IC1 - Avaliação de Risco Nutricional e Desnutrição em ... - Nutritotal

portadores fazem uso de medicamentos contínuos, sendo esses medicamentos para problemas cardíacos e
hipotireoidismo. Os resultados mostraram também que apenas 6,3% do portadores de SD apresentavam
alguma intolerância alimentar. Em relação ao hábito intestinal verificou-se prevalência de 12,5% de
constipação intestinal, sendo 9,4% dos portadores com freqüência menor que 3 vezes na semana e 6,3%
com 2 vezes na semana.
Conclusão
Ao contrário do que é citado na literatura e em estudos com a população de SD que relatam maior
prevalência de sobrepeso e obesidade nessa população, em nosso estudo foi observado índice elevado de
déficit pôndero-estatural, principalmente baixo peso, e menor prevalência de sobrepeso. Podemos destacar
as condições financeiras desta população, que apresentavam uma baixa renda e condições precárias para
alimentação e custo de vida, como possíveis fatores relacionados aos resultados encontrados.
Unitermos
Síndrome de Down, epidemiologia, estado nutricional
IC24 - LEITE HUMANO: CONTEÚDO DE ÁCIDOS GRAXOS E A RELAÇÃO COM A COMPOSIÇÃO
CORPORAL MATERNA
Autores: Cabrini D; Costa AGV; Sabarense CM; Franceschini SCC
Instituição: UFV
Objetivos
Os objetivos desse trabalho foram determinar o conteúdo médio de ácidos graxos presente no leite humano
e verificar o efeito da composição corporal da nutriz na sua composição de ácidos graxos.
Materiais e métodos
O estudo realizado foi do tipo prospectivo, com acompanhamento de 33 mulheres durante os primeiros 3
meses pós-parto. Foram realizadas entrevista, avaliação de peso, estatura, circunferências da cintura e do
quadril e composição corporal por bioimpedância elétrica no pós-parto imediato e aos 7, 30, 60 e 90 dias.
Além disso, amostras de leite humano foram coletadas e o conteúdo de ácidos graxos foi determinado por
cromatografia à gás. Foram utilizados os testes de correlação de Pearson e o teste t. O nível de rejeição
para a hipótese de nulidade, para todos os testes aplicados, foi de 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa.
Resultado
O conteúdo de ácidos graxos saturados (41%) e de monoinsaturados (30,5%) foi menor, o de ômega 3 foi
semelhante (1,5%) e o de ômega 6 foi maior (25%) do que os descritos pela literatura. O conteúdo de ácido
palmítico (C16:0) no leite humano apresentou correlação fraca, porém significante, com as circunferências
do quadril (r=0,37) e da cintura (r=0,37) e IMC (r=0,38). Em mulheres que apresentaram os valores de
circunferência do quadril e da cintura superiores à mediana da amostra foram encontrados teores mais
elevados de C16:0. O conteúdo de ácido eicosatrienóico (C20:3n3) apresentou correlação com o IMC
(r=0,44) e com o IMCG (r=0,44). Em mulheres que apresentaram os valores de IMC, percentual de gordura,
∆IMC e ∆circunferência do quadril elevados foram encontradas quantidades maiores de C20:3n3. Os
percentuais dos produtos poliinsaturados dos ácidos graxos essenciais no leite humano demonstraram a
mobilização destes ácidos graxos em detrimento de outros. As mulheres que apresentaram maior perda de
gordura corporal aos 90 dias pós-parto apresentaram maiores quantidades de ácidos graxos poliinsaturados
no leite humano. Nesse estudo, foram encontradas correlações entre as modificações de composição
corporal materna e o ácido eicosatrienóico (C20:3n3), produto do ácido linoléico, proveniente
essencialmente da dieta. Por outro lado, não foi encontrada correlação com o conteúdo de poliinsaturados
ômega 6, lipídio predominante no tecido adiposo materno.
Conclusão
Esses dados reforçam a necessidade de acompanhamento dietético desde o início do pré-natal, visto que a
ingestão de lipídios da gestante tem influência tanto na composição dos ácidos graxos presentes no tecido
adiposo materno, que é mobilizado durante a lactação, quanto no perfil lipídico do leite humano.
Unitermos
ácidos graxos, composição corporal, leite humano, período pós-parto