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IC1 - Avaliação de Risco Nutricional e Desnutrição em ... - Nutritotal

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FÓRUM PAULISTA DE PESQUISA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA E EXPERIMENTAL<br />

INTERESSE CIENTÍFICO<br />

<strong>IC1</strong> - AVALIAÇÃO DE RISCO NUTRICIONAL E DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES INTERNADOS NO<br />

HOSPITAL UNIMED LIMEIRA NO PERÍODO DE ABRIL A DEZEMBRO DE 2008<br />

Autores: Soares SB; Bucci AC; Rodrigues RC; Teixeira L; Thomaz MF<br />

Instituição: Hospital Unimed Limeira<br />

Objetivos<br />

Avaliar a incidência <strong>de</strong> risco nutricional <strong>em</strong> pacientes internados no Hospital Unimed Limeira, b<strong>em</strong> como <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>snutrição, através a aplicação da <strong>Avaliação</strong> Subjetiva Global (ASG), e através <strong>de</strong>sses resultados,<br />

direcionar recursos terapêuticos e humanos que possam contribuir para melhor assistência nutricional<br />

durante a internação.<br />

Materiais e métodos<br />

Conforme padronização institucional, os pacientes internados no Hospital Unimed Limeira no período <strong>de</strong><br />

abril a <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008 foram triados <strong>de</strong>ntro das primeiras 24 horas se tivess<strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 65 anos ou<br />

diagnóstico <strong>de</strong> doença neoplásica, quimioterapia, radioterapia, HIV, doença neurológica crônica. Os <strong>de</strong>mais<br />

foram submetidos ao mesmo instrumento se ficam internados por mais <strong>de</strong> 3 dias. A cada 7 dias, eles são<br />

novamente triados, estratégia para não <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os pacientes que complicaram durante a<br />

internação. Uma vez risco nutricional positivo, aplicou-se a ASG.<br />

Resultado<br />

Foram submetidos à primeira triag<strong>em</strong> 597 pacientes, dos quais 255 (42,3%) preenchiam critérios <strong>de</strong> risco<br />

nutricional. Desses, somente 7 (2,7%) apresentavam-se <strong>de</strong>snutridos segundo a ASG. 97 (38%) pacientes<br />

permanceram no hospital por mais <strong>de</strong> 7 dias e foram novamente submetidos à triag<strong>em</strong> nutricional, que<br />

encontrou 72 (74,2%) <strong>em</strong> risco nutricional e 3 (4,2%) <strong>de</strong>snutridos.<br />

Conclusão<br />

Encontramos uma porcentag<strong>em</strong> pequena <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutridos entre os pacientes triados (2,7%) e retriados<br />

(4,2%), reflexo da condição sócio-econômica dos pacientes atendidos pela Unimed Limeria. Observamos<br />

que 43% dos pacientes encontravam-se <strong>em</strong> risco nutricional à primeira avaliação, e que esta incidência<br />

aumenta para 74,4% quando os pacientes permanec<strong>em</strong> internados por mais <strong>de</strong> 7 dias, produto das<br />

intervenções e complicações clínicas durante o período. Este achado reforça a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a<br />

ferramenta <strong>de</strong> triag<strong>em</strong> nutricional seja aplicada periodicamente nas instituições, aos pacientes que têm sua<br />

estadia prolongada por complicações relacionadas às patologias que motivaram a internação.<br />

Unitermos<br />

triag<strong>em</strong> nutricional intra-hospitalar, avaliação subjetiva global<br />

IC2 - MONITORAMENTO DOS PACIENTES COM RISCO NUTRICIONAL EM USO DE TERAPIA<br />

NUTRICIONAL NO HOSPITAL ESTADUAL BAURU – HEB<br />

Autores: Pardo AVL; Fioretto LM; Santos SC; Vaz GPB; Nishihara SCR; Geraldo RRC<br />

Instituição: Hospital Estadual Bauru<br />

Objetivos<br />

Monitorar o diagnóstico nutricional durante a internação dos pacientes <strong>em</strong> uso <strong>de</strong> terapia nutricional na<br />

tentativa <strong>de</strong> evitar a <strong>de</strong>snutrição intra-hospitalar.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram acompanhados 425 pacientes <strong>em</strong> uso <strong>de</strong> terapia nutricional, <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong> entre 18<br />

e 100 anos, durante o período <strong>de</strong> janeiro a julho <strong>de</strong> 2008, que tiveram mais <strong>de</strong> uma avaliação durante a<br />

internação. O diagnóstico nutricional dos pacientes foi obtido por meio do protocolo <strong>de</strong> avaliação (Papini-<br />

Berto, 1997), que foi aplicado <strong>em</strong> no máximo 72 horas após a internação hospitalar, consi<strong>de</strong>rando ida<strong>de</strong>,<br />

sexo, peso, altura, índice <strong>de</strong> massa corporal (lMC), circunferência do braço, prega cutânea tricipital,<br />

circunferência muscular do braço, exames laboratoriais (linfócitos e albumina) e anamnese alimentar. A


instituição da terapia nutricional variou conforme as condições e necessida<strong>de</strong>s individuais do paciente e da<br />

patologia, com média <strong>de</strong> três dias a partir da avaliação nutricional.<br />

Resultado<br />

Foram i<strong>de</strong>ntificados na internação 209 (49%) pacientes com diagnóstico nutricional <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição e 216<br />

(51%) com risco nutricional. Na alta hospitalar foi verificado que dos 216 pacientes com risco nutricional, 35<br />

(16%) evoluíram com <strong>de</strong>snutrição intra-hospitalar.<br />

Conclusão<br />

Foi concluído neste estudo que mesmo monitorando os pacientes com risco nutricional e instituindo a<br />

terapia nutricional precoc<strong>em</strong>ente, o quadro clínico e as iatrogenias durante o período <strong>de</strong> hospitalização<br />

levam a <strong>de</strong>snutrição intra-hospitalar.<br />

Unitermos<br />

<strong>Desnutrição</strong>, terapia nutricional, avaliação nutricional<br />

IC3 - INTERVENÇÃO NUTRICIONAL IMEDIATA (INTERNUTI) EM CIRURGIA: AUDITORIA REALIZADA<br />

NUM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO<br />

Autores: Pexe P; Bragagnolo R; Dock-Nascimento DB; Perrone F; Mascarenhas N; Aguilar-Nascimento JE<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso<br />

Objetivos<br />

No protocolo ACERTO, a intervenção nutricional imediata (INTERNUTI) é um ponto fundamental na terapia<br />

multimodal. A aplicação da INTERNUTI <strong>de</strong>ve ser para pacientes <strong>de</strong>snutridos ou <strong>em</strong> risco nutricional<br />

candidatos a operações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi auditar a aplicação da INTERNUTI na<br />

enfermaria <strong>de</strong> clínica cirúrgica do Hospital Universitário Julio Muller (HUJM).<br />

Materiais e métodos<br />

Trata-se <strong>de</strong> um estudo clínico prospectivo, realizado entre fevereiro e março <strong>de</strong> 2009 no HUJM da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso <strong>em</strong> Cuiabá-MT envolvendo 106 pacientes com ida<strong>de</strong> mediana <strong>de</strong> 52<br />

anos, sendo 44 (41,5%) do sexo masculino e 62 (58,5%) do f<strong>em</strong>inino. Destes, 91 foram operados sendo 55<br />

(60,4%) submetidos à operações <strong>de</strong> médio porte e 36 (39,6%) <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. Do total da amostra, 15,4 %<br />

eram portadores <strong>de</strong> neoplasia maligna. Os dados foram coletados pela equipe multidisciplinar <strong>de</strong> terapia<br />

nutricional. O estado nutricional foi <strong>de</strong>terminado pela avaliação subjetiva global e consi<strong>de</strong>rou-se como<br />

INTERNUTI a terapia prescrita nas primeiras 48 horas após a internação. As variáveis <strong>de</strong> resultado principal<br />

foram: número <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong>snutridos ou não que receberam INTERNUTI categorizados <strong>em</strong> operações<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e/ou do aparelho digestivo. Outras variáveis foram diagnóstico nutricional, percentual <strong>de</strong><br />

perda <strong>de</strong> peso, tipo <strong>de</strong> terapia nutricional instituída, uso <strong>de</strong> imunonutrientes, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação total e<br />

mortalida<strong>de</strong>.<br />

Resultado<br />

Dos 91 pacientes operados, 31 (34,1%) encontravam-se <strong>de</strong>snutridos sendo 12 (13,2%), grav<strong>em</strong>ente. A<br />

mortalida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 3,3% (n=3) e ocorreu apenas entre <strong>de</strong>snutridos (p=0,03). O t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação foi 3<br />

vezes maior entre <strong>de</strong>snutridos (13,5±13 vs. 4,4±2,9 dias; p=0,001). No total, 12 casos (13,2%) receberam<br />

INTERNUTI (6 com supl<strong>em</strong>entação oral, 4 com TNE e 3 com TNP). Imunonutrientes foram utilizados <strong>em</strong><br />

33,3% dos casos. A aplicação da INTERNUTI foi significant<strong>em</strong>ente maior <strong>em</strong> operações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte<br />

(22,2% vs. 7,3%; p=0.04) e <strong>em</strong> pacientes com câncer (50% vs. 10,1%; p


IC4 - NUTRITION DAY – PROGAMA SUPPORT DE TRIAGEM NUTRICIONAL: RESULTADOS DO<br />

HOSPITAL GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS<br />

Autores: Britto RPA; Borges E; Albuquerque KM<br />

Instituição: Hospital Geral do Estado – HGE<br />

Objetivos<br />

Avaliar o perfil clínico-nutricional <strong>de</strong> pacientes adultos internos no Hospital Geral do Estado <strong>de</strong> Alagoas<br />

(HGE), localizado na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maceió.<br />

Materiais e métodos<br />

Vinte avaliadores (nutricionistas e estudantes <strong>de</strong> nutrição) foram treinados quanto a aplicação <strong>de</strong> um<br />

formulário próprio previamente testado, fornecido pelo projeto “Nutrition Day – Programa Support <strong>de</strong><br />

Triag<strong>em</strong> <strong>Nutricional</strong>”. Foram avaliados no período <strong>de</strong> um dia, todos os pacientes adultos internos no HGE.<br />

Verificou-se: ida<strong>de</strong>, sexo, diagnóstico e doenças associadas, avaliação subjetiva global (ASG), alterações<br />

do trato gastrintestinal (TGI), presença <strong>de</strong> úlceras por pressão (UP), <strong>de</strong>iscências <strong>de</strong> ferida operatória (FO) ,<br />

t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação e uso <strong>de</strong> supl<strong>em</strong>entação. O risco nutricional foi <strong>de</strong>finido por: mudanças no apetite,<br />

perda pon<strong>de</strong>ral, dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição/mastigação (D/M), ida<strong>de</strong> >60 anos, albumina


assinatura <strong>de</strong> um termo <strong>de</strong> livre consentimento. Peso e altura foram coletados, calculado Índice <strong>de</strong> Massa<br />

Corpórea (IMC) e classificados <strong>de</strong> acordo com os pontos <strong>de</strong> corte propostos pela OMS, 1998 para adultos e<br />

Lipschtz, 1994 para idosos. A triag<strong>em</strong> nutricional foi realizada por meio da ASG (adultos) e MNA (idosos). Os<br />

dados analisados incluíram os <strong>de</strong>mográficos ida<strong>de</strong> e sexo e os clínicos obtidos <strong>em</strong> prontuário médico:<br />

motivo da internação, diagnóstico médico, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação, dieta prescrita, registro <strong>em</strong> prontuário sobre<br />

alteração <strong>de</strong> peso e/ou apetite. Para análise da triag<strong>em</strong> foi consi<strong>de</strong>rada a classificação e a pontuação da<br />

ASG e MNA.<br />

Resultado<br />

Participaram da pesquisa 102 pacientes, dos quais 50,98% do sexo f<strong>em</strong>inino e 49,01% do sexo masculino,<br />

além disso, 42,15% (n=43) da amostra eram <strong>de</strong> adultos e 57,84% (n=59) <strong>de</strong> idosos. No total da amostra a<br />

classificação do IMC apontou que 49,01% (n=50) eram eutróficos e 50,98% <strong>de</strong>snutridos (n=52). De acordo<br />

com a MNA, 22% (n=13) apresentavam eutrofia, 55,93% (n=33) risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição e 22,03% (n=13)<br />

<strong>de</strong>snutrição. A triag<strong>em</strong> nutricional <strong>de</strong> adultos <strong>de</strong>monstrou que 86,04% (n=37) dos pacientes eram b<strong>em</strong><br />

nutridos e 13,94% (n=6) apresentavam algum grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição. Os idosos com risco nutricional e<br />

<strong>de</strong>snutrição ficaram <strong>em</strong> média maior t<strong>em</strong>po internados, duas s<strong>em</strong>anas, enquanto os eutróficos<br />

permaneceram uma s<strong>em</strong>ana. Entre os pacientes com risco nutricional e <strong>de</strong>snutrição não havia prescrição <strong>de</strong><br />

terapia nutricional oral ou enteral, exceto um paciente classificado <strong>em</strong> risco que recebia alimentação via<br />

sonda, a<strong>de</strong>mais não havia registro <strong>em</strong> prontuário da evolução <strong>de</strong> peso ou alteração <strong>de</strong> apetite. As patologias<br />

mais comuns associada à <strong>de</strong>snutrição foram as neoplasias (pulmão e tubo digestório), cirurgias do sist<strong>em</strong>a<br />

digestório e probl<strong>em</strong>as cardiovasculares.<br />

Conclusão<br />

A triag<strong>em</strong> nutricional <strong>de</strong>monstrou que o risco nutricional e a <strong>de</strong>snutrição eram mais prevalentes entre os<br />

pacientes idosos e que eles permaneciam por mais t<strong>em</strong>po internado do que os eutróficos. A prescrição <strong>de</strong><br />

terapia nutricional oral ou enteral só foi observada <strong>em</strong> um paciente com risco nutricional, além disso, nos<br />

prontuários não havia registro da evolução <strong>de</strong> peso ou <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong> apetite. As doenças mais comuns<br />

associadas à <strong>de</strong>snutrição foram as neoplasias, cirurgia do tubo digestório e doenças cardíacas. A partir do<br />

exposto é possível elaborar conduta nutricional preventiva ou curativa baseada <strong>em</strong> métodos <strong>de</strong> baixo custo,<br />

simples e rápidos para triag<strong>em</strong> nutricional <strong>de</strong> adultos e idosos.<br />

Unitermos<br />

triag<strong>em</strong> nutricional, MNA, ASG.<br />

IC6 - DIFICULDADES DA IMPLANTAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE TRIAGEM NUTRICIONAL PARA<br />

AVALIAÇÃO DO RISCO DE DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR<br />

Autores: Santos REM; Abraão V; Rosa APO; Oliveira ACC; Reis LMG<br />

Instituição: Hospital Badim<br />

Objetivos<br />

O objetivo do estudo foi <strong>de</strong>monstrar as dificulda<strong>de</strong>s da implantação <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> triag<strong>em</strong> <strong>de</strong> risco<br />

nutricional (NRS-2002) e i<strong>de</strong>ntificar o perfil dos pacientes internados <strong>em</strong> um hospital particular do RJ.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo transversal realizado durante o período <strong>de</strong> outubro 2008 a fevereiro 2009, <strong>em</strong> 214 pacientes da<br />

clinica médica, cirúrgica e unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terapia intensiva. Dados como índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC), perda<br />

<strong>de</strong> peso (%), redução na ingesta alimentar, foram obtidos subjetivamente; severida<strong>de</strong> da doença e ida<strong>de</strong>,<br />

através <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> prontuários para realização da NRS-2002. Pacientes com pontuação >3 na NRS-2002<br />

foram incluídos na intervenção nutricional.<br />

Resultado<br />

A amostra foi composta por 1.842 pacientes internados, <strong>de</strong>sses 12% apresentavam risco nutricional. O<br />

t<strong>em</strong>po médio <strong>de</strong> internação foi <strong>de</strong> 17,6 dias. O t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> início da supl<strong>em</strong>entação variou foi <strong>de</strong> 1 a 15 dias,<br />

sendo a média <strong>de</strong> 5 dias. Em relação ao <strong>de</strong>sfecho dos pacientes <strong>em</strong> risco, 142 (66,3%) <strong>de</strong> pacientes obteve<br />

boa a<strong>de</strong>são à intervenção nutricional e recebeu alta. 23 (10,7%) dos pacientes migraram para terapia<br />

nutricional enteral (TNE) e a mortalida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 12 (5,6%) dos pacientes.<br />

Conclusão<br />

Diante <strong>de</strong>sses resultados, recomenda-se padronizar técnicas <strong>de</strong> rastreamento nutricional e sist<strong>em</strong>atizar sua<br />

aplicação, com maior a<strong>de</strong>são da equipe. A triag<strong>em</strong> <strong>de</strong> risco nutricional po<strong>de</strong> ser aplicada a todos os


pacientes internados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente da doença que apresent<strong>em</strong> ou da ida<strong>de</strong>, s<strong>em</strong> custo adicional ao<br />

serviço e po<strong>de</strong> ser efetuada por diferentes profissionais. Quando realizada <strong>de</strong> forma precisa é fundamental<br />

para o monitoramento da qualida<strong>de</strong> do serviço <strong>de</strong> nutrição hospitalar, para <strong>de</strong>finição das ações nutricionais<br />

assistenciais, na otimização <strong>de</strong> recursos materiais e humanos, e na geração <strong>de</strong> informações para o<br />

acompanhamento da efetivida<strong>de</strong> da nutrição aplicada ao paciente internado.<br />

Unitermos<br />

risco nutricional, triag<strong>em</strong> risco nutricional (NRS-2002), <strong>de</strong>snutrição, estado nutricional<br />

IC7 - APLICAÇÃO DO NUTRITIONAL RISK SCREENING (NRS-2002) EM PACIENTES DA CLÍNICA<br />

CIRÚRGICA DO APARELHO DIGESTIVO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SÃO PAULO<br />

Autores: Araujo MS; Abreu MP; Pucci ND; Evazian D; Salimon CC; Gil IT<br />

Instituição: Divisão <strong>de</strong> Nutrição e Dietética do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP <strong>de</strong> São<br />

Paulo<br />

Objetivos<br />

I<strong>de</strong>ntificar a prevalência do risco nutricional na admissão <strong>de</strong> pacientes na Clínica Cirúrgica do Aparelho<br />

Digestivo <strong>em</strong> um hospital universitário na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, aplicando-se um instrumento <strong>de</strong> triag<strong>em</strong><br />

nutricional.<br />

Materiais e métodos<br />

Realizou-se um estudo transversal, com 59 pacientes, no período <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> janeiro a 16 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />

2009. Foi aplicada triag<strong>em</strong> nutricional <strong>de</strong>nominada Nutritional Risk Screening (NRS-2002) <strong>em</strong> até 48 horas<br />

da internação, sendo que na pontuação final, um escore ≥ 3 indica que o paciente está <strong>em</strong> risco nutricional.<br />

Foi realizada avaliação do estado nutricional através do Índice <strong>de</strong> Massa Corpórea (IMC), on<strong>de</strong> os dados <strong>de</strong><br />

peso e altura foram coletados do prontuário do paciente. Para classificação do estado nutricional os<br />

resultados foram categorizados conforme a classificação da OMS (1998) para os pacientes adultos e<br />

SABE/OPAS (2002) para os pacientes idosos.<br />

Resultado<br />

Verificou-se que 32 (54,3%) eram mulheres e 27 (45,7%) homens. Foram i<strong>de</strong>ntificados 23 (39%) pacientes<br />

<strong>em</strong> risco nutricional, sendo que 13 (56,5%) apresentaram escore 3, 6 (26,1%) escore 4 e 4 (17,4%) escore<br />

5.<br />

Conclusão<br />

A i<strong>de</strong>ntificação da prevalência do risco nutricional, com a aplicação da NRS-2002, permite a intervenção<br />

nutricional precoce nestes pacientes que t<strong>em</strong> requerimento nutricional aumentado pela doença <strong>em</strong> si, pelo<br />

tratamento ou pela combinação <strong>de</strong> situações que impe<strong>de</strong>m a alimentação e aumentam o estresse<br />

metabólico.<br />

Unitermos<br />

<strong>Risco</strong> <strong>Nutricional</strong>. Triag<strong>em</strong> <strong>Nutricional</strong>. <strong>Desnutrição</strong>.<br />

IC8 - TRIAGEM NUTRICIONAL NA ADMISSÃO HOSPITALAR. VALE A PENA?<br />

Autores: Celano RMG; Candido GM; Mangialardo APC; Neto JE<br />

Instituição: Hospital São Lucas <strong>de</strong> Taubaté<br />

Objetivos<br />

Avaliar a incidência <strong>de</strong> triag<strong>em</strong> nutricional aplicada no Hospital São Lucas <strong>de</strong> Taubaté<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo prospectivo e observacional. Foram incluídos 4060 pacientes, adultos, <strong>de</strong> ambos os sexos, com<br />

ida<strong>de</strong> variando entre 14 e 100 anos, no período <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008 à fevereiro <strong>de</strong> 2009, internados no Hospital<br />

São Lucas <strong>de</strong> Taubaté, para tratamento clínico e cirúrgico. A triag<strong>em</strong> nutricional escolhida foi a <strong>Avaliação</strong><br />

Subjetiva Global (ASG) modificada e aplicada até 48h da internação hospitalar, pela Enfermag<strong>em</strong>. Foram<br />

excluídos os pacientes do Pronto Atendimento e da Maternida<strong>de</strong>. A Equipe <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> foi treinada pela<br />

Equipe Multidisciplinar <strong>de</strong> Terapia <strong>Nutricional</strong> (EMTN) por um período <strong>de</strong> 2 meses.


Resultado<br />

Da amostra estudada houve a realização da TN <strong>em</strong> 87,70% (n= 3561) dos pacientes internados e 12,30 %<br />

(n= 499) não foram avaliados por falta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são da Equipe <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>. Destes, 46,58% (n=1891)<br />

eram do sexo masculino e 53,42% (n=2169) do f<strong>em</strong>inino. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 58 ± 30. Dos pacientes<br />

triados, 5,33% (n=190) fizeram uso <strong>de</strong> alimentação enteral e 1,12% (n=40) supl<strong>em</strong>entação oral.<br />

Conclusão<br />

Há diversos métodos <strong>de</strong> TN na literatura internacional e no Brasil sobre qual é a melhor ferramenta a ser<br />

usada, entretanto, sabe-se que todas têm suas qualida<strong>de</strong>s, limitações, vantagens e <strong>de</strong>svantagens. Cabe à<br />

EMTN padronizar, treinar a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e, sobretudo <strong>de</strong>monstrar a importância dos benefícios <strong>de</strong>sta<br />

intervenção por meio <strong>de</strong> indicadores.<br />

Unitermos<br />

triag<strong>em</strong> nutricional, <strong>de</strong>snutrição, estado nutricional<br />

IC9 - APLICAÇÃO DE MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES CRÍTICOS<br />

DE UTI DE PRONTO SOCORRO DE HOSPITAL PÚBLICO<br />

Autores: Silva AC; Brejion N; Pucci ND; Evazian D; Gil I<br />

Instituição: Divisão <strong>de</strong> Nutrição e Dietética do Instituto Central do Hospital das Clínicas - FMUSP<br />

Objetivos<br />

Avaliar a aplicação do instrumento “<strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Risco</strong> <strong>Nutricional</strong> <strong>em</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva (UTI)”,<br />

comparada com albumina sérica e dados antropométricos.<br />

Materiais e métodos<br />

Realizada pesquisa <strong>de</strong>scritiva, do tipo transversal. A amostra foi constituída por 30 pacientes, com ida<strong>de</strong><br />

média <strong>de</strong> 53 anos (23- 85anos), internados nas UTIs <strong>de</strong> Emergências Médicas e Cirúrgicas do Pronto<br />

Socorro <strong>de</strong> um Hospital Escola Público, no mês <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009. Foi aplicado o formulário adaptado para<br />

<strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Risco</strong> <strong>Nutricional</strong> <strong>em</strong> UTI, coleta <strong>de</strong> dados sobre diagnóstico e dosag<strong>em</strong> da albumina sérica no<br />

prontuário, realizada estimativa <strong>de</strong> peso e altura através das medidas <strong>de</strong> altura do joelho e circunferência do<br />

braço e calculado o IMC.<br />

Resultado<br />

60% eram do sexo f<strong>em</strong>inino, 97% dos pacientes avaliados (23-60anos) apresentaram risco nutricional e<br />

100% dos idosos (>60anos) avaliados <strong>em</strong> risco; 75% dos pacientes com risco apresentaram albumina<br />

sérica abaixo dos valores <strong>de</strong> referência; pela classificação do IMC: 42,1% encontravam-se eutróficos, 31,6%<br />

<strong>em</strong> magreza grau I e II e 26,3% obesida<strong>de</strong>. O t<strong>em</strong>po médio para aplicação da avaliação foi <strong>de</strong> 15 minutos.<br />

Conclusão<br />

A avaliação é <strong>de</strong> fácil aplicação, i<strong>de</strong>ntificando precoc<strong>em</strong>ente os pacientes que encontram-se <strong>em</strong> risco<br />

nutricional, <strong>em</strong> comparação com antropometria e a dosag<strong>em</strong> <strong>de</strong> albumina sérica.<br />

Unitermos<br />

Método <strong>de</strong> avaliação. <strong>Risco</strong> nutricional. Paciente crítico.<br />

<strong>IC1</strong>0 - TAXA METABÓLICA BASAL: QUAL A MELHOR FÓRMULA?<br />

Autores: Garbugio TLS; Garbugio Filho V; Longo GZ; Yamada AN<br />

Instituição: CESUMAR - Centro Universitário <strong>de</strong> Maringá<br />

Objetivos<br />

A taxa metabólica basal (TMB) é o maior componente do gasto energético total diário, correspon<strong>de</strong>ndo à<br />

aproximadamente 60 a 70% do gasto energético total <strong>de</strong> um indivíduo. Várias fórmulas para estimar a TMB<br />

já foram propostas, sendo a <strong>de</strong> Harris & B<strong>em</strong>edict (1919) a mais antiga e mais conhecida. Outras fórmulas<br />

como a <strong>de</strong> Schofield (1985), FAO/WHO/UNU (1985) e Henry & Rees (1991), são amplamente referenciadas<br />

como padrão para o calculo das necessida<strong>de</strong>s energéticas basal. O propósito <strong>de</strong>ste estudo foi comparar a<br />

TMB <strong>de</strong> mulheres <strong>de</strong> 20 a 30 anos medidos por calorimetria indireta com as fórmulas proposta por Harris &<br />

Benedict (HB), FAO/WHO/UNU (FAO), Henry & Rees (HR) e Schofield.


Materiais e métodos<br />

A amostra compreen<strong>de</strong>u mulheres <strong>de</strong> 20 a 30 anos saudáveis, não gestantes ou lactantes, atendidas <strong>em</strong><br />

clinica particular <strong>de</strong> nutrição da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maringá-Pr. Foram aferidos peso e altura e calculado o Índice <strong>de</strong><br />

Massa Corporal (IMC), sendo classificadas <strong>em</strong> eutrofia (IMC entre 14,5 e 24,9), sobrepeso (IMC entre 25 e<br />

29,9) e obesida<strong>de</strong> (IMC acima <strong>de</strong> 30). A calorimetria indireta foi mensurada <strong>em</strong> ambiente silencioso, no<br />

período da manhã (das 7 às 9 horas), <strong>em</strong> jejum <strong>de</strong> 12 horas, com t<strong>em</strong>peratura e pressão atmosférica<br />

calibrada, <strong>em</strong> aparelho Fitmate Pro (COSMED, 2006). Uma máscara <strong>de</strong>scartável foi fixada na região nasooral<br />

das mulheres estudas e conectado à calorimetria indireta, estando estas <strong>em</strong> <strong>de</strong>cúbito dorsal e repouso<br />

<strong>de</strong> 20 minutos. O volume <strong>de</strong> oxigênio foi medido durante 15 minutos com as pacientes <strong>de</strong>itadas, s<strong>em</strong><br />

movimentar-se, s<strong>em</strong> falar e s<strong>em</strong> dormir. O resultando da CI foi comparada com os das formulas <strong>de</strong> HB, da<br />

FAO, HR e Schofield e feito os percentuais <strong>de</strong> diferença entre os valores aferidos pela calorimetria e pelas<br />

equações preditivas, calculadas pela [(TMB estimada – TMB calorimetria)/TMB calorimetria] x 100. O<br />

tratamento estatístico foi feito pelo software Epi-Info, v. 6.04.<br />

Resultado<br />

O universo amostral foi <strong>de</strong> 30 mulheres com ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 25,13 anos ±3,37 anos e IMC <strong>de</strong> 26,56 kg/m2<br />

±4,79kg/m2. A TMB medida por calorimetria indireta foi 1515,93 kcal/dia ±249,66 kcal/dia, enquanto que<br />

pelas fórmulas <strong>de</strong> HB, Schofield, FAO/WHO/UNU e Henry e Rees foram <strong>em</strong> média 1531,01 kcal/dia ±112,59<br />

kcal/dia; 1555,95 kcal/dia ±176,29 kcal/dia; 1557,85 kcal/dia ±174,50 kcl/dia; 1439,93 kcal/dia ±137,41<br />

kcal/dia, respectivamente. Pelo teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt, comparando o método <strong>de</strong> calorimetria indireta com as<br />

fórmulas preditivas, nenhum dos métodos mostrou diferença estatística (p


um fator <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante <strong>de</strong> diversas patologias, principalmente, cardiovasculares o que gera importância a<br />

este tipo <strong>de</strong> mensuração uma vez que, com o tratamento a<strong>de</strong>quado pós diagnóstico <strong>de</strong> sobrepeso/<br />

obesida<strong>de</strong> com dieta e perda pon<strong>de</strong>ral, consegue-se resultados positivos e até reversão <strong>de</strong>stes (Han et al,<br />

1995; Navarro et al ,2001; Souza et al, 2003; Pitanga & Lessa, 2005; Rosa et al, 2005; Carvalho Filho et al,<br />

2007; Jardim et al, 2007). Observou-se <strong>em</strong> conformida<strong>de</strong> com revisão <strong>de</strong> outros estudos que as mulheres<br />

também se beneficiam com o diagnóstico pelas circunferências uma vez que, ao contrário dos homens,<br />

ten<strong>de</strong>m ao maior acúmulo <strong>de</strong> gordura subcutânea até antes da menopausa (Pitanga & Lessa, 2005; Rosa et<br />

al, 2005; Hermsdorff & Monteiro, 2004).<br />

Conclusão<br />

Por ser<strong>em</strong> medidas s<strong>em</strong>elhantes, é necessário enten<strong>de</strong>r efetivamente as causas e conseqüências da<br />

obesida<strong>de</strong> central, a incidência <strong>em</strong> cada sexo e faixa etária e, optar por um <strong>de</strong>stas duas circunferências a<br />

fim <strong>de</strong> se evitar redundâncias e falsos resultados positivos/ negativos.<br />

Unitermos<br />

Obesida<strong>de</strong> central, circunferência, diagnóstico nutricional<br />

<strong>IC1</strong>2 - COMPARAÇÃO DA AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM PACIENTES INTERNADOS POR<br />

INTERMÉDIO DE MÉTODOS ESTIMATIVOS E DIRETOS<br />

Autores: Yugue SF; I<strong>de</strong> HW; Tiengo A<br />

Instituição: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Itajubá<br />

Objetivos<br />

Validar a aplicação das fórmulas estimativas <strong>de</strong> peso e altura <strong>de</strong> pacientes acamados <strong>de</strong> acordo com sexo,<br />

faixa etária e estado nutricional, fazendo uma comparação das medidas estimadas com as reais, a fim <strong>de</strong><br />

colaborar para o aperfeiçoamento <strong>de</strong>sta prática pelos nutricionistas clínicos.<br />

Materiais e métodos<br />

O estudo foi realizado com 93 pacientes, sendo 15 crianças (6 a 18 anos), 52 adultos (19 a 60 anos) e 26<br />

idosos (60 anos ou mais), os quais foram submetidos à avaliação do peso e altura real através <strong>de</strong> uma<br />

balança com antropômetro e peso e altura estimados através <strong>de</strong> medidas obtidas com fita métrica. Para a<br />

estimativa da altura utilizou-se a fórmula <strong>de</strong> Chumlea et al (1994) através da altura do joelho, sendo<br />

utilizadas as medidas <strong>de</strong> circunferência do braço, circunferência da panturilha, dobra cutânea subescapular<br />

e altura do joelho através da fórmula <strong>de</strong> Chumlea et al (1988) para a estimativa do peso. Para a análise<br />

estatística utilizou-se o Teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt com nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5% (p < 0,05).<br />

Resultado<br />

O presente estudo revelou que quando comparadas as medidas reais <strong>de</strong> altura com as estimadas <strong>em</strong><br />

relação à faixa etária, houve diferença significativa <strong>em</strong> crianças (p = 0,02), sendo a altura subestimada <strong>em</strong><br />

1,6% <strong>em</strong> relação à altura real. Em relação a sexo observaram-se diferenças estatísticas significativas para<br />

crianças do sexo masculino (p=0,04), com a altura sendo subestimada <strong>em</strong> 1,5%. Em relação ao estado<br />

nutricional observaram-se diferenças significativas para crianças eutróficas (p=0,04), sendo a altura<br />

subestimada <strong>em</strong> 1,8% e para idosos eutróficos, tendo a altura superestimada <strong>em</strong> 2,2% (p=0,01). Notou-se<br />

ainda, gran<strong>de</strong> subestimativa da altura <strong>em</strong> crianças (3,6%) e adultos <strong>de</strong>snutridos (2,3%), porém s<strong>em</strong><br />

diferença estatística significativa (p=0,5 e p=0,25 respectivamente). Quando comparadas as medidas <strong>de</strong><br />

pesos reais com as estimadas <strong>em</strong> relação à faixa etária, houve diferenças estatísticas significativas para<br />

todas as faixas etárias com p variando entre 0,005 e 0,01, sendo o mesmo subestimado <strong>em</strong> 3,0% nos<br />

adultos e <strong>em</strong> 4,2% nos idosos. Em relação ao sexo observaram-se diferenças significativas <strong>em</strong> crianças do<br />

sexo f<strong>em</strong>inino, sendo o peso superestimado <strong>em</strong> 8,4% (p=0,01). Para adultos e idosos houve uma<br />

subestimativa do peso <strong>em</strong> ambos os sexos (p=0,05). Em relação ao estado nutricional houve diferença<br />

significativa para crianças obesas (p=0,04), sendo o peso superestimado <strong>em</strong> 12,9%. Em adultos e idosos<br />

obesos, o peso foi subestimado <strong>em</strong> 3,4% (p=0,01) e 7,5% (p=0,004) respectivamente. Essas diferenças são<br />

justificadas pela alteração na composição corporal nas diferentes faixas etárias e estado nutricional.<br />

Conclusão<br />

Com este estudo conclui-se que as equações para estimativa <strong>de</strong> peso e altura são confiáveis. Entretanto,<br />

<strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar a composição corporal, pois a mesma po<strong>de</strong> influenciar as medidas utilizadas nas<br />

fórmulas para estimativa <strong>de</strong> peso e altura, po<strong>de</strong>ndo alterar os cálculos <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s nutricionais do<br />

paciente.


Unitermos<br />

antropometria, Chumlea, pacientes hospitalizados<br />

<strong>IC1</strong>3 - INGESTÃO DE CÁLCIO E SEUS LIMITANTES DE ABSORÇÃO ENTRE ADOLESCENTES DE<br />

UMA ESCOLA PÚBLICA<br />

Autores: da Silva AA; Tozzo C; Melo T<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina<br />

Objetivos<br />

Quantificar a ingestão <strong>de</strong> cálcio e seus limitantes <strong>de</strong> absorção entre adolescentes e <strong>de</strong>linear o perfil<br />

nutricional e associar com a ingestão <strong>de</strong> cálcio.<br />

Materiais e métodos<br />

Fizeram parte da amostra alunos matriculados <strong>em</strong> uma escola pública do município <strong>de</strong> Palhoça/SC, na faixa<br />

etária <strong>de</strong> 14 a 17 anos, <strong>de</strong> ambos os sexos. Coletou-se dados sócio-<strong>de</strong>mográficos por meio <strong>de</strong> um<br />

questionário estruturado, foi avaliada maturação sexual e classificada <strong>de</strong> acordo com os critérios <strong>de</strong> Tanner<br />

(1962) <strong>em</strong> pré-púbere, púbere e pós-púbere. A avaliação antropométrica foi realizada a partir da aferição <strong>de</strong><br />

peso e altura e cálculo do Índice <strong>de</strong> Massa Corpórea (IMC). A classificação do IMC foi realizada <strong>de</strong> acordo<br />

com os percentis e pontos <strong>de</strong> corte propostos pela Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (1995). O consumo<br />

alimentar e freqüência <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> cálcio e seus limitantes <strong>de</strong> absorção foi avaliado por meio <strong>de</strong><br />

recordatório <strong>de</strong> 24 horas e questionário <strong>de</strong> freqüência.<br />

Resultado<br />

Participaram da pesquisa 49 adolescentes, dos quais 69,39% apresentaram eutrofia, 26,53% baixo peso e<br />

4,08% sobrepeso. Todos os participantes foram classificados <strong>em</strong> pós-púberes. Entre os alunos participantes<br />

38,77% tinham renda per capita menor que um salário mínimo, 53,06% renda entre 1 e 2 salários e 8,16%<br />

entre 2 e 3 salários. A análise do recordatório <strong>de</strong> 24 horas e da freqüência <strong>de</strong> consumo permitiu i<strong>de</strong>ntificar<br />

que a média <strong>de</strong> ingestão calórica era <strong>de</strong> 2.838 kcal/dia, com baixo consumo e pouca variabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produtos lácteos, sendo o leite integral a fonte <strong>de</strong> cálcio mais consumida. Entre os entrevistados 40%<br />

ingeriam um copo <strong>de</strong> 200ml aproximadamente duas vezes ao dia, enquanto outros 19% relataram consumir<br />

ao menos uma vez ao dia. A análise dos dados <strong>de</strong>monstrou que 83,67% dos alunos ingeriram alimentos que<br />

continham limitantes <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> cálcio, como chocolate, café e refrigerantes, s<strong>em</strong>pre associados a<br />

fontes <strong>de</strong> cálcio. A ingestão média do mineral entre os adolescentes estudados foi <strong>de</strong> 973,03 mg/dia, valor<br />

abaixo do recomendado (1.300mg/dia - DRI, 2002). Apenas 18,37% dos estudantes apresentavam consumo<br />

a<strong>de</strong>quado, dos quais 44,44% apresentaram eutrofia e 55,55 % baixo peso, vale ressaltar que não houve<br />

diagnóstico <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso nesse grupo. Já os adolescentes com sobrepeso ingeriram <strong>em</strong> média 280,<br />

70 mg/dia <strong>de</strong> cálcio. Os adolescentes que pertenciam a famílias com renda per capita entre um a dois<br />

salários mínimos apresentaram um consumo médio <strong>de</strong> cálcio <strong>de</strong> 919,10mg/dia, resultado menor quando<br />

comparado com as famílias com maior renda.<br />

Conclusão<br />

O distúrbio nutricional <strong>de</strong> maior prevalência foi o baixo peso seguido do sobrepeso. Verificou-se ingestão<br />

insuficiente <strong>de</strong> cálcio e alta <strong>de</strong> limitantes <strong>de</strong> absorção do mineral, vale ressaltar que os limitantes <strong>de</strong><br />

absorção estavam s<strong>em</strong>pre associados a alimentos fonte <strong>de</strong> cálcio. A média <strong>de</strong> ingestão <strong>de</strong> cálcio foi menor<br />

nos adolescentes com excesso <strong>de</strong> peso, tendência já <strong>de</strong>monstrada <strong>em</strong> trabalhos nacionais e internacionais.<br />

Unitermos<br />

adolescentes, obesida<strong>de</strong>, cálcio, limitantes <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> cálcio<br />

<strong>IC1</strong>4 - EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA PACIENTES DA PEDIATRIA E ACOMPANHANTES DE<br />

PACIENTES INTERNADOS EM HOSPITAL PÚBLICO DE CARDIOLOGIA EM RECIFE-PE<br />

Autores: Lins RAG; Damásio A<br />

Instituição: PROCAPE<br />

Objetivos<br />

Conscientizar através da educação nutricional para a importância <strong>de</strong> uma alimentação saudável,<br />

estimulando o consumo <strong>de</strong> frutas e verduras pelas crianças e acompanhantes. Aproveitar o período <strong>de</strong><br />

internação hospitalar para transmitir conhecimentos e estimular hábitos saudáveis.


Materiais e métodos<br />

A importância da alimentação saudável é primordial para a promoção, manutenção e recuperação da saú<strong>de</strong><br />

e para a prevenção e controle <strong>de</strong> doenças crônicas não transmissíveis.A educação nutricional t<strong>em</strong> um papel<br />

importante <strong>em</strong> relação à promoção <strong>de</strong> hábitos alimentares saudáveis <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância. Foi utilizada a forma<br />

<strong>de</strong> representação com arte-educação teatral como técnica <strong>de</strong> abordag<strong>em</strong> para pacientes da pediatria e os<br />

acompanhantes dos pacientes hospitalizados. A peça foi apresentada na área <strong>de</strong> recreação da pediatria e<br />

no refeitório no horário do almoço dos acompanhantes.Foi utilizado fantoche sobre a importância das frutas<br />

e verduras como fontes <strong>de</strong> vitaminas e minerais para a saú<strong>de</strong>. Após a representação teatral, proce<strong>de</strong>u-se<br />

com um pequeno <strong>de</strong>bate com as crianças e a distribuição <strong>de</strong> um lanche saudável. Houve boa interação,<br />

com respostas positivas <strong>em</strong> que consolidavam a proposta do trabalho e solidificavam a aprendizag<strong>em</strong> pelas<br />

crianças e acompanhantes.<br />

Resultado<br />

Após a encenação teatral realizou-se <strong>de</strong>bate com perguntas e respostas que <strong>de</strong>monstravam o envolvimento<br />

das crianças no processo <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>. Ao ser oferecido lanche saudável, escolhiam frutas e alimentos<br />

que trariam benefícios para a saú<strong>de</strong>. Respondiam também que alimento era fonte <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada vitamina.<br />

Conclusão<br />

Diante do exposto, concluímos que a educação nutricional po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser feita s<strong>em</strong>pre que<br />

possível.Aproveitar o momento <strong>de</strong> internação hospitalar para transmitir conceitos saudáveis é uma das<br />

técnicas multiplicadoras <strong>de</strong> hábitos saudáveis. Não há momento n<strong>em</strong> local certo para educar. A<br />

oportunida<strong>de</strong> é impar e não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os <strong>de</strong>sperdiça-la. Aproveitar crianças internadas e acompanhantes para<br />

transmitir conhecimentos é uma forma dinâmica, criativa e <strong>de</strong>scontraída <strong>de</strong> levar a comunida<strong>de</strong> a participar<br />

efetivamente do processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> doença transformando-os <strong>em</strong> agentes multiplicadores <strong>de</strong> informação.<br />

Unitermos<br />

Educação nutricional para crianças internadas, através do uso <strong>de</strong> peça teatral(fantoche).<br />

<strong>IC1</strong>5 - FATORES QUE CAUSAM A HIPERCOLESTEROLEMIA EM CRIANÇAS<br />

Autores: Marquêz CM; Rodrigues CMA; Oliveira LRPN; Denicoli LM<br />

Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo-UNESC<br />

Objetivos<br />

Devido à hipercolesterol<strong>em</strong>ia ser um gran<strong>de</strong> probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> publica, o estudo teve como meta geral<br />

verificar alguns fatores que po<strong>de</strong>m influenciar o aparecimento da hipercolesterol<strong>em</strong>ia <strong>em</strong> crianças<br />

Materiais e métodos<br />

Para alcançar o objetivo traçado, foi realizada uma pesquisa com crianças, com ida<strong>de</strong> entre 5 a 12 anos,<br />

que foram atendidas <strong>em</strong> consulta nutricional. No primeiro momento da pesquisa, foi realizada avaliação<br />

antropométrica, utilizando-se para classificação do estado nutricional a tabela do NCHS. Também foram<br />

observados os exames laboratoriais apresentados pelas crianças nas consultas, para verificação do perfil<br />

lipídico, e por fim foi aplicado um questionário para conhecer seus hábitos alimentares e seus estilos <strong>de</strong><br />

vida.<br />

Resultado<br />

Após o termino da pesquisa, constatou-se que 89% das crianças eram obesas e a maior parte <strong>de</strong> seus<br />

familiares apresentavam a taxa <strong>de</strong> colesterol elevada. Os hábitos alimentares da maior parte da amostra<br />

eram ina<strong>de</strong>quados, com gran<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> alimentos industrializados, rico <strong>em</strong> gordura trans. O azeite<br />

extra virg<strong>em</strong> não era utilizado para preparações das refeições. A prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física foi relatada por<br />

55% da amostra, realizada na maioria das vezes na aula <strong>de</strong> educação física feita na escola. Todas as<br />

crianças foram amamentadas no seio materno, porém 88,9% tiveram um <strong>de</strong>smame precoce. A alimentação<br />

compl<strong>em</strong>entar foi iniciada antes dos seis meses <strong>de</strong> vida pela maior parte das crianças <strong>em</strong> estudo.<br />

Conclusão<br />

Analisados <strong>em</strong> conjunto os dados obtidos, percebeu-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma intervenção nutricional e<br />

prevenção pediátrica, para evitar futuras doenças e também a gran<strong>de</strong> importância da nutrição na prevenção<br />

e no tratamento da hipercolesterol<strong>em</strong>ia, uma vez que a alimentação é uma das principais causas da<br />

elevação do LDL-C. Bons hábitos alimentares <strong>de</strong>v<strong>em</strong> iniciar na infância e ser mantidos por toda a vida, eles<br />

traz<strong>em</strong> benefícios à saú<strong>de</strong>, prevenindo e tratando as doenças.


Unitermos<br />

hipercolesterol<strong>em</strong>ia, obesida<strong>de</strong> infantil, LDL-Colesterol, doenças cardiovasculares<br />

<strong>IC1</strong>6 - CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE VITAMINAS A E E EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES<br />

OBESOS<br />

Autores: Bacan APA; Sarni ROS; Souza FIS; Fonseca FLA; Miranda RB; Hix S<br />

Instituição: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC<br />

Objetivos<br />

Avaliar, <strong>em</strong> crianças e adolescentes obesos, as concentrações plasmáticas <strong>de</strong> vitamina A (retinol, betacaroteno<br />

e licopeno), vitamina E e relacioná-las com o perfil lipídico, resistência insulínica, glic<strong>em</strong>ia,<br />

proteína-C-reativa, vasodilatação endotélio-induzida e espessura do complexo-médio-intimal.<br />

Materiais e métodos<br />

Por meio <strong>de</strong> estudo transversal avaliou-se 33 crianças e adolescentes com obesida<strong>de</strong> exógena (percentil do<br />

índice <strong>de</strong> massa corporal, CDC 2000 > 95). Destes foram obtidos: níveis plasmáticos <strong>de</strong> vitaminas A e E<br />

(HPLC); perfil lipídico (LDL-c, HDL-c e triglicerídios); teste <strong>de</strong> tolerância oral à glicose (TTOG), glic<strong>em</strong>ia <strong>de</strong><br />

jejum, proteína-C-reativa ultrasensível, ultrassonografia doppler para avaliação da vasodilatação endotélio<br />

induzida (30, 60 e 90 segundos) e espessamento médio-intimal das carótidas. Análise estatística: testes do<br />

qui-quadrado e Mann-Whitney.<br />

Resultado<br />

A mediana <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> dos pacientes avaliados foi <strong>de</strong> 11 anos (5;15); 17/33 (51,5%) do sexo masculino e 13/33<br />

(39,4%) pré-púberes. Nenhuma criança tinha TTOG alterado. Não foram observados valores ina<strong>de</strong>quados<br />

<strong>em</strong> relação ao retinol. Em relação ao beta-caroteno, licopeno e alfa-tocoferol encontrou-se 27,3%; 15,2% e<br />

42,4% <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quação, respectivamente. Não se encontrou associação entre níveis ina<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> betacaroteno,<br />

licopeno e alfa-tocoferol com alterações do perfil lipídico, proteína-C-reativa, vasodilatação<br />

endotélio-induzida (30, 60 e 90s) e espessura do complexo médio-intimal. Glic<strong>em</strong>ia <strong>de</strong> jejum < 100 mg/dL<br />

associou-se com níveis a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> beta-caroteno (<strong>Risco</strong> relativo = 0,11; IC 95% 0,02 – 0,73; p = 0,005).<br />

Conclusão<br />

Encontramos elevado percentual <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> vitamina E na população estudada que não se<br />

associou com alterações no perfil lipídico, inflamação e lesão endotelial. Níveis a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> beta-caroteno<br />

po<strong>de</strong>m estar associados a proteção contra alterações glicêmicas.<br />

Unitermos<br />

Crianças, Obesida<strong>de</strong>, Vitaminas A e E<br />

<strong>IC1</strong>7 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS ATENDIDAS EM AMBULATÓRIO DE<br />

PEDIATRIA DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE-PE<br />

Autores: Lima CR; Silva CS; Ferreira ALL; Ponzi FKAX; Ferreira VM; Klauck CF<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco - Departamento <strong>de</strong> Nutrição<br />

Objetivos<br />

Comparar o resultado da avaliação nutricional <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 0 a 5 anos por meio <strong>de</strong> dois padrões <strong>de</strong><br />

referência: NCHS 1977 e ANTRO-OMS 2007 (ANTRO 2007).<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo <strong>de</strong> corte transversal com uma amostra <strong>de</strong> 56 pacientes com ida<strong>de</strong> entre 0 e 5 anos atendidos <strong>em</strong><br />

ambulatório <strong>de</strong> pediatria <strong>de</strong> uma instituição pública da cida<strong>de</strong> do Recife-PE, on<strong>de</strong> os dados coletados: peso<br />

(kg), altura (cm) e ida<strong>de</strong> (meses) serviram para a avaliação nutricional a qual foi realizada através do<br />

softwares Epi-info versão 6.04 (NCHS 1977) e ANTRO – OMS 2007 (Antro 2007) com a classificação <strong>em</strong><br />

score Z nos indicadores Peso/Ida<strong>de</strong> (P/I), Altura/Ida<strong>de</strong> (A/I) e Peso/Altura (P/A). Para o estudo comparativo<br />

dos dois resultados foi utilizado o teste do Qui-quadrado convencional com correção <strong>de</strong> Yates, processados<br />

no Epi-info versão 6.04.<br />

Resultado


Dos pacientes que compuseram o estudo foi observada uma freqüência <strong>de</strong> 12,5% e 21,4% para <strong>de</strong>snutrição<br />

e 10,7% e 1,8% para excesso <strong>de</strong> peso nos indicadores P/A e A/I, respectivamente, <strong>de</strong> acordo com a<br />

classificação do NCHS 1977. Assim como foi encontrado valores <strong>de</strong> 15,8% e 17,5% para <strong>de</strong>snutrição 12,3%<br />

e 8,8% para excesso <strong>de</strong> peso nos indicadores P/A e A/I, respectivamente, <strong>de</strong> acordo com o ANTRO 2007.<br />

Não houve diferença estatisticamente significante no estudo comparativo das crianças avaliadas pelo NCHS<br />

1977 e pelo ANTRO 2007 para os indicadores Peso/Ida<strong>de</strong> (p=0,2053), Altura/Ida<strong>de</strong> (p=0,4833) e<br />

Peso/Altura (p=0,1123).<br />

Conclusão<br />

Apesar do relatado na literatura, esse estudo não encontrou diferença entre os dois padrões <strong>de</strong> avaliação<br />

nutricional, o que talvez tenha ocorrido pelo número amostral reduzido, mas que não inviabiliza o uso do<br />

NCHS 1977 quando o ANTRO 2007 não estiver disponível.<br />

Unitermos<br />

<strong>Avaliação</strong> nutricional, crianças, indicadores antropométricos, padrões <strong>de</strong> referência<br />

<strong>IC1</strong>8 - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS EM<br />

AMBULATORIALMENTE EM UMA CLÍNICA POPULAR DA CIDADE DO RECIFE-PE<br />

Autores: Ferreira VM; Ferreira ALL; Lima CR; Ponzi FKAX; Simões MP; Cabral PC<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco - Departamento <strong>de</strong> Nutrição<br />

Objetivos<br />

Avaliar o estado nutricional <strong>de</strong> crianças e adolescentes atendidos ambulatorialmente <strong>em</strong> uma clínica popular<br />

da cida<strong>de</strong> do Recife-PE.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo <strong>de</strong> corte transversal, com coleta <strong>de</strong> dados realizada através <strong>de</strong> fichas <strong>de</strong> avaliação nutricional <strong>de</strong> 84<br />

pacientes entre 2 e 19 anos, on<strong>de</strong> foram coletados: peso (Kg), altura (m) e patologia principal. Para a<br />

avaliação do estado nutricional foi utilizado o Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC) com classificação <strong>de</strong> Cole TJ,<br />

200 para sobrepeso e obesida<strong>de</strong> e Cole TJ, 2007 para baixo peso.<br />

Resultado<br />

A amostra apresentou ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 6,6 anos ± 2,3DP (crianças) e 15,8 ± 2,9DP (adolescentes), sendo<br />

59,5% do sexo f<strong>em</strong>inino. O IMC apresentou as seguintes distribuições: 38,2% <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong>, 26,5% <strong>de</strong><br />

sobrepeso e 8,8% <strong>de</strong> baixo peso para meninos; e 36,0% <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong>, 28,0% <strong>de</strong> sobrepeso e 16,0% <strong>de</strong><br />

baixo peso para meninas. Não houve diferença estatisticamente significante quanto a classificação<br />

nutricional entre os sexos (p=0,7493). Em relação à patologia principal foi verificado que a maior procura<br />

pelo atendimento ambulatorial se <strong>de</strong>u pelo excesso <strong>de</strong> peso (64,2%) e baixo peso (24,5%), <strong>em</strong> ambos os<br />

sexos.<br />

Conclusão<br />

Partindo-se dos resultados obtidos no estudo, po<strong>de</strong>-se verificar que a prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso <strong>em</strong><br />

meninos foi 7,3 vezes maior do que baixo peso e 4 vezes maior <strong>em</strong> meninas, mostrando que o perfil do<br />

atendimento ambulatorial mudou nos últimos anos <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência da transição nutricional que hoje já afeta<br />

crianças e adolescentes.<br />

Unitermos<br />

Atendimento ambulatorial, crianças, adolescentes, estado nutricional, excesso <strong>de</strong> peso<br />

<strong>IC1</strong>9 - ESTUDO COMPARATIVO DOS PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS DE CLASSIFICAÇÃO<br />

NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES EM JOINVILLE -SC<br />

Autores: Coelho LM; Avi F<br />

Instituição: Bom Jesus/IELUSC<br />

Objetivos<br />

O objetivo <strong>de</strong>ssa pesquisa foi comparar os parâmetros antropométricos <strong>de</strong> classificação nutricional<br />

Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS) e National Center for Healf Statistics (NCHS) e avaliar o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

Aleitamento Materno Exclusivo e a introdução da alimentação compl<strong>em</strong>entar; correlacionando ao estado


nutricional <strong>de</strong> pré-escolares e escolares que estudam <strong>em</strong> um Centro <strong>de</strong> Educação Infantil particular <strong>de</strong><br />

Joinville (SC).<br />

Materiais e métodos<br />

Para esse estudo, foram analisadas 201 crianças, <strong>de</strong>ntre elas 106 meninas e 95 meninos; sendo utilizados<br />

gráficos das curvas <strong>de</strong> crescimento dos padrões <strong>de</strong> referência OMS e NCHS. As crianças foram<br />

classificados conforme a classificação dos índices peso/estatura, estatura/ida<strong>de</strong> e peso/ida<strong>de</strong>.<br />

Resultado<br />

Detectou-se nos resultados uma diferença estatisticamente significativa na classificação para peso/estatura<br />

e estatura/ida<strong>de</strong> entre os dois padrões <strong>de</strong> referência (p < 0,05); além da OMS (2005) mostrar uma tendência<br />

à superestimar estes valores. Na avaliação do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> AME e introdução da alimentação compl<strong>em</strong>entar,<br />

correlacionando o estado nutricional das crianças, não <strong>de</strong>monstrou correlação estatística. Conforme os<br />

resultados obtidos no estudo e <strong>de</strong> outras pesquisas conduzidas pela OMS, ambas apontam que as novas<br />

curvas são capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar crianças <strong>em</strong> risco <strong>de</strong> comprometimento estatural e obesida<strong>de</strong> antes que as<br />

curvas do NCHS mostr<strong>em</strong> qualquer sinal <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio nutricional, o que po<strong>de</strong> aumentar as chances <strong>de</strong><br />

recuperação do estado nutricional <strong>de</strong>ssas crianças.<br />

Conclusão<br />

Os dados encontrados relativos à prevalência <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> sobrepeso e sobrepeso são importantes, pois se<br />

essa situação <strong>de</strong> acúmulo <strong>de</strong> peso persistir até a fase adulta, certamente esses adultos trarão ônus para os<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rando o surgimento <strong>de</strong> diversas doenças crônicas associadas ao excesso <strong>de</strong><br />

peso e que requer<strong>em</strong> tratamentos constantes, além <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as psicológicos e <strong>de</strong> socialização que<br />

possam advir.<br />

Unitermos<br />

Antropometria, Curvas <strong>de</strong> Crescimento, Estado <strong>Nutricional</strong><br />

IC20 - COMPARAÇÃO DE MÉTODOS ANTROPOMÉTRICOS NO DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE<br />

ESCOLARES DE UMA ESCOLA PRIVADA DE OURO PRETO, MG<br />

Autores: Fajardo VC; Domingos ALG; Freitas SN<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto<br />

Objetivos<br />

Comparar três métodos <strong>de</strong> classificação antropométrica para o diagnóstico <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> entre escolares <strong>de</strong><br />

uma escola privada <strong>de</strong> Ouro Preto, MG.<br />

Materiais e métodos<br />

a amostra foi composta por 155 escolares da faixa etária <strong>de</strong> 7 a 11 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, presentes no dia da<br />

coleta e autorizados pelos pais a participar do estudo. A massa corporal (kg) foi obtida <strong>em</strong> balança digital<br />

TANITA® e para a medição da estatura utilizou-se o estadiômetro <strong>de</strong> plataforma ALTURAEXATA®. A<br />

Gordura Corporal (GC) foi estimada por Impedância Bioelétrica (IB) fornecida pela balança TANITA® e pelas<br />

Pregas Cutâneas (PC)triciptal e subescapular por meio da fórmula <strong>de</strong> SLAUGHTER et. al (1988). As dobras<br />

cutâneas foram aferidas pelo adipômetro CESTOFF® <strong>de</strong> acordo com LOHMAN, 1992. O índice <strong>de</strong> massa<br />

corpórea (IMC) foi classificado <strong>de</strong> acordo com a ida<strong>de</strong> e sexo, a partir do padrão <strong>de</strong> referência da World<br />

Health Organization 2007. Adotando-se os percentis


obesida<strong>de</strong>/sobrepeso neste grupo <strong>de</strong> escolares. No entanto, ao se comparar os métodos <strong>de</strong> estimativa da<br />

gordura corporal não se observou diferença significativa entre os mesmos (p=0,07).<br />

Conclusão<br />

A obesida<strong>de</strong> se caracteriza pelo acúmulo excessivo <strong>de</strong> gordura corporal (CUPPARI, 2005), Estudos<br />

mostram que, a ocorrência <strong>de</strong> doenças está associada ao aumento <strong>de</strong> gordura corporal nos diferentes<br />

ciclos da vida, e como IMC é um método indireto, no qual não há como se diferenciar os compartimentos <strong>de</strong><br />

gordura e massa magra, <strong>de</strong>ve-se promover mais estudos buscando o melhor método diagnóstico <strong>de</strong><br />

obesida<strong>de</strong> para esta faixa etária, já que este método possivelmente po<strong>de</strong> gerar um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> falsopositivos.<br />

Unitermos<br />

antropometria, crianças, estado nutricional<br />

IC21 - INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL E COMPLICAÇÕES MATERNAS NO NASCIMENTO<br />

PREMATURO<br />

Autores: Silva CP; Pinto ICS; Falcão KVW<br />

Instituição: Instituto <strong>de</strong> Medicina Integral Professor Fernando Figueira<br />

Objetivos<br />

Avaliar influência do estado nutricional e complicações maternas no nascimento pr<strong>em</strong>aturo<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo transversal, <strong>de</strong>senvolvido com mães <strong>de</strong> recém nascidos pr<strong>em</strong>aturos (RNPT), alojadas na enfermaria<br />

do Programa Mãe Canguru do IMIP. As variáveis <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes foram: peso ao nascer (PN) e ida<strong>de</strong><br />

gestacional (IG). As variáveis in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes foram: ida<strong>de</strong> da mãe; peso, altura e IMC pré gestacional;<br />

variação <strong>de</strong> peso materno durante a gestação. Foi também registrada a ocorrência vulvovaginite, doença<br />

hipertensiva específica da gestação (DHEG), doenças infecto-contagiosas (DIC) e infecção do trato urinário<br />

(ITU), ameaça <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto (TP) e aborto. Foram coletados o número <strong>de</strong> consultas no pré-natal, tipo<br />

<strong>de</strong> parto e a parida<strong>de</strong> das mães.<br />

Resultado<br />

Foram avaliadas 123 mães com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 24,9 ± 7,09 anos. Houve predomínio <strong>de</strong> primíparas e<br />

<strong>de</strong>ntre as multíparas, 32,7% tinham história <strong>de</strong> filhos pr<strong>em</strong>aturos. Não foi predominante episódios <strong>de</strong> aborto<br />

anterior. Houve predomínio <strong>de</strong> parto cesariano. Foi observado que 64,2% das gestantes realizaram até 5<br />

consultas pré-natal e apenas 30,9% com 6 ou mais consultas durante as gestações. Foi encontrado 36,6%<br />

e 14% mulheres com peso abaixo <strong>de</strong> 50 kg e estatura inferior a 150 cm, respectivamente. A maioria das<br />

mulheres eram eutróficas e 34,4% <strong>de</strong>stas tinham excesso <strong>de</strong> peso no período pré-gestacional. Durante o<br />

período gestacional houve uma maior freqüência <strong>de</strong> mulheres com ganho <strong>de</strong> peso igual ou menor a 10 kg e<br />

30% <strong>de</strong>las per<strong>de</strong>ram peso durante a gestação. Não foi encontrada diferença entre a média <strong>de</strong> PN e a IG<br />

com as variáveis antropométricas maternas (p>0,05). A vulvovaginite foi à patologia mais freqüente nas<br />

mulheres estudadas. As mulheres que apresentaram vulvovaginite e tiveram ameaça <strong>de</strong> aborto durante a<br />

gestação tiveram filhos com menor IG e aquelas que contraíram ITU tiveram filhos com menor PN (p


Avaliar as diferenças antropométricas entre sexos <strong>em</strong> recém-nascidos pr<strong>em</strong>aturos.<br />

Materiais e métodos<br />

Foi realizado um estudo do tipo transversal, incluindo recém-nascidos pr<strong>em</strong>aturos (RNPT) <strong>de</strong> ambos os<br />

sexos, com peso inferior 2500g, nascidos no período <strong>de</strong> Fevereiro a Maio <strong>de</strong> 2008. Para avaliação<br />

antropométrica foram coletadas do prontuário as variáveis: peso ao nascer (PN), comprimento (C),<br />

perímetro cefálico (PC) e perímetro torácico (PT). Posteriormente foram calculados os índices<br />

antropométricos: índice pon<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Rohrer (IP) (peso/comprimento3 x 100), o qual classifica os RN <strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>sproporcionados quando IP 2,51 e o índice <strong>de</strong> massa corpórea<br />

(IMC) (peso/comprimento2). As variáveis contínuas foram testadas quanto à normalida<strong>de</strong> e expressas <strong>em</strong><br />

média e <strong>de</strong>svio padrão ou mediana e intervalo interquartílico, se apresentass<strong>em</strong> distribuição normal ou não<br />

normal, respectivamente.<br />

Resultado<br />

Foram estudados 252 RNPT, sendo 133 (53,1%) do sexo f<strong>em</strong>inino. A mediana <strong>de</strong> PN foi <strong>de</strong> 2043g (IQ:<br />

1890-1432g) e a IG média foi <strong>de</strong> 33,9 + 3,9 s<strong>em</strong>anas. Em relação ao PN, 21 (8,3%) RN apresentaram ≤<br />

1000g; 49 (19,4%) entre 1001 a 1500g; e 182 (72,2%) > 1500g. Sobre o IP, 130 (55,6%) apresentaram-se<br />

<strong>de</strong>sproporcionados. A mediana <strong>de</strong> PN do sexo masculino, 2020g (IQ: 1520-2840g) foi maior que a do sexo<br />

f<strong>em</strong>inino, 1850g (IQ: 1310-2430) (p


portadores faz<strong>em</strong> uso <strong>de</strong> medicamentos contínuos, sendo esses medicamentos para probl<strong>em</strong>as cardíacos e<br />

hipotireoidismo. Os resultados mostraram também que apenas 6,3% do portadores <strong>de</strong> SD apresentavam<br />

alguma intolerância alimentar. Em relação ao hábito intestinal verificou-se prevalência <strong>de</strong> 12,5% <strong>de</strong><br />

constipação intestinal, sendo 9,4% dos portadores com freqüência menor que 3 vezes na s<strong>em</strong>ana e 6,3%<br />

com 2 vezes na s<strong>em</strong>ana.<br />

Conclusão<br />

Ao contrário do que é citado na literatura e <strong>em</strong> estudos com a população <strong>de</strong> SD que relatam maior<br />

prevalência <strong>de</strong> sobrepeso e obesida<strong>de</strong> nessa população, <strong>em</strong> nosso estudo foi observado índice elevado <strong>de</strong><br />

déficit pôn<strong>de</strong>ro-estatural, principalmente baixo peso, e menor prevalência <strong>de</strong> sobrepeso. Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar<br />

as condições financeiras <strong>de</strong>sta população, que apresentavam uma baixa renda e condições precárias para<br />

alimentação e custo <strong>de</strong> vida, como possíveis fatores relacionados aos resultados encontrados.<br />

Unitermos<br />

Síndrome <strong>de</strong> Down, epi<strong>de</strong>miologia, estado nutricional<br />

IC24 - LEITE HUMANO: CONTEÚDO DE ÁCIDOS GRAXOS E A RELAÇÃO COM A COMPOSIÇÃO<br />

CORPORAL MATERNA<br />

Autores: Cabrini D; Costa AGV; Sabarense CM; Franceschini SCC<br />

Instituição: UFV<br />

Objetivos<br />

Os objetivos <strong>de</strong>sse trabalho foram <strong>de</strong>terminar o conteúdo médio <strong>de</strong> ácidos graxos presente no leite humano<br />

e verificar o efeito da composição corporal da nutriz na sua composição <strong>de</strong> ácidos graxos.<br />

Materiais e métodos<br />

O estudo realizado foi do tipo prospectivo, com acompanhamento <strong>de</strong> 33 mulheres durante os primeiros 3<br />

meses pós-parto. Foram realizadas entrevista, avaliação <strong>de</strong> peso, estatura, circunferências da cintura e do<br />

quadril e composição corporal por bioimpedância elétrica no pós-parto imediato e aos 7, 30, 60 e 90 dias.<br />

Além disso, amostras <strong>de</strong> leite humano foram coletadas e o conteúdo <strong>de</strong> ácidos graxos foi <strong>de</strong>terminado por<br />

cromatografia à gás. Foram utilizados os testes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson e o teste t. O nível <strong>de</strong> rejeição<br />

para a hipótese <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong>, para todos os testes aplicados, foi <strong>de</strong> 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê<br />

<strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisas com Seres Humanos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa.<br />

Resultado<br />

O conteúdo <strong>de</strong> ácidos graxos saturados (41%) e <strong>de</strong> monoinsaturados (30,5%) foi menor, o <strong>de</strong> ômega 3 foi<br />

s<strong>em</strong>elhante (1,5%) e o <strong>de</strong> ômega 6 foi maior (25%) do que os <strong>de</strong>scritos pela literatura. O conteúdo <strong>de</strong> ácido<br />

palmítico (C16:0) no leite humano apresentou correlação fraca, porém significante, com as circunferências<br />

do quadril (r=0,37) e da cintura (r=0,37) e IMC (r=0,38). Em mulheres que apresentaram os valores <strong>de</strong><br />

circunferência do quadril e da cintura superiores à mediana da amostra foram encontrados teores mais<br />

elevados <strong>de</strong> C16:0. O conteúdo <strong>de</strong> ácido eicosatrienóico (C20:3n3) apresentou correlação com o IMC<br />

(r=0,44) e com o IMCG (r=0,44). Em mulheres que apresentaram os valores <strong>de</strong> IMC, percentual <strong>de</strong> gordura,<br />

∆IMC e ∆circunferência do quadril elevados foram encontradas quantida<strong>de</strong>s maiores <strong>de</strong> C20:3n3. Os<br />

percentuais dos produtos poliinsaturados dos ácidos graxos essenciais no leite humano <strong>de</strong>monstraram a<br />

mobilização <strong>de</strong>stes ácidos graxos <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outros. As mulheres que apresentaram maior perda <strong>de</strong><br />

gordura corporal aos 90 dias pós-parto apresentaram maiores quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ácidos graxos poliinsaturados<br />

no leite humano. Nesse estudo, foram encontradas correlações entre as modificações <strong>de</strong> composição<br />

corporal materna e o ácido eicosatrienóico (C20:3n3), produto do ácido linoléico, proveniente<br />

essencialmente da dieta. Por outro lado, não foi encontrada correlação com o conteúdo <strong>de</strong> poliinsaturados<br />

ômega 6, lipídio predominante no tecido adiposo materno.<br />

Conclusão<br />

Esses dados reforçam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento dietético <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do pré-natal, visto que a<br />

ingestão <strong>de</strong> lipídios da gestante t<strong>em</strong> influência tanto na composição dos ácidos graxos presentes no tecido<br />

adiposo materno, que é mobilizado durante a lactação, quanto no perfil lipídico do leite humano.<br />

Unitermos<br />

ácidos graxos, composição corporal, leite humano, período pós-parto


IC25 - ANÁLISE DE RISCO NA LINHA DE PRODUÇÃO DO BANCO DE LEITE HUMANO DA<br />

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ NO PRIMEIRO BIMESTRE DE 2009<br />

Autores: Gonçalves CMS; Moreira SH; Oliveira MP; Santos VRC<br />

Instituição: Fundação Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia do Pará<br />

Objetivos<br />

Aplicar a metodologia <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> risco analisando todas as etapas da linha <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

coleta até a distribuição garantindo a qualida<strong>de</strong> do produto ofertado <strong>de</strong> acordo com a legislação vigente<br />

Materiais e métodos<br />

Monitorar a segurança do produto através da educação permanente dos técnicos que operacionalizam o<br />

controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, do uso <strong>de</strong> planilhas com <strong>de</strong>vido registro <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po e t<strong>em</strong>peratura, uso <strong>de</strong><br />

equipamento <strong>de</strong> proteção individual (EPIs), manutenção dos equipamentos necessários para o atendimento<br />

da <strong>de</strong>manda, , alvará <strong>de</strong> funcionamento b<strong>em</strong> como, o fluxograma do processo que consiste na higiene<br />

pessoal, no transporte, recebimento, pré estocag<strong>em</strong>, <strong>de</strong>gelo e seleção, classificação, reenvase,<br />

pasteurização, controle físico químico, armazenamento, conservação e distribuição do leite humano.<br />

Resultado<br />

Durante o período <strong>de</strong> análise no primeiro bimestre <strong>de</strong> 2009 observou-se que a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> frio contribuiu<br />

inibindo a multiplicação <strong>de</strong> patógenos, e posteriormente, a pasteurização eliminou a população microbiana.<br />

As etapas analisadas não conferiram riscos a integrida<strong>de</strong> do produto. Vale ressaltar que a amostrag<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>sprezada por off-flavor e controle físico químico (aci<strong>de</strong>z titulável <strong>em</strong> graus Dornic) varia <strong>de</strong> 13 a 14%<br />

.Quanto a monitorização <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po e t<strong>em</strong>peratura apresentam-se <strong>em</strong> conformida<strong>de</strong> com o POP<br />

(Procedimento Operacional Padrão). Torna-se necessário dar atenção a área física do processamento e<br />

climatização, pois a <strong>de</strong>manda é extensa, causando <strong>de</strong>sconforto a equipe durante a execução das<br />

atribuições diárias<br />

Conclusão<br />

Condições higiênico-sanitárias, monitoramento e avaliação <strong>de</strong> todo o processo e aplicação <strong>de</strong> normas<br />

técnicas são minimamente necessárias para garantir a integrida<strong>de</strong> do produto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a coleta até o<br />

consumo, evitando e/ou reduzindo <strong>de</strong>sta forma risco para a saú<strong>de</strong> do consumidor. Ratifica-se também que a<br />

educação permanente <strong>em</strong> serviço garante a confiabilida<strong>de</strong> do processo e bons resultados.<br />

Unitermos<br />

Banco <strong>de</strong> Leite Humano, Leite Humano, Controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, Análise <strong>de</strong> risco<br />

IC26 - DIETA ENTERAL ARTESANAL: UMA COMPARAÇÃO ENTRE SUA COMPOSIÇÃO<br />

NUTRICIONAL E A VIABILIDADE PARA UTILIZAÇÃO PRÁTICA<br />

Autores: Carvalho FV; Faustino AV<br />

Instituição: Centro Universitário da Gran<strong>de</strong> Dourados-UNIGRAN<br />

Objetivos<br />

O presente estudo teve com o objetivo <strong>de</strong> elaborar dietas enterais e realizar a análise <strong>de</strong> sua composição<br />

nutricional, volume final, quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> calórica, custo e gotejamento para avaliar a<br />

viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua utilização na prática.<br />

Materiais e métodos<br />

Foi realizado um estudo do tipo experimental. Foram elaboradas quatro dietas,com seis refeições cada,<br />

sendo elas: artesanal com lactose (F1M, F2, F3, F1M, F3 e F1M); artesanal s<strong>em</strong> lactose (F5, F5, F3, F5, F3<br />

e F5); modular com lactose (F7, F7, F9, F7, F10 e F7); modular s<strong>em</strong> lactose (F11, F11, F13, F11, F14 e<br />

F11). Para a elaboração utilizou-se alimentos convencionais, formulações que atingiss<strong>em</strong> o valor calórico <strong>de</strong><br />

2.000 kcal/dia e com distribuição conforme Cuppari (2005) <strong>de</strong> macronutrientes.<br />

Resultado<br />

Algumas dietas não apresentaram as calorias conforme as recomendações estabelecidas, mas a maioria<br />

<strong>de</strong>las se aproximou da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> calórica padrão. As modulares mostraram-se mais calóricas e<br />

homogêneas do que as artesanais.As dietas com maior custo possu<strong>em</strong> <strong>em</strong> comum o extrato <strong>de</strong> soja, e a<br />

dieta que apresentou o acréscimo <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> albumina, malto<strong>de</strong>xtrina e TCM resultou também <strong>em</strong> um<br />

custo mais elevado. O gotejamento das formulações foi aproximado da recomendação. As formulações F3,


F9, F13 e F14 obtiveram maiores resíduos, pois apresentavam quantida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> alimentos sólidos <strong>em</strong><br />

suas composições.<br />

Conclusão<br />

As formulações elaboradas po<strong>de</strong>m ser utilizadas na prática, tendo <strong>em</strong> vista que tiveram gotejamento e VCT<br />

aproximado, e um custo acessível à realida<strong>de</strong> socioeconômica brasileira, porém <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser supl<strong>em</strong>entadas<br />

com vitaminas e minerais, para obter maior segurança na ingestão <strong>de</strong> nutrientes. Ressalta-se que, a<br />

utilização das dietas artesanais, <strong>de</strong>ve-se restringir aos casos on<strong>de</strong> o paciente ou familiar não possui<br />

condições financeiras <strong>de</strong> adquirir as fórmulas industrializadas, ou quando os órgãos públicos não<br />

disponibilizar<strong>em</strong>, tendo <strong>em</strong> vista que as dietas artesanais apresentam maiores riscos <strong>de</strong> contaminação se<br />

não for<strong>em</strong> preparadas <strong>de</strong> acordo com as normas <strong>de</strong> BPPNE conforme a Resolução da Diretoria Colegiada<br />

nº63/2000, da ANVISA. Há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> futuros estudos para analisar a composição centesimal dos<br />

resíduos <strong>de</strong> forma que se obtenha o valor real <strong>de</strong> calorias e <strong>de</strong> nutrientes.<br />

Unitermos<br />

dietas enterais, artesanal, módulos, alimentos<br />

IC27 - ADMINISTRAÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS ORAIS VIA SONDA ENTERAL NA PRÁTICA<br />

CLÍNICA DO HOSPITAL PAULISTANO<br />

Autores: Callejo <strong>de</strong> Souza AP; Rodrigues RDP; Santos JML; Dadico JS; Slaviero BS; Carrasco FB<br />

Instituição: Hospital Paulistano<br />

Objetivos<br />

Em pacientes com comprometimento da via oral ou com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição, muitas vezes é<br />

necessária a introdução <strong>de</strong> sondas para administração <strong>de</strong> nutrientes e, consequent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong><br />

medicamentos. Quando administrados ina<strong>de</strong>quadamente, alguns medicamentos po<strong>de</strong>m ocasionar<br />

obstrução da sonda, aumento da toxicida<strong>de</strong> e efeitos adversos, incompatibilida<strong>de</strong>s fármaco-nutriente ou<br />

redução da sua eficácia. Tais eventos ocorr<strong>em</strong> quando a escolha da forma farmacêutica não é apropriada<br />

ou a técnica <strong>de</strong> preparo é incorreta, interferindo, <strong>de</strong>sta forma, na efetivida<strong>de</strong> do medicamento. Portanto,<br />

nosso objetivo foi i<strong>de</strong>ntificar e analisar as formas farmacêuticas orais que apresentam incompatibilida<strong>de</strong>s na<br />

administração via sonda, e com isso elaborar um guia <strong>de</strong> administração dos medicamentos padronizados no<br />

hospital.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram selecionadas, a partir da lista <strong>de</strong> medicamentos padronizados do hospital, as formas farmacêuticas<br />

<strong>de</strong> administração oral e realizada pesquisa nos bancos <strong>de</strong> dados Clinical Pharmacology e Microme<strong>de</strong>x<br />

Healthcare Series, <strong>em</strong> artigos <strong>de</strong> periódicos in<strong>de</strong>xados no PubMed, e no livro Drug Information Handbook<br />

2008 - 2009 para verificar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> administração por sonda <strong>de</strong> alimentação. A partir dos dados<br />

obtidos foi elaborado um guia para administração <strong>de</strong> medicamentos por sonda contendo recomendações e<br />

possíveis alternativas à equipe multidisciplinar.<br />

Resultado<br />

Dos 172 medicamentos pesquisados, 40% (66) apresentaram alguma restrição na administração por sonda<br />

<strong>de</strong> alimentação. Em 50% (33) <strong>de</strong>stes, a incompatibilida<strong>de</strong> estava relacionada à forma farmacêutica; <strong>em</strong><br />

27,3% (18) a interferência era <strong>de</strong>vida à presença <strong>de</strong> alimento, e <strong>em</strong> 16,7% (11) a incompatibilida<strong>de</strong> foi<br />

relacionada a nutrientes específicos ou à farmacocinética/farmacodinâmica. Na presença <strong>de</strong> nutrição,<br />

77,8% das interações prejudicaram a efetivida<strong>de</strong> do fármaco, enquanto 27,8% melhoraram algum parâmetro<br />

farmacocinético.<br />

Conclusão<br />

Devido ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> medicamentos que apresentam restrições quando administrados via sonda, é<br />

importante estabelecer condutas com <strong>em</strong>basamento científico que assegur<strong>em</strong> a efetivida<strong>de</strong> da terapia<br />

nutricional e medicamentosa. O farmacêutico é um profissional apto a dar suporte à equipe multiprofissional,<br />

por conhecer o mecanismo pelo qual as interações po<strong>de</strong>m ocorrer, po<strong>de</strong>ndo sugerir alternativas ou fazer<br />

recomendações a fim <strong>de</strong> melhorar a eficácia do tratamento. Nossos resultados proveram dados para a<br />

elaboração <strong>de</strong> um guia <strong>de</strong> consulta que disponibiliza as consi<strong>de</strong>rações sobre a administração <strong>de</strong><br />

medicamentos via sonda <strong>de</strong> alimentação.<br />

Unitermos<br />

forma farmacêutica oral, interação fármaco-nutriente, sonda <strong>de</strong> alimentação


IC28 - PROTOCOLO DE ROTINAS TÉCNICAS EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: UM MODELO<br />

METODOLÓGICO PARA ELABORAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E ADEQUAÇÃO<br />

Autores: Silva TG; Morimoto IMI<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Positivo<br />

Objetivos<br />

Este estudo teve como objetivo construir um mo<strong>de</strong>lo com <strong>de</strong>talhamento metodológico para elaboração,<br />

implantação e a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> Rotinas Técnicas <strong>em</strong> Terapia <strong>Nutricional</strong> Enteral para unida<strong>de</strong>s<br />

hospitalares.<br />

Materiais e métodos<br />

A metodologia foi <strong>de</strong>finida segundo a literatura <strong>de</strong> Juran, que preconiza o planejamento prévio para reduzir<br />

os impactos das mudanças e minimizar <strong>de</strong>sperdícios e redundâncias. Em um primeiro momento foi<br />

observado e registrado as etapas do fluxo <strong>de</strong> serviço. A partir do diagnóstico e do estudo da trilogia <strong>de</strong> Juran<br />

foram <strong>de</strong>terminadas 5 fases para implantação do Protocolo <strong>de</strong> Rotinas Técnicas <strong>em</strong> Terapia <strong>Nutricional</strong><br />

Enteral, na sequencia, ouve a elaboração <strong>de</strong> etapas para execução <strong>de</strong> cada fase. Ao final, estas etapas<br />

foram <strong>de</strong>scritas com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer o mo<strong>de</strong>lo para implantação e a<strong>de</strong>quação do Protocolo <strong>de</strong><br />

Rotinas Técnicas <strong>em</strong> Terapia <strong>Nutricional</strong> Enteral.<br />

Resultado<br />

Um mo<strong>de</strong>lo <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> fluxograma foi obtido, on<strong>de</strong> estavam discriminadas as fases e etapas seguidas<br />

para a elaboração do Protocolo. Inicialmente, foi necessária uma fase <strong>de</strong> observação e registro, a fim <strong>de</strong><br />

obter o diagnóstico da situação atual do serviço. A partir <strong>de</strong> uma consulta à literatura e legislação vigente,<br />

observou-se quais os requisitos mínimos exigidos para a Terapia <strong>Nutricional</strong> Enteral, para a otimização do<br />

serviço. Após a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>stes itens, <strong>de</strong>terminou-se, junto à nutricionista do local, quais os itens que<br />

<strong>de</strong>veriam constar no protocolo e posteriormente fez-se a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>stes itens. Em seguida o protocolo foi<br />

implantado no serviço, e para i<strong>de</strong>ntificar a a<strong>de</strong>quação do fluxo e dos procedimentos implantados, foi<br />

elaborado um check list,. Para este utilizou-se a classificação <strong>de</strong>scrita na RDC 275, 2002. A ultima fase foi<br />

necessária para a manutenção das <strong>de</strong>mais, nesta foi aplicado o mesmo check list <strong>em</strong> períodos pré-<strong>de</strong>finidos<br />

pelo menual da ABERC, com a inteção <strong>de</strong> manter o serviço s<strong>em</strong>pre <strong>de</strong> acordo com o que se pe<strong>de</strong> na<br />

legislação.<br />

Conclusão<br />

Com a finalização <strong>de</strong>ste estudo, ficou evi<strong>de</strong>nte que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvido é útil como ferramenta gerencial<br />

para o nutricionista para garantia do atendimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ao paciente hospitalizado <strong>em</strong> terapia<br />

nutricional. O qual necessita <strong>de</strong> cuidados especiais e acompanhamento criterioso. Com a implantação <strong>de</strong><br />

um protocolo <strong>de</strong> rotinas técnicas <strong>em</strong> terapia nutricional na unida<strong>de</strong> hospitalar o atendimento à estes<br />

pacientes se torna muito mais específico, influenciando <strong>de</strong> forma positiva na evolução do estado nutricional<br />

<strong>de</strong>stes pacientes. O nutricionista <strong>de</strong>ve estar consciente <strong>de</strong> que o Protocolo <strong>de</strong> Rotina Técnicas <strong>em</strong> Terapia<br />

<strong>Nutricional</strong> não é um documento elaborado para aten<strong>de</strong>r as exigências da vigilância sanitária. Deve-se<br />

monitorar o seu seguimento uma vez que traz inúmeros benefícios para o serviço, norteando a atuação do<br />

nutricionista da unida<strong>de</strong> hospitalar.<br />

Unitermos<br />

<strong>Desnutrição</strong>, Planejamento, Protocolos - (Malnutrition, Planning, Protocols)<br />

IC29 - TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE<br />

Autores: Cartolano FDC; Caruso L; Soriano FG<br />

Instituição: Hospital Universitário da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Objetivos<br />

Monitorar a a<strong>de</strong>quação da Terapia <strong>Nutricional</strong> Enteral na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva visando a melhoria<br />

da qualida<strong>de</strong> da assistência nutricional.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo prospectivo e observacional conduzido na UTI adulto do Hospital Universitário da USP <strong>de</strong> 2005 a<br />

2008. Participaram da amostra pacientes maiores <strong>de</strong> 18 anos com TNE exclusiva por mais <strong>de</strong> 72h, com


anuência ao termo <strong>de</strong> consentimento. O cálculo das necessida<strong>de</strong>s energético-protéicas foi realizado<br />

conforme protocolo da unida<strong>de</strong>. Utilizou-se sist<strong>em</strong>a fechado e sondas <strong>em</strong> posição pós-pilórica para<br />

administração da fórmula enteral. Comparou-se os valores médios <strong>de</strong> energia e proteínas calculados,<br />

prescritos e administrados <strong>em</strong> cada ano. A a<strong>de</strong>quação calórico-protéica foi avaliada pela relação percentual,<br />

adotando valor referencial porcentagens maiores que 90%. Os fatores responsáveis pela não conformida<strong>de</strong><br />

na administração planejada foram classificados <strong>em</strong> causas externas ou internas à UTI. Os indicadores <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> propostos pela Força Tarefa <strong>em</strong> Nutrição Clínica do ILSI Brasil foram aplicados, sendo expressos<br />

<strong>em</strong> metas percentuais. Nas análises estatísticas utilizou-se o intervalo <strong>de</strong> confiança e os testes t Stu<strong>de</strong>nt e<br />

Mann-Whitney (p≤0,05), segundo o programa Epi Info.<br />

Resultado<br />

Foram acompanhados 116 pacientes. Os diagnósticos <strong>de</strong> internação mais prevalentes <strong>em</strong> 2006 e 2008<br />

foram as doenças respiratórias e <strong>em</strong> 2005 e 2007, as doenças cardíacas e sepse. O t<strong>em</strong>po para atingir a<br />

meta estabelecida diminuiu <strong>de</strong> 32h <strong>em</strong> 2005 para 24h <strong>em</strong> 2008. O valor médio <strong>de</strong> energia administrado <strong>em</strong><br />

2005 e <strong>em</strong> 2006 apresentou diferença estatística quando comparado a 2008. O mesmo foi visto para os<br />

valores médios administrados <strong>de</strong> proteínas. A a<strong>de</strong>quação calculado/prescrito permaneceu próxima a 100%<br />

<strong>em</strong> todos os levantamentos. A a<strong>de</strong>quação administrado/prescrito aumentou <strong>de</strong> 74% <strong>em</strong> 2005, para 89% <strong>em</strong><br />

2008. No <strong>de</strong>correr do período, aumentaram as interrupções da TNE por fatores externos e diminuíram as<br />

interrupções por fatores internos à unida<strong>de</strong>, contudo s<strong>em</strong> diferenças significativas. A frequência da<br />

estimativa das necessida<strong>de</strong>s energético-protéica foi <strong>de</strong> 100% <strong>em</strong> todos os anos (meta>80%). A frequência<br />

<strong>de</strong> doentes com jejum ina<strong>de</strong>quado antes do início da TNE (>48h) foi <strong>de</strong> 12,1% <strong>em</strong> 2005 e 2008 e 20% <strong>em</strong><br />

2007. A frequência <strong>de</strong> dias com oferta protéica insuficiente caiu <strong>de</strong> 31,2% (2005) para 15,6% (2008),<br />

evi<strong>de</strong>nciando direção à meta (


Conclusão<br />

Embora a literatura evi<strong>de</strong>ncie o efeito negativo da hiperglic<strong>em</strong>ia no paciente crítico, não foi observado neste<br />

trabalho relação entre altos valores glicêmicos e mortalida<strong>de</strong> nestes pacientes.<br />

Unitermos<br />

Hiperglic<strong>em</strong>ia; Mortalida<strong>de</strong>; paciente crítico<br />

IC31 - RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE ÁCIDO ASCÓRBICO E ESTRESSE<br />

OXIDATIVO EM PACIENTES CRÍTICOS<br />

Autores: Matos A; Nogueira C; Borges F; Lameu E; Andra<strong>de</strong> K; Ramalho A<br />

Instituição: Núcleo <strong>de</strong> Pesquisa <strong>em</strong> Micronutrientes (INJC/UFRJ)<br />

Objetivos<br />

Avaliar concentrações séricas <strong>de</strong> ácido ascórbico e sua relação com estresse oxidativo <strong>em</strong> pacientes<br />

críticos.<br />

Materiais e métodos<br />

Trata-se <strong>de</strong> um estudo intervencional <strong>em</strong> adultos internados na UTI <strong>de</strong> um hospital privado no município do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro no período <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2007 a fevereiro <strong>de</strong> 2009, sendo os mesmos divididos <strong>em</strong> 2 grupos: os<br />

que receberam dieta enteral padrão (G1) e os com dieta associada à supl<strong>em</strong>ento vitamínico (G2). Ambos<br />

receberam dieta hipercalórica e hiperprotéica e no G2, foi oferecido supl<strong>em</strong>ento contendo 500mg <strong>de</strong> ácido<br />

ascórbico. Foram dosados os níveis séricos <strong>de</strong> ácido ascórbico por HPLC e proteína C reativa (PCR) por<br />

nefelometria antes do início da dieta enteral (T1) e após uma s<strong>em</strong>ana (T2). O estresse oxidativo foi avaliado<br />

através da dosag<strong>em</strong> da peroxidação lipídica, e esta estimada pelos níveis <strong>de</strong> TBARS (substâncias reativas<br />

ao ácido tiobarbitúrico) no T1 e T2 e calculado escore APACHE II. Para a análise estatística foi realizado o<br />

Teste <strong>de</strong> Mann-Whitney.<br />

Resultado<br />

Foram avaliados 25 pacientes (G1=15 /G2=8), com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 77,5 (DP±15,6). A PCR esteve<br />

elevada <strong>em</strong> 100% dos pacientes nos 2 grupos nos 2 t<strong>em</strong>pos. No G1, a ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> vitamina C foi <strong>de</strong><br />

33,3% no T1 e 53,3% no T2. E no G2, a ina<strong>de</strong>quação foi <strong>de</strong> 50,0% no T1 e 37,5% no T2. A média do<br />

APACHE II foi <strong>de</strong> 13,7 (DP±6,4) no G1 e <strong>de</strong> 13,7 (DP±6,7) no G2. Houve diferença significativa <strong>em</strong> relação<br />

aos níveis <strong>de</strong> TBARS entre os grupos no T1 (p=0,003), ao contrário dos níveis <strong>de</strong> ácido ascórbico, PCR e<br />

APACHE II que não houve esta diferença (p=0,07/ p=0,89 /p=0,83).<br />

Conclusão<br />

A PCR elevada <strong>de</strong>monstra evidências objetivas <strong>de</strong> resposta inflamatória sistêmica apontando para uma<br />

maior <strong>de</strong>manda da vitamina estudada. Uma vez que houve redução significativa do estresse oxidativo entre<br />

os grupos após a supl<strong>em</strong>entação, sugere-se a revisão do protocolo nutricional dirigido ao grupo <strong>em</strong> questão,<br />

visto a importância do aporte <strong>de</strong> vitaminas antioxidantes, incluindo a vitamina C, no combate ao estresse<br />

oxidativo<br />

Unitermos<br />

Ácido ascórbico, Paciente crítico, Estresse oxidativo<br />

IC32 - HIGH DOSE OF SELENITE AS PHARMACONUTRIENT IMPROVES OUTCOME IN CRITICALLY<br />

ILL PATIENTS WITH SYSTEMIC INFLAMMATION<br />

Autores: Manzanares W; Biestro A; Galusso F; Torre MH; Alvarez A; Facchin G; Hardy G<br />

Instituição: Hospital <strong>de</strong> Clínicas - School of Medicine, UDELAR<br />

Objetivos<br />

Syst<strong>em</strong>ic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) is characterized by oxidative stress and selenium<br />

(Se)<strong>de</strong>pletion and low levels of selenium are associated with infectious complications, and mortality. Our<br />

previous study showed that short term intravenous selenite (bolus injection:2000micg plus continous<br />

infusion: 1600 micg/d) for 10 days was safe and without obvious toxicity. The aim of this study is to evaluate<br />

the effect of high dose parenteral selenious acid (selenite) on clinical outcome and antioxidant capacity in<br />

SIRS- critically ill patients.


Materiais e métodos<br />

Prospective, single-centre, placebo-controlled, randomized trial in a university hospital intensive care unit<br />

(ICU). Inclusion criteria: SIRS diagnosis at ICU admission, age> 18, APACHE II score> 15. Exclusion criteria:<br />

pregnancy, chronic renal failure, immune <strong>de</strong>ficiency, coma after cardiopulmonary arrest. Two groups of<br />

patients: Group A: received bolus-loading dose of SeA: 2000mcg (25.3mcmol) over 2 h followed by<br />

continuous infusion (CIV) of 1600 mcg/d (20.24 mcmol) for 10d. Group B: CIV of 0.9% saline solution as<br />

placebo. Clinical outcome was evaluated by the Sepsis Related Organ Failure (SOFA) score. To assess<br />

[GPx-3] and other variables, blood samples were obtained before randomization (day 0), days 3, 7 and 10.<br />

[GPx-3] was measured by an indirect method based on the oxidation of glutathione and expressed as U/mL.<br />

Data are expressed as means ± SD. Differences between groups were assessed using Mann Whitney –U<br />

Test and Chi- square. p value


O grupo que recebeu uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> peixe apresentou um t<strong>em</strong>po menor <strong>de</strong> VM quando<br />

comparado ao grupo que recebeu uma quantida<strong>de</strong> menor (3% = 10,29±5,03 dias vs 15% = 3,07±2,66 dias,<br />

p


IC35 - ALTERAÇÃO DA GORDURA ABDOMINAL EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA APÓS<br />

TRATAMENTO<br />

Autores: Ambrosi C; Rockenbach G; Galvan D; Oliveira PP; Boaventura BCB; Crippa CG; Di Pietro PF<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina - UFSC<br />

Objetivos<br />

Analisar a variação nas medidas da circunferência da cintura (CC), circunferência abdominal (CA),<br />

circunferência do quadril (CQ) e na relação da medida da cintura/quadril (RCQ) ocorrida <strong>em</strong> mulheres, após<br />

o tratamento antineoplásico para o câncer <strong>de</strong> mama.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram utilizadas as medidas <strong>de</strong> CC e CA que possibilitam estimar o acúmulo <strong>de</strong> gordura abdominal, a qual<br />

está correlacionada à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tecido adiposo visceral e intra-abdominal. Para obtenção das medidas,<br />

foi utilizada uma fita métrica inextensível com precisão <strong>de</strong> 0,1 cm, colocada <strong>em</strong> plano horizontal. Para<br />

verificar a CC, a fita foi posicionada no nível do ponto médio entre a costela inferior e a crista ilíaca. Para<br />

verificar a CA, a fita foi posicionada ao nível da cicatriz umbilical, no final do movimento expiratório. Já o<br />

quadril foi <strong>de</strong>terminado <strong>em</strong> plano horizontal ao nível da circunferência máxima, incluindo a extensão máxima<br />

das ná<strong>de</strong>gas (WHO, 1995). Todas as pacientes foram avaliadas <strong>em</strong> duas etapas: antes e após o tratamento,<br />

num estudo clínico não randomizado. A análise estatística foi realizada no programa STATA 8.1, on<strong>de</strong> foi<br />

verificada a normalida<strong>de</strong> dos dados. Para dados com distribuição normal, foi utilizado Teste t Stu<strong>de</strong>nt e o<br />

teste Wilcoxon para dados pareados. Em todos os testes foi consi<strong>de</strong>rada significância <strong>de</strong> p


De acordo com os resultados do estudo, evi<strong>de</strong>nciou-se uma redução significativa nas concentrações <strong>de</strong><br />

antioxidantes séricos (p


Autores: Oliveira NM; Sampaio HAC; Sabry MOD; Sales KMO; Pinheiro LGP<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Estadual do Ceará<br />

Objetivos<br />

Comparar o GEB <strong>de</strong> mulheres com e s<strong>em</strong> câncer <strong>de</strong> mama, atendidas <strong>em</strong> um serviço <strong>de</strong> referencia.<br />

Materiais e métodos<br />

A amostra foi integrada por 30 mulheres portadoras <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama (grupo caso) e por 54 mulheres <strong>em</strong><br />

serviço <strong>de</strong> prevenção da doença (grupo controle). Para <strong>de</strong>terminação do gasto energético basal foi utilizado<br />

o aparelho <strong>de</strong> bioimpedância elétrica tetrapolar BioScan da marca Maltron®. Inicialmente as mulheres foram<br />

pesadas e medidas com auxílio <strong>de</strong> balança antropométrica da marca Flizola®, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 150kg e<br />

2m <strong>de</strong> altura e variação <strong>de</strong> 100g e 0,5cm. A BIA foi realizada segundo informações do fabricante. Os dados<br />

foram analisados através do teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt, adotando-se p < 0,05 como nível <strong>de</strong> significância.<br />

Resultado<br />

A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> do grupo caso foi <strong>de</strong> 51,1 anos, com variação <strong>de</strong> 32 a 74 anos; e a média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

grupo controle foi <strong>de</strong> 47,5 anos, variando <strong>de</strong> 22 a 68 anos. Com relação ao gasto energético basal obtido, a<br />

média do grupo caso foi <strong>de</strong> 1174kcal/dia, variando <strong>de</strong> 967 a 1372kcal/dia; e a média do grupo controle foi <strong>de</strong><br />

1192kcal/dia, variando <strong>de</strong> 970 a 1419kcal/dia, não se constatando diferença estatística entre os grupos (p =<br />

0,396).<br />

Conclusão<br />

A presença do câncer <strong>de</strong> mama não acarreta modificações do gasto energético basal, pelo menos no grupo<br />

estudado, mas e interessante que se amplie a amostra para uma avaliação mais <strong>de</strong>finitiva.<br />

Unitermos<br />

câncer <strong>de</strong> mama; gasto energético basal; caso-controle<br />

IC39 - EFEITO DE DIFERENTES EMULSÕES LIPÍDICAS NA COMPOSIÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS E<br />

NOS MARCADORES DE PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA EM PACIENTES COM CÂNCER DE ESTÔMAGO OU<br />

CÓLON<br />

Autores: Godoy ABP; Torrinhas RSMM; Curi R; Cury-Boaventura MF<br />

Instituição: Instituto <strong>de</strong> Ciências Biomédicas - Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Objetivos<br />

No presente estudo, investigamos e comparamos o efeito <strong>de</strong> duas <strong>em</strong>ulsões lipídicas sobre a composição e<br />

concentração <strong>de</strong> lipídios no plasma, linfócitos e neutrófilos <strong>de</strong> pacientes com câncer <strong>de</strong> estômago ou cólon.<br />

Além disso, <strong>de</strong>terminamos o conteúdo dos produtos <strong>de</strong> peroxidação lipídica no plasma dos mesmos.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram utilizadas amostras <strong>de</strong> pacientes adultos, com diagnóstico <strong>de</strong> câncer gástrico ou <strong>de</strong> cólon. Os<br />

pacientes receberam <strong>de</strong> forma duplo-cego a infusão da <strong>em</strong>ulsão lipídica (10%) parenteral rica <strong>em</strong><br />

triglicéri<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia média e óleo <strong>de</strong> soja, 50:50 (EL TCM/TCL n-6) ou rica <strong>em</strong> óleo <strong>de</strong> peixe (EL TCL n-3)<br />

durante os 3 dias pré-operatórios. A dose administrada das <strong>em</strong>ulsões foi igual a 0,2 g/kg <strong>de</strong> peso/dia. Foram<br />

coletadas amostras <strong>de</strong> sangue: antes do início da administração da dieta parenteral (controle), após 3 dias<br />

<strong>de</strong> administração da dieta, e após a cirurgia, 3 dias após o término da infusão da dieta. Foi realizada a<br />

avaliação da composição <strong>de</strong> ácidos graxos <strong>em</strong> linfócitos, neutrófilos e plasma por cromatografia líquida <strong>de</strong><br />

alta performance (HPLC), além da <strong>de</strong>terminação quantitativa <strong>de</strong> ácidos graxos livres não esterificados,<br />

triglicéri<strong>de</strong>s, colesterol e HDL colesterol no plasma por métodos colorimétricos enzimáticos. Também foi<br />

<strong>de</strong>terminado no plasma o conteúdo dos produtos <strong>de</strong> peroxidação lipídica (TBARS) por espectrofotometria.<br />

Resultado<br />

Comparado ao controle, a administração da dieta EL TCL n-3 ocasionou aumento na concentração <strong>de</strong><br />

ácidos graxos livres logo após a infusão e diminuição na concentração <strong>de</strong> triglicéri<strong>de</strong>s após a cirurgia. Já a<br />

EL TCM/TCL n-6, <strong>em</strong> relação ao controle, provocou diminuição da concentração <strong>de</strong> HDL Colesterol e<br />

aumento da concentração <strong>de</strong> TBARS após a infusão da dieta. Porém, a dose administrada <strong>de</strong> ambas as<br />

dietas não alterou a composição <strong>de</strong> ácidos graxos <strong>de</strong> neutrófilos, linfócitos e plasma e a concentração <strong>de</strong><br />

colesterol total no plasma dos pacientes.


Conclusão<br />

Depen<strong>de</strong>ndo da dieta administrada, po<strong>de</strong>mos observar diferentes respostas nas concentrações <strong>de</strong> ácidos<br />

graxos livres, triglicéri<strong>de</strong>s, HDL e TBARS no plasma dos pacientes avaliados nesse estudo. A EL TCL n-3<br />

parece ser mais a<strong>de</strong>quada para os pacientes com câncer <strong>de</strong> cólon ou estômago <strong>em</strong> relação à EL TCM/TCL<br />

n-6, uma vez que não apresentou alterações na concentração <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> peroxidação lipídica,<br />

importante marcador <strong>de</strong> estresse oxidativo e <strong>de</strong> progressão <strong>de</strong> tumor. Além disso, não alterou a<br />

concentração <strong>de</strong> HDL, cuja redução está associada ao aumento no risco <strong>de</strong> morte e sepse.<br />

Unitermos<br />

Dieta parenteral, <strong>em</strong>ulsão lipídica, ácidos graxos, colesterol, HDL, triglicéri<strong>de</strong>s, peroxidação lipídica.<br />

IC40 - INVESTIGAÇÃO NUTRICIONAL E DIETÉTICA EM PACIENTES COM DOENÇAS DE VIAS<br />

BILIARES SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CIRÚRGICA<br />

Autores: Portero-McLellan KC; Leandro-Merhi VA; Paranhos VMS; Reis MA; Camargo JGT; Aquino JLB<br />

Instituição: Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica<br />

Objetivos<br />

Caracterizar o perfil nutricional no pré-operatório <strong>de</strong> pacientes portadores <strong>de</strong> DVB que foram submetidos à<br />

intervenção cirúrgica.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo transversal com 31 pacientes hospitalizados, portadores <strong>de</strong> DVB, sendo analisado o estado<br />

nutricional na população total e, posteriormente segmentado <strong>em</strong> 2 grupos: obesos e não obesos. Foi<br />

aplicado o teste exato <strong>de</strong> Fischer para a comparação <strong>de</strong> proporções e para a comparação <strong>de</strong> medidas<br />

contínuas ou or<strong>de</strong>náveis entre 2 grupos foi aplicado o teste <strong>de</strong> Mann-Whitney. Para verificar associação<br />

linear entre 2 medidas foi utilizado o coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Spearman com nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong><br />

5%.<br />

Resultado<br />

58,06% dos pacientes eram do sexo f<strong>em</strong>inino e 41,9% do sexo masculino. Foi encontrado 3,22% <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>snutridos; 32,26% <strong>de</strong> eutróficos, 61,29% <strong>de</strong> sobrepesos e 3,22 <strong>de</strong> obesos. Observou-se um consumo<br />

elevado <strong>de</strong> carboidratos e proteínas e um consumo a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> lipídios. Não foi encontrada diferença<br />

significativa quando comparado os pacientes obesos com os não obesos (sexo: p=0,4491; ida<strong>de</strong>: p=0,6645;<br />

consumo energético habitual: p=0,9506; consumo <strong>de</strong> gorduras; p=0,5222; relação cintura/quadril:<br />

p=0,8864), exceto para a prega cutânea triciptal (p=0,0297). Não foi verificada correlação significativa entre<br />

o consumo e a necessida<strong>de</strong> energética na população total.<br />

Conclusão<br />

Na tentativa <strong>de</strong> se estabelecer ações <strong>de</strong> orientação a<strong>de</strong>quada para esta população, é necessário maior<br />

investigação do estado nutricional e do consumo alimentar, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da presença ou não <strong>de</strong><br />

obesida<strong>de</strong>.<br />

Unitermos<br />

Doenças <strong>de</strong> vias biliares (DVB), colelitíase, obesida<strong>de</strong>, pacientes hospitalizados, estado nutricional<br />

IC41 - PROTOCOLO PARA ALIMENTAÇÃO DE PACIENTES COM GVHD INTESTINAL<br />

Autores: Paiva MEVR; Bernhard AB; Oliveira MRM<br />

Instituição: Hospital Sírio-Libanês<br />

Objetivos<br />

O objetivo do trabalho foi formular um protocolo <strong>de</strong> ingestão oral do paciente com GVHD intestinal para<br />

orientar a retomada da alimentação normal do paciente após o período <strong>de</strong> repouso intestinal, além disso,<br />

<strong>em</strong> casos menos graves, o paciente po<strong>de</strong> manter ingestão oral no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> todo tratamento, seguindo o<br />

protocolo específico.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram pesquisados trabalhos sobre GVHD e terapia nutricional na base <strong>de</strong> dados medline e selecionados<br />

quatro protocolos consi<strong>de</strong>rados os mais relevantes, são eles os <strong>de</strong> Gauvreau-stern et al, Albertini e Ruiz,


Service diététique Hôspital Saint-Louis e Imataki et al, que foram analisados criticamente para a formulação<br />

<strong>de</strong> um novo protocolo focado <strong>em</strong> hábitos alimentares brasileiros.<br />

Resultado<br />

O novo protocolo foi elaborado com sucesso e instituído como padrão <strong>de</strong> tratamento para pacientes com<br />

GVHD intestinal agudo no Hospital Sírio Libanês e até o momento aplicado <strong>em</strong> um paciente com bons<br />

resultados.<br />

Conclusão<br />

É <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a importância a existência <strong>de</strong> um protocolo para restabelecimento e/ou manutenção da ingestão<br />

oral <strong>de</strong> pacientes com GVHD intestinal agudo, focado <strong>em</strong> hábitos alimentares brasileiros e <strong>de</strong> aplicação<br />

prática na ativida<strong>de</strong> dietoterápica, para apoio <strong>de</strong> médicos e nutricionistas.<br />

Unitermos<br />

GVHD intestinal agudo, dietoterapia, terapia nutricional oral, TMO alogênico.<br />

IC42 - DIAGNOSTICO NUTRICIONAL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE<br />

CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO NA PRIMEIRA CONSULTA DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DE SÃO PAULO UNIFESP/EPM<br />

Autores: Wajsberg M; Abrahao M; Cervantes O<br />

Instituição: UNIFESP/EPM<br />

Objetivos<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é caracterizar nutricionalmente a população atendida no ambulatório <strong>de</strong> cirurgia <strong>de</strong><br />

cabeça e pescoço, da UNIFESP/EPM, nos anos <strong>de</strong> 2007 e 2008.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram avaliados 189 pacientes adultos e idosos que passaram pela consulta <strong>de</strong> nutrição. Do total <strong>de</strong><br />

pacientes 26 (13,7%) eram do sexo f<strong>em</strong>inino e 163 (86,3%) masculino. Com relação à faixa etária, apenas 1<br />

(0,5%) paciente era adolescente; 114 (60,3%) pacientes eram adultos e 75 (39,7%) idosos (com ida<strong>de</strong> maior<br />

nutricional, utilizou-se o Índice <strong>de</strong> Massa Corpórea (IMC), com os pontos <strong>de</strong> corte propostos pela OMS,<br />

1995 e 1997, para os adultos e o <strong>de</strong> Lipschitz, 1994 para os idosos. Como o número <strong>de</strong> pacientes do sexo<br />

f<strong>em</strong>inino era b<strong>em</strong> menor, do que os do sexo masculino, os dados foram avaliados todos juntos, s<strong>em</strong> a<br />

separação por sexo.<br />

Resultado<br />

Dentre os adultos foram encontrados 39 (34,2%) <strong>de</strong>snutridos, sendo 12 (10,5%) com <strong>de</strong>snutrição grave, 12<br />

(10,5%) com <strong>de</strong>snutrição mo<strong>de</strong>rada e 15 (13,1%) com <strong>de</strong>snutrição leve; 64 (56,1%) eram eutróficos, 8<br />

(7,0%) apresentavam sobrepeso e apenas 3 (2,7 %) eram obesos. Dentre os idosos, 44 (58,7%) eram<br />

<strong>de</strong>snutridos, 23 (30,7%) eutróficos e apenas 8 obesos (10,6%). Só foram incluídos neste trabalho aqueles<br />

pacientes que possuíam dados <strong>de</strong> para o calculo do IMC. A média <strong>de</strong> IMC para os adultos foi <strong>de</strong> 20,21<br />

ao serviço <strong>de</strong>snutridos<br />

Conclusão<br />

Mesmo que a média do IMC dos adultos mostrou um diagnóstico nutricional <strong>de</strong> eutrofia, o numero <strong>de</strong><br />

pacientes com <strong>de</strong>snutrição mo<strong>de</strong>rada e grave foi importante (24 pacientes - 21 %). O câncer <strong>de</strong> cabeça e<br />

pescoço é uma doença on<strong>de</strong> os pacientes na maioria das vezes já chegam ao serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com<br />

diagnóstico <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição, uma vez que os mesmos ficam impossibilitados <strong>de</strong> se alimentar<strong>em</strong> por boca.<br />

Portanto quanto antes ocorrer o paciente chegar ao serviço, fizer o diagnóstico da doença e a intervenção<br />

nutricional, melhor as condições do paciente para suportar o tratamento agressivo e <strong>de</strong> sua recuperação.<br />

Unitermos<br />

avaliação do estado nutricional - indice <strong>de</strong> massa corporea - cancer <strong>de</strong> cabeça e pescoço - <strong>de</strong>snutrição<br />

IC43 - PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO PÓS-TRANSPLANTE<br />

HEPÁTICO


Autores: Ribeiro HS; Anastácio LR; Ferreira LG; Liboredo JC; Correia MITD<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais<br />

Objetivos<br />

O ganho <strong>de</strong> peso pós-transplante (Tx) hepático está b<strong>em</strong> <strong>de</strong>scrito na literatura. Porém, o ganho excessivo<br />

está associado a co-morbida<strong>de</strong>s e alterações metabólicas, inclusive com prejuízo da função hepática,<br />

po<strong>de</strong>ndo acarretar esteatose e progredir para esteatopatite não alcoólica, fibrose e cirrose. O presente<br />

trabalho objetivou i<strong>de</strong>ntificar os fatores associados ao excesso <strong>de</strong> peso (EP) pós-transplante.<br />

Materiais e métodos<br />

Pacientes submetidos ao Tx hepático foram transversalmente avaliados <strong>de</strong> março a outubro/2008. O EP foi<br />

<strong>de</strong>finido pelo Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC) maior que 25 kg/m². A presença do EP foi associada com<br />

sexo, ida<strong>de</strong>, cor da pele, escolarida<strong>de</strong>, estado marital, renda, ausência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> profissional<br />

r<strong>em</strong>unerada, horas <strong>de</strong> sono, tabagismo, cessação do tabagismo, nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, história pregressa<br />

<strong>de</strong> EP (anterior à doença hepática), indicação ao transplante, t<strong>em</strong>po pós-transplante, uso <strong>de</strong><br />

tracolimus/ciclosporina, dose acumulada <strong>de</strong> prednisona, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> prednisona, história familiar <strong>de</strong><br />

EP, IMC do doador e fatores dietéticos obtidos por meio da realização da história habitual da dieta. Os<br />

dados foram analisados no programa SPSS 11.0. Foram utilizados os testes <strong>de</strong> Kolmogorov-Smirnov, Mann-<br />

Whitney, Teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt e Qui-quadrado. O p


inespecífica (RCUI), com ida<strong>de</strong> entre 19 e 63 anos e t<strong>em</strong>po médio <strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> 7,9 (1-22) anos. As<br />

principais intolerâncias alimentares foram relacionadas à lactose, frutas e hortaliças, mas também foi<br />

relatada intolerância a carne, feijão, doces, gorduras, condimentos, massas, refrigerantes e café. A ingestão<br />

<strong>de</strong> laticínios variou <strong>de</strong> 1,4 a 2,6 porções diárias, vegetais 0,7 a 1,4 porções e <strong>de</strong> frutas <strong>de</strong> 0,8 a 1,4 porções<br />

diárias entre os grupos <strong>de</strong> pacientes. A análise do QFAS i<strong>de</strong>ntificou <strong>de</strong>ficiência na ingestão <strong>de</strong> energia,<br />

fibras, potássio, magnésio, cálcio, retinol, menadiona, folato, tocoferol, tiamina, riboflavina, niacina e<br />

colecalciferol. A ingestão <strong>de</strong> proteína foi superior às necessida<strong>de</strong>s, <strong>em</strong> todos os grupos, e a ingestão <strong>de</strong><br />

lipídios foi a<strong>de</strong>quada, exceto para os pacientes com RCUI <strong>em</strong> r<strong>em</strong>issão, que ingeriram menos que 20% do<br />

VET.<br />

Conclusão<br />

As principais intolerâncias alimentares foram relacionadas à lactose, frutas e hortaliças. A ingestão <strong>de</strong><br />

alimentos está comprometida, apresentando <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> nutrientes importantes como cálcio,<br />

colecalciferol, menadiona e folato, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

Unitermos<br />

Doença inflamatória intestinal, intolerância alimentar, <strong>de</strong>ficiências alimentares<br />

IC45 - TERAPIA NUTRICIONAL NO PACIENTE COM GVHD INTESTINAL AGUDO APÓS<br />

TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE MEDULA ÓSSEA – RELATO DE CASO<br />

Autores: Paiva MEVR; Bernhard AB; Oliveira MRM<br />

Instituição: Hospital Sírio Libanês<br />

Objetivos<br />

Descrever e analisar criticamente a evolução dos indicadores nutricionais <strong>em</strong> um paciente com GVHD<br />

digestivo, após transplante <strong>de</strong> medula óssea alogênico.<br />

Materiais e métodos<br />

O estudo foi realizado na Unida<strong>de</strong> Oncológica, 8º andar C, do Hospital Sírio Libanês. Os dados foram<br />

coletados pela aluna pesquisadora do prontuário do paciente <strong>de</strong> 11/03/2009 até 30/03/2009. Além disso, foi<br />

feita a observação da evolução clínica do paciente. O responsável legal assinou um termo <strong>de</strong> consentimento<br />

livre e esclarecido padronizado pelo hospital. Não houve intervenção n<strong>em</strong> riscos para o paciente. O trabalho<br />

foi aprovado pelo comitê <strong>de</strong> ética do Hospital Sírio Libanês.<br />

Resultado<br />

O paciente acompanhado <strong>de</strong>senvolveu GVHD (graft-versus-host disease) intestinal grave e GVHD <strong>de</strong> pele<br />

após 60 dias da realização do TMO (transplante <strong>de</strong> medula óssea) alogênico e permaneceu com nutrição<br />

parenteral (NPP) exclusiva, com glutamiana, por 59 dias quando foi incluída dieta oral líquida suspensa<br />

cinco dias <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>vido a ocorrência <strong>de</strong> íleo paralítico. Foi retomada a NPP exclusiva por mais 12 dias<br />

quando foi introduzida ingestão oral novamente, conforme <strong>de</strong>scrito no protocolo <strong>de</strong> GVHD intestinal do<br />

Hospital Sírio Libanês, permanecendo <strong>de</strong> 3 a 5 dias <strong>em</strong> cada etapa. Apresentou aceitação regular da dieta<br />

oral e evolução clínica favorável, o volume da sua ingestão foi crescendo gradativamente e as fezes foram<br />

ganhando consistência e reduzindo o volume. Quando foi introduzida a lactose o paciente apresentou<br />

náuseas e vômitos e por esse motivo foi retrocedida a etapa.<br />

Conclusão<br />

O apoio da equipe <strong>de</strong> nutrição foi essencial na recuperação do paciente, pois o GVHD digestivo agri<strong>de</strong><br />

fort<strong>em</strong>ente o estado nutricional do paciente. A nutrição parenteral utilizada foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia no auxilio ao<br />

tratamento. O protocolo <strong>de</strong> alimentação oral para GVHD digestivo do Hospital Sírio Libanês foi aplicado com<br />

sucesso nesse paciente.<br />

Unitermos<br />

GVHD, terapia nutricional parenteral, transplante <strong>de</strong> medula óssea alogênico, nutrição oral<br />

IC46 - EFEITO DA SOJA SOBRE O PERFIL BIOQUÍMICO E ESTADO NUTRICIONAL EM PACIENTE<br />

COM HEPATITE C CRÔNICA: UM ENSAIO CLINICO RANDOMIZADO<br />

Autores: Oliveira LPM; Mazza RPJ; Freitas JDD; Santos DC; Toralles MBP; Lyra LGC<br />

Instituição: Escola <strong>de</strong> Nutrição da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia


Objetivos<br />

Avaliar o efeito da supl<strong>em</strong>entação com soja integral <strong>em</strong> pó sobre o perfil bioquímico e estado nutricional <strong>em</strong><br />

pacientes com infecção pelo Vírus da Hepatite C (VHC).<br />

Materiais e métodos<br />

Amostra é composta por pacientes do Ambulatório <strong>de</strong> Nutrição e Hepatologia do Complexo Hospitalar<br />

Universitário Professor Edgard Santos. Foram incluídos 56 pacientes adultos com diagnóstico <strong>de</strong> hepatite C<br />

crônica, com ou s<strong>em</strong> cirrose hepática; consumo atual <strong>de</strong> etanol inferior a 40 g/dia; s<strong>em</strong> uso anti-virais<br />

(Interferon/ribavirina) por período superior a três meses; e com capacida<strong>de</strong> funcional do fígado ainda<br />

preservada (Child A e B). Adotou-se um ensaio clínico randomizado simples cego, com 32g/dia <strong>de</strong><br />

supl<strong>em</strong>entação proteína animal (caseína) ou vegetal (soja) <strong>em</strong> proporções isocalóricas e isonitrogenadas,<br />

por 12 s<strong>em</strong>anas. O acompanhamento clínico e nutricional foi realizado com consultas mensais, avaliação<br />

completa do estado antropométrico, composição corporal e testes bioquímicos foram realizados no baseline<br />

e após a intervenção. Foi utilizado o software SPSS para a realização das análises estatísticas, e o teste t<br />

<strong>de</strong> stu<strong>de</strong>nt para análise pareada e não pareada. Consi<strong>de</strong>rou-se o nível <strong>de</strong> significância estatística <strong>de</strong> 5%<br />

para a aceitação das relações investigadas.<br />

Resultado<br />

23 pacientes foram supl<strong>em</strong>entados com proteína animal e 23 com proteína vegetal. A amostra foi constituída<br />

<strong>de</strong> 33 (58,9%) <strong>de</strong> indivíduos do sexo masculino, com predomínio do genótipo 1 (n=35/62,5%), com<br />

prevalência <strong>de</strong> esteatose hepática <strong>de</strong> 41,2% (n=14); 27 (48,2%) já tinha realizado tratamento anti-viral,<br />

recidivantes ou não respon<strong>de</strong>dores. Nesta análise preliminar, o grupo que usou proteína vegetal apresentou<br />

melhora no perfil bioquímico, após as 12 s<strong>em</strong>anas <strong>de</strong> intervenção. Houve redução significante do colesterol<br />

total (167 vs 154/p=0,01), do LDL (98,9 vs 91,7 /p=0,05), globulina (4,0 vs 3,5 / p=0,001), ALT (92 vs 74,1 /<br />

p=0,02) e gama GT (175 vs 126,8/ p=0,04). Após a intervenção, verificou-se níveis mais baixos <strong>de</strong> AST<br />

(p=0,007) e ALT (p=0,001) no grupo que consumiu soja; redução dos níveis da gama GT e fosfatase alcalina<br />

foram observadas também neste grupo mas s<strong>em</strong> significância estatística. O índice <strong>de</strong> HOMA será avaliado<br />

nos grupos estudados. Os valores do IMC, dobras cutâneas e análise <strong>de</strong> composição corporal, não<br />

apresentaram diferença significante entre os grupos.<br />

Conclusão<br />

Pacientes com infecção crônica pelo VHC após o uso da soja integral por 12 s<strong>em</strong>anas tiveram melhora do<br />

perfil lipídico e redução das enzimas hepáticas. Colaboração: Centro Colaborador Nor<strong>de</strong>ste II – Escola <strong>de</strong><br />

Nutrição da UFBA<br />

Unitermos<br />

Vírus da Hepatite C , Nutrição, soja, ensaio clinico<br />

IC47 - ESTUDO DOS POTENCIAIS CANDIDATOS PARA TRANSPLANTE INTESTINAL DO GRUPO<br />

AMULSIC DO HC FMUSP<br />

Autores: Lee ADW; Nogueira Santos MA; Goastico SSV; Catalani L; Barbosa ALV; Gonçalves Dias MC<br />

Instituição: Departamento <strong>de</strong> Gastroenterologia do HC FMUSP<br />

Objetivos<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi a análise retrospectiva <strong>de</strong> potencias candidatos ao Transplante Intestinal (TI).<br />

Materiais e métodos<br />

Os 34 pacientes <strong>em</strong> NPD foram submetidos ao estudo, avaliando-se os seguintes parâmetros: ida<strong>de</strong>, sexo,<br />

doença <strong>de</strong> base, intestino r<strong>em</strong>anescente, complicação da SIC, tipo <strong>de</strong> cateter, número <strong>de</strong> infecções e causa<br />

do óbito. Deste grupo, apenas 17 pacientes (50%) apresentaram falência intestinal com <strong>de</strong>pendência total<br />

da NPD. As principais indicações do TI foram: Hepatopatia, presença <strong>de</strong> trombose <strong>em</strong> duas ou mais veias<br />

centrais, Sepsis recidivante pelo cateter central e distúrbio hidroeletrolítico. Quanto ao estudo do intestino<br />

r<strong>em</strong>anescente foi avaliado através do exame contrastado (transito intestinal), sendo o grupo <strong>de</strong> 34 pacientes<br />

divididos <strong>em</strong> 4 subgrupos <strong>de</strong> acordo com a extensão do intestino r<strong>em</strong>anescente: Subgrupo A com perda<br />

maior que 50% do trato Jejuno ileal (TJI) com válvula íleo-cecal (VIC); Subgrupo B com perda maior que<br />

50% do TJI s<strong>em</strong> VIC; Subgrupo C com perda menor que 50% do TJI com VIC; Subgrupo D com perda<br />

menor 50% do TJI s<strong>em</strong> VIC. O cateter central é s<strong>em</strong>pre manipulado pela equipe da Cirurgia Vascular no<br />

centro cirúrgico, locado e posicionado por Fluoroscopia e submetido ao doppler colorido para avaliação e<br />

controle dos vasos centrais regularmente.


Resultado<br />

• Ida<strong>de</strong> média: 39,79 ± 14,94 anos • Sexo masculino e f<strong>em</strong>inino iguais • Doença <strong>de</strong> base: Síndrome <strong>de</strong><br />

Gardner (5%), apendicite (5%), doença <strong>de</strong> Crohn (5%), linfoma intestinal (5%), câncer colorretal (5%),<br />

pseudo-obstrução intestinal (15%), trauma abdominal (15%) e trombose mesentérica (45%). • Intestino<br />

r<strong>em</strong>anescente: subgrupo A (21%), subgrupo B (0%), subgrupo C (14%) e subgrupo D (65%). • Complicação<br />

por trombose venosa 1,07 ± 0,73. • Tipo <strong>de</strong> cateter (HICKMAN) e número <strong>de</strong> infecções pelo cateter central<br />

2,29 ± 1,44. • T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> sobrevida <strong>em</strong> NPD 2,75 ± 2,35 anos.<br />

Conclusão<br />

A presença da válvula ileocecal é importante na prevenção da SIC. Maioria dos óbitos foi causada pelo<br />

quadro séptico pelo cateter central. A partir dos resultados animadores do Transplante Intestinal (TI),<br />

principalmente melhora na sobrevida e na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s centros internacionais, têm se<br />

estimulado à introdução do TI clínica como modalida<strong>de</strong> terapêutica, para isto se concretizar é fundamental a<br />

presença do AMULSIC.<br />

Unitermos<br />

Transplante intestinal, Síndrome do intestino curto<br />

IC48 - SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINA B12 SUBLINGUAL APÓS BYPASS GÁSTRICO<br />

Autores: Pereira SE; Aquino LA; Silva JS; Andra<strong>de</strong> PVB; Saboya C; Ramalho A<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Objetivos<br />

Avaliar o impacto da supl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> vitamina B12 sublingual até o sexto mês <strong>de</strong> pós-operatório do<br />

Bypass gástrico.<br />

Materiais e métodos<br />

A coleta <strong>de</strong> dados foi realizada com obesos grau III (índice <strong>de</strong> massa corporal ³ 40 kg/m2), <strong>de</strong> ambos os<br />

sexos, ida<strong>de</strong> entre 20 e 60 anos atendidos na clínica cirúrgica Carlos Saboya na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

no período <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008 a janeiro <strong>de</strong> 2009. Os pacientes foram submetidos à avaliação bioquímica<br />

para dosag<strong>em</strong> <strong>de</strong> vitamina B12 no pré-operatório (T0), com 30 (T1) e 180 (T2) dias <strong>de</strong> pós-operatório,<br />

sendo consi<strong>de</strong>rado ina<strong>de</strong>quado um valor < 221 pmol/L. A supl<strong>em</strong>entação da vitamina B12 sublingual (300<br />

mcg/dia) ocorreu no pós-operatório imediato.<br />

Resultado<br />

Foram avaliados 54 pacientes (74,1% mulheres e 25,9% homens) com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 36,9 ± 11,6 anos.<br />

A prevalência <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> vitamina B12 foi <strong>de</strong> 13,2%, 9,4% e 5,7% e as médias <strong>de</strong> vitamina B12<br />

foram 385,26±183,11 pmol/L, 483,53±267,08 pmol/L e 420,51±199,61 pmol/L, no T0, T1 e T2,<br />

respectivamente. A diferença das médias entre os indivíduos no T0 e T1 foi significativa (p=0,01).<br />

Conclusão<br />

A supl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> vitamina B12 sublingual se mostrou eficiente na diminuição da <strong>de</strong>ficiência sérica <strong>de</strong>ssa<br />

vitamina ao longo do estudo. Dessa forma, o monitoramento bioquímico b<strong>em</strong> como a administração<br />

sublingual <strong>de</strong> B12 <strong>de</strong>v<strong>em</strong> integrar a rotina <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> pacientes submetidos ao Bypass<br />

gástrico a fim <strong>de</strong> evitar a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> vitamina B12 e conseqüências mais graves da mesma no âmbito<br />

neurológico central e periférico.<br />

Unitermos<br />

Bypass gástrico, vitamina B12, supl<strong>em</strong>entação, pós-operatório<br />

IC49 - VERIFICAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL, PERFIL LIPÍDICO, PRESENÇA DE ESTEATOSE<br />

HEPÁTICA E SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES COM INDICAÇÃO DE CIRURGIA<br />

BARIÁTRICA<br />

Autores: Vicente MA; Freitas AR<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> do Centro-Oeste do Paraná<br />

Objetivos


O objetivo <strong>de</strong>sse trabalho foi verificar o perfil nutricional, a presença <strong>de</strong> esteatose hepática e síndrome<br />

metabólica, b<strong>em</strong> como o perfil lipídico <strong>de</strong> pacientes com indicação médica <strong>de</strong> cirurgia bariátrica.<br />

Materiais e métodos<br />

O estudo foi realizado com 16 pacientes, com indicação prévia <strong>de</strong> cirurgia bariátrica na técnica Fobi Capella,<br />

<strong>em</strong> uma clínica <strong>de</strong> gastroenterologia na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cascavel-PR. Esses pacientes foram avaliados um mês<br />

antes da cirurgia e para o diagnóstico nutricional, utilizou-se o Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC), com critérios<br />

<strong>de</strong> classificação da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (1997). A presença <strong>de</strong> esteatose hepática foi verificada<br />

por meio <strong>de</strong> ecografia e a síndrome metabólica foi diagnosticada <strong>de</strong> acordo com os padrões estabelecidos<br />

pela American Heart Association (2005). O perfil lipídico dos pacientes foi verificado por meio <strong>de</strong> exames<br />

bioquímicos <strong>de</strong> colesterol total, HDL, LDL e triglicéri<strong>de</strong>s. A análise estatística foi realizada por meio <strong>de</strong><br />

análise <strong>de</strong>scritiva, expressa <strong>em</strong> médias, porcentagens e <strong>de</strong>svio-padrão.<br />

Resultado<br />

Observou-se que, 75% dos avaliados eram mulheres e 25% eram homens, com ida<strong>de</strong> média (anos) <strong>de</strong><br />

46+15,55. Com relação ao estado nutricional, 56,25% apresentavam obesida<strong>de</strong> grau II e 43,75% obesida<strong>de</strong><br />

grau III. Tratando-se da esteatose hepática, <strong>em</strong> 13 dos 16 pacientes, verificou-se que 38,46% apresentaram<br />

infiltração gordurosa mo<strong>de</strong>rada, 38,46% infiltração gordurosa leve e 23,08% estavam s<strong>em</strong> alterações <strong>de</strong><br />

gordura no fígado. Dos 16 pacientes, 50% apresentaram síndrome metabólica e 14 (87,5%) possuíam os<br />

exames completos do perfil lipídico, sendo que, <strong>em</strong> relação ao HDL 21,43% apresentavam níveis inferiores<br />

ao recomendado (> 40mg/dL). Para o LDL, 21,43% apresentavam níveis ótimos (


pacientes apresentaram níveis normais entre 8,8 a 10,5 mg/dL; 30% dos pacientes apresentaram níveis<br />

abaixo <strong>de</strong> 8,8 mg/dL e 6% dos pacientes apresentaram níveis acima <strong>de</strong> 10,5 mg/dL <strong>de</strong> cálcio sérico.<br />

Analisando os níveis <strong>de</strong> cálcio sérico nos exames dos 50 pacientes 30 dias pós-cirurgia dos 50 pacientes<br />

obteve-se que 20% dos pacientes tiveram níveis <strong>de</strong> cálcio sérico abaixo <strong>de</strong> 8,8 mg/dL; 78% dos pacientes<br />

apresentaram níveis <strong>de</strong> 8,8 a 10,5 mg/dL e 2% dos pacientes apresentaram níveis acima <strong>de</strong> 10,5 mg/dL.<br />

Analisando os níveis <strong>de</strong> cálcio sérico nos exames dos 50 pacientes 180 dias pós-cirurgia dos 50 pacientes<br />

obteve-se que 16% dos pacientes tiveram níveis <strong>de</strong> cálcio sérico abaixo <strong>de</strong> 8,8 mg/dL; 76% dos pacientes<br />

apresentaram níveis <strong>de</strong> 8,8 a 10,5 mg/dL e 8% dos pacientes apresentaram níveis acima <strong>de</strong> 10,5 mg/dL.<br />

Conclusão<br />

A supl<strong>em</strong>entação nutricional provavelmente po<strong>de</strong> ter contribuído para a redução da <strong>de</strong>ficiência na absorção<br />

do cálcio. Como a técnica cirúrgica <strong>de</strong> gastroplastia vertical <strong>em</strong> Y <strong>de</strong> Roux impõe uma restrição no volume<br />

alimentar ingerido, o paciente <strong>de</strong>verá ser orientado no pós operatório e inclui <strong>em</strong> seu cardápio alimentos <strong>de</strong><br />

melhor qualida<strong>de</strong> nutricional alimentos fontes <strong>de</strong> cálcio e assim como outras vitaminas e minerais que têm<br />

sua absorção diminuída. A seleção <strong>de</strong> alimentos, nesse caso, <strong>de</strong>verá ser mais qualitativa do que<br />

quantitativa. Suscita-se aqui também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contínuas pesquisas que atest<strong>em</strong> melhores<br />

resultados na absorção <strong>de</strong> cálcio <strong>de</strong>sses pacientes no pós operatório sendo assim uma diminuição da<br />

supl<strong>em</strong>entação vitamínica.<br />

Unitermos<br />

Cálcio, Gastroplastia, y <strong>de</strong> roux, absorção, obesida<strong>de</strong><br />

IC51 - CIRURGIA BARIÁTRICA PELA TÉCNICA DE WITTGROVE: COMO SE ENCONTRAM OS<br />

PACIENTES APÓS 12 MESES DA REALIZAÇÃO DA CIRURGIA?<br />

Autores: Pereira UMG; Gabardo CRA; Morimoto IMI; Paganotto M; Sigwalt M<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Positivo<br />

Objetivos<br />

Traçar o perfil nutricional <strong>de</strong> pacientes submetidos à cirurgia bariátrica pela técnica <strong>de</strong> Wittgrove após 12<br />

meses da realização.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo observacional que incluiu adultos atendidos <strong>em</strong> 2 clínicas médicas <strong>de</strong> Curitiba-PR, realizado entre<br />

abril e set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008. A partir <strong>de</strong> uma lista <strong>de</strong> 80 pacientes contatados por telefone, obteve-se uma<br />

amostra <strong>de</strong> 21 mulheres e 1 hom<strong>em</strong> que atendiam aos critérios <strong>de</strong> inclusão, sendo o último excluído do<br />

estudo. Os integrantes da amostra realizaram auto-preenchimento <strong>de</strong> um questionário sobre condições e<br />

hábitos <strong>de</strong> vida, freqüência <strong>de</strong> consumo alimentar, prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e consultas <strong>de</strong> nutrição no pré<br />

e pós-operatório(PO). Após, foram entrevistados para coleta <strong>de</strong> dados referentes às comorbida<strong>de</strong>s,uso <strong>de</strong><br />

supl<strong>em</strong>ento nutricional, intolerâncias alimentares e recordatório alimentar <strong>de</strong> 24 horas. Peso e altura foram<br />

aferidos para o cálculo do Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC). Todos foram encaminhados ao mesmo<br />

laboratório para realização dos exames. A avaliação da evolução das comorbida<strong>de</strong>s foi realizada segundo<br />

metodologia proposta por Puzziferri N et al(2006) e Shauer P et al(2003) classificando-as segundo utilização<br />

<strong>de</strong> medicamento e intensificação da terapêutica no PO. O consumo alimentar foi avaliado pelo software<br />

DietWin Profissional 2008 ®. Para comparação da porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> perda do excesso <strong>de</strong> peso (%PEP)<br />

utilizou-se o teste t Stu<strong>de</strong>nt, consi<strong>de</strong>rando nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 0,05.<br />

Resultado<br />

Foi encontrado IMC médio 41,76+4,4 kg/m2 antes da cirurgia,no peso mínimo, foi 25,2+2,6 kg/m2. No<br />

momento da entrevista era <strong>de</strong> 27,1+3,2 kg/m2. A %PEP no peso mínimo foi <strong>de</strong> 92+0,15% e 90+0,14% para<br />

os grupos que realizaram cirurgia entre 12-35meses e 36-82meses, respectivamente(p>0,05). No momento<br />

da entrevista era <strong>de</strong> 86%+0,15 e 75,0+0,15 nos mesmos grupos(p


Conclusão<br />

tendência a ganho <strong>de</strong> peso tardio, surgimento <strong>de</strong> comorbida<strong>de</strong>s e carências nutricionais, <strong>de</strong>monstrando<br />

necessida<strong>de</strong> do acompanhamento multidisciplinar contínuo para manutenção <strong>de</strong> resultados positivos <strong>em</strong><br />

longo prazo.<br />

Unitermos<br />

obesida<strong>de</strong>, cirurgia bariátrica, perfil nutricional, ganho <strong>de</strong> peso tardio<br />

IC52 - OCORRÊNCIA DE CEGUEIRA NOTURNA EM GESTANTES SUBMETIDAS AO BYPASS<br />

GÁSTRICO<br />

Autores: Chagas CB; Pereira S; Saboya C; Ramalho A<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Objetivos<br />

Avaliar a prevalência da Deficiência <strong>de</strong> Vitamina A (DVA) <strong>em</strong> gestantes após o Bypass gástrico, por trimestre<br />

gestacional, utilizando o indicador funcional Cegueira Noturna Gestacional (XN).<br />

Materiais e métodos<br />

A população estudada foi constituída por gestantes adultas (ida<strong>de</strong> cronológica >20 anos) atendidas no Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, que foram captadas <strong>de</strong> 2007 a 2008. Os critérios <strong>de</strong> inclusão foram: adultas, gestação <strong>de</strong> feto<br />

único, que tenham realizado gastroplastia redutora com reconstituição <strong>em</strong> Y <strong>de</strong> Roux antes da<br />

gestação.Como rotina do atendimento no Pré-natal todas as gestantes seguiram a recomendação <strong>de</strong><br />

supl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> vitaminas e minerais, recebendo 5000 UI <strong>de</strong> retinol por dia.Para avaliar a prevalência <strong>de</strong><br />

DVA pelo indicador funcional XN gestacional, foi utilizada a entrevista padronizada pela OMS (1996) e<br />

Organização Panamericana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - OPS, adaptada e validada para gestantes por Saun<strong>de</strong>rs e col (2004,<br />

2005). A entrevista é composta pelas perguntas: 1) T<strong>em</strong> dificulda<strong>de</strong> para enxergar durante o dia?; 2) T<strong>em</strong><br />

dificulda<strong>de</strong> para enxergar com pouca luz ou à noite?; 3) T<strong>em</strong> cegueira noturna? Foram consi<strong>de</strong>rados casos<br />

<strong>de</strong> cegueira noturna, quando a resposta à pergunta 1 foi Não e ao menos uma resposta às perguntas 2 ou 3<br />

foi Sim. Caso a entrevistada apresentasse algum probl<strong>em</strong>a ocular corrigido por óculos ou lente <strong>de</strong> contato,<br />

foi questionada a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visão com o uso <strong>de</strong>stes.A entrevista foi realizada por um único<br />

entrevistador, <strong>em</strong> todos os trimestres gestacionais.<br />

Resultado<br />

Até o momento, participaram do estudo 11 gestantes e a prevalência <strong>de</strong> DVA foi observada <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 50%<br />

da amostra, <strong>em</strong> todos os trimestres gestacionais, mesmo com supl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> rotina (63,6%, 54,5% e<br />

63,6% no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente).<br />

Conclusão<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a obesida<strong>de</strong> <strong>de</strong> grau III apresenta os maiores índices <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> do mundo, que o<br />

tratamento cirurgico para controle da obesida<strong>de</strong> se apresenta como método atual que controla <strong>de</strong> forma<br />

efetiva o excesso <strong>de</strong> peso e que a maioria dos pacientes submetidos à cirurgia são mulheres, a gestação<br />

pós-cirurgia passa a ser uma realida<strong>de</strong>, com os benefícios relacionados à esfera reprodutiva com a<br />

realização da cirurgia.A redução na ingestão alimentar e da absorção <strong>de</strong> nutrientes como conseqüência póscirúrgica,<br />

po<strong>de</strong> contribuir para a gestação evoluir com resultados <strong>de</strong>sfavoráveis, associando ao fato que<br />

durante o período gestacional, já ocorre aumento das necessida<strong>de</strong>s nutricionais para atendimento a mãe e<br />

ao concepto.A DVA está entre as <strong>de</strong>ficiências mais prevalentes e <strong>de</strong> maior impacto sobre a saú<strong>de</strong> pública<br />

nesse momento biológico, elevando as taxas <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> materna. Desta forma, esta<br />

<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong>ve ser investigada durante o pré-natal, propiciando um melhor prognóstico e evolução do<br />

grupo materno-infantil.<br />

Unitermos<br />

Gestação, Deficiência <strong>de</strong> Vitamina A, Cegueira Noturna Gestacional, Bypass gástrico<br />

IC53 - QUALIDADE DE VIDA E IMAGEM CORPORAL DE MULHERES EX-OBESAS MÓRBIDAS EM<br />

PRÉ-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA PÓS-BARIÁTRICA<br />

Autores: Huijsmans JPR; Garcia EB; Omonte IR; Bussolaro R; Ferreira ACB; Ferreira LM<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo


Objetivos<br />

O presente trabalho t<strong>em</strong> como objetivo avaliar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e imag<strong>em</strong> corporal <strong>de</strong> mulheres exobesas<br />

mórbidas <strong>em</strong> pré-operatório <strong>de</strong> Abdominoplastia pós-bariátrica.<br />

Materiais e métodos<br />

O estudo foi realizado entre Março <strong>de</strong> 2007 e Março <strong>de</strong> 2008 na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo<br />

(UNIFESP) com a aprovação do Comitê <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisa local (280/08). Quarenta pacientes do gênero<br />

f<strong>em</strong>inino, com ida<strong>de</strong> entre 18 e 65 anos, sendo 22 pacientes obesas mórbidas selecionadas no Ambulatório<br />

<strong>de</strong> Cirurgia Bariátrica da Disciplina <strong>de</strong> endocrinologia da UNIFESP (grupo Controle) e 18 pacientes exobesas<br />

mórbidas selecionadas no Ambulatório <strong>de</strong> Cirurgia Plástica Pós – Bariátrica da disciplina <strong>de</strong> Cirurgia<br />

Plástica da mesma instituição (grupo estudo). A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> das mulheres do grupo controle foi <strong>de</strong> 44,19<br />

e das mulheres do grupo estudo <strong>de</strong> 45,90 não apresentando diferença estatisticamente significante com um<br />

valor <strong>de</strong> z = 0,31. Foram utilizados como métodos <strong>de</strong> avaliação sendo ambos na versão <strong>em</strong> português, os<br />

questionários: Short Form-36 (SF-36) inclui 36 itens com duas a seis opções para cada resposta, <strong>em</strong> oito<br />

escalas: capacida<strong>de</strong> funcional, aspectos físicos, dor corporal, estado geral <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, vitalida<strong>de</strong>, aspectos<br />

sociais, aspectos <strong>em</strong>ocionais e saú<strong>de</strong> mental, quanto maior sua pontuação melhor a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e o<br />

Body Shape Questionnaire (BSQ) questionário específico sobre imag<strong>em</strong> corporal com 34 itens e 6 opções<br />

para cada resposta, bastante eficaz para a <strong>de</strong>terminação da estimativa do tamanho e forma corporal e sua<br />

pontuação é realizada pelo somatório das questões, que quanto maior, pior a imag<strong>em</strong> corporal. A aplicação<br />

dos questionários foi realizada <strong>de</strong> forma auto-administrada assistida, na qual o pesquisador manteve-se a<br />

disposição <strong>em</strong> sala adjacente para eventuais esclarecimentos. A análise estatística foi realizada pelo teste<br />

Mann-Whitney, para comparar cada domínio do SF-36, o BSQ e a ida<strong>de</strong> do grupo controle com o grupo<br />

estudo. O nível <strong>de</strong> rejeição da hipótese <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> fixado <strong>em</strong> 5%, consi<strong>de</strong>rando-se significante valor <strong>de</strong> p <<br />

0,05.<br />

Resultado<br />

Em sete escalas do SF-36 houve diferença estatisticamente significante (p < 0,001) entre os dois grupos<br />

mostrando a melhora da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> forma geral no grupo estudo, a única escala que não<br />

apresentou diferença significante foi a saú<strong>de</strong> mental (p > 0,05). Já na pontuação do BSQ a média do grupo<br />

controle foi <strong>de</strong> 139,90 e do grupo estudo 99,05 sendo essa diferença estatisticamente significante (p <<br />

0,001) mostrando uma melhora da imag<strong>em</strong> corporal no grupo estudo. Aproximadamente 90% do grupo<br />

controle apresentou algum tipo <strong>de</strong> alteração da imag<strong>em</strong> corporal sendo que no grupo estudo esse número<br />

foi <strong>de</strong> aproximadamente 35%.<br />

Conclusão<br />

A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e a imag<strong>em</strong> corporal <strong>de</strong> mulheres ex-obesas mórbidas <strong>em</strong> pré-operatório <strong>de</strong><br />

Abdominoplastia pós-bariátrica é melhor do que a das mulheres obesas mórbidas segundo os questionários<br />

SF-36 e BSQ.<br />

Unitermos<br />

obesida<strong>de</strong> mórbida, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, imag<strong>em</strong> corporal, cirurgia bariátrica, cirurgia plástica<br />

IC54 - CIRURGIA BARIÁTRICA: IMPACTO NA COMPOSIÇÃO CORPORAL E TAXA METABÓLICA<br />

BASAL EM LONGO PRAZO<br />

Autores: Aquino L; Matos A; Pereira SE; Neves CE; Saboya CJ; Ramalho A<br />

Instituição: Núcleo <strong>de</strong> Pesquisa <strong>em</strong> Micronutrientes (NPqM) – INJC/UFRJ<br />

Objetivos<br />

Analisar o impacto da cirurgia bariátrica, na composição corporal e taxa metabólica <strong>de</strong> obesos grau III <strong>em</strong><br />

diferentes momentos após a intervenção cirúrgica.<br />

Materiais e métodos<br />

114 pacientes submetidos à gastroplastia redutora <strong>em</strong> Y-<strong>de</strong>-Roux foram avaliados no pré-operatório (T0), 30<br />

(T30) e 180 (T180) dias após a cirurgia. Avaliou-se a variável antropométrica por meio da massa corporal<br />

total (MCT), índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC), excesso <strong>de</strong> peso (EP), percentual <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong><br />

peso (%PEP), gordura corporal relativa (%G), massa corporal magra (MCM), massa corporal gorda (MCG) e<br />

taxa metabólica basal (TMB).<br />

Resultado


Houve redução com diferença significativa (p≤0,01) para todas as variáveis analisadas <strong>em</strong> todos os t<strong>em</strong>pos<br />

consi<strong>de</strong>rados.<br />

Conclusão<br />

A cirurgia bariátrica se mostra eficiente <strong>em</strong> relação à perda <strong>de</strong> peso absoluto e redução na massa gorda<br />

corporal <strong>em</strong> todos os momentos. Ressalta-se, contudo, que a redução significativa na massa corporal<br />

magra e taxa metabólica basal po<strong>de</strong> representar um probl<strong>em</strong>a na manutenção do peso dos pacientes no<br />

pós-operatório. Recomenda-se a prática regular <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física associada a um conjunto <strong>de</strong> medidas<br />

dietéticas que po<strong>de</strong>rão contribuir para a redução do impacto da cirurgia nas variáveis morfológicas.<br />

Unitermos<br />

Cirurgia Bariátrica, Composição Corporal, Taxa Metabólica Basal<br />

IC55 - PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E SUAS CO-MORBIDADES EM PACIENTES ADULTOS<br />

ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL ESCOLA/UFPEL<br />

Autores: Duval PA; Santos LP; Nunes NS; Salomão NC; Vitória PS; Assunção MCF<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pelotas<br />

Objetivos<br />

O presente estudo t<strong>em</strong> como objetivo verificar a prevalência <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> e suas co-morbida<strong>de</strong>s entre os<br />

pacientes adultos atendidos no Ambulatório <strong>de</strong> Nutrição/UFPel no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2001 a <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro<br />

<strong>de</strong> 2008.<br />

Materiais e métodos<br />

O atendimento ambulatorial nutricional do Hospital Escola/UFPel é realizado através do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (SUS). Os pacientes são acompanhados por uma nutricionista do Hospital Escola, professoras e<br />

alunos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nutrição/UFPel. Para todos os pacientes atendidos, é preenchida uma ficha<br />

protocolar na qual constam informações acerca da história clínica do paciente, presença <strong>de</strong> co-morbida<strong>de</strong>s<br />

e realização <strong>de</strong> exercício físico, assim como medidas antropométricas (peso e altura) e anamnese alimentar<br />

com a aplicação <strong>de</strong> um recordatório alimentar <strong>de</strong> 24 horas. Os pacientes receb<strong>em</strong> uma dieta individualizada<br />

na primeira consulta com uma lista <strong>de</strong> substituições <strong>de</strong> alimentos, sendo <strong>de</strong>lineada <strong>de</strong> acordo com as<br />

recomendações da OMS e Organização Pan-Americana da Saú<strong>de</strong> (OPAS). Neste estudo foram incluídos<br />

todos os pacientes obesos, ou seja, com Índice <strong>de</strong> Massa Corporal ≥30 Kg/m2, <strong>de</strong> ambos os sexos, maiores<br />

<strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e acompanhados no período <strong>de</strong> 2001 a 2008. Os pacientes oncológicos, renais<br />

crônicos, aidéticos, gestantes e nutrizes, foram excluídos do trabalho.<br />

Resultado<br />

Foram atendidos no Ambulatório <strong>de</strong> Nutrição do Hospital Escola/UFPel um total <strong>de</strong> 2.837 pacientes no<br />

período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2001 a <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008, sendo que neste estudo foram analisados somente os<br />

adultos maiores <strong>de</strong> 20 anos, excluindo gestantes, nutrizes, pacientes oncológicos, renais crônicos e<br />

aidéticos, que representaram uma amostra <strong>de</strong> 2.058 pacientes. A prevalência <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> foi i<strong>de</strong>ntificada<br />

<strong>em</strong> 891 pacientes adultos, o que correspon<strong>de</strong> a 31% da amostra total <strong>de</strong> pacientes atendidos e 43% dos<br />

pacientes estudados, <strong>de</strong>stes, 83,4% do sexo f<strong>em</strong>inino. A obesida<strong>de</strong> classe I foi observada <strong>em</strong> 56,8% dos<br />

pacientes adultos e a co-morbida<strong>de</strong> mais prevalente foi a hipertensão arterial representando 38,8% da<br />

amostra, seguidos <strong>de</strong> diabetes mellitus com 15,6% e dislipi<strong>de</strong>mias com 13,9%. Foi observado que 55,4%<br />

per<strong>de</strong>ram peso no primeiro retorno e que 33,8% abandonaram o tratamento após a primeira consulta, sendo<br />

que 10,3% dos pacientes compareceram a 09 retornos, e 02 pacientes foram acompanhados por 42<br />

retornos. Na análise bivariada foi observado que a média <strong>de</strong> IMC foi maior nos pacientes hipertensos<br />

(p


IC56 - PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SUA RELAÇÃO COM OS DEMAIS<br />

FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM UMA POPULAÇÃO DE INDIVÍDUOS PORTADORES<br />

DE SOBREPESO OU OBESIDADE<br />

Autores: Tortelli PM; Assunção MCF; Duval PA<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pelotas<br />

Objetivos<br />

Determinar a prevalência <strong>de</strong> hipertensão arterial sistêmica (HAS) <strong>em</strong> uma população <strong>de</strong> indivíduos<br />

portadores <strong>de</strong> sobrepeso ou obesida<strong>de</strong> submetidos a um programa <strong>de</strong> intervenção nutricional com objetivo<br />

<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r peso e i<strong>de</strong>ntificar a relação entre os níveis <strong>de</strong> pressão arterial (PA) e fatores <strong>de</strong> risco<br />

cardiovasculares associados, como: características sócio-<strong>de</strong>mográficas, circunferência da cintura, consumo<br />

<strong>de</strong> sal, ingestão calórica, nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e tabagismo.<br />

Materiais e métodos<br />

Este trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido a partir dos dados <strong>de</strong> 242 indivíduos, coletados na linha <strong>de</strong> base do projeto<br />

<strong>de</strong> pesquisa intitulado “intervenção nutricional <strong>em</strong> indivíduos com sobrepeso e obesida<strong>de</strong>: ensaio clínico<br />

aleatorizado”, realizado no período <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2005 a <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2006. Tratou-se <strong>de</strong> um ensaio clínico<br />

aleatorizado controlado, realizado no Ambulatório <strong>de</strong> Nutrição do Hospital Escola da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Pelotas, cujo atendimento é feito integralmente através do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />

2005 a <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2006. Os critérios <strong>de</strong> inclusão no estudo foram: IMC ≥ 25 Kg/m2, ida<strong>de</strong> ≥ 20 anos e<br />

glic<strong>em</strong>ia <strong>de</strong> jejum < 126 mg/dL. Os participantes excluídos foram os portadores <strong>de</strong>: diabetes mellitus;<br />

síndrome <strong>de</strong> imuno<strong>de</strong>ficiência adquirida (SIDA); doenças hepáticas ou renais cuja prescrição dietética exija<br />

alteração nos percentuais <strong>de</strong> macronutrientes e indivíduos portadores <strong>de</strong> câncer, além <strong>de</strong> gestantes e<br />

lactantes.<br />

Resultado<br />

As análises mostraram que, apesar <strong>de</strong> 81 (33,5%) indivíduos ter<strong>em</strong> referido apresentar alguma vez níveis<br />

tensionais elevados, diagnosticado por médico, a prevalência <strong>de</strong> hipertensão arterial na consulta inicial, na<br />

amostra estudada, foi <strong>de</strong> 11,2% (n = 27). Encontrou-se associação entre HAS e nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>,<br />

mostrando que a prevalência <strong>de</strong> hipertensão é maior entre os indivíduos com pouca ou nenhuma instrução.<br />

Além disso, a prevalência <strong>de</strong> hipertensão também aumentou conforme o aumento da ida<strong>de</strong>. A média <strong>de</strong><br />

ingestão calórica diária, avaliada pela análise <strong>de</strong> recordatório <strong>de</strong> 24 horas foi maior nos entrevistados nãohipertensos<br />

quando comparados aos indivíduos portadores <strong>de</strong> hipertensão arterial. Não se verificou<br />

associação entre hipertensão e as <strong>de</strong>mais variáveis analisadas.<br />

Conclusão<br />

A adoção <strong>de</strong> um estilo <strong>de</strong> vida mais saudável, com mudança <strong>de</strong> hábitos alimentares e redução <strong>de</strong> peso,<br />

<strong>de</strong>ve ser estimulada nessa população <strong>de</strong> indivíduos, visando diminuir o risco cardiocirculatório. Mesmo os<br />

indivíduos que não são hipertensos, são consi<strong>de</strong>rados suscetíveis ao <strong>de</strong>senvolvimento da hipertensão, visto<br />

que o excesso <strong>de</strong> peso é fator predisponente. Logo, estas mudanças seriam convenientes a todos.<br />

Unitermos<br />

Hipertensão arterial, Prevalência, Obesida<strong>de</strong>, Fatores <strong>de</strong> <strong>Risco</strong><br />

IC57 - ACOMPANHAMENTO MULTIDISCIPLINAR A PORTADORES DE OBESIDADE, POR DOZE<br />

MESES, NO ESPAÇO UNIMED - VIVENDO SAÚDE / UNIMED SETE LAGOAS<br />

Autores: Silva MG; Ramos RS;Braz ACB; Teixeira DS; Marques KL; Oliveira JR<br />

Instituição: Unimed Sete Lagoas<br />

Objetivos<br />

Mostrar os benefícios clínicos <strong>de</strong> portadores <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong>, acompanhados por equipe multidisciplinar:<br />

médico, nutricionista, preparador físico, enfermeira, psicóloga e assistente social.<br />

Materiais e métodos<br />

Os beneficiários Unimed Sete Lagoas, portares <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong>, são encaminhados ao Espaço Unimed –<br />

Vivendo Saú<strong>de</strong> por indicação do médico assistente. Consultados pela assistente social e enfermeira, e<br />

encaminhados à nutricionista, ao educador físico e à psicóloga. Após avaliação individual iniciam o grupo<br />

operativo, com duração <strong>de</strong> cinco s<strong>em</strong>anas, sendo enfatizado especialmente a mudança <strong>de</strong> hábitos. Após a


participação neste grupo são encaminhados a grupos <strong>de</strong> nutrição, <strong>de</strong> psicologia e <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física. As<br />

ativida<strong>de</strong>s psicológicas, s<strong>em</strong>anais, <strong>de</strong> 1:30h, abordam imag<strong>em</strong> corporal, <strong>de</strong>pressão, ansieda<strong>de</strong>, autonomia e<br />

mudança comportamental. As ativida<strong>de</strong>s físicas, 2 vezes s<strong>em</strong>anais <strong>de</strong> 45 min. trabalham exercícios <strong>de</strong><br />

resistência muscular localizada (RML). As <strong>de</strong> nutrição, s<strong>em</strong>anais, <strong>de</strong> 60 min., abordam t<strong>em</strong>as nutricionais <strong>de</strong><br />

interesse e uma vez por mês uma receita é elaborada, testada e aprovada, ou não. Pesa-se, me<strong>de</strong>-se a CA<br />

(circunferência abdominal), afere-se a PA (pressão arterial) e calcula-se o IMC (índice <strong>de</strong> massa corporal).<br />

Utilizou-se balança antropométrica digital, trena métrica, esfingmomanômetro <strong>de</strong> coluna <strong>de</strong> mercúrio,<br />

estetoscópio, calculadora, programa Exel e cozinha experimental.<br />

Resultado<br />

Para análise dos dados consi<strong>de</strong>rou-se os participantes que freqüentaram mais <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong> todos os<br />

encontros: 152 participantes, 84% dos inscritos. O grupo eliminou peso, melhorou o IMC e PA e diminuiu a<br />

CA. A PA média do grupo diminuiu, <strong>de</strong> 167,2 X 98,4 mmHg para 130,9 X 67,3 mmHg, sendo que 86% do<br />

grupo t<strong>em</strong> hipertensão. O IMC médio do grupo foi <strong>de</strong> 38,4 m2/Kg para 31,2 m2/Kg. Inicialmente 23,07%<br />

estavam <strong>em</strong> obesida<strong>de</strong> mórbida, 63,46% <strong>em</strong> obesida<strong>de</strong> II, 13,47% <strong>em</strong> obesida<strong>de</strong> I. Ao final <strong>de</strong> 12 meses<br />

13,46% estavam <strong>em</strong> obesida<strong>de</strong> mórbida, 55,77% <strong>em</strong> obesida<strong>de</strong> II, 23,08% <strong>em</strong> obesida<strong>de</strong> I e 7,69% <strong>em</strong><br />

sobrepeso. A CA média inicial era <strong>de</strong> 167cm e foi p/ 105 cm. A média da glic<strong>em</strong>ia foi <strong>de</strong> 152 para 96. A<br />

média <strong>de</strong> colesterol total era <strong>de</strong> 390 e foi p/ 212, a <strong>de</strong> HDL-colesterol <strong>de</strong> 36 para 49; e a <strong>de</strong> triglicéri<strong>de</strong>s foi<br />

<strong>de</strong> 340 p/ 195. O tratamento psicológico mostrou <strong>de</strong>senvolvimento nos níveis <strong>de</strong> consciência corporal e<br />

autonomia, sendo que 90% dos participantes melhoraram o quadro <strong>de</strong> estresse, <strong>de</strong>pressão, ansieda<strong>de</strong> e os<br />

fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes da condição do aparecimento <strong>de</strong> doenças crônicas.<br />

Conclusão<br />

O acompanhamento multiprofissional promoveu melhora dos aspectos clínicos dos portadores <strong>de</strong><br />

obesida<strong>de</strong>, sendo que a maioria conseguiu resultados significativos. A a<strong>de</strong>são ao tratamento foi superior ao<br />

da literatura pesquisada.<br />

Unitermos<br />

Obesida<strong>de</strong>, Acompanhamento multidisciplinar, IMC, Beneficiários<br />

IC58 - CORRELAÇÃO ENTRE O EXCESSO DE PESO E O PERFIL LIPÍDICO EM UMA AMOSTRA DE<br />

IDOSOS JOVENS ATENDIDOS EM UM POSTO DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) NO<br />

MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE<br />

Autores: Ferreira ALL; Ponzi FKAX; FERREIRA VM; Azevedo MMS; Duarte RA; Lima CR<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco - Departamento <strong>de</strong> Nutrição<br />

Objetivos<br />

Verificar a correlação entre o excesso <strong>de</strong> peso e o perfil lipídico <strong>em</strong> idosos atendidos <strong>em</strong> um posto do<br />

Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) no município <strong>de</strong> Vitória <strong>de</strong> Santo Antão- PE.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo <strong>de</strong> corte transversal, on<strong>de</strong> foram coletados dados <strong>de</strong> 111 pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, na faixa<br />

etária entre 60 e 91 anos através das fichas <strong>de</strong> avaliação nutricional on<strong>de</strong> foi consi<strong>de</strong>rado o índice <strong>de</strong> massa<br />

corpórea (IMC) com a classificação <strong>de</strong> Lipschitz DA, 1994 e dados laboratoriais <strong>de</strong> colesterol total, LDLcolesterol<br />

e HDL-colesterol avaliados segundo as recomendações da IV Diretriz Brasileira sobre<br />

Dislipi<strong>de</strong>mia (SBC, 2007). A construção do banco <strong>de</strong> dados e a análise estatística foram realizadas nos<br />

programas Epi-info versão 6,04 e SPSS.<br />

Resultado<br />

Foi observada uma prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso <strong>em</strong> 64,0% da amostra. Em relação a alterações no<br />

perfil lipídico, foi visto que o colesterol total, LDL-colesterol e HDL-colesterol apresentaram valores <strong>de</strong><br />

36,6%, 26,1% e 40,5%, respectivamente. Na avaliação da possível associação entre as variáveis do perfil<br />

lipídico e o excesso <strong>de</strong> peso, vale <strong>de</strong>stacar que nenhuma associação se mostrou estatisticamente<br />

significante (p>0,05).<br />

Conclusão<br />

O resultado <strong>de</strong>sse estudo mostrou que apesar da elevada prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso encontrada na<br />

amostra, este não foi um fator relevante para exercer influência significante no perfil lipídico dos idosos.<br />

Contudo, o fato <strong>de</strong> não ter sido evi<strong>de</strong>nciada uma correlação entre o peso e as variáveis lipídicas, po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>vido ao pequeno número amostral. Desse modo, estudos futuros são necessários para propor


esclarecimento sobre o t<strong>em</strong>a estudado, a fim <strong>de</strong> comprovar essa correlação, com o objetivo principal <strong>de</strong><br />

melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos pacientes <strong>de</strong>ssa faixa etária da população brasileira .<br />

Unitermos<br />

Idosos, estado nutricional, excesso <strong>de</strong> peso, perfil lipídico<br />

IC59 - HÁBITOS ALIMENTARES E ESTILO DE VIDA DE MULHERES COM DIAGNÓSTICO DE<br />

SOBREPESO E OBESIDADE SOB RISCO DE APRESENTAR DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO-<br />

ALCOÓLICA<br />

Autores: Coelho-Teixeira K; Perrone F; Lima MPC; Rezen<strong>de</strong> FAC<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso<br />

Objetivos<br />

Avaliar os hábitos alimentares e o estilo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> mulheres com diagnóstico <strong>de</strong> sobrepeso e/ou obesida<strong>de</strong><br />

sob risco <strong>de</strong> apresentar Doença Hepática Gordurosa Não-alcoólica (DHGNA), atendidas no ambulatório <strong>de</strong><br />

nutrição do Hospital Universitário Júlio Müller – HUJM/UFMT, Cuiabá-MT, Brasil.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo transversal <strong>de</strong> base populacional <strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> 118 mulheres entre 18 e 49 anos. As<br />

informações sobre as características da população <strong>de</strong> estudo foram obtidas através do questionário e o<br />

consumo alimentar pelo Método Recordatório <strong>de</strong> 24 horas. A qualida<strong>de</strong> da dieta foi avaliada <strong>de</strong> acordo com<br />

a Pirâmi<strong>de</strong> Alimentar Adaptada e através do Guia Alimentar para a população brasileira.<br />

Resultado<br />

De acordo com a análise feita tanto do questionário como do recordatório <strong>de</strong> 24 horas po<strong>de</strong>mos observar<br />

uma grave ina<strong>de</strong>quação da dieta habitual <strong>de</strong>ssas mulheres, pois <strong>em</strong> seis dos oito grupos <strong>de</strong> alimentos<br />

observamos consumo <strong>em</strong> discordância (acima ou abaixo) ao que é recomendado pela Pirâmi<strong>de</strong> Alimentar e<br />

pelo Guia Alimentar para a População Brasileira.<br />

Conclusão<br />

A educação alimentar t<strong>em</strong> um papel importante <strong>em</strong> relação ao processo <strong>de</strong> transformação e mudanças, à<br />

recuperação e promoção <strong>de</strong> hábitos alimentares saudáveis, que po<strong>de</strong> proporcionar conhecimentos<br />

necessários à auto-tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> formar atitu<strong>de</strong>s, hábitos e práticas alimentar sadias e variados.<br />

Unitermos<br />

Obesida<strong>de</strong>, esteatose hepática gordurosa não-alcoólica, hábitos alimentares, estilo <strong>de</strong> vida<br />

IC60 - EFEITO DO CONSUMO DE FARINHA DE LINHAÇA NA SENSAÇÃO DE FOME E SACIEDADE EM<br />

MULHERES OBESAS GRAU 1 E GRAU 2<br />

Autores: Monteiro WLA; Rangel RAS; Câmara JP; Cardoso DA; Rosa G<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Objetivos<br />

Avaliar o efeito da ingestão <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> linhaça na sensação <strong>de</strong> fome e sacieda<strong>de</strong> <strong>em</strong> mulheres obesas<br />

grau 1 e 2.<br />

Materiais e métodos<br />

Foi preparado uma refeição-teste contendo 400 gramas (g) <strong>de</strong> iogurte light sabor morango com 30 (g) <strong>de</strong><br />

farinha <strong>de</strong> linhaça. Participaram do estudo 34 mulheres obesas com índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) <strong>de</strong> 32,8<br />

+ 4,1 Kg/m², sendo 20 obesas grau 1 e 14 obesas grau 2, e ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 38,6 + 5,1 anos. Cada paciente<br />

compareceu ao ambulatório <strong>de</strong> Nutrição após jejum noturno <strong>de</strong> 12 horas. Antes da ingestão da refeiçãoteste<br />

foi preenchida a escala analógica visual (EAV) e 15, 45, 75 e 105 minutos após o consumo da mesma.<br />

Foi realizado Teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt pareado para verificação <strong>de</strong> diferenças das médias antes e após a refeiçãoteste.<br />

Resultado<br />

Nas pacientes obesas grau 1, durante o ensaio clínico, observou-se redução da sensação <strong>de</strong> fome após 15<br />

minutos (p=0,005) e tendência a menor sensação <strong>de</strong> fome após 45 minutos (p=0,09) da ingestão da


efeição. Ocorreu também aumento na satisfação (p=0,000) e na sacieda<strong>de</strong> (p=0,001) <strong>em</strong> todos os t<strong>em</strong>pos<br />

investigados e redução na vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> comer 15 e 45 minutos após o consumo da refeição (p=0,001) e<br />

(p=0,05), respectivamente. Entretanto, nas pacientes obesas grau 2, houve redução da sensação <strong>de</strong> fome<br />

15 e 45 minutos após a ingestão da refeição (p=0,002) e (p=0,01), respectivamente e tendência à redução<br />

<strong>de</strong> fome após 75 (p=0,07) minutos. Aumento na satisfação (p=0,003) e sacieda<strong>de</strong> (p=0,004) <strong>em</strong> todos os<br />

t<strong>em</strong>pos. Redução na vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> comer após 15 minutos (p=0,002) e tendência <strong>de</strong> redução após 45 minutos<br />

(p=0,09). Comparando os dois grupos <strong>de</strong> mulheres com obesida<strong>de</strong> grau 1 e 2 observou-se que essas<br />

últimas apresentaram menor da sensação <strong>de</strong> fome que as <strong>de</strong> grau 1, após 45 minutos (p=0,02). Notou-se<br />

também uma tendência a menor <strong>de</strong> sensação <strong>de</strong> fome após 75 minutos (p=0,06).<br />

Conclusão<br />

Redução da sensação <strong>de</strong> fome e aumento da satisfação e sacieda<strong>de</strong> nas pacientes obesas grau 1 e 2.<br />

Sendo que a farinha <strong>de</strong> linhaça apresentou maior eficácia na redução da fome nas pacientes obesas grau 2.<br />

Unitermos<br />

Obesida<strong>de</strong>, sacieda<strong>de</strong>, fome, linhaça<br />

IC61 - EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE FARINHA DE LINHAÇA NOS<br />

DADOS ANTROPOMÉTRICOS E BIOQUÍMICOS EM MULHERES OBESAS<br />

Autores: Monteiro WLA; Rangel RAS; Cardoso DA; Câmara JP; Rosa G<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Objetivos<br />

Verificar o efeito da supl<strong>em</strong>entação com farinha <strong>de</strong> linhaça marrom integral (FLMI), farinha <strong>de</strong> linhaça<br />

marrom <strong>de</strong>sengordurada (FLMD) e farinha <strong>de</strong> linhaça dourada (FLD) na perda <strong>de</strong> massa corporal, redução<br />

<strong>de</strong> circunferências corporais e na r<strong>em</strong>issão das dislipi<strong>de</strong>mias <strong>em</strong> mulheres obesas.<br />

Materiais e métodos<br />

Participaram do estudo 13 mulheres obesas, com Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC) médio <strong>de</strong> 34,9 + 3,3.<br />

Sendo, 5 supl<strong>em</strong>entadas com 30g/dia <strong>de</strong> FLMI, 5 supl<strong>em</strong>entadas com 30g FLMD e 3 supl<strong>em</strong>entadas com<br />

30g FLD, durante trinta dias. As pacientes foram selecionadas no ambulatório <strong>de</strong> Nutrição <strong>de</strong> um hospital<br />

universitário da cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Compareceram a primeira consulta (T0) com 12 horas <strong>de</strong> jejum,<br />

on<strong>de</strong> foi realizada avaliação antropométrica, por meio da medição das circunferências corporais e da<br />

bioimpedância elétrica (BIA) e coleta <strong>de</strong> sangue, para análise das concentrações séricas <strong>de</strong> glicose,<br />

colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol, triglicerídios e ácido úrico. As pacientes receberam plano<br />

alimentar balanceado, <strong>de</strong> acordo com Dietary References Intakes (DRI) subtraindo 513 quilocalorias para<br />

perda <strong>de</strong> dois quilos por mês e sachês contendo um dos tipos <strong>de</strong> linhaça, com as <strong>de</strong>vidas orientações para<br />

sua ingestão no <strong>de</strong>sjejum. A reconsulta (T30) ocorreu 30 dias após a primeira consulta.<br />

Resultado<br />

Foi observada redução da massa corporal nos três tipos <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> linhaça (p=0,03). Todavia, percebeuse<br />

que somente na FLMI promoveu redução <strong>de</strong> circunferência <strong>de</strong> cintura (CC) (p=0,04) e circunferência <strong>de</strong><br />

quadril (CQ) (p=0,04). Em relação aos resultados da BIA e bioquímicos não houve diferença<br />

estatisticamente significativa nos três tipos <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> linhaça.<br />

Conclusão<br />

O plano alimentar prescrito mostrou-se eficiente na redução da massa corporal e nossos resultados<br />

suger<strong>em</strong> que a FLMI po<strong>de</strong>ria ser um coadjuvante no tratamento nutricional para perda <strong>de</strong> peso e melhora<br />

nas alterações metabólicas associadas à obesida<strong>de</strong> <strong>em</strong> curto prazo.<br />

Unitermos<br />

Obesida<strong>de</strong>, linhaça, perda <strong>de</strong> massa corporal<br />

IC62 - COMPARAÇÃO DE SENSAÇÕES SUBJETIVAS DE FOME E SACIEDADE EM MULHERES<br />

OBESAS GRAU 1 E 2 COM A INGESTÃO DE FARINHA DE LINHAÇA MARROM INTEGRAL E<br />

DESENGORDURADA<br />

Autores: Monteiro WLA; Rangel RAS; Cardoso DA; Câmara JP<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro


Objetivos<br />

Avaliar o efeito <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> linhaça na sensação <strong>de</strong> fome e sacieda<strong>de</strong> <strong>em</strong> mulheres<br />

obesas grau 1 e 2.<br />

Materiais e métodos<br />

Foi preparado uma refeição contendo 400 gramas <strong>de</strong> iogurte light sabor morango com 30 gramas <strong>de</strong> farinha<br />

<strong>de</strong> linhaça. Participaram do estudo 34 mulheres obesas, sendo 20 obesas grau 1, 10 supl<strong>em</strong>entadas com<br />

farinha <strong>de</strong> linhaça marrom integral (FLMI) e 10 com farinha <strong>de</strong> linhaça marrom <strong>de</strong>sengordurada (FLMD) e 14<br />

obesas grau 2, 6 supl<strong>em</strong>entadas com FLMI e 8 com FLMD. O índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) médio foi <strong>de</strong><br />

32,8 + 4,1 Kg/m² e ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 38,6 + 5,1 anos. Cada paciente compareceu ao ambulatório <strong>de</strong> Nutrição<br />

após jejum noturno <strong>de</strong> 12 horas. O ensaio clínico consistiu no consumo <strong>de</strong> uma refeição-teste e<br />

preenchimento da escala analógica visual (EAV) antes e 15, 45, 75 e 105 minutos após ingestão da<br />

refeição-teste. Foi realizado Teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt para comparação entre as médias antes e após a ingestão<br />

da refeição-teste.<br />

Resultado<br />

Nas pacientes obesas grau 1, houve uma tendência na redução <strong>de</strong> fome após 105 minutos (p=0,09) <strong>de</strong><br />

ingestão da refeição supl<strong>em</strong>entada com FLMD. Entretanto, nas pacientes obesas grau 2, houve redução na<br />

sensação <strong>de</strong> fome (p= 0,007), aumento na satisfação (p=0,05) após 105 minutos e ampliação na sacieda<strong>de</strong><br />

75 e 105 minutos (p=0,01) e (p=0,003), respectivamente, após a ingestão <strong>de</strong> FLMD.<br />

Conclusão<br />

A FLMD foi mais eficaz do que a FLMI na redução da sensação <strong>de</strong> fome nas mulheres obesas grau 1 e 2.<br />

Promovendo aumento da satisfação e sacieda<strong>de</strong> nas mulheres obesas grau 2. Dessa forma, os resultados<br />

suger<strong>em</strong> que a FLMD seja um supl<strong>em</strong>ento nutricional eficaz no controle da sensação <strong>de</strong> fome e aumento da<br />

sacieda<strong>de</strong> nos grupos estudados.<br />

Unitermos<br />

Obesida<strong>de</strong>, sacieda<strong>de</strong>, fome, escala analógica visual, linhaça<br />

IC63 - EXCESSO DE PESO E INGESTÃO ALIMENTAR EM UMA AMOSTRA DE MULHERES DE BAIXA<br />

RENDA RESIDENTES EM PORTO ALEGRE<br />

Autores: Cibeira GH; Weber B; Caleffi M<br />

Instituição: Hospital Moinhos <strong>de</strong> Vento<br />

Objetivos<br />

Determinar a prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso e avaliar a ingestão <strong>de</strong> nutrientes <strong>em</strong> uma amostra <strong>de</strong><br />

mulheres.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo transversal no qual foram avaliadas mulheres selecionadas a partir do projeto Núcleo Mama Porto<br />

Alegre, uma coorte formada por 9.218 mulheres que se encontram <strong>em</strong> rastreamento mamográfico para<br />

câncer <strong>de</strong> mama, pertencentes a uma área <strong>de</strong> baixas condições sócio econômicas no sul da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Porto Alegre. As participantes do presente estudo foram selecionadas aleatoriamente enquanto aguardavam<br />

na sala <strong>de</strong> espera para a realização <strong>de</strong> exames <strong>de</strong> mamografia ou ecografia. Foram aferidos peso, altura e<br />

circunferência abdominal (CA). Foi realizado um recordatório <strong>de</strong> 24 horas para avaliar a ingestão <strong>de</strong><br />

nutrientes. Utilizou-se coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Spearman e teste <strong>de</strong> Mann Whitney para variáveis não<br />

paramétricas.<br />

Resultado<br />

Foram avaliadas 476 mulheres. A amostra apresentou média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 51 anos (DP=10) e a média <strong>de</strong><br />

anos <strong>de</strong> estudo foi <strong>de</strong> 6,5 (DP=3,2). Dentre todas as participantes, 81,5% eram se<strong>de</strong>ntárias e 91,2%<br />

apresentaram excesso <strong>de</strong> peso (Índice <strong>de</strong> Massa Corporal >/= 25 kg/m2). A média da CA foi <strong>de</strong> 97,3cm<br />

(DP=12,5). Em relação ao consumo alimentar, observou-se ingestão média diária <strong>de</strong> 47,9% (DP=9,4) <strong>de</strong><br />

carboidratos, 15,1% (DP=3,9) <strong>de</strong> proteínas e 36,9% (DP=9,1) <strong>de</strong> lipídios. Constatou-se que as mulheres<br />

com excesso <strong>de</strong> peso ingeriam mais ácidos graxos monoinsaturados, poliinsaturados e saturados,<br />

colesterol, cálcio e vitamina D. Comparando-se as dietas das participantes segundo o IMC, observou-se que<br />

as mulheres com IMC mais elevado apresentaram uma alimentação significativamente mais rica <strong>em</strong><br />

colesterol (p


Conclusão<br />

A amostra <strong>em</strong> estudo apresentou elevada prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso, se<strong>de</strong>ntarismo e ingestão<br />

ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> nutrientes. Tal fato talvez possa ser atribuído a baixa escolarida<strong>de</strong> e renda da amostra<br />

avaliada que dificultam a aquisição <strong>de</strong> alimentos saudáveis que contribu<strong>em</strong> à ingestão nutricional a<strong>de</strong>quada.<br />

Novos estudos estão sendo conduzidos para que possa ser esclarecido se a ingestão nutricional <strong>de</strong>ficiente<br />

aliada ao se<strong>de</strong>ntarismo justificam as elevadas prevalências <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

Unitermos<br />

Obesida<strong>de</strong>, baixa renda, ingestão <strong>de</strong> nutrientes<br />

IC64 - CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE ESTRESSE OXIDATIVO E VITAMINA C EM PACIENTES COM<br />

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA<br />

Autores: Matos A; Souza G; Salgado G; Andra<strong>de</strong> K; Barros M; Ramalho A<br />

Instituição: Núcleo <strong>de</strong> Pesquisa <strong>em</strong> Micronutrientes (INJC/UFRJ)<br />

Objetivos<br />

O presente estudo teve como objetivo avaliar a concentração sérica <strong>de</strong> vitamina C (ácido ascórbico) e sua<br />

relação com o estresse oxidativo <strong>em</strong> pacientes com doença arterial coronariana, internados <strong>em</strong> um hospital<br />

público do município do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Materiais e métodos<br />

A população estudada foi constituída <strong>de</strong> indivíduos <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong> superior a 18 anos,<br />

internados no setor <strong>de</strong> cardiologia <strong>de</strong> um hospital público do município do Rio <strong>de</strong> Janeiro, com diagnóstico<br />

<strong>de</strong> doença arterial coronariana. A concentração sérica <strong>de</strong> vitamina C foi avaliada pelo método<br />

espectrofotométrico, sendo consi<strong>de</strong>rados como ponto <strong>de</strong> corte para ina<strong>de</strong>quação valores < 0,4mg/dl. O<br />

estresse oxidativo foi avaliado segundo dosag<strong>em</strong> da peroxidação lipídica, sendo esta estimada através da<br />

dosag<strong>em</strong> das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS nmol/L).<br />

Resultado<br />

Participaram do estudo 38 pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 55,32+6,51anos. A<br />

concentração média <strong>de</strong> vitamina C foi <strong>de</strong> 1,32 + 0,84 mg/dl, sendo o percentual <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> 12,82%. A<br />

concentração média <strong>de</strong> TBARS foi <strong>de</strong> 0,78+0,33 nmol/L. Foi verificada correlação negativa significativa<br />

entre a concentração sérica <strong>de</strong> vitamina C e o estresse oxidativo (p=0,017; r=-0,32).<br />

Conclusão<br />

Os resultados encontrados mostram relação entre a concentração sérica <strong>de</strong> vitamina C e o estresse<br />

oxidativo nos pacientes avaliados. Consi<strong>de</strong>rando tais resultados sugere-se maior atenção a esse segmento<br />

populacional no sentido <strong>de</strong> um maior aporte dietético <strong>de</strong> vitamina C <strong>de</strong>vido à sua importante relação na<br />

gênese e progressão da doença cardiovascular aterosclerótica.<br />

Unitermos<br />

Doença arteriosclerótica, Vitamina C, estresse oxidativo<br />

IC65 - EVOLUÇÃO DE DIABÉTICOS CORONARIANOS PARTICIPANTES DA INTERVENÇÃO: “UMA<br />

VIDA EQUILIBRADA: PROGRAMA DE CONTROLE DE PESO”<br />

Autores: Watanabe JA; Ávila ALvE; Isosaki M; Vieira LP; Lopes NHM; Hueb WA<br />

Instituição: Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

São Paulo<br />

Objetivos<br />

Avaliar a evolução <strong>de</strong> diabéticos com excesso <strong>de</strong> peso e doença arterial coronariana estável, submetidos à<br />

revascularização do miocárdio ou angioplastia, incluídos na intervenção “Uma Vida Equilibrada: Programa<br />

<strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Peso”, com assistência ambulatorial <strong>de</strong> equipe multiprofissional.<br />

Materiais e métodos<br />

Tratou-se <strong>de</strong> um estudo prospectivo longitudinal, com coleta <strong>de</strong> dados dos prontuários <strong>de</strong> 17 diabéticos<br />

coronarianos, referentes ao 1º e 12º mês <strong>de</strong> acompanhamento. Avaliou-se o Índice <strong>de</strong> Massa Corporal


(IMC), a circunferência abdominal, o perfil lipídico (triglicéri<strong>de</strong>s, colesterol total e frações), e o glicêmico<br />

(glic<strong>em</strong>ia <strong>de</strong> jejum e h<strong>em</strong>oglobina glicada). O consumo <strong>de</strong> energia [valor energético total (VET)] e nutrientes<br />

[carboidratos, proteínas, gorduras (total, saturada, monoinsaturada e poliinsaturada), colesterol dietético e<br />

fibras alimentares] foram avaliados com base no cálculo dos diários alimentares mensais. Os dados obtidos<br />

foram submetidos à análise estatística do programa SPSS. Para comparar as variáveis numéricas utilizouse<br />

o teste t-Stu<strong>de</strong>nt pareado e o teste dos Sinais <strong>de</strong> Wilcoxon, e para as variáveis classificatórias foi<br />

utilizado o teste <strong>de</strong> McN<strong>em</strong>ar. Para todos os testes, adotou-se o nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 0,05.<br />

Resultado<br />

Os diabéticos coronarianos tinham <strong>em</strong> média 65 ± 9 anos, sendo 41,2% do gênero f<strong>em</strong>inino. Dentre eles,<br />

82,4% eram hipertensos, 76,5% dislipidêmicos e 5,9% tabagistas. Houve redução <strong>de</strong> peso (p=0,529), do<br />

IMC (p=0,469) e aumento da circunferência abdominal (p=0,120). Observou-se queda das concentrações<br />

séricas <strong>de</strong> colesterol total (p=0,641) e LDL-c (p=0,365). Houve aumento dos triglicéri<strong>de</strong>s (p=0,403), da<br />

glic<strong>em</strong>ia <strong>de</strong> jejum (p=0,300), da h<strong>em</strong>oglobina glicada (p=0,015) e redução do HDL-c (p=0,139). O consumo<br />

<strong>de</strong> energia e nutrientes manteve-se s<strong>em</strong>elhante, com redução da ingestão energética (p=0,026), alta<br />

ingestão protéica (27% do VET) e <strong>de</strong> gordura saturada (8% do VET); insuficiente consumo <strong>de</strong> gorduras<br />

monoinsaturada (9% do VET), poliinsaturada (4% do VET) e fibras alimentares (14g); e a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong><br />

carboidratos (58% do VET), gordura total (21% do VET) e colesterol dietético (139mg).<br />

Conclusão<br />

Apesar da impl<strong>em</strong>entação da intervenção “Uma Vida Equilibrada: Programa <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Peso”, os<br />

diabéticos coronarianos não evoluíram com melhora dos controles pon<strong>de</strong>ral e metabólico.<br />

Unitermos<br />

diabetes mellitus tipo 2, estudos <strong>de</strong> intervenção, avaliação nutricional<br />

IC66 - PADRÃO ALIMENTAR E CONHECIMENTO SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DE PACIENTES<br />

TRANSPLANTADOS DO CORAÇÃO<br />

Autores: Antunes MFR; Carlos DMO; Feitosa MAM; Silva CAB; Souza Neto JD; França FCQ<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza/Hospital <strong>de</strong> Messejana<br />

Objetivos<br />

O transplante cardíaco (TC) é consi<strong>de</strong>rado atualmente tratamento “padrão ouro” para pacientes cujos<br />

procedimentos convencionais não são suficientes para melhoria ou prolongamento <strong>de</strong> sua vida. A principal<br />

preocupação no seguimento do TC são as complicações tardias (obesida<strong>de</strong>, diabetes, hipertensão e<br />

dislipi<strong>de</strong>mias) associadas à terapia medicamentosa e agravadas por hábitos alimentares ina<strong>de</strong>quados. O<br />

objetivo <strong>de</strong>ste trabalhar foi analisar o padrão alimentar e o conhecimento sobre alimentação saudável <strong>em</strong><br />

pacientes TC.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo realizado com 30 pacientes atendidos nos meses <strong>de</strong> janeiro e fevereiro <strong>de</strong> 2008 no ambulatório <strong>de</strong><br />

nutrição <strong>em</strong> Centro Transplantador do Ceará. Foram aplicados 3 questionários: o 1° com dados sócio<strong>de</strong>mográficos<br />

e antropométricos, o 2° sobre freqüência alimentar validado para população adulta<br />

consi<strong>de</strong>rada sadia e o 3° sobre alimentação saudável com base nas recomendações dietéticas pós-TC. Os<br />

dados analisados foram <strong>de</strong>scritos usando valores percentuais, médias e <strong>de</strong>svio padrão.<br />

Resultado<br />

A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> dos pacientes foi <strong>de</strong> 46,0±13,3 anos, sendo 90% do sexo masculino. A maioria (43,3%) é<br />

natural do interior do Ceará, com renda familiar <strong>de</strong> 1 a 2 SM (46,6%), 53,3% t<strong>em</strong> até o ensino fundamental e<br />

serviços gerais (83,3%) como principal ocupação. A maioria (66,6%) realizou o TC há mais <strong>de</strong> 12 meses (12<br />

a 72 meses). O grupo pesquisado evoluiu com ganho <strong>de</strong> peso, apresentando antes do TC média global <strong>de</strong><br />

IMC <strong>de</strong> 22,3±3,7 kg/m2 (eutrófica) e após o TC 24,3±3,4 kg/m2 (eutrófica, quase limítrofe para sobrepeso).<br />

O QFA mostrou que os alimentos mais consumidos (pelo menos 1 vez/s<strong>em</strong>ana por mais <strong>de</strong> 50% dos<br />

entrevistados) foram: leite <strong>de</strong>snatado (70%), pão (73,4%), carne magra (90%), frango (93,3%), arroz<br />

(96,6%), macarrão (86,7%), feijão (96,6%), hortaliças (80%), frutas (83,3%), suco natural (60%), adoçante<br />

(80%) e margarina light (56,%). Todos os pacientes acreditam que a alimentação influencia na saú<strong>de</strong>. Os<br />

alimentos abolidos após a cirurgia foram: carnes gordas (66,6%), gorduras/ frituras (33,3%) e doces<br />

(26,6%). Esses alimentos foram associados com o aumento <strong>de</strong> colesterol (33,3%) e diabetes (83,3%) e os<br />

alimentos relacionados com aumento da pressão arterial foram: sal (76%) e café (70%).


Conclusão<br />

Os pacientes transplantados apresentam um padrão alimentar condizente com as recomendações dietéticas<br />

pós TC e que po<strong>de</strong> estar associado ao conhecimento sobre alimentação saudável adquirido durante o<br />

preparo e o seguimento do transplante<br />

Unitermos<br />

Transplante cardíaco, padrão alimentar, hábitos alimentares, alimentação saudável<br />

IC67 - DETERMINANTES CLÍNICOS E NUTRICIONAIS DO TEMPO INTERNAÇÃO DE PESSOAS COM<br />

DOENÇAS CARDIOVASCULARES HOSPITALIZADAS<br />

Autores: Portero-McLellan KC; Maniglia FP; Marineli RS; Bernardi JLD; Frenhani PB; Leandro-Merhi VA<br />

Instituição: Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica<br />

Objetivos<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi i<strong>de</strong>ntificar os <strong>de</strong>terminantes clínicos e nutricionais do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação <strong>de</strong><br />

pacientes internados por DCV <strong>em</strong> um Hospital Universitário do município <strong>de</strong> Campinas/SP.<br />

Materiais e métodos<br />

A população do estudo foi composta por 1153 pacientes, <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 60,8+14,6 anos, 53,4%<br />

representados pelo sexo masculino, e mediana <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação <strong>de</strong> 7 dias. Para a caracterização da<br />

população foram levantados: ida<strong>de</strong>, sexo, motivo <strong>de</strong> internação, presença <strong>de</strong> sintomas do trato<br />

gastrintestinal, e probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>ntários ou orais. O diagnóstico antropométrico foi realizado por meio da<br />

análise <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> peso corporal (kg), circunferência do braço (CB), prega cutânea do tríceps (PCT),<br />

Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC), Circunferência Muscular do Braço (CMB), Área Muscular do Braço (AMB) e<br />

Área Adiposa do Braço (AAB). A análise estatística foi realizada com auxílio do software Statistica, com<br />

divisão das variáveis <strong>em</strong> quintis <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação. Consi<strong>de</strong>rou-se significativo o IC <strong>de</strong> 95% e p


usual, porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> peso i<strong>de</strong>al e circunferência muscular do braço. Para facilitar a comparação entre os<br />

diferentes métodos, os diagnósticos foram agrupados <strong>em</strong> apenas três classificações: normal, <strong>de</strong>snutrido<br />

leve ou mo<strong>de</strong>rado e <strong>de</strong>snutrido grave. Com o intuito <strong>de</strong> avaliar a concordância entre os métodos foi utilizado<br />

o coeficiente Kappa com intervalo <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95%. A fim <strong>de</strong> comparar o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação hospitalar<br />

com os diagnósticos obtidos por meio da MAN e da ASG, utilizaram-se os testes não paramétricos <strong>de</strong><br />

Kruskall-Wallis e Mann-Whitney.<br />

Resultado<br />

Em relação à classificação do estado nutricional, observou-se diferença entre os diagnósticos do estado<br />

nutricional constatados pelos métodos objetivos e subjetivos. A maior diferença ocorreu entre o IMC (OMS,<br />

1995 e 1997) e as avaliações subjetivas (MAN e ASG). Enquanto o IMC apresentou uma prevalência <strong>de</strong><br />

88% (n = 59) <strong>de</strong> pacientes não <strong>de</strong>snutridos, as avaliações subjetivas concordaram com uma prevalência <strong>de</strong><br />

86% (n = 58) <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong>snutridos, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição. As análises <strong>de</strong><br />

concordância entre os métodos indicaram que, para o sexo f<strong>em</strong>inino, a ASG se mostrou discretamente<br />

melhor que a MAN. Em contrapartida, para o sexo masculino, a MAN apresentou-se melhor que a ASG.<br />

Constatou-se, neste estudo, concordância mo<strong>de</strong>rada entre os diagnósticos obtidos por meio da MAN e da<br />

ASG e, do ponto <strong>de</strong> vista estatístico, significativamente diferente <strong>de</strong> zero. Ao se comparar os diagnósticos<br />

obtidos pela ASG e o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação hospitalar, observou-se que o t<strong>em</strong>po médio <strong>de</strong> internação<br />

hospitalar dos pacientes com diagnóstico <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong> foi estatisticamente menor que o dos <strong>de</strong>snutridos<br />

leve ou mo<strong>de</strong>rados (p = 0,0115) e dos <strong>de</strong>snutridos graves (p = 0,0114). Já <strong>em</strong> relação à MAN, não se<br />

constatou diferença entre os três níveis <strong>de</strong> MAN (p = 0,2153).<br />

Conclusão<br />

Concluiu-se que os métodos subjetivos são bons instrumentos para <strong>de</strong>terminação do estado nutricional <strong>de</strong><br />

pacientes idosos hospitalizados por ser<strong>em</strong> validados mundialmente. Entretanto, não apresentaram boa<br />

correlação com os parâmetros objetivos, confirmando que as avaliações subjetivas permit<strong>em</strong> a i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> pacientes <strong>em</strong> risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição antes que ocorram mudanças nas medidas antropométricas.<br />

Unitermos<br />

Idosos, antropometria, MAN, ASG<br />

IC69 - AUTO-IMAGEM CORPORAL EM IDOSOS HOSPITALIZADOS<br />

Autores: Fernan<strong>de</strong>s EA; Sakamoto MY; Pucci ND; Evazian D; Gil ITG; Jacob Filho W<br />

Instituição: Divisão <strong>de</strong> Nutrição e Dietética do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (DND-ICHC-FMUSP)<br />

Objetivos<br />

Os idosos sofr<strong>em</strong> alterações corporais que gera uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção ao seu estado nutricional.<br />

Exist<strong>em</strong> métodos para se avaliar o estado nutricional englobando avaliações objetivas e subjetivas. A escala<br />

<strong>de</strong> auto-imag<strong>em</strong> corporal é consi<strong>de</strong>rada uma avaliação que prevê alterações múltiplas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a esfera física<br />

e psicológica até as discriminações sociais e culturais. Os estudos encontrados relacionados com a imag<strong>em</strong><br />

corporal estão associados com indivíduos que apresentam distúrbio alimentar ou praticantes <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />

física. Não sendo encontrados no Brasil estudos correlacionados a auto-imag<strong>em</strong> corporal <strong>em</strong> idosos<br />

hospitalizados percebendo-se a relevância <strong>de</strong>ste estudo. OBJETIVO: Analisar a auto-imag<strong>em</strong> corporal <strong>em</strong><br />

idosos hospitalizados e sua correlação com medidas antropométricas e avaliação multidimensional.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo transversal, prospectivo, realizado nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Internação <strong>de</strong> um Hospital Escola, com 112<br />

idosos no período <strong>de</strong> 3 meses. O estado nutricional foi classificado <strong>de</strong> acordo com o IMC estabelecido por<br />

OPAS(2001), a avaliação multidimensional pela MAN ® e auto-imag<strong>em</strong> corporal pela escala protocolada por<br />

SORENSEN e STUNKARD (1993). Para as correlações foi utilizado o teste <strong>de</strong> Pearson, com significância<br />

<strong>de</strong> 0,005.<br />

Resultado<br />

Os idosos conseguiram se <strong>de</strong>tectar com baixo peso pela escala <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> atual, porém esta não<br />

apresentou correlação com o IMC atual(c:0,68 e p:0, 555). Na correlação da MAN ® com a imag<strong>em</strong> atual,<br />

houve subestimação da imag<strong>em</strong> corporal atual do idoso na classificação <strong>de</strong> baixo peso, confirmando a<br />

sensibilida<strong>de</strong> da MAN® na <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> risco nutricional (c:0,32 com p:0, 000). Não houve correlação entre<br />

a MAN® e o IMC (c:0,26 e p:0,004), on<strong>de</strong> somente 33% dos pacientes estavam com baixo peso pelo IMC, e<br />

a MAN® <strong>de</strong>tectou 70,7% dos pacientes <strong>em</strong> risco e <strong>de</strong>snutrição. Segundo as imagens corporais atual com a


<strong>de</strong>sejada e <strong>de</strong>sejada com a anterior foi constatado que o idoso t<strong>em</strong> uma insatisfação com a aparência<br />

corporal. E <strong>de</strong> acordo com a imag<strong>em</strong> atual com a anterior (3 meses atrás) há uma tendência <strong>de</strong> correlação<br />

(c:0,51 com p: 0,000 e c:0,52 com p:0,000, respectivamente).<br />

Conclusão<br />

A avaliação autopercepção da imag<strong>em</strong> corporal realizada pelos idosos hospitalizados constatou risco<br />

nutricional na amostra estudada, porém sendo um parâmetro único mostrou-se menos sensível <strong>em</strong> relação<br />

à avaliação multidimensional. Percebe-se que ela envolve não só uma auto imag<strong>em</strong> pelo paciente, como<br />

também um julgamento das suas condições psicossociais. Portanto, <strong>de</strong>ve-se utilizar <strong>em</strong> conjunto medidas<br />

<strong>de</strong> avaliação nutricional multidimensionais para se realizar uma avaliação do estado nutricional mais<br />

fi<strong>de</strong>digna.<br />

Unitermos<br />

idosos, Mini <strong>Avaliação</strong> <strong>Nutricional</strong>®, imag<strong>em</strong> corporal, Índice <strong>de</strong> Massa Corporal, estado nutricional.<br />

IC70 - ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CO-MORBIDADES EM IDOSOS ATENDIDOS<br />

AMBULATORIALMENTE<br />

Autores: Lima CR; Azevedo MMS; Oliveira GMC; Ponzi FKAX; Ferreira VM; Ferreira ALL<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco - Departamento <strong>de</strong> Nutrição<br />

Objetivos<br />

Verificar a associação do estado nutricional e co-morbida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> idosos atendidos ambulatorialmente.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo <strong>de</strong> corte transversal, com coleta <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> 111 pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong> igual ou<br />

maior a 60 anos, segundo critérios da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS), atendidos <strong>em</strong> um posto do<br />

Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) no município <strong>de</strong> Vitória <strong>de</strong> Santo Antão – PE, através das fichas <strong>de</strong><br />

avaliação nutricional, on<strong>de</strong> foram obtidos: peso (kg), altura (m), patologia principal e patologia associada. A<br />

avaliação nutricional foi realizada através do índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) com a classificação <strong>de</strong><br />

Lipschitz, DA., 1994 e a construção do banco <strong>de</strong> dados e a análise estatística foram realizadas nos<br />

programas Epi-info versão 6,04 e SPSS.<br />

Resultado<br />

A amostra foi constituída <strong>de</strong> 74,8% <strong>de</strong> indivíduos do sexo f<strong>em</strong>inino com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 67,4 anos (±<br />

6,48 DP). Em relação à principal patologia que os levaram ao ambulatório, observou-se que a procura foi<br />

mais acentuada para o Diabetes Mellitus (68,5%) e Hipertensão Arterial (58,5%). Observou-se também que,<br />

daqueles que apresentavam estas patologias, 61,8% e 66,2% foram enquadrados na categoria <strong>de</strong> excesso<br />

<strong>de</strong> peso, respectivamente, evi<strong>de</strong>nciando a estreita ligação entre o estado nutricional do paciente e essas<br />

patologias crônicas.<br />

Conclusão<br />

Os resultados <strong>de</strong>sse estudo mostraram que a elevada prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso, foi um fator<br />

relevante para exercer influência significante nas co-morbida<strong>de</strong>s presentes nos idosos. Probl<strong>em</strong>a esse que<br />

t<strong>em</strong> aumentado <strong>em</strong> todo o mundo e v<strong>em</strong> se tornando o maior probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna, na<br />

maioria dos países <strong>de</strong>senvolvidos e <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Unitermos<br />

Idosos, atendimento ambulatorial, estado nutricional, patologia principal<br />

IC71 - ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS MÉTODOS DE OBTENÇÃO DE ALTURA EM IDOSOS<br />

ATENDIDOS AMBULATORIALMENTE<br />

Autores: Azevedo MMS; Oliveira GMC; Ferreia ALL; Lima CR; Ponzi FKAX; Ferreira VM<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco - Departamento <strong>de</strong> Nutrição<br />

Objetivos<br />

Comparar dois métodos <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> altura <strong>em</strong> idosos atendidos ambulatorialmente.<br />

Materiais e métodos


Estudo <strong>de</strong> corte transversal, com coleta <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> 111 pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong> maior ou<br />

igual há 60 anos, segundo critérios da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS), atendidos <strong>em</strong> um posto do<br />

Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) no município <strong>de</strong> Vitória <strong>de</strong> Santo Antão – PE, através das fichas <strong>de</strong><br />

avaliação nutricional, on<strong>de</strong> foram obtidos: Peso (kg), Altura real (m) e Altura do joelho (cm).<br />

Resultado<br />

A amostra foi constituída <strong>de</strong> 74,8% <strong>de</strong> indivíduos do sexo f<strong>em</strong>inino com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 67,4 anos (±<br />

6,48 DP). Quando foi realizada a comparação entre os dois métodos <strong>de</strong> obtenção da altura nos pacientes,<br />

verificou-se que houve diferença estatisticamente significante (p=0,0000) entre à média da altura real<br />

(1,52m) e a média <strong>de</strong> altura estimada pela altura do joelho (1,57m).<br />

Conclusão<br />

O <strong>de</strong>clínio da altura é observado a partir dos 60 anos, sendo <strong>de</strong> 1,4 cm a 3,3cm por década para homens e<br />

mulheres respectivamente, resultante da compressão vertebral, mudanças dos discos intervertebrais,<br />

perdas <strong>de</strong> tônus muscular e alterações posturais. Os resultados <strong>de</strong>sse estudo mostram que a falta <strong>de</strong><br />

acurácia da altura real justificam a utilização da altura do joelho nessa faixa etária, mesmo <strong>em</strong> idosos jovens<br />

como é o caso dos indivíduos da amostra.<br />

Unitermos<br />

Idosos, atendimento ambulatorial, altura real, altura do joelho<br />

IC72 - A IMPORTÂNCIA DO CUIDADOR NO GRAU DE HIDRATAÇÃO DE IDOSOS EM UMA UNIDADE<br />

DE INTERNAÇÃO GERIÁTRICA<br />

Autores: Nogueira RR; Nascimento ML<br />

Instituição: Hospital do Servidor Público Estadual<br />

Objetivos<br />

Verificar a importância do cuidador no grau <strong>de</strong> hidratação <strong>de</strong> idosos <strong>em</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geriatria.<br />

Materiais e métodos<br />

Trata-se <strong>de</strong> um estudo quantitativo, transversal prospectivo, com coleta <strong>de</strong> dados <strong>em</strong> formulário específico.<br />

Através <strong>de</strong> uma consulta aos prontuários foi observado o número <strong>de</strong> idosos consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>sidratados <strong>de</strong><br />

acordo com a avaliação médica na data <strong>de</strong> internação. Após 48 horas <strong>de</strong> internação foi realizada a<br />

avaliação da composição corporal pelo método da bioimpedância elétrica. A presença do cuidador junto aos<br />

idosos hospitalizados foi consi<strong>de</strong>rada <strong>em</strong> duas categorias: com cuidador e s<strong>em</strong> cuidador.<br />

Resultado<br />

Foram estudados 42 idosos <strong>de</strong> ambos os sexos, sendo do sexo masculino 33,3% e 66,7% do sexo f<strong>em</strong>inino<br />

com ida<strong>de</strong> entre 69 e 93 anos. Os idosos que possuíam cuidador eram 54,8% e 45,2% não possuíam<br />

cuidador. Na consulta feita aos prontuários na data <strong>de</strong> internação 38,1% dos idosos estavam <strong>de</strong>sidratados e<br />

61,9% hidratados. Já na avaliação pela bioimpedância realizada após 48 horas <strong>de</strong> internação observou-se<br />

que 69,0% dos idosos encontravam-se <strong>de</strong>sidratados contra 31% <strong>de</strong> idosos hidratados. Daqueles idosos<br />

<strong>de</strong>sidratados na avaliação pela bioimpedância 73,9% possuíam cuidador e 63,1% não tinham cuidador.<br />

Quando comparados estatisticamente a ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação na data <strong>de</strong> internação e após 48 horas<br />

nos dois grupos estudados, foi encontrado um p valor 0,261 e 0,453 respectivamente, indicando que não<br />

houve significância estatística entre a <strong>de</strong>sidratação dos idosos internados e a presença do cuidador.<br />

Conclusão<br />

Embora não tenha havido significância estatística, os dados <strong>de</strong>monstram a falta <strong>de</strong> preparo e a<br />

<strong>de</strong>sinformação dos cuidadores na prestação <strong>de</strong> cuidado ao idoso hospitalizado e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que<br />

mais estudos sejam realizados com maior número <strong>de</strong> sujeitos e melhor orientação aos cuidadores para que<br />

resultados mais significativos sejam alcançados.<br />

Unitermos<br />

idosos, cuidador, grau <strong>de</strong> hidratação, bioimpedância<br />

IC73 - DETERMINAR A INCIDÊNCIA DE ÚLCERA POR PESSÃO (UP) E CORRELACIONAR COM O<br />

ESTADO NUTRICIONAL E A CAPACIDADE FUNCIONAL DOS PACIENTES INTERNADOS


Autores: Gomes WP; Bragagnolo R; Perrone F; Oliveira EMG; Paese MCS; Dock-Nascimento DB<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso<br />

Objetivos<br />

Determinar a incidência <strong>de</strong> úlcera por pressão (UP) e correlacionar com o estado nutricional e a capacida<strong>de</strong><br />

funcional dos pacientes internados.<br />

Materiais e métodos<br />

Realizou-se um estudo corte transversal com 91 pacientes adultos internados <strong>em</strong> um hospital da re<strong>de</strong><br />

pública, sendo 63,7% (n=58) do sexo masculino e 36,3% (n= 33) do f<strong>em</strong>inino, com ida<strong>de</strong> mediana <strong>de</strong> 49<br />

anos, submetidos a tratamento clínico 51,6%, cirúrgico 37,4% e intensivos 11%. Foi investigado o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

internação, o tipo <strong>de</strong> terapia nutricional, presença ou não <strong>de</strong> UP, o grau <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> da UP, o local da UP, o<br />

número das UP, a capacida<strong>de</strong> funcional (<strong>de</strong>ambulando ou acamado) e o diagnóstico nutricional.<br />

Resultado<br />

A incidência <strong>de</strong> UP na população estudada foi <strong>de</strong> 29,7% (n=27). Dentro dos pacientes com UP, 70,3%<br />

(n=19) apresentaram lesão entre primeiro e segundo graus. Em 25 pacientes (92,6%), a UP localizava-se na<br />

região sacral. Vinte pacientes apresentaram apenas uma UP (74,1%). A maioria dos pacientes com UP<br />

estava <strong>em</strong> tratamento clínico, 16 (59,3%) e recebendo dieta por via oral 19 (70,4%) e apenas 8 (29,6%)<br />

estavam recebendo dieta por sonda enteral. Dos pacientes com UP, 81,5% (n=22) estavam acamados e<br />

100% eram <strong>de</strong>snutridos. A chance <strong>de</strong> um paciente acamado apresentar UP é 4 vezes maior do que os que<br />

<strong>de</strong>ambulam. A média <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> internação para os pacientes com UP foi 22,5 dias versos 16,9 dias para os<br />

s<strong>em</strong> UP (p>0,05). Consi<strong>de</strong>rando apenas os 30 primeiros dias <strong>de</strong> internação, observou-se que os pacientes<br />

com UP permaneceram mais t<strong>em</strong>po internados (11,5 dias vs 7,6 dias; p=0,03).<br />

Conclusão<br />

A incidência <strong>de</strong> UP está diretamente correlacionada com a <strong>de</strong>snutrição protéico calórica e com a redução da<br />

capacida<strong>de</strong> funcional.<br />

Unitermos<br />

Úlcera por pressão, estado nutricional, capacida<strong>de</strong> funcional<br />

IC74 - ALTERAÇÕES GASTRINTESTINAIS, CONSUMO ENERGÉTICO E SUA RELAÇÃO COM O<br />

ESTADO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM AIDS HOSPITALIZADOS<br />

Autores: Portero-McLellan KC; Abreu APA; Vieira V; Bernardi JLD; Frenhani PB; Leandro-Merhi VA<br />

Instituição: Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica<br />

Objetivos<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi i<strong>de</strong>ntificar a presença <strong>de</strong> alterações gastrintestinais <strong>em</strong> pacientes com AIDS<br />

hospitalizados e sua relação com o consumo energético e estado nutricional.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram avaliados 92 pacientes hospitalizados com AIDS, no período <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2006 a <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong><br />

2008, dos quais 46 homens e 46 mulheres, com ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 38,5 + 8,2 anos, com registros completos<br />

referentes aos dados antropométricos, dietéticos e clínicos. A análise estatística foi realizada no software<br />

ESTATÍSTICA 6.0, sendo o intervalo <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95% e valor <strong>de</strong> p


<strong>Avaliação</strong> nutricional, estado nutricional, consumo alimentar<br />

IC75 - AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DA INGESTÃO ALIMENTAR DE PACIENTES COM<br />

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ATENDIDAS NO SERVIÇO DE REUMATOLOGIA DO HOSPITAL<br />

DAS CLÍNICAS/UFMG<br />

Autores: Borges MC; Moura FM; Telles RW; Lanna CCD; Correia MITD<br />

Instituição: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da UFMG<br />

Objetivos<br />

Avaliar o estado nutricional e a ingestão alimentar <strong>de</strong> pacientes com diagnóstico <strong>de</strong> LES atendidas no<br />

serviço <strong>de</strong> reumatologia do HC/UFMG.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram avaliadas 126 mulheres com LES, com ida<strong>de</strong>s entre 18 e 60 anos. A avaliação nutricional foi<br />

realizada pela avaliação global subjetiva, pelo índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) e por bioimpedância. Os<br />

critérios da International Diabetes Fe<strong>de</strong>ration foram utilizados para diagnóstico <strong>de</strong> síndrome metabólica e o<br />

International Physical Activity Questionnaire para avaliação da ativida<strong>de</strong> física. O recordatório <strong>de</strong> 24 horas<br />

(R24h), o questionário <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong> consumo (QFCA) e o registro alimentar (RA) foram os métodos<br />

utilizados na avaliação da ingestão alimentar. As análises estatísticas foram realizadas no software<br />

Statistical Package for Social Sciences (SPSS®), consi<strong>de</strong>rando-se como significativo o p


<strong>de</strong> tratamento dialítico utilizou-se os prontuários dos pacientes. Para avaliação do consumo alimentar,<br />

utilizou-se questionário <strong>de</strong> freqüência alimentar cont<strong>em</strong>plando grupos <strong>de</strong> alimentos. Após a sessão <strong>de</strong><br />

h<strong>em</strong>odiálise foram mensurados os dados antropométricos. A a<strong>de</strong>quação da diálise foi avaliada por meio do<br />

Kt/V single pool, segundo a fórmula <strong>de</strong> Daugirdas.<br />

Resultado<br />

A média <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po do tratamento dialítico <strong>de</strong> 50,98±50,3 meses. Quanto à doença <strong>de</strong> base predominou a<br />

glomerolunefrite crônica (39,2%) seguida da nefroesclerose hipertensiva (25,5%). Verificou-se média para<br />

IMC <strong>de</strong> 22,86 ± 3,36 Kg/m² revelando eutrofia <strong>em</strong> 68,6% dos pacientes. As medidas do braço <strong>de</strong>monstraram<br />

<strong>de</strong>snutrição <strong>em</strong> 54,9% por meio da CB, 45,1% pela CMB e 74,5% através da PCT. Para níveis <strong>de</strong> uréia pósdiálise<br />

(43,91 mg/dL) consi<strong>de</strong>rado baixo. Os valores médios <strong>de</strong> albumina estavam abaixo do recomendado<br />

para o paciente renal (3,37 ± 0,47 g/dL). 35% dos pacientes apresentavam níveis <strong>de</strong> creatinina abaixo <strong>de</strong> 10<br />

mg/dL.Os pacientes apresentavam-se anêmicos, sendo que 45% <strong>de</strong>monstravam h<strong>em</strong>atócrito abaixo <strong>de</strong><br />

33% (31,55 ± 6,55) e 41,1% (9,99 ± 2,64) tinham concentração <strong>de</strong> h<strong>em</strong>oglobina inferior a 10 g/dL.As médias<br />

das concentrações <strong>de</strong> potássio e fósforo encontradas foram <strong>de</strong> 5,19 ± 072 e 5,82 ± 2,27 respectivamente.<br />

Quanto ao índice <strong>de</strong> r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> uréia (Kt/V), a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diálise encontrada nesse estudo foi a<strong>de</strong>quada<br />

para 48% dos pacientes. Nesse estudo, as principais fontes energéticas são consumidas consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

entre os pacientes e gran<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> fontes protéicas.<br />

Conclusão<br />

Com isso, foi possível mostrar a heterogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estados nutricionais mediante os diversos parâmetros<br />

apresentados para esses pacientes. Por se tratar <strong>de</strong> alterações metabólicas variadas, o insuficiente renal<br />

particularmente <strong>em</strong> h<strong>em</strong>odiálise está sujeito a labilida<strong>de</strong>s quanto ao estado nutricional.<br />

Unitermos<br />

Insuficiência Renal Crônica, H<strong>em</strong>odiálise, Estado <strong>Nutricional</strong><br />

IC77 - ESTADO ANTROPOMÉTRICO E PREVALÊNCIA DE INADEQUAÇÃO DA INGESTÃO<br />

ENERGÉTICO-PROTEICA EM ADULTOS COM ANEMIA FALCIFORME<br />

Autores: Araújo AS; Santana MLP; Santos LA; Mendonça CRL; Jesus RP<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia (UFBA)<br />

Objetivos<br />

Avaliar a prevalência <strong>de</strong> déficit antropométrico e <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quação da ingestão energético-proteica <strong>em</strong><br />

indivíduos adultos com an<strong>em</strong>ia falciforme comparando-os com indivíduos s<strong>em</strong> h<strong>em</strong>oglobinopatias.<br />

Materiais e métodos<br />

Trata-se <strong>de</strong> um estudo comparativo, não pareado, constituído por indivíduos adultos (20 a 59 anos), <strong>de</strong><br />

ambos os sexos. O índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) foi utilizado para avaliar o estado antropométrico e a<br />

composição corpórea foi obtida pelo percentual <strong>de</strong> gordura corporal (%GC) e da área muscular do braço<br />

corrigida (AMBc). A ingestão alimentar foi avaliada pela média <strong>de</strong> dois recordatórios <strong>de</strong> 24 horas. Para<br />

análise do risco <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quação da ingestão <strong>de</strong> energia e <strong>de</strong> proteína foi utilizada a abordag<strong>em</strong> proposta<br />

pelo Institute of Medicine of the United States. Proporções foram comparadas utilizando-se o teste quiquadrado<br />

ou teste <strong>de</strong> Fischer. A existência <strong>de</strong> associação entre an<strong>em</strong>ia falciforme e o estado antropométrico<br />

foi avaliada pela odds ratio. Para a comparação <strong>de</strong> médias entre os grupos referentes ao consumo alimentar<br />

e os indicadores antropométricos utilizou-se o teste T <strong>de</strong> stu<strong>de</strong>nt. Nos testes mencionados foi consi<strong>de</strong>rado<br />

estatisticamente significante um p-valor inferior a 5%. A ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> energia e proteína foi obtida pelo<br />

percentual <strong>de</strong> indivíduos que não conseguiram alcançar a recomendação média <strong>de</strong>stes.<br />

Resultado<br />

Foram avaliados 60 indivíduos, sendo 33 com an<strong>em</strong>ia falciforme e 27 s<strong>em</strong> esta doença. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

dos indivíduos foi <strong>de</strong> 32,4 anos (DP= 9,4) no grupo com an<strong>em</strong>ia falciforme (GAF) e <strong>de</strong> 37,8 anos (DP= 12,2)<br />

no grupo s<strong>em</strong> an<strong>em</strong>ia falciforme (GSAF). Os indivíduos com an<strong>em</strong>ia falciforme apresentaram<br />

significant<strong>em</strong>ente maior prevalência <strong>de</strong> magreza segundo IMC (30,3% vs 7,4%; p=0,049; OR = 5,4),<br />

<strong>de</strong>snutrição pela AMBc (78,8% vs 25,9%; p


Conclusão<br />

Concluiu-se que os portadores <strong>de</strong> an<strong>em</strong>ia falciforme apresentaram os maiores déficits antropométricos<br />

quando comparados aos indivíduos s<strong>em</strong> esta doença. Ocorreu uma elevada prevalência <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong><br />

ingestão alimentar <strong>de</strong> energia que influenciou negativamente o estado antropométrico da população <strong>em</strong><br />

estudo, especialmente daqueles indivíduos que tinham an<strong>em</strong>ia falciforme.<br />

Unitermos<br />

An<strong>em</strong>ia falciforme, adultos, estado antropométrico, ingestão energético-proteica<br />

IC78 - PERFIL CLÍNICO, NUTRICIONAL E DEMOGRÁFICO DOS PACIENTES ACOMPANHADOS PELA<br />

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE TERAPIA NUTRICIONAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO<br />

Autores: Paese MCS; Pexe P; Perdomo L; Perrone F; Sanches R; Dock-Nascimento DB<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso<br />

Objetivos<br />

Caracterizar clínica, nutricional e <strong>de</strong>mograficamente os pacientes acompanhados pela Equipe<br />

Multidisciplinar <strong>de</strong> Terapia <strong>Nutricional</strong> do Hospital Universitário Julio Muller (HUJM), Cuiabá, MT.<br />

Materiais e métodos<br />

Trata-se <strong>de</strong> um estudo clínico prospectivo, do tipo seccional, realizado entre março a <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008 no<br />

HUJM da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso <strong>em</strong> Cuiabá-MT, com um total <strong>de</strong> 133 pacientes com ida<strong>de</strong><br />

mediana <strong>de</strong> 55 anos (38,3% idosos), sendo 81(60,9%) do sexo masculino e 52 (39,1%) do f<strong>em</strong>inino,<br />

submetidos a tratamento clínico (61; 45,9%), cirúrgico (66; 49,6%) ou intensivo (6; 4,5%). Do total da<br />

amostra, 36,1% eram portadores <strong>de</strong> neoplasia maligna. No HUJM, a EMTN acompanha apenas pacientes<br />

que necessitam <strong>de</strong> TN especializada enquanto que o Serviço <strong>de</strong> Nutrição acompanha todos os pacientes<br />

internados. Quando a TN não era julgada a<strong>de</strong>quada pela EMTN era <strong>em</strong>itido parecer com sugestões para TN<br />

apropriada. Esta sugestão po<strong>de</strong> ser acatada ou não. As variáveis coletadas foram: número <strong>de</strong> pareceres<br />

<strong>em</strong>itidos pela EMTN, diagnóstico nutricional, tipo e t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> terapia nutricional (TN), uso <strong>de</strong><br />

imunonutrientes, dieta precoce, t<strong>em</strong>po para atingir a meta calórica, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> internação e mortalida<strong>de</strong>.<br />

Avaliou-se também a presença <strong>de</strong> complicações gastrointestinais, saída da sonda enteral e <strong>de</strong>iscência <strong>de</strong><br />

anastomose. Para a classificação do estado nutricional utilizou-se a avaliação subjetiva global. Foi<br />

consi<strong>de</strong>rado como precoce a TN prescrita nas primeiras 48 horas após a internação.<br />

Resultado<br />

Dos 133 pacientes acompanhados, 59 (44,4%) necessitaram <strong>de</strong> parecer nutricional e <strong>de</strong>stes, 55,9% foram<br />

atendidos. Dos pacientes acompanhados pela EMTN, 84,2% apresentavam <strong>de</strong>snutrição grave (C), 14,3%<br />

mo<strong>de</strong>rada (B) e 1,5% eram eutróficos (A). Aproximadamente 72% dos casos apresentaram perda pon<strong>de</strong>ral<br />

superior a 10% (média <strong>de</strong> 16% do peso habitual). A TN precoce foi prescrita para 77,4% dos pacientes,<br />

sendo que 72,9% receberam TN mista, 3,8% receberam terapia enteral, 9% parenteral e 14,3%<br />

supl<strong>em</strong>entação via oral. O t<strong>em</strong>po médio <strong>em</strong> TN foi <strong>de</strong> 14,6±10,7 dias. A meta nutricional foi atingida entre o<br />

3º e 5º dias <strong>em</strong> 57,9% dos casos. Aproximadamente ¼ dos pacientes receberam fórmula imunomoduladora.<br />

A diarréia ocorreu <strong>em</strong> 22,9%, a constipação intestinal <strong>em</strong> 45,4%, 25,2% apresentaram distensão abdominal,<br />

18,5% vômitos, <strong>em</strong> 19% ocorreu a saída da sonda enteral, 11% evoluíram com fístula enterocutânea e 6,7%<br />

com <strong>de</strong>iscência <strong>de</strong> anastomose. A t<strong>em</strong>po médio <strong>de</strong> internação foi <strong>de</strong> 23,5±16,7 dias. A mortalida<strong>de</strong><br />

observada foi <strong>de</strong> 30,1% (40).<br />

Conclusão<br />

O perfil da população acompanhada pela EMTN é <strong>de</strong> pacientes com <strong>de</strong>snutrição grave com gran<strong>de</strong> perda<br />

pon<strong>de</strong>ral. A TN mista foi a mais utilizada. A TN precoce foi prescrita <strong>em</strong> ¾ dos casos sendo a meta calórica<br />

atingida <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po satisfatório. Em mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> da amostra, a EMTN foi importante para redirecionar a<br />

TN do paciente.<br />

Unitermos<br />

Nutrição enteral, <strong>de</strong>snutrição proteico calórica, equipe multidisciplinar<br />

IC79 - PERFIL LIPÍDICO E SUA CORRELAÇÃO COM EXCESSO DE PESO EM ADULTOS ATENDIDOS<br />

PELO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DE UMA CLÍNICA POPULAR DA CIDADE DO RECIFE-PE


Autores: Ferreira ALL; Lima CR; Ponzi FKAX; Simões MP; Ferreira VM; Monteiro JS<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco- Departamento <strong>de</strong> Nutrição<br />

Objetivos<br />

Avaliar o perfil lipídico e sua correlação com excesso <strong>de</strong> peso <strong>em</strong> adultos atendidos pelo ambulatório <strong>de</strong><br />

nutrição <strong>de</strong> uma clínica popular da cida<strong>de</strong> do Recife-PE.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram coletados dados <strong>de</strong> 117 pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, na faixa etária entre 20 e 78 anos através das<br />

fichas <strong>de</strong> avaliação nutricional on<strong>de</strong> foi consi<strong>de</strong>rado o índice <strong>de</strong> massa corpórea (IMC) com a classificação<br />

da OMS 1995 e dados laboratoriais <strong>de</strong> colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicéri<strong>de</strong>s<br />

avaliados segundo as recomendações da IV Diretriz Brasileira sobre Dislipi<strong>de</strong>mia (SBC, 2007). A construção<br />

do banco <strong>de</strong> dados e a análise estatística foram realizadas nos programas Epi-info versão 6,04 e SPSS.<br />

Resultado<br />

Na amostra foi observado uma prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso, hipercolesterol<strong>em</strong>ia e hipertrigliceri<strong>de</strong>mia<br />

<strong>de</strong> 93,2% ; 58,8% e 61,4%, respectivamente. Quanto as frações LDL e HDL, verifica-se que no primeiro<br />

caso houve alteração <strong>em</strong> 75,6% da amostra, enquanto que para o HDL on<strong>de</strong> há pontos <strong>de</strong> corte<br />

diferenciados por sexo, o percentual <strong>de</strong> alteração foi <strong>de</strong> 69,0% (homens) e 85,2% (mulheres). Na avaliação<br />

da possível associação entre as variáveis do perfil lipídico e o excesso <strong>de</strong> peso, vale <strong>de</strong>stacar que nenhuma<br />

associação se mostrou estatisticamente significante (p>0,05).<br />

Conclusão<br />

A elevada prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso e dislipi<strong>de</strong>mia encontrada na amostra, retrata a importância<br />

<strong>de</strong>sses distúrbios como probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública que hoje afeta <strong>de</strong> forma mais grave as populações<br />

menos favorecidas, as quais não t<strong>em</strong> acesso n<strong>em</strong> ao diagnóstico precoce n<strong>em</strong> ao tratamento a<strong>de</strong>quado.<br />

Por outro lado, o fato <strong>de</strong> não ter ocorrido associação entre o peso e as variáveis lipídicas, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vido<br />

ao pequeno número amostral. Desse modo, são necessários mais estudos sobre o t<strong>em</strong>a com a finalida<strong>de</strong><br />

principal <strong>de</strong> intervir <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> prevenção primária e secundária das doenças crônicas não<br />

transmissíveis.<br />

Unitermos<br />

Atendimento ambulatorial, adultos, estado nutricional, excesso <strong>de</strong> peso, perfil lipídico<br />

IC80 - AVALIAÇÃO E TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES DISFÁGICOS INTERNADOS NA<br />

CLÍNICA MÉDICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

Autores: Sonsin PB; Bonfim C; Silva ALND; Caruso L; Bernik MMS<br />

Instituição: Hospital Universitário - Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Objetivos<br />

Aprimorar a qualida<strong>de</strong> da assistência nutricional a pacientes disfágicos no HU-USP através do<br />

estabelecimento do perfil nutricional dos pacientes e da análise do padrão <strong>de</strong> dietas.<br />

Materiais e métodos<br />

O estudo <strong>de</strong> caráter transversal, <strong>de</strong>senvolvido com pacientes disfágicos internados na Clínica Médica do<br />

HU-USP, foi aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética e Pesquisa. A avaliação nutricional foi realizada com a aplicação<br />

dos parâmetros antropométricos Índice <strong>de</strong> Massa Corpórea (IMC), Circunferência do Braço (CB), Prega<br />

Cutânea Tricipital (PCT) e Circunferência Muscular do Braço (CMB), e dos parâmetros bioquímicos<br />

albumina sérica, h<strong>em</strong>oglobina e h<strong>em</strong>atócrito, analisados segundo padrões <strong>de</strong> referência para ida<strong>de</strong> e sexo.<br />

A bioimpedância elétrica foi feita para a obtenção do ângulo <strong>de</strong> fase. A composição nutricional do padrão<br />

alimentar do HU-USP foi estimada pelo programa Nutwin®. Os testes estatísticos ANOVA e Correlação <strong>de</strong><br />

Pearson foram realizados no programa SPSS 17.0.<br />

Resultado<br />

Foram acompanhados 30 pacientes disfágicos, sendo 50% agudos e 50% crônicos, com distribuição<br />

praticamente homogênea quanto ao gênero (53,3% homens e 46,7% mulheres) e predomínio <strong>de</strong> idosos<br />

(86,7%), com a média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 74,57 + 13,46 anos. A orig<strong>em</strong> neurogênica foi a principal causa da<br />

disfagia orofaríngea (90% dos casos), e o Aci<strong>de</strong>nte Vascular Cerebral (AVC), a doença neurológica mais<br />

prevalente, atingindo 81,5% <strong>de</strong>sses pacientes. Sobre as medidas antropométricas, a média do IMC foi <strong>de</strong><br />

23,14 + 4,66 kg/m2, da CB foi <strong>de</strong> 27,47 + 3,83 cm, da PCT foi <strong>de</strong> 15,64 + 7,31 mm e da CMB foi <strong>de</strong> 22,56 +


2,78 cm. Com relação aos parâmetros bioquímicos, a média da albumina sérica foi <strong>de</strong> 3,13 + 0,63 g/dL, a da<br />

h<strong>em</strong>oglobina foi <strong>de</strong> 11,76 + 2,06 g% e a do h<strong>em</strong>atócrito foi <strong>de</strong> 36,00 + 6,40 %. Verificou-se a existência <strong>de</strong><br />

comprometimento nutricional <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte da amostra. O ângulo <strong>de</strong> fase (média <strong>de</strong> 4,23 + 1,15°) foi<br />

igual ou maior que 4° <strong>em</strong> 63,3% dos pacientes, indicando prognóstico favorável e condições para a<br />

reabilitação. Além disso, foram encontradas correlações significativas entre o ângulo <strong>de</strong> fase e ida<strong>de</strong>, IMC,<br />

albumina, h<strong>em</strong>oglobina e h<strong>em</strong>atócrito (p < 0,05). O padrão alimentar do HU-USP foi adaptado para aten<strong>de</strong>r<br />

as necessida<strong>de</strong>s nutricionais dos pacientes, e foi proposto um algoritmo para que a transição da terapia<br />

nutricional enteral para via oral assegure a oferta nutricional suficiente aos pacientes.<br />

Conclusão<br />

A análise do perfil nutricional dos pacientes e do padrão <strong>de</strong> dietas permitiu que foss<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvidas<br />

estratégias para a intervenção nutricional, visando melhorar a qualida<strong>de</strong> do atendimento dos pacientes<br />

disfágicos internados na Clínica Médica do HU-USP. No entanto, são necessárias mais pesquisas,<br />

sugerindo-se a continuação <strong>de</strong>ste estudo.<br />

Unitermos<br />

Disfagia; Estado <strong>Nutricional</strong>; Impedância Bioelétrica; Dietoterapia.<br />

IC81 - INFLUÊNCIA DO HIPERPARATIROIDISMO SECUNDÁRIO NO ESTADO NUTRICIONAL DE<br />

PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE<br />

Autores: Farias CLA; Henriques VT<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná<br />

Objetivos<br />

Avaliar se a presença <strong>de</strong> hiperparatireoidismo secundário (HPT2) altera o estado nutricional <strong>de</strong> pacientes<br />

<strong>em</strong> h<strong>em</strong>odiálise.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram avaliados 46 pacientes divididos <strong>em</strong> 2 grupos <strong>de</strong> acordo com os níveis <strong>de</strong> PTH: grupo NHPT (n=25)<br />

pacientes com PTH300pg/mL. Foram avaliados os<br />

exames bioquímicos (albumina, fósforo e cálcio), cáculo do PNA (taxa <strong>de</strong> aparecimento do nitrogênio<br />

urinário) e antropometria para <strong>de</strong>terminar o estado nutricional. Foi utilizado o software Sigma Stat para<br />

análise estatística sendo realizado o teste t Stu<strong>de</strong>nt e correlação <strong>de</strong> Pearson, utilizando p


<strong>de</strong> sintomas físicos - cólicas, dor <strong>de</strong> cabeça, inchaço e dor nos seios - na tensão pré menstrual (TPM).<br />

Materiais e métodos<br />

Realizou-se uma pesquisa experimental com estudo prospectivo, <strong>em</strong> mulheres <strong>em</strong> ida<strong>de</strong> reprodutiva,<br />

resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> Blumenau, S.C., Brasil. A escolha das 40 mulheres foi realizada a partir <strong>de</strong> recordatório <strong>de</strong> 24<br />

horas <strong>de</strong> um dia típico e questionário <strong>de</strong> freqüência alimentar com alimentos fontes <strong>de</strong> selênio (QFA)<br />

adaptado por FISBERG et al (2005). Foram excluídas da amostra inicial (n=100) mulheres que<br />

apresentavam ingestão i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> Se ao dia, verificada após avaliação do recordatório <strong>de</strong> 24 horas por<br />

software nutricional. Sabendo-se que uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta castanha equivale à necessida<strong>de</strong> diária<br />

recomendada <strong>de</strong> Se para o adulto (MODROW et al, 2008; SOUZA & MENEZES 2004), instruiu-se cada<br />

participante a consumir 8g/dia (2 unida<strong>de</strong>s) por 90 dias e a observar alterações físicas comparativamente<br />

àquelas existentes antes do início do consumo. Os dados obtidos foram analisados <strong>em</strong>pregando-se teste <strong>de</strong><br />

média (T-Stu<strong>de</strong>nt) e teste <strong>de</strong> comparação (Qui-quadrado), sendo as diferenças consi<strong>de</strong>radas significativas<br />

para nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5%.<br />

Resultado<br />

Após análise comparativa dos relatos dos sintomas físicos antes e após a ingestão da castanha, observouse<br />

que <strong>em</strong> relação à dor nos seios, inchaço e cólica menstrual houve redução ou eliminação satisfatória<br />

(>70% da amostra), concordando com outros estudos como <strong>de</strong> GHISLENI (2006) e NETO & FILHO (2003),<br />

que afirmam que os compostos orgânicos <strong>de</strong> Se apresentam proprieda<strong>de</strong>s antiinflamatórias por reduzir<br />

hidroperóxidos intermediários formados na via da cicloxigenase e lipoxigenase, diminuindo a produção <strong>de</strong><br />

prostaglandinas e leucotrienos aliviando os sintomas da TPM. Em relação à dor <strong>de</strong> cabeça houve redução<br />

ou eliminação significativa (p=0,0485), confirmando estudos <strong>de</strong> SOUZA & MENEZES (2004) e PRONHOW<br />

et al (2006), que afirmam que o Se combate vários sintomas da TPM atuando beneficamente no sist<strong>em</strong>a<br />

nervoso central com ênfase na neurotransmissão.<br />

Conclusão<br />

A redução e até eliminação dos sintomas da TPM com o uso <strong>de</strong> fonte alimentar <strong>de</strong> Se reduz, além dos<br />

sintomas comportamentais, também os físicos por ser este mineral atuante sobre a expressão dos<br />

hormônios progesterona e estrogênio resultando <strong>em</strong> regulação hormonal e aumento dos níveis <strong>de</strong>stes 2<br />

hormônios durante a fase lútea proporcionando a diminuição das sintomatologias da TPM. Recomenda-se<br />

mais estudos com este tipo <strong>de</strong> alimento por ser nativo e haver a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>scobrir mais<br />

benefícios na redução e prevenção <strong>de</strong> outras patologias e sintomatologias <strong>em</strong> ambos os sexos.<br />

Unitermos<br />

síndrome pré menstrual; castanha do Brasil; selênio<br />

IC83 - EFEITO DE UM ALIMENTO FERMENTADO, A BASE DE TRIGO E SOJA, EM PÓ, NA<br />

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE DO CENTRO DE TRATAMENTO DE<br />

DOENÇAS RENAIS, EM JUIZ DE FORA, MG<br />

Autores: Vanelli CP; Cl<strong>em</strong>ente DP; Dias NFGP; Roncolato R; Jacobucci HB<br />

Instituição: Centro <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Doenças renais Ltda<br />

Objetivos<br />

Avaliar a ação <strong>de</strong> um alimento fermentado <strong>em</strong> pó a base <strong>de</strong> soja, trigo e gérmen <strong>de</strong> trigo integrais, na<br />

melhora da constipação intestinal causada pelo uso do quelante Carbonato <strong>de</strong> Cálcio, <strong>em</strong> doentes renais<br />

crônicos submetidos à h<strong>em</strong>odiálise.<br />

Materiais e métodos<br />

O estudo piloto foi <strong>de</strong>senvolvido no Centro <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Doenças Renais (CTDR), <strong>em</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora –<br />

MG. Foram selecionados 10 pacientes <strong>em</strong> h<strong>em</strong>odiálise classificados como constipados, sintoma inicialmente<br />

relatado pelos pacientes. A classificação utilizada no CTDR é a <strong>de</strong> Loening-Baucke (1993), que <strong>de</strong>fine<br />

constipação como a ocorrência <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> três evacuações por s<strong>em</strong>ana. Utilizou-se um alimento<br />

fermentado fornecido pela <strong>em</strong>presa AferBio Bioalimentos LTDA, o qual foi entregue aos pacientes <strong>em</strong><br />

quantida<strong>de</strong> suficiente para 30 dias <strong>de</strong> ingestão, sendo os mesmos orientados quanto a preparação,<br />

misturando-o <strong>em</strong> água ou sucos <strong>de</strong> frutas, na dose <strong>de</strong> 8g, uma vez ao dia.<br />

Resultado<br />

A maioria dos pacientes (90%) seguiu as orientações para utilização do produto e apresentou melhora da<br />

constipação. Os restantes relataram uso irregular do alimento <strong>em</strong> questão, não apresentando melhora


significativa da constipação. Um fator importante que reforça o efeito positivo do fermentado utilizado referese<br />

ao fato <strong>de</strong> que os pacientes que obtiveram efeitos positivos com a utilização do produto, após interrupção<br />

<strong>de</strong> sua ingestão, relataram o retorno do sintoma.<br />

Conclusão<br />

O uso do alimento fermentado por doentes renais crônicos favoreceu a saú<strong>de</strong> do intestino, trazendo<br />

melhora no trânsito intestinal, com consequente aumento na frequência <strong>de</strong> evacuações. Esses resultados<br />

indicam que a utilização <strong>de</strong>ste produto é interessante no tratamento da constipação e na melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>sses indivíduos. Vale ressaltar a importância da continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses estudos, com uma<br />

intervenção por maior t<strong>em</strong>po e com um número maior <strong>de</strong> pessoas, o que possibilitaria acompanhar a<br />

evolução <strong>de</strong>sses efeitos <strong>em</strong> longo prazo.<br />

Unitermos<br />

Alimento <strong>em</strong> pó fermentado, soja, trigo, constipação, doente renal crônico<br />

IC84 - RELAÇÃO ENTRE A RECOMENDAÇÃO E INGESTÃO DE NUTRIENTES EM PACIENTES EM<br />

HEMODIÁLISE<br />

Autores: Bertin RL; Gorz FB; L<strong>em</strong>os C; Tavares LBB; Wolf MR<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau - FURB<br />

Objetivos<br />

Avaliar comparativamente as recomendações com a ingestão <strong>de</strong> nutrientes <strong>em</strong> pacientes <strong>em</strong> h<strong>em</strong>odiálise<br />

na Clínica <strong>de</strong> Rins do Vale do Itajaí, SC.<br />

Materiais e métodos<br />

Esta pesquisa caracterizou-se como transversal, analítica e observacional. De um total <strong>de</strong> 105 pacientes <strong>em</strong><br />

h<strong>em</strong>odiálise <strong>de</strong> manutenção, n=30 indivíduos com ida<strong>de</strong> igual ou superior a 20 anos foram selecionados.<br />

Foram excluídos da amostra aqueles com: 1) infecções recentes (< 3 meses); 2) tuberculose <strong>em</strong> tratamento;<br />

3) doença intestinal; 4) alcoolismo crônico; 5) HIV; 6)diabetes melitos e 7) insucessos <strong>de</strong> transplante renal<br />

nos últimos seis meses. Para a coleta <strong>de</strong> dados, utilizou-se um diário alimentar <strong>de</strong> 5 dias para avaliação da<br />

ingestão <strong>de</strong> nutrientes. A análise <strong>de</strong>sta ingestão foi feita através do software <strong>de</strong> Nutrição Clínica Dietwin®.<br />

Posteriormente comparou-se à recomendação existente na literatura (MALNIC & MARCONDES, 1989;<br />

SKLAR& HUDSON, 1993; RIELLA & MARTINS, 2001; SEGURO et al, 2002; CUPPARI et al., 2005;<br />

MARTINS, 2006; SILVA & MURA, 2007; KOPPLE & MASSRY, 2006; KELLEHER & LINAS, 2008) para<br />

pacientes <strong>em</strong> h<strong>em</strong>odiálise. As variáveis categorizadas foram organizadas <strong>em</strong> tabela <strong>de</strong> freqüências<br />

(proporções). As variáveis quantitativas foram organizadas <strong>em</strong> tabelas com médias, <strong>de</strong>svio padrão e<br />

coeficiente <strong>de</strong> variação. Também foram obtidas estimativas <strong>de</strong> média e proporção das medidas<br />

apresentadas nas tabelas <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> intervalos com 95% <strong>de</strong> confiança. Para verificar a existência <strong>de</strong><br />

diferenças significativas entre as categorias das variáveis pesquisadas utilizou-se o teste Qui-quadrado <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>rência com nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5%.<br />

Resultado<br />

Pô<strong>de</strong>-se afirmar que o consumo dos macronutrientes estava ina<strong>de</strong>quado. Em relação aos minerais, a<br />

ingestão <strong>de</strong> sódio e potássio estava a<strong>de</strong>quada na maioria dos pacientes. Em relação ao cálcio e ferro, a<br />

ingestão era <strong>de</strong>ficiente na maior parte da amostra e, <strong>em</strong> conseqüência, a ingestão <strong>de</strong> fósforo ficou acima do<br />

recomendado.<br />

Conclusão<br />

A partir dos resultados <strong>de</strong>ste estudo, pô<strong>de</strong>-se concluir que exist<strong>em</strong> alterações do estado nutricional <strong>de</strong><br />

pacientes renais crônicos submetidos ao tratamento h<strong>em</strong>odialítico. A baixa ingestão <strong>de</strong> alimentos e a<br />

quantida<strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> nutrientes consumidos favorec<strong>em</strong> a manifestação da <strong>de</strong>snutrição nesses<br />

indivíduos.<br />

Unitermos<br />

macronutrientes, micronutrientes, h<strong>em</strong>odiálise<br />

IC85 - COMPARAÇÃO ENTRE NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE PACIENTES HOSPITALIZADOS E<br />

SUA INGESTÃO ALIMENTAR, ANALISANDO A CONTRIBUIÇÃO DA FORTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS<br />

PARA O AUMENTO DO APORTE CALÓRICO DA DIETA HOSPITALAR


Autores: Franco S; Nunes ACP; Wichoski C; Silvério D; Martins FA; Bianco K<br />

Instituição: UNICENTRO<br />

Objetivos<br />

O presente trabalho buscou comparar as necessida<strong>de</strong>s energéticas e ingestão alimentar e através da<br />

fortificação <strong>de</strong> alimentos aumentar a ingestão calórica dos pacientes hospitalizados.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram avaliados 31 pacientes internados <strong>em</strong> um hospital Guarapuava, Paraná. Destes 10 eram idosos (<br />

sendo 70% do sexo f<strong>em</strong>inino e 21 eram adultos ( dos quais 52% do sexo f<strong>em</strong>inino ). As causas <strong>de</strong><br />

internação eram variadas, porém <strong>em</strong> nenhuma das causas foi contra indicado o aumento calórico b<strong>em</strong><br />

como os componentes nutricionais dos alimentos fortificados. A ingestão calórica foi verificada através <strong>de</strong><br />

recordatório <strong>de</strong> 24 horas, durante quatro dias consecutivos, sua análise foi feita no programa <strong>de</strong> análise<br />

nutricional Dietwin Clinico.No <strong>de</strong>correr da pesquisa foi oferecido aos pacientes três tipos <strong>de</strong> biscoitos,<br />

enriquecidos com farinhas <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> abóbora, arroz e <strong>de</strong> soja, sendo ofertando três unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada<br />

tipo <strong>de</strong> biscoito, durante três dias. Para os pacientes que optaram pela ingestão <strong>de</strong> sopa, receberam a<br />

fortificação através da adição <strong>de</strong> 5g <strong>de</strong> cada farinha diretamente no prato. As farinhas b<strong>em</strong> como os<br />

biscoitos, foram preparados, sendo padronizadas as porções <strong>em</strong> 30g e <strong>de</strong>terminadas as informações<br />

nutricionais dos mesmos. O cálculo das necessida<strong>de</strong>s energéticas dos pacientes foi calculado <strong>de</strong> acordo<br />

com a equação proposta por Harris-Benedict, utilizando fator injúria <strong>de</strong> acordo com a enfermida<strong>de</strong> do<br />

paciente e fator ativida<strong>de</strong> 1,2 para pacientes acamados e 1,3 para os que <strong>de</strong>ambulavam. O peso utilizado<br />

no cálculo das necessida<strong>de</strong>s energéticas foi o i<strong>de</strong>al, sendo utilizado o Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC)<br />

médio <strong>de</strong> 21,5Kg/m2 para mulheres adultas, 22,5Kg/m2 para homens adultos (OMS, 1995) e 24,5Kg/m2<br />

para idosos (LIPSCHITZ, 1994).<br />

Resultado<br />

A média da Taxa <strong>de</strong> Metabolismo Basal (TMB) encontrada entre os participantes foi <strong>de</strong> 1156kcal para<br />

homens e 1283,23Kcal para as mulheres o valor médio para ambos os sexos foi <strong>de</strong> 1219,61Kcal. O Gasto<br />

Energético Total (GET) correspon<strong>de</strong>u a 2241,49Kcal para homens e 1798,18 para as mulheres, o valor<br />

médio foi <strong>de</strong> 2019,83Kcal. Os valores médios da composição química da dieta hospitalar foram: Calorias<br />

1098,75, proteínas 36,23g (144,92Kcal), carboidratos 178,61g (714,44Kcal), lipí<strong>de</strong>os 33,31g (299,79Kcal).<br />

Observou-se que a dieta hospitalar atingiu 90% da TMB média e 54% das necessida<strong>de</strong>s energéticas totais<br />

dos pacientes, resultando <strong>em</strong> um déficit <strong>de</strong> 921 kcal/dia. A média <strong>de</strong> calorias oferecidas pelos biscoitos foi<br />

<strong>de</strong> 167,12Kcal e das farinhas foi <strong>de</strong> 26,52 Kcal. A ingestão dos biscoitos melhorou <strong>em</strong> 15% a oferta <strong>de</strong><br />

calorias enquanto que, o enriquecimento da sopa com as farinhas contribui para um aumentou do aporte <strong>de</strong><br />

calórico <strong>em</strong> 2,41% do valor energético total da dieta hospitalar.<br />

Conclusão<br />

Nesse sentido observamos a melhor eficiência da supl<strong>em</strong>entação da alimentação hospitalar com biscoitos<br />

quando comparado com as farinhas pois estes contribuíram <strong>de</strong> forma mais significativa com o fornecimento<br />

<strong>de</strong> energia e nutrientes.<br />

Unitermos<br />

fortificação <strong>de</strong> alimentos, dieta hospitalar<br />

IC86 - CONSUMO DE AGUARDENTE E RESTRIÇÃO ALIMENTAR: ESTUDO EM RATOS<br />

ADOLESCENTES<br />

Autores: Bion FM; Soares JKB; Nascimento E; Me<strong>de</strong>iros MC; Pessoa DCN; <strong>de</strong> P Burgos; MGP <strong>de</strong> A<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco - Departamento <strong>de</strong> Nutrição<br />

Objetivos<br />

Estudar os efeitos da ingestão da aguar<strong>de</strong>nte e/ou da restrição alimentar <strong>em</strong> ratos Wistar adolescentes<br />

sobre parâmetros bioquímicos e nutricionais.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram utilizados 40 ratos machos (60 dias) divididos <strong>em</strong> 4 grupos (n=10): GC (controle): água e ração ad<br />

libitum ; GA: água, solução hidroalcoólica (60% <strong>de</strong> aguar<strong>de</strong>nte) e ração ad libitum; GR: água e restrição<br />

alimentar (70% da ingestão do GC); GRA: água, solução hidroalcoólica (60% <strong>de</strong> aguar<strong>de</strong>nte) e restrição<br />

alimentar (70% da ingestão do GA), recebendo dieta comercial “Labina” durante 14 dias. Foi avaliado o


ganho <strong>de</strong> peso s<strong>em</strong>analmente, e o consumo diário da ingestão alimentar, hídrica e da solução<br />

hidroalcoólica. Após anestesia, o sangue foi coletado por punção cardíaca para dosagens bioquímicas <strong>de</strong><br />

colesterol total (CT), triglicerí<strong>de</strong>os (TG) e a relação CT/HDL-C, sendo o fígado retirado e pesado. A pesquisa<br />

foi aprovada pelo Comitê <strong>de</strong> Ética para Animais do Centro <strong>de</strong> Ciências Biológicas da UFPE.<br />

Resultado<br />

O GA (28,25 ± 2,76) consumiu mais ração do que o GC (25,16±3,19) (p


Instituição: Universida<strong>de</strong> para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal<br />

Objetivos<br />

Verificar se a ingestão <strong>de</strong> açúcar induz ao maior ganho <strong>de</strong> peso e/ou gordura corporal frente ao consumo <strong>de</strong><br />

adoçantes.<br />

Materiais e métodos<br />

Utilizou-se 24 ratos adultos da linhag<strong>em</strong> Wistar com administração ad libitum <strong>de</strong> ração e água por um<br />

período <strong>de</strong> 64 dias seguido <strong>de</strong> eutanásia por <strong>de</strong>slocamento cervical. Foram divididos <strong>em</strong> 4 grupos (n=6):<br />

Controle (CO) - ausência <strong>de</strong> intervenção experimental, recebendo água e ração padrão; Açúcar (AÇ) - ração<br />

padrão e água com açúcar refinado (25g/500ml); Aspartame (AS) - ração padrão e água com adoçante<br />

aspartame (25 gotas/500ml); Steviosí<strong>de</strong>o (ST) - ração padrão e água com adoçante stevisí<strong>de</strong>o (20<br />

gotas/500ml). As diluições foram baseadas nas informações contidas nos rótulos dos adoçantes, on<strong>de</strong> 1<br />

colher <strong>de</strong> chá <strong>de</strong> açúcar (5g) equivale a 4 e 5 gotas para aspartame e steviosí<strong>de</strong>o, respectivamente. As<br />

variáveis experimentais foram: ingestão <strong>de</strong> água mensurada <strong>em</strong> proveta volumétrica, ingestão <strong>de</strong> ração e<br />

peso corporal <strong>em</strong> balança Filizola com precisão <strong>de</strong> 0,5g. Todas essas quantificadas três vezes s<strong>em</strong>anais<br />

durante todo o experimento. Após eutanásia a gordura retroperitoneal e epididimal foi totalmente r<strong>em</strong>ovida e<br />

pesada <strong>em</strong> balança analítica da marca Tecnal, precisão <strong>de</strong> 0,001g. Utilizou-se Análise <strong>de</strong> Variância<br />

(ANOVA) seguido <strong>de</strong> Teste t para p


machos entre todos os dias estudados, com exceção do dia 28 para os que ingeriram aguar<strong>de</strong>nte (p=<br />

0,151). Houve diferença significativa entre o peso corporal <strong>de</strong> ambos os sexos (p 0,05) quando comparados<br />

aos seus valores basais Verifica-se que a proteína vegetal aten<strong>de</strong>, segundo o padrão FAO/WHO, a todos os<br />

aminoácidos essenciais. O ganho <strong>de</strong> peso não diferiu significativamente do ganho <strong>de</strong> peso dos animais<br />

alimentados com a dieta <strong>de</strong> proteína <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> animal, o que indica uma boa utilização das proteínas do<br />

grupo experimental. Os valores <strong>de</strong> PER sinalizam que o pão integral fornecido aos animais foi suficiente<br />

para promover ganho <strong>de</strong> peso e manutenção do peso corporal. O valor <strong>de</strong> NPR mais alto que do PER<br />

observado no experimento, confirma a alta qualida<strong>de</strong> da proteína utilizada. Os valores <strong>de</strong> NPU <strong>de</strong>monstram<br />

que a qualida<strong>de</strong> da proteína vegetal é superior à caseína para promover síntese protéica. As proteínas <strong>de</strong><br />

orig<strong>em</strong> animal apresentaram maiores valores <strong>de</strong> digestibilida<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira que as <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> vegetal, porém<br />

o PDCAAS é um índice mais apropriado para avaliar a qualida<strong>de</strong> protéica <strong>em</strong> alimentos e esses valores<br />

suger<strong>em</strong> que o pão integral é um ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> fonte protéica <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>.<br />

Conclusão<br />

Verificou-se que a proteína vegetal aten<strong>de</strong>, segundo o padrão FAO/WHO, a todos os aminoácidos<br />

essenciais, sendo consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> alto valor nutricional. Portanto, po<strong>de</strong>-se concluir que o pão integral<br />

representa uma boa fonte protéica vegetal a ser utilizada pela população além <strong>de</strong> possivelmente contribuir<br />

para a prevenção <strong>de</strong> doenças não transmissíveis.<br />

Unitermos<br />

Pão; nutrição experimental ;qualida<strong>de</strong> protéica<br />

IC91 - COMPARAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, CONTEÚDO EM FENÓLICOS TOTAIS E<br />

ESTABILIDADE DO CHÁ VERDE (CAMELLIA SINENSIS) BRASILEIRO, CHINÊS E JAPONÊS EM<br />

DIFERENTES TEMPOS DE INFUSÃO E MODOS DE PREPARO


Autores: Nishiyama MF; Costa MAF; Souza CGM; Bôer CG; Bracht CK; Peralta RM<br />

Instituição: Faculda<strong>de</strong> União das Américas (UNIAMÉRICA)<br />

Objetivos<br />

Este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos dos diferentes t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> infusão do chá ver<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

diferentes procedências <strong>em</strong> relação à ativida<strong>de</strong> antioxidante e estabilida<strong>de</strong> dos compostos fenólicos.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram estudadas três procedências <strong>de</strong> chás: brasileiro, chinês e japonês. Os chás foram obtidos no<br />

comércio local. Para o preparo dos chás, foram padronizadas as variáveis: quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água, erva, t<strong>em</strong>po<br />

<strong>de</strong> infusão, t<strong>em</strong>peratura, textura e forma <strong>de</strong> acondicionamento das folhas. A 200 mL <strong>de</strong> água, foram<br />

adicionadas 1,75 gramas <strong>de</strong> erva e as misturas mantidas entre 70 a 80° C com e s<strong>em</strong> agitação por dois<br />

minutos e meio, cinco e <strong>de</strong>z minutos. Os chás foram imediatamente filtrados e avaliados quanto a sua<br />

ativida<strong>de</strong> antioxidante (método DPPH) e quantida<strong>de</strong> <strong>em</strong> fenólicos totais (método <strong>de</strong> Folin), além da<br />

quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> sólidos extraídos.<br />

Resultado<br />

Os resultados obtidos mostraram que a infusão por 2 minutos e meio foi insuficiente para extrair compostos<br />

fenólicos e consequent<strong>em</strong>ente apresentou menor ativida<strong>de</strong> antioxidante. O chá brasileiro quando preparado<br />

acondicionado <strong>em</strong> sachê liberou uma quantida<strong>de</strong> menor <strong>de</strong> antioxidantes sendo necessário <strong>de</strong>ixá-lo por<br />

mais t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> infusão (10 minutos) sob agitação. A textura dos chás chinês e japonês foi bastante<br />

diferente das do chá brasileiro e os mesmos foram triturados para melhor comparação das três amostras.<br />

Após a padronização das texturas, os dados obtidos não mostraram diferenças significativas entre as três<br />

amostras (p>0,05) tanto no teor <strong>em</strong> compostos fenólicos e sólidos solúveis extraídos, quanto na ativida<strong>de</strong><br />

antioxidante. Todas as preparações mostraram-se estáveis por 24 horas quando mantidas <strong>em</strong> gela<strong>de</strong>ira e a<br />

t<strong>em</strong>peratura ambiente.<br />

Conclusão<br />

Nossos dados suger<strong>em</strong> que para um total aproveitamento das proprieda<strong>de</strong>s antioxidantes do chá ver<strong>de</strong>, o<br />

mesmo <strong>de</strong>ve ser preparado com t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> infusão <strong>de</strong> pelo menos 5 minutos, sob agitação e a granel, pois o<br />

acondicionamento do chá <strong>em</strong> sachês reduz a extração dos compostos bioativos do chá ver<strong>de</strong>. Nossos<br />

dados não apontaram diferenças significativas entre os chás das três procedências (brasileiro, chinês e<br />

japonês) <strong>em</strong> relação a capacida<strong>de</strong> antioxidante, sólidos solúveis extraídos e compostos fenólicos totais.<br />

Unitermos<br />

Ativida<strong>de</strong> antioxidante, chá ver<strong>de</strong>, compostos fenólicos<br />

IC92 - CHÁ VERDE BRASILEIRO (CAMELLIA SINENSIS VAR ASSAMICA): EFEITOS DO TEMPO DE<br />

INFUSÃO, ACONDICIONAMENTO DA ERVA E FORMA DE PREPARO SOBRE A EFICIÊNCIA DE<br />

EXTRAÇÃO DOS BIOATIVOS E SOBRE A ESTABILIDADE DA BEBIDA<br />

Autores: Nishiyama MF; Costa MAF; Souza CGM; Bôer CG; Bracht CK; Peralta RM<br />

Instituição: Faculda<strong>de</strong> União das Américas (UNIAMÉRICA)<br />

Objetivos<br />

Avaliar os efeitos do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> infusão, forma <strong>de</strong> acondicionamento (a granel ou <strong>em</strong> saches) da erva e forma<br />

<strong>de</strong> preparo da bebida (com agitação ou não) na extração dos bioativos do chá ver<strong>de</strong> brasileiro e na<br />

estabilida<strong>de</strong> da bebida obtida.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram utilizadas folhas <strong>de</strong> Camellia sinensis var assamica produzidas no Brasil (Vale do Ribeira) e<br />

acondicionadas <strong>em</strong> sachês. Meta<strong>de</strong> dos sachês foi aberta e os seus conteúdos foram <strong>de</strong>signados como a<br />

granel. Quatro formas <strong>de</strong> preparo foram utilizadas: <strong>em</strong> sachê com agitação, <strong>em</strong> sachê s<strong>em</strong> agitação, a<br />

granel com agitação e a granel s<strong>em</strong> agitação. Para o preparo foram adicionados 1,75 gramas da erva a<br />

granel ou sachê contendo 1,75 g da erva <strong>em</strong> 200 mL <strong>de</strong> água, com t<strong>em</strong>peratura inicial <strong>de</strong> 79±2ºC, <strong>em</strong> três<br />

t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> infusão: dois minutos e meio, cinco e <strong>de</strong>z minutos. Quando da utilização <strong>de</strong> volumes diferentes<br />

<strong>de</strong> água, a mesma proporção erva:água foi utilizada (0,44 g para 50 mL <strong>de</strong> água, 0,87 g para 100 mL <strong>de</strong><br />

água e 4,35 g para 500 mL <strong>de</strong> água). A ativida<strong>de</strong> antioxidante foi <strong>de</strong>terminada pelo ensaio do DPPH<br />

(radicais 2,2-difenil-1-picrilhidrazil) e a concentração <strong>de</strong> compostos fenólicos totais pelo método <strong>de</strong> Folin-<br />

Ciocalteu. Para estudar a estabilida<strong>de</strong>, após o período <strong>de</strong> estocag<strong>em</strong> a 25±2oC e <strong>em</strong> gela<strong>de</strong>ira (8±1oC) por


24 h, os conteúdos <strong>de</strong> compostos fenólicos e ativida<strong>de</strong> antioxidante dos extratos concentrados foram<br />

analisados por cromatografia <strong>em</strong> camada <strong>de</strong>lgada e por cromatografia líquida <strong>de</strong> alta eficiência (CLAE).<br />

Resultado<br />

Os melhores resultados foram obtidos utilizando-se a erva a granel sob agitação, seguida da erva a granel<br />

<strong>em</strong> condições estacionárias. Foi possível observar que para um t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> extração superior a 5 minutos, a<br />

eficiência da extração não variou significativamente (p>0,05) para todas as formas <strong>de</strong> preparações. O t<strong>em</strong>po<br />

<strong>de</strong> dois minutos e meio, <strong>em</strong> sache e não submetido à agitação liberou uma quantida<strong>de</strong> menor <strong>de</strong> compostos<br />

fenólicos, sendo a condição menos eficiente <strong>de</strong> extração. O efeito <strong>de</strong> diferentes volumes <strong>de</strong>monstrou que<br />

quanto maior o volume <strong>de</strong> bebida preparada, maior a eficiência da extração dos bioativos do chá, <strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>corrência da manutenção da t<strong>em</strong>peratura mais elevada, o que favorece a extração dos bioativos.<br />

Conclusão<br />

Os dados obtidos indicam que: 1) para um total aproveitamento das proprieda<strong>de</strong>s antioxidantes do chá<br />

ver<strong>de</strong> brasileiro, o mesmo <strong>de</strong>ve ser preparado com t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> infusão <strong>de</strong> pelo menos 5 minutos, sob<br />

agitação leve e a granel, pois o acondicionamento <strong>em</strong> sachês reduziu a extração dos compostos bioativos;<br />

2) para uma mesma razão erva:água, houve uma eficiência maior na extração dos bioativos quando<br />

volumes maiores da bebida foram preparados; 3) a bebida preparada mostrou-se estável ao<br />

armazenamento à t<strong>em</strong>peratura ambiente e <strong>em</strong> gela<strong>de</strong>ira por 24 h, s<strong>em</strong> aparentes alterações <strong>em</strong> seus<br />

principais bioativos e s<strong>em</strong> perdas das suas proprieda<strong>de</strong>s antioxidantes.<br />

Unitermos<br />

Ativida<strong>de</strong> antioxidante, chá ver<strong>de</strong> brasileiro, compostos fenólicos, estabilida<strong>de</strong><br />

IC93 - EFEITOS DO ÓLEO DE PEIXE EM RATOS COM SEPTICEMIA INDUZIDA PELO<br />

LIPOPOLISSACARÍDEO<br />

Autores: Paschoal VA; Takahashi HK; Loureiro TA; Curi R<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo - USP<br />

Objetivos<br />

Hipótese: É conhecido que os PUFA, principalmente os ω-3, modulam negativamente a resposta<br />

inflamatória. A introdução <strong>de</strong>stes na dieta po<strong>de</strong> produzir proteção imunológica frente a um quadro<br />

subseqüente <strong>de</strong> sepse induzida por lipopolissacarí<strong>de</strong>o (LPS). Tal processo po<strong>de</strong>ria reduzir a exacerbação<br />

da resposta inflamatória <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada pela sepse. Objetivo: investigar o efeito da supl<strong>em</strong>entação do óleo<br />

<strong>de</strong> peixe, rico <strong>em</strong> PUFA ω-3 (eicosapentaenoico - EPA e docosa-hexaenóico - DHA), sobre a sepse induzida<br />

por LPS.<br />

Materiais e métodos<br />

Material e métodos: Os ratos da linhag<strong>em</strong> Wistar (machos) foram divididos <strong>em</strong> dois grupos: nãosupl<strong>em</strong>entados<br />

e supl<strong>em</strong>entado com óleo <strong>de</strong> peixe (OP) (1g/kg p.c), por gavag<strong>em</strong>, durante cinco dias. Após<br />

este período, animais <strong>de</strong> ambos os grupos receberam uma injeção <strong>de</strong> LPS (10mg/kg p.c<br />

intraperitonealmente). Foram realizadas coletas <strong>de</strong> sangue dos animais 0, 2, 6, 24, 48 horas após a<br />

administração do LPS. O animal foi utilizado para contag<strong>em</strong> total e diferencial <strong>de</strong> leucócitos. Células da<br />

medula óssea foram obtidas 0, 2, 24 e 48 horas após administração com LPS através da lavag<strong>em</strong> da<br />

cavida<strong>de</strong> f<strong>em</strong>oral com meio RPMI-1640. A viabilida<strong>de</strong> celular foi avaliada pelo método do Azul <strong>de</strong> Tripan a<br />

1%, as células foram quantificadas <strong>em</strong> h<strong>em</strong>ocitômetro <strong>de</strong> Neubauer. Os resultados foram expressos como<br />

-teste <strong>de</strong><br />

Bonferroni. O limite mínimo <strong>de</strong> significância adotado <strong>de</strong> p


inflamatória induzida por LPS.<br />

Unitermos<br />

Sepse, LPS, ácido graxo, inflamação, citocinas<br />

IC94 - EFEITOS DE QUATRO DIFERENTES DIETAS HIPERLIPÍDICAS (COM BANHA DE PORCO,<br />

ÓLEO DE OLIVA, ÓLEO DE CANOLA OU ÓLEO DE GIRASSOL) SOBRE O METABOLISMO DE<br />

GLICOSE E DE CITOCINAS INFLAMATÓRIAS EM CAMUNDONGOS C57BL/6<br />

Autores: Catta-Preta M; Martins MA; Brunini TCM; Men<strong>de</strong>s-Ribeiro AC; Mandarim-<strong>de</strong>-Lacerda CA; Águila<br />

MB<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Objetivos<br />

Avaliar o impacto <strong>de</strong> quatro diferentes dietas hiperlipídicas (com banha <strong>de</strong> porco, óleo <strong>de</strong> oliva, óleo <strong>de</strong><br />

canola ou óleo <strong>de</strong> girassol) sobre o metabolismo <strong>de</strong> glicose e resposta inflamatório <strong>em</strong> camundongos<br />

C57BL/6.<br />

Materiais e métodos<br />

Aos 3 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, camundongos C57BL/6 machos (n=75) foram divididos <strong>em</strong> cinco grupos (n=15 cada)<br />

<strong>de</strong> acordo com o tipo <strong>de</strong> lipídio da dieta: grupo controle (C, com 10% <strong>de</strong> lipí<strong>de</strong>os) e outros quatro grupos que<br />

receberam dietas hiperlipídicas (com 60% <strong>de</strong> lipí<strong>de</strong>os), grupo Banha <strong>de</strong> porco (Ba), grupo óleo <strong>de</strong> Oliva (Ol),<br />

grupo Óleo <strong>de</strong> girassol (Gi) e grupo Óleo <strong>de</strong> Canola (Ca). Todas as dietas continham 10% <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja<br />

para evitar <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ácidos graxos essenciais. As dietas experimentais foram oferecidas durante 10<br />

s<strong>em</strong>anas. Foram avaliadas: ingestão alimentar (diariamente), massa corporal (s<strong>em</strong>analmente) e eficiência<br />

alimentar. Uma s<strong>em</strong>ana antes da eutanásia foram realizados: glic<strong>em</strong>ia <strong>de</strong> jejum e teste intraperitoneal <strong>de</strong><br />

tolerância a insulina (IPITT). Na eutanásia, foi coletado sangue diretamente do átrio direito para<br />

<strong>de</strong>terminação das citocinas inflamatórias (ELISA) e insulina (radioimunoensaio).<br />

Resultado<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ração ingerida não foi diferente entre os grupos (C= 2,7±0,3g; Ba=2,8±0,1g, Ol=3,0±0,2g,<br />

Gi=3,1±0,1g e Ca=3,1±0,2g), porém a eficiência alimentar do grupo Ba foi maior <strong>em</strong> comparação com os<br />

outros grupos (C=5,5x103±1,0g/Kcal; Ba=9,0x103±1,3g/Kcal; Ol=5,3x103±1,1g/Kcal; Gi=4,3x103±1,1g/Kcal<br />

e Ca=5,4x103±1,1g/Kcal) (p


Investigar <strong>em</strong> ratos <strong>de</strong> meia-ida<strong>de</strong> os efeitos da ingestão crônica <strong>de</strong> aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar sobre<br />

alguns parâmetros bioquímicos.<br />

Materiais e métodos<br />

Foram utilizados 40 ratos Wistar <strong>de</strong> ambos os gêneros, com 12 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Os animais foram divididos<br />

aleatoriamente <strong>em</strong> 4 grupos <strong>de</strong> 10, <strong>de</strong> acordo com o tratamento: água-controle (GC) / (N = 20), sendo GCF<br />

– grupo controle <strong>de</strong> fêmeas e GCM – grupo controle <strong>de</strong> machos, constituído por 10 ratos fêmeas e machos<br />

respectivamente; e os dois outros grupos GA – grupo aguar<strong>de</strong>nte, sendo GAF – grupo aguar<strong>de</strong>nte fêmea e<br />

GAM - grupo aguar<strong>de</strong>nte com N = 10 cada um. Todos os grupos foram alimentados, <strong>de</strong> forma exclusiva,<br />

com uma mistura composta pelos seguintes alimentos regionais: feijão carioquinha (Phaseolus vulgaris L),<br />

arroz polido (Oriza sativa L.), farinha <strong>de</strong> mandioca (Manihot esculenta crantz), frango <strong>de</strong> granja ( Gallus<br />

galináceo) e óleo <strong>de</strong> soja. Os ratos receberam as fontes <strong>de</strong> líquidos (água e/ou aguar<strong>de</strong>nte) e a mistura<br />

alimentar ambos sobre sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> livre acesso, durante todo o período experimental. Ao final das 5<br />

s<strong>em</strong>anas, sob anestesia, os animais foram submetidos a punção cardíaca, para retirada das amostras <strong>de</strong><br />

sangue <strong>de</strong>stinadas às dosagens bioquímicas (glicose - GLIC, colesterol - CT, HDL-C, CT/HDL,VLDL, LDL-C,<br />

TG e albumina). Utilizamos no tratamento estatístico dos dados, os seguintes testes: t-Stu<strong>de</strong>nt com<br />

variâncias iguais e <strong>de</strong>siguais ou Mann-Whitney, com nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> p


(PO) com boa condição clinica ate o PO 7 – PO10, na piora do quadro clinico o animal foi sacrificado e<br />

realizado a necropsia com estudo do anatomo patológico do enxerto. Observando-se inícios <strong>de</strong> rejeição<br />

macroscópica e microscopia no enxerto intestinal estudo. A sobrevida média foi <strong>de</strong> 10 dias.<br />

Conclusão<br />

O transplante intestinal evolui da estratégia experimental para alternativa viável no tratamento da Falência<br />

Intestinal; as dificulda<strong>de</strong>s técnicas encontradas no mo<strong>de</strong>lo suíno são s<strong>em</strong>elhantes a clinica sendo ótimo<br />

mo<strong>de</strong>lo para treino e refinamento técnico das equipes medica<br />

Unitermos<br />

Transplante Intestinal, Suíno, Aspecto Técnico<br />

IC97 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-SECRETÓRIA EM RATOS (MODELO DE LIGADURA DO<br />

PILORO) E DA MOTILIDADE INTESTINAL EM CAMUNDONGOS (MODELO DE TRÂNSITO<br />

INTESTINAL)<br />

Autores: Possenti A; Carvalho JE; Maya K; Jacobucci HB; Rech D; Vanelli CP<br />

Instituição: CPQBA - Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas<br />

Objetivos<br />

Avaliar a participação da secreção ácida gástrica na ativida<strong>de</strong> antiulcerogênica através da utilização <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los experimentais <strong>de</strong> ligadura <strong>de</strong> piloro, <strong>em</strong> ratos, e motilida<strong>de</strong> intestinal, <strong>em</strong> camundongos.<br />

Materiais e métodos<br />

A pesquisa foi feito no CPQBA, Unicamp. Foram utilizados ratos e camundongos machos, das linhagens<br />

Wistar e Swiss, com peso corporal entre 200 e 250g e 20 e 25g, respectivamente. Após jejum <strong>de</strong> 24 horas<br />

os ratos foram anestesiados por meio <strong>de</strong> inalação <strong>de</strong> éter etílico. Após tricotomia e incisão da pare<strong>de</strong><br />

abdominal, realizou-se a ligadura do piloro com linha cirúrgica <strong>de</strong> algodão. Após a ligadura, cada grupo <strong>de</strong><br />

animais recebeu, por via intraduo<strong>de</strong>nal, o tratamento correspon<strong>de</strong>nte: solução salina (2mL/kg), como<br />

controle negativo, cimetidina (100mg/kg), como controle positivo e um produto fermentado a base <strong>de</strong> soja e<br />

trigo, na dose <strong>de</strong> 2000mg/kg, fornecido pela <strong>em</strong>presa Aferbio Bioalimentos LTDA. O abdômen foi suturado e<br />

após 24 horas, os ratos foram sacrificados e o abdômen foi reaberto para retirada do estômago.<br />

Determinou-se o volume e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> íons H+ por titulação com solução <strong>de</strong> hidróxido <strong>de</strong> sódio 0,1N. A<br />

avaliação da ação do produto testado sobre a motilida<strong>de</strong> intestinal <strong>de</strong> camundongos foi conduzida jejum <strong>de</strong><br />

12 horas quando cada grupo recebeu, por via oral, o tratamento correspon<strong>de</strong>nte: solução salina (10mL/kg)<br />

como controle negativo, atropina (3mg/kg) como controle positivo e o produto fermentado na dose <strong>de</strong><br />

2000mg/kg <strong>de</strong> peso corporal. Após 1 hora da administração, os animais receberam 0,1ml <strong>de</strong> uma<br />

suspensão <strong>de</strong> carvão ativado (2%, v.o.). Os animais foram sacrificados, seus intestinos foram retirados e o<br />

percurso do marcador foi medido. A medida do trânsito intestinal foi expressa pelo porcentag<strong>em</strong> do<br />

<strong>de</strong>slocamento do carvão ativado <strong>em</strong> relação ao comprimento total do intestino <strong>de</strong>lgado, consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o piloro até o ceco.<br />

Resultado<br />

O produto testado não foi capaz <strong>de</strong> reduzir a concentração hidrogeniônica, enquanto que a cimetidina,<br />

droga <strong>de</strong> referência, produziu uma diminuição <strong>de</strong> 50%. Os resultados suger<strong>em</strong> que a ativida<strong>de</strong><br />

antiulcerogênica <strong>de</strong>ste produto, já verificada <strong>em</strong> testes anteriores, não envolve mecansmo anti-secretor. Os<br />

movimentos peristálticos são fisiologicamente controlados pela interação do neurotransmissor acetilcolina<br />

com seu respectivo receptor muscarínico do subtipo M3. A redução <strong>de</strong>sta motilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria surgerir um<br />

efeito anticolinérgico e anti-secretor. Não foi verificada alteração na motilida<strong>de</strong> intestinal dos animais,<br />

enquanto que a atropina, droga <strong>de</strong> referência, produziu uma diminuição <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40% da motilida<strong>de</strong><br />

intestinal.<br />

Conclusão<br />

Com base nos dados obtidos nos experimentos para avaliação da ativida<strong>de</strong> anti-secretora dos ativos do<br />

fermentado testado, é possível que não interfiram nos mecanismos que controlam a secreção gástrica,<br />

estando provavelmente relacionado com a citoproteção da mucosa, através do aumento da produção <strong>de</strong><br />

muco gastroprotetor.<br />

Unitermos<br />

Secreção gástrica, alimento fermentado, motilida<strong>de</strong>, ratos, camundongos


IC98 - POSICIONAMENTO DE TUBOS INTRA-GÁSTRICOS ATRAVÉS DA CORRELAÇÃO ENTRE AS<br />

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E A BIOMETRIA EXTERNA COM O COMPRIMENTO ESOFÁGICO<br />

Autores: Beck ARM; Costa Pinto EAL; Freiras MIP<br />

Instituição: Unicamp Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas<br />

Objetivos<br />

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Procedimentos <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> tubos intragástricos são utilizados diariamente<br />

<strong>em</strong> pediatria. Estimativas <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> correlação entre medidas externas e a distância da arcada <strong>de</strong>ntária<br />

superior e a transição esofagogástrica (ADS x TEG) são <strong>de</strong>sejáveis para garantir o a<strong>de</strong>quado<br />

posicionamento dos tubos. Beckstrand et al. (1990), consi<strong>de</strong>ra que a medida do esôfago e a melhor para o<br />

posicionamento do tubo intragástricos <strong>de</strong> acordo com três aspectos: O primeiro é que a variabida<strong>de</strong> do<br />

tamanho, forma e posição do estômago que inviabiliza a utilização <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> referência intragástricos; O<br />

segundo é que a flutuação da configuração do estômago é tão gran<strong>de</strong> que alguns pesquisadores<br />

<strong>de</strong>clararam que não é razoável atribuir uma forma <strong>de</strong>finitiva para o estômago ou para <strong>de</strong>screver alterações<br />

que ocorr<strong>em</strong> com o crescimento (Cl<strong>em</strong>ente, 1985, Lowrey, 1986) Assim, qualquer medida relativamente fixa<br />

externa será pobre para predizer uma distâncias alvo no estômago Beckstrand et al. (1990 e 2007).Um<br />

terceiro probl<strong>em</strong>a é que n<strong>em</strong> todos concordam que os poros da sonda <strong>de</strong>veriam ser colocados <strong>de</strong>ntro do<br />

estômago.Estes fatos levam a um probl<strong>em</strong>a metodológico para <strong>de</strong>signar um critério para avaliar inserção da<br />

sonda. Uma solução para o probl<strong>em</strong>a é utilizar a distância entre a boca ou nariz e esfíncter esofágico<br />

inferior como o critério para medir a inserção do tubo, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta estrutura ser rígida, o que permite<br />

uma medida mais efetiva. Portanto, neste estudo utilizamos também os critérios do comprimento esofágico<br />

para posicionar a sonda no estômago, por consi<strong>de</strong>rar estes mais confiáveis e precisos. O objetivo <strong>de</strong>sse<br />

estudo foi i<strong>de</strong>ntificar os índices <strong>de</strong> correlação entre medidas externas com a medida real do segmento ADS-<br />

TEG, tomadas <strong>em</strong> 153 crianças brasileiras, na faixa etária <strong>de</strong> 2 a 12 anos.<br />

Materiais e métodos<br />

MÉTODO: O estudo foi transversal, prospectivo e analítico. A medida ADS x TEG, obtida por endoscopia<br />

digestiva alta, foi correlacionada a medidas <strong>de</strong> biometria externa: ADS x subnasal; subnasal x tragus; tragus<br />

x apêndice xifói<strong>de</strong>, apêndice xifói<strong>de</strong> x umbigo; subnasal x apêndice xifói<strong>de</strong>. Os dados foram coletados no<br />

período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2006 a janeiro <strong>de</strong> 2008.<br />

Resultado<br />

RESULTADOS: Os maiores valores <strong>de</strong> regressão linear da distância ADS x TEG foram obtidos quando<br />

confrontados com o valor da altura e do comprimento do joelho, respectivamente, 0,90 e 0,87. Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

equações preditivas elaborados utilizando valores <strong>de</strong> altura e as medidas biométricas foram,<br />

respectivamente, 0,83 e 0,82. Houve 100% <strong>de</strong> correlação entre valores obtidos com as equações<br />

<strong>de</strong>senvolvidas nesse estudo e equações internacionais.<br />

Conclusão<br />

CONCLUSÃO: A medida da altura é o melhor valor entre as medidas antropométricas e biométricas<br />

externas para fins preditivos na prática clínica para posicionamento <strong>de</strong> tubos gástricos.<br />

Unitermos<br />

tubos nasogástricos, tubos enterais, tubos <strong>de</strong> alimentação, crianças<br />

IC99 - INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER: O QUE<br />

FAZER?<br />

Autores: Pivi GAK; Silva RV; Juliano Y; Novo NF; Brant CQ; Bertolucci PHF<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo/Escola Paulista <strong>de</strong> Medicina<br />

Objetivos<br />

Avaliar se a educação e supl<strong>em</strong>entação nutricional são formas eficazes <strong>de</strong> intervenção na melhora do<br />

estado nutricional <strong>de</strong> pacientes com doença <strong>de</strong> Alzheimer.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudado prospectivo e randomizado, que contou com a duração <strong>de</strong> 6 meses, on<strong>de</strong> participaram 78<br />

pacientes com ida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> 65 anos e hipótese diagnóstica <strong>de</strong> DA sendo 25 homens, n = 25 (32,1%) e<br />

53 mulheres, n = 53 (67,9%). Estes pacientes foram divididos <strong>em</strong> 3 grupos: Grupo Controle (n=27),


monitorados <strong>em</strong> relação ao estado nutricional; Grupo Educação (n=25) que participaram do programa <strong>de</strong><br />

intervenção nutricional, <strong>de</strong>senvolvido mediante as principais dúvidas dos cuidadores <strong>em</strong> relação a<br />

alimentação e Grupo Supl<strong>em</strong>ento (n=26) que receberam duas doses diária <strong>de</strong> supl<strong>em</strong>ento calórico protéico,<br />

por via oral, que contribui com 690 Kcal e 25,6 g <strong>de</strong> proteína. Todos foram avaliados pela aplicação da<br />

escala <strong>de</strong> nível social ABIPEME, grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência no momento da refeição, avaliação <strong>de</strong> dados<br />

antropométricos (peso, altura, IMC, PCT, CB e CMB e PCT) e bioquímicos (proteínas totais e albumina).<br />

Consi<strong>de</strong>rou-se o MEEM e o CDR como parâmetros <strong>de</strong> rastreio cognitivo e <strong>de</strong> estadiamento da doença. A<br />

análise estatística foi realizada através do teste <strong>de</strong> variância <strong>de</strong> Kruskal-Wallis para comparar as variáveis<br />

antropométricas, bioquímicas, <strong>de</strong>mográficas e <strong>de</strong> estadiamento da doença e Teste do quiquadrado <strong>de</strong><br />

Siegel para estudar as possíveis associações entre os grupos e as variáveis estudadas. Foi fixado <strong>em</strong> 0,05<br />

o nível <strong>de</strong> rejeição da hipótese <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong>.<br />

Resultado<br />

O grupo Supl<strong>em</strong>ento apresentou melhora significativa dos dados antropométicos <strong>de</strong> peso (H calc=22,12,<br />

p=1x/s<strong>em</strong>ana) foi <strong>de</strong> apenas 11,4% (95%IC 8,1–15,7) e 13,3% (95%IC 9,7–17,9),<br />

respectivamente. Apenas 10,5% (95%IC 7,2–15,0) referiram prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física >3x/s<strong>em</strong>ana. Não<br />

houve correlação entre PA e consumo alimentar (p>0,05) ou ativida<strong>de</strong> física (p>0,05).<br />

Conclusão<br />

O consumo <strong>de</strong> frutas e verduras não apresentou impacto sobre os níveis pressóricos, o que segundo o<br />

estudo Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH), po<strong>de</strong>ria levar a um efeito protetor contra a HAS.<br />

De forma similar, o baixo consumo <strong>de</strong> alimentos potencialmente ricos <strong>em</strong> sódio (salgadinhos e <strong>em</strong>butidos)<br />

não provocou nenhum efeito nos valores <strong>de</strong> PA na população estudada. A ausência <strong>de</strong> correlação entre a<br />

ativida<strong>de</strong> física e a HAS, observada <strong>em</strong> nossa casuística, foi um achado que se contrapõe aos dados<br />

reportados <strong>em</strong> outros estudos. Entretanto, <strong>de</strong>ve-se levar <strong>em</strong> conta que esse potencial efeito protetor não


agiria <strong>de</strong> forma isolada na etiopatogenia da HAS, uma vez que se trata <strong>de</strong> um fenômeno que compreen<strong>de</strong><br />

uma complexa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminantes causais.<br />

Unitermos<br />

hipertensão arterial, idosos, consumo alimentar, ativida<strong>de</strong> física<br />

<strong>IC1</strong>01 - INFLUÊNCIA DO LANCHE ESCOLAR NO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE UMA<br />

ESCOLA PRIVADA DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO, MG<br />

Autores: Domingos ALG; Fajardo, VC; Freitas, SN<br />

Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto<br />

Objetivos<br />

Avaliar a associação entre o estado nutricional e o lanche escolar <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> uma escola privada do<br />

município <strong>de</strong> Ouro Preto, MG.<br />

Materiais e métodos<br />

Estudo transversal foi realizado com 254 indivíduos <strong>de</strong> ambos os sexos, matriculados entre o maternal e a<br />

4º série do ensino fundamental <strong>de</strong> uma escola privada <strong>de</strong> Ouro Preto-MG, porém somente 87 alunos da 3º e<br />

4º séries respon<strong>de</strong>ram o questionário <strong>de</strong> freqüência alimentar. A ida<strong>de</strong> dos entrevistados variou <strong>de</strong> 5,8 a<br />

11,3 anos, com média <strong>de</strong> 8,6 anos. O peso corporal foi aferido por meio <strong>de</strong> balança digital portátil e a<br />

estatura com estadiômetro <strong>de</strong> plataforma, escala <strong>de</strong> 0,1 cm, com os alunos <strong>em</strong> posição ortostática. A partir<br />

<strong>de</strong>ssas medidas foi calculado o índice <strong>de</strong> massa corpórea (IMC), adotando-se para a classificação o<br />

Percentil (P) do IMC por ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acordo com o padrão <strong>de</strong> referência da World Health Organization, sendo<br />

<strong>de</strong>finido como baixo peso o P

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