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Produção de Cultura no Brasil - O lado tropical das políticas digitais

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uma socieda<strong>de</strong> cada vez mais guiada pelos padrões <strong>de</strong> consumo<br />

capitalistas. Embora não se caracterizasse como um movimento<br />

contracultural, a pop art trouxe questionamentos e experimentações<br />

estéticas absorvi<strong>das</strong>, por exemplo, pelo movimento Nova<br />

Objetivida<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira, que teve em Hélio Oiticica um <strong>de</strong> seus<br />

precursores, contribuindo para a vanguarda <strong>das</strong> artes plásticas e<br />

da contracultura brasileira na época.<br />

No <strong>Brasil</strong>, o teatro também assumiu um importante papel<br />

na manifestação artística contracultural que se manteve conectado<br />

às tendências internacionais. O experimentalismo do Living<br />

Theatre e o teatro anárquico e político do Grupo Oficina <strong>de</strong> José<br />

Celso Martinez Correa – que mantinham permanete intercâmbio<br />

- foram revolucionários <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> alterar a relação entre o palco<br />

e a platéia, entre os textos e os atores e a direção do espetáculo.<br />

A música e o cinema também tiveram importante participação<br />

<strong>no</strong> protesto e experimentalismo da década <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, como veremos<br />

adiante. Separados por significativas diferenças <strong>no</strong> contexto<br />

político e cultural dos dois países, estes movimentos tiveram papel<br />

fundamental <strong>no</strong> questionamento do estatuto <strong>de</strong> arte, do papel do<br />

artista e da relação entre a obra e o público. A arte e a cultura serão<br />

<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> um dos pricipais canais <strong>de</strong> discussão – e articulação - política<br />

daquela época, como veremos a seguir.<br />

1.2 – <strong>Brasil</strong>.<br />

1.2.1 - A esperança da revolução cultural brasileira.<br />

Depois <strong>de</strong> uma fase <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento com o gover<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> Jusceli<strong>no</strong> Kubitschek <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 50, o país parecia caminhar rumo<br />

a uma <strong>no</strong>va socieda<strong>de</strong>, uma <strong>no</strong>va política, uma <strong>no</strong>va cultura, on<strong>de</strong> a<br />

mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e a mo<strong>de</strong>rnização se instalavam com força. Acreditavase<br />

que nunca se havia produzido tanto <strong>no</strong> país, em termos industriais,<br />

econômicos e culturais – que é o que <strong>no</strong>s interessa aqui.<br />

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