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sadores, gerando uma massa crítica motivada a publicar outros trabalhos sobre o tema,<br />

incorporando novos avanços no conhecimento. Dentre estes, destacam-se aqui os livros<br />

de Kirk (1983), “Light and Photosynthesis in Aquatic Ecosystems”, e de Mobley (1994),<br />

“Light and water: radiative transfer in natural waters”. Tendo então como referência principal<br />

este último, nesta Seção as grandezas apresentadas referentes ao estudo da equação<br />

de transferência radiativa, tais como radiância, coeficiente de absorção e função de fase<br />

de espalhamento, por exemplo, são vistas sob o contexto da Ótica Hidrológia.<br />

Ao se falar sobre transferência radiativa em água, sobretudo em águas naturais, deve-se<br />

ter em mente a diversidade de fatores que podem caracterizar este ambiente. A presença<br />

de partículas provenientes de matéria orgânica dissolvida, de material inorgânico ou então<br />

de microorganimos (algas, fitoplâncton, bactérias, etc...) e a salinidade na água do mar,<br />

por exemplo, interferem no modo como a radiação se propaga no meio. Como particularmente<br />

aqui, é relevante a radiação na faixa de onda da luz visível, esta última afirmação é<br />

equivalente a se dizer que os fatores citados fazem com que as propridades óticas do meio<br />

se alterem. Acrescente-se a isso, o agravante de que a concentração desses constituintes<br />

costuma variar temporal e espacialmente, o que confere ao estudo de águas naturais um<br />

grau de complexidade ainda mais elevado. Há portanto, uma ampla variedade de tipos de<br />

corpos d’água, cada qual possuindo propriedades óticas que os caracterizam.<br />

Na ilustração da Figura 2.5, há um esquema mostrando a interação da radiação solar em<br />

um corpo d’água, onde se identificam as parcelas de luz espalhada (b) e absorvida (a)<br />

pelo meio. Além desses, todos as outras grandezas que contribuem para compor a ETR<br />

expressa pela Equação (2.34) estão representadas. Grandezas tais como os ângulos polar<br />

θ e azimutal ϕ de incidência da luz, a profundidade ótica ζ e as condições de contorno<br />

dadas pelas radiâncias na superfície e no fundo.<br />

Outro componente que aparece na ilustração da Figura 2.5, que até então não fora mencionado,<br />

se refere às fontes internas de radiação do meio. Foi visto somente o termo da função<br />

fonte de espalhamento S ∗ (τ, µ, ϕ), mostrado na Equação (2.34), que se deve às partículas<br />

não-colididas. Por sua vez, as fontes internas têm como principais origens, fenômenos<br />

relacionados à bioluminescência de organismos marinhos, e outros dois referentes<br />

a processos inelásticos conhecidos como fluorescência e espalhamento Raman (MOBLEY,<br />

1994), onde a luz incidente passa a se propagar com comprimento de onda mais longo.<br />

No caso do espalhamento Raman, este fenômeno se dá devido a luz incidente provocar,<br />

de maneira instantânea, um aumento nos estados quânticos rotacional ou vibracional de<br />

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