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ecossistêmico e da sustentabilidade. O Plano Nacional de Recursos Hídricos<br />
incorpora em seu conteúdo as ecorregiões aquáticas e vazões ambientais; o<br />
Brasil é o primeiro país na América Latina a fazê-lo em um plano nacional, ou<br />
seja, está sinalizado esse tema do ponto de vista institucional. O plano nacional<br />
tem um papel indutor nas discussões a respeito do tema e deve promover<br />
formas de integração que possibilitem a compatibilização da política nacional<br />
de recursos hídricos com as outras políticas setoriais, particularmente com o<br />
meio ambiente. Essa abordagem ecossistêmica, por exemplo, está em alguns<br />
programas do plano nacional, como por exemplo, o Programa 5.2, que versa<br />
sobre a compatibilização e integração dos projetos setoriais, incorporação de<br />
diretrizes para gestão de recursos hídricos. Uma das questões que animou, até<br />
em nível internacional, a discussão das vazões ambientais ou vazões<br />
ecológicas foi a necessidade de definição de regras de operação de barragens<br />
ou reservatórios para a geração de energia hidrelétrica; na hora que você<br />
observa a literatura internacional, essa questão da vazão ambiental está muito<br />
amarrada a impactos de operação desses sistemas e a abordagem<br />
ecossistêmica do plano agora chama a atenção para isso.<br />
O Programa 3.4 fala de metodologias e sistemas de outorga e direito de uso<br />
dos recursos hídricos, e fala de vazão ecológica como critério que considere as<br />
necessidades ambientais por água, que é um tema que foi para as câmaras<br />
técnicas; é um tema difícil de discutir.<br />
A cronologia, meio facilitada pelo que a Leila já colocou, teve demanda na<br />
CTAP, por solicitação da ANA, por quê? Justamente pela questão da gestão de<br />
água no setor elétrico, ou seja, do impacto no setor elétrico para administração<br />
da outorga, quer dizer, quais os critérios para outorga, então, a ANA remete ao<br />
Conselho Nacional que chama suas câmaras técnicas para detalhar o assunto;<br />
a CTAP que iniciou o processo de análise envia para a CTPOAR, que era<br />
coordenada até recentemente pela Leila, para ver seu parecer sobre outorga<br />
sobre o tema. A CTPOAR começou a estudar e trabalhar junto com a CTAP e<br />
decidiu não discutir vazão ecológica/vazão ambiental, e sim trabalhar pelo<br />
conceito de vazão mínima remanescente. Entretanto, o sistema de gestão de<br />
recursos hídricos, por conta desse enfoque ecossistêmico de recursos hídricos,