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2.1 mapas ppac - Fundação Abrinq

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grupo 3 não apresentou nenhum projeto.<br />

O contexto apresentado demonstra forte<br />

inferência quanto ao porte populacional<br />

e a estruturação do corpo técnico com<br />

relação às ações inclusivas, temática<br />

que permanece como um desafio<br />

para os municípios brasileiros.<br />

Contudo, a partir do cenário apresentado<br />

com o detalhamento das Boas Práticas<br />

analisadas, pode-se inferir quanto<br />

aspectos importantes relacionados à<br />

estruturação das administrações de esfera<br />

locais. Assim, as considerações finais<br />

perpassarão as condicionalidades do<br />

processo de avaliação das Boas Práticas.<br />

Tais preceitos relacionam-se a condições<br />

indispensáveis que os projetos deveriam<br />

apresentar para serem analisados.<br />

Neste sentido, conforme já apontado<br />

anteriormente, das 182 Boas Práticas<br />

avaliadas, somente 84 apresentaram-se<br />

como intersetoriais, assim, 98 iniciativas<br />

foram excluídas do processo de avaliação<br />

somente com este critério, o que reflete<br />

53,8%. Evidencia-se que ao se ter um<br />

pouco mais que a metade das iniciativas<br />

com caráter setorial, demonstra-se um<br />

dado bastante significativo referente<br />

à dificuldade das administrações<br />

municipais em elaborar e implementar<br />

políticas públicas integradas, assim,<br />

torna-se essencial reconhecer que a<br />

divisão em setores é um mecanismo para<br />

organizar ações e facilitar fluxos, não<br />

podendo ser estratégia para disputa<br />

de poder e segmentação das ações.<br />

Deste modo, consolidar políticas públicas<br />

segmentadas é esvaziar o papel de<br />

discussão política, preceito da democracia,<br />

não se estabelecendo clara hierarquização<br />

das ações governamentais, o que<br />

implica no estabelecimento de diretrizes<br />

genéricas, de cunho de curto prazo e<br />

comprometendo o planejamento. É por<br />

este motivo que o Programa respaldase<br />

que os resultados da gestão só serão<br />

efetivos se houver ação intersetorial.<br />

Neste contexto, outro aspecto fundamental<br />

de análise refere-se à consolidação<br />

de projetos pelos próprios municípios.<br />

Conforme explanado anteriormente,<br />

dentre o conjunto de projetos inseridos,<br />

12 decorreram de projetos de outras<br />

esferas de poder, seja federal ou estadual.<br />

Logo, 14,2% das iniciativas apresentaram<br />

propostas não-municipais, o que demonstra<br />

a dificuldade das gestões municipais<br />

em consolidar uma atuação autônoma,<br />

evidenciada pela posição de passividade<br />

frente à intensa atuação dos demais entes<br />

federativos, motivados, sobretudo, pelo<br />

complexo processo de municipalização<br />

das políticas. É importante apontar que<br />

o incremento da capacidade de atuação<br />

das esferas municipais funda-se como<br />

um desafio fundamental na apropriação<br />

do município como o responsável por<br />

desenhar políticas públicas que se<br />

alinhem com as peculiaridades locais.<br />

Ao se analisar a coerência da proposta<br />

com seu objetivo e escopo de atuação,<br />

reflete-se a dificuldade em se esclarecer<br />

qual a efetiva intenção da iniciativa,<br />

isto é, o que se pretende realizar para<br />

resolver e enfrentar os problemas,<br />

assim, grande parte dos projetos<br />

inseridos não evidenciam as estratégias<br />

e atividades consolidadas para sua<br />

execução. Pode-se associar este cenário<br />

à dificuldade de formulação dos gestores<br />

municipais e seus corpos técnicos em<br />

PPAC<br />

Relatório da Gestão 2009-2012<br />

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