br />

problemas, mas das respostas aos<br />

problemas que vivemos”.<br />

“Parece que a questão fe<strong>de</strong>rativa<br />

voltou à linha <strong>de</strong> frente”, começou.<br />

“Essa reforma não é fácil. Ela vem se<br />

<strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 quan<strong>do</strong>,<br />

<strong>de</strong> forma impensada mas interessante,<br />

nossos constituintes <strong>de</strong>cidiram que o<br />

município é um ente fe<strong>de</strong>rativo”.<br />

Passan<strong>do</strong> a palavra a Vicente Trevas,<br />

subchefe da Casa Civil <strong>para</strong> Assuntos<br />

Fe<strong>de</strong>rativos e vice-presi<strong>de</strong>nte da Re<strong>de</strong><br />

Interamericana Alto Nível sobre a<br />

Descentralização, Governos Locais<br />

e Participação Cidadã – Riad, este<br />

explicou que está faltan<strong>do</strong> ao esta<strong>do</strong><br />

brasileiro inteligência governamental<br />

estratégica. “Nós temos o conhecimento,<br />

temos a informação mas não temos<br />

inteligência. E aqui não é um jogo <strong>de</strong><br />

palavras. Temos a informação mas<br />

eu não percebo <strong>para</strong> on<strong>de</strong> estamos<br />

in<strong>do</strong>. Quais as tendências <strong>do</strong>s atores,<br />

da trama? Qual o entendimento da<br />

fe<strong>de</strong>ração brasileira? A trama é muito<br />

complexa”.<br />

Para Trevas, não temos outro<br />

caminho senão buscar o fortalecimento<br />

da fe<strong>de</strong>ração brasileira. Adiante,<br />

<strong>de</strong>monstrou: “Nosso fe<strong>de</strong>ralismo tem<br />

originalida<strong>de</strong>s, tem duas gran<strong>de</strong>s<br />

vertentes: a busca <strong>de</strong> ficarmos uni<strong>do</strong>s,<br />

e a busca <strong>de</strong> permanecermos uni<strong>do</strong>s. A<br />

nossa fe<strong>de</strong>ração partiu <strong>de</strong>sse segun<strong>do</strong><br />

movimento (...) O fe<strong>de</strong>ralismo foi o<br />

mecanismo conpensatório <strong>para</strong> nos<br />

mantermos uni<strong>do</strong>s reproduzin<strong>do</strong> as<br />

nossas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s”.<br />

Andreas Krell, Doutor em Direito<br />

pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Berlim e<br />

professor da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Alagoas foi o último palestrante,<br />

apresentan<strong>do</strong> a experiência <strong>de</strong> seu país<br />

<strong>de</strong> origem, a Alemanha. Antes, porém,<br />

frisou que “qualquer com<strong>para</strong>ção entre<br />

intenções e instrumentos políticoadministrativos<br />

tem que levar em conta<br />

as diferenças históricas, culturais,<br />

políticas e sócio-econômicas. Não se<br />

trata <strong>de</strong> recomendar um mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong><br />

outro país”.<br />

Krell falou sobre o Kreis: <strong>uma</strong><br />

associação <strong>de</strong> municípios, um ente<br />

<strong>de</strong> auto administração e <strong>uma</strong> unida<strong>de</strong><br />

da Administração estadual. “As<br />

competências <strong>do</strong>s Kreises seguem o<br />

princípio da subsidiarieda<strong>de</strong>: os entes<br />

estatais superiores só <strong>de</strong>vem assumir<br />

as tarefas que as menores não po<strong>de</strong>m<br />

cumprir <strong>de</strong> maneira eficiente”, disse.<br />

“O Kreis, além <strong>de</strong> <strong>uma</strong> instituição<br />

administrativa, é <strong>uma</strong> importante<br />

unida<strong>de</strong> histórica <strong>de</strong> organização e<br />

integração da vida social, cultural e<br />

política <strong>do</strong> país”.<br />

Encerran<strong>do</strong>, o presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />

TCMRJ, Thiers Montebello, concluiu:<br />

“O tempo foi muito curto <strong>para</strong> tantas<br />

inteligências”.<br />

118 setembro 2007 - n. 36 Revista TCMRJ

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