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Mesa Redonda 04 - sigrh

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um pessoal discutindo mudanças climáticas, no dia seguinte, discutindo vazão<br />

mínima, elas são realmente antagônicas nesse caso, as duas perguntas se<br />

debatem.<br />

As PCHs têm dois impactos que são bem complicados para a vazão: um, é<br />

quando você tem uma vazão, uma redução drástica da vazão num trecho do<br />

rio; e o segundo, uma geração de ponta, quando acontece uma variação súbita<br />

de grandes proporções, uma vazão jusante.<br />

Esse aqui é um arranjo físico que mostra uma PCH que a água desvia, na<br />

verdade, o rio seguia esse circuito mais meândrico, e para poder render em<br />

termos de energia, o empreendedor pretende então que a água corra por esse<br />

canal de adução e vai na base de força; então, existe um conflito permanente; o<br />

empreendedor, quanto mais ele passar água pelo canal, mais ele gera energia.<br />

E a gente, quanto mais a gente conseguir que ele mantenha no rio, mais a<br />

gente ganha com vazão ecológica. Então, essa disputa, ela é interminável no<br />

nosso licenciamento de PCH; e a discussão que me surpreendeu é que a ANS<br />

esteve presente em algum momento, e teve uma solução para isso, porque,<br />

geralmente, quem demanda o empreendimento, quem gera energia, quem<br />

chama o empreendimento para gerar energia no caso, é a própria ANS, então,<br />

ela manda que passe água na turbina, então, a gente tem uma dificuldade<br />

enorme de conseguir ganhar nessa negociação.<br />

Aqui, um caso típico que acontece com a gente, uma unidade bem pequena de<br />

geração de energia. Na verdade, estou mostrando dois casos, esse é um à<br />

parte que ele pede quando faz um processo lá, me traz como ele funcionaria<br />

num ano médio de vazões, e um ano seco; e o que a gente nota é o seguinte,<br />

essa vazão natural é a verde, nos dois casos, e o que ele propõe para usar é<br />

essa roxa que fica mais embaixo, que vai sobrar na vazão do trecho<br />

curtocircuitado. E, o que a gente nota é o seguinte, ali no ano médio de vazões,<br />

ele passa a ter uns seis ou sete meses de vazão mínima, e, no ano seco, a<br />

proposta, como ele não consegue gerar por algum tempo, ele acaba tendo essa<br />

cor de rosa, roxo, ele tem justamente a vazão mínima quando tem a inundação<br />

e a vazão máxima quando o rio estaria normalmente mais baixo. Então, ele<br />

inverte todo o hidrograma natural do rio. Essa é uma proposta, pode passar a<br />

outra, na verdade é similar, é uma vazão Q 7,10 , o cara põe para funcionar, e<br />

num ano normal ela não flutuaria, ficaria o ano inteiro funcionando com a

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