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Recentemente a Associação dos Magistrados<br />

do Paraná decidiu em assembléia<br />

geral aprovar a proposta de criação de<br />

uma autarquia destinada ao atendimento<br />

médico e previdenciário dos serventuários<br />

da Justiça estadual. O presidente da associação,<br />

o juiz Francisco de Paula Xavier<br />

Neto justifica a decisão, alegando que "apesar<br />

das insistentes solicitações feitas, reivindicando<br />

o cumprimento da Constituição<br />

estadual no que diz respeito às atribuições<br />

do IPE, as notícias são de que o instituto<br />

está alienando o seu patrimônio, adquirido<br />

às custas dos servidores públicos, hoje privados<br />

da assistência médica e outros benefícios<br />

a que têm direito".<br />

Data vênia, conto diriam os juristas, a<br />

Associação dos Magistrados agiria melhor<br />

se exigisse o fiel cumprimento da Constituição<br />

pelo governo do Estado sob pena de<br />

crime de responsabilidade. A Constituição é<br />

a lei maior e nenhuma lei pode ser violada<br />

ou ignorada pelos cidadãos e, principalmente<br />

pelas autoridades. Com certeza esta<br />

. será a orientação que brotará da próxima<br />

assembléia dos professores, que será convocada<br />

especificamente para discutir a situação<br />

do IPE, já que não seria lógico, nem<br />

possível, que cada categoria optasse pela<br />

criação de um institutozinho previdenciário<br />

próprio.<br />

Assim como a crônica falta de recursos<br />

para os órgãos de segurança foi resolvido<br />

definitivamente com a criação do Funrespol<br />

e do Funrestran, o governo, se pressionado<br />

legitimamente pelas entidades classistas,<br />

encontrará meios e formas para dotar o órgão<br />

previdenciário estadual dos recursos<br />

necessários à sua manutenção. Qualquer<br />

alegação em contrário será improcedente,<br />

maliciosa e invertdica.<br />

A propósito, eis o que diz o art. 77 da<br />

Constituição estadual em vigor:<br />

Art. 77 – O Estado promoverá o bem<br />

estar e o aperfeiçoamento físico, intelectual<br />

e moral dos funcionários e de suas famílias<br />

e para esse fim organizará:<br />

I – previdência, assistência médicodentária,<br />

colônias de férias e cooperativas •<br />

de consumo com seções de crédito;<br />

– assistência hospitalar gratuita.<br />

Alguém aí ainda tem dúvida que a<br />

prestação de assistência médica, odontológica,<br />

farmacêutica e hospitalar aos servidores<br />

públicos é um dever do Estado<br />

EDVINO FERRARI<br />

Teilhard de Chardin escreveu que<br />

o homem é um paradoxo, pois que,<br />

para pensar, tem que comer. Alguém<br />

menos avisado talvez sentisse vontade<br />

de dar uma gargalhada, visto ser<br />

óbvio que para pensar faz-se necessário<br />

comer. É a comida que refaz a<br />

energia dispendida no metabolismo.<br />

Mas não foi isso que o ilustre sábio<br />

quis dizer, mesmo porque tal ele sabia<br />

tão bem quanto tomar um copo de<br />

água. O que ele quis exprimir é que,<br />

sendo o pensamento algo imaterial,<br />

tem origem, como base de sustentação,<br />

no substrato físico, material. É<br />

claro que tal ponto-de-vista é polêmico,<br />

mas não deixa de despertar a<br />

atenção para algo que parece se pôr<br />

na linha divisória de dois mundos, de<br />

duas dimensões; algo que, embora<br />

filho deste recorte existencial, parece<br />

se catapultar ou tentar se catapultar<br />

para outro enfoque substancial de<br />

existência.<br />

Descendo dessa conversa metafísica<br />

indegustável, um tanto herética<br />

ao nosso paladar de mortais comuns,<br />

tentemo-nos valer dessa visão do<br />

mundo para falar um pouco das nossas<br />

hesitações de cada dia, das nossas<br />

buscas às vezes estéreis, dos<br />

nossos anseios quando nos pomos a<br />

cismar a respeito da finalidade de<br />

nossa existência e das nossas atividades<br />

diárias, rotineiras, às quais<br />

sempre procuramos dar as costas,<br />

mas somos paralisados pelo que encontramos<br />

à frente: o mistério, a incerteza,<br />

o arrepio.<br />

Dado esse aspecto de nossa<br />

existência, sempre hesitamos quando<br />

nos deparamos com algo novo. Nosso<br />

primeiro impulso é nos agarrarmos ao<br />

conhecido, ao sabido ou que imaginamos<br />

saber. É que no nosso espírito<br />

se desenha a convicção às vezes inconsciente<br />

de que o mundo é estático<br />

e que o novo pode ser evitado, é uma<br />

questão de agirmos, de nos posicionarmos<br />

na defesa do que sabemos e<br />

supomos ser o definitivo, o acabado,<br />

esquecidos de que só o fato de o sabido<br />

precisar de nossa ação para<br />

permanecer já sinaliza na direção da<br />

transitoriedade de tudo o que existe<br />

no mundo fenomenal. Entretanto, o<br />

que nos leva a enfocar as coisas dessa<br />

maneira é o fato de que o novo gera<br />

insegurança em nosso espírito,<br />

provocando assim medo, sustp, hesitação.<br />

A sociedade brasileira, como<br />

qualquer outra sociedade humana,<br />

age como se tudo fosse estático, imutável<br />

e tem, por isso, dificuldade em<br />

aceitar as mudanças. No entanto, a<br />

estática é uma ficção, um ente de razão;<br />

o que existe de fato é a dinâmica,<br />

a mudança, a transformação. É só<br />

comparar o Brasil dos anos cinqüentas<br />

com o Brasil de hoje para vermos<br />

como as coisas mudaram: mudaram<br />

os aspectos de infra-estrutura, de costumes,<br />

culturais. Tudo mudou e mudamos<br />

também nós!<br />

Infelizmente, as estruturas político-administrativas<br />

são muito resistentes<br />

às transformações. Agarram-se ao<br />

status quo com unhas e dentes e<br />

usa-se de qualquer arma para defendê-lo.<br />

O que importa é que o imobilismo<br />

seja mantido a qualquer custo.<br />

Assim se age no plano horizontal como<br />

se a existência humana se resumisse<br />

a uma dessorada forma vital<br />

que eternamente se manifestasse da<br />

mesma forma, transformando o mundo<br />

no lugar mais tedioso do universo.<br />

As corporações classistas, recreativas,<br />

culturais também não escapam<br />

dessa visão do mundo em decorrência<br />

do fato de serem parcelas desse<br />

conjunto. De modo que as transformações<br />

acontecem às mais das vezes<br />

à força da rebeldia, da irreverência<br />

e da luta às vezes frontal, brutal.<br />

Nossa categoria, como não poderia<br />

deixar de ser, não foge dos parâmetros<br />

norteadores da sociedade<br />

maior. Age e interage quase sempre<br />

da mesma forma que aquela. Os padrões<br />

de comportamento são um tanto<br />

rígidos, estereotipados. Não é fácil<br />

mudá-los. Mas, como o mundo, no<br />

sentido de universo, é dinâmico na<br />

sua essência, não há como se agarrar<br />

à estática, pois isso é uma ilusão do<br />

senso comum, o que temos de fazer é<br />

tentar encontrar os caminhos que nos<br />

levam às transformações necessárias<br />

mas de maneira pacífica, a fim de que<br />

sejam evitadas as transformações<br />

abruptas em conseqüência de esforço<br />

no sentido de representante do empuxo<br />

transformador permanente. Temos<br />

de ter essa consciência e também<br />

a coragem de arrostar os desafios<br />

porque, se nós não o fizermos,<br />

outros farão, e acabaremos massa de<br />

algum fermento, de vez que recusamo-nos,<br />

por ignorância ou comodismo,<br />

a ser o fermento que a massa<br />

pedia.<br />

Tenhamos essa consciência e a<br />

coragem de procuramos os caminhos<br />

das transformações que o momento<br />

pede antes que outros, que não da<br />

nossa categoria, tomem a iniciativa<br />

de fazê-lo.<br />

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