UNIVERSIDADE FEEVALE ADRIANA BARCELOS HAAG ...

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As falas da CPEB, PLEB, PLEC e PTEB identificam-se com a teoria expressa
no PPP da EB e EC, pois o computador é visto por essas educadoras como uma
ferramenta pedagógica, capaz de proporcionar a construção do conhecimento. Ideia
que Papert (2008) defende, ―O tipo de conhecimento que as crianças mais precisam
é o que as ajudará a obter mais conhecimento‖ (p.135). Também cabe destacar, que
essas educadoras possuem ou estão procurando uma formação sobre o uso da
informática na educação. Dessa maneira, a busca por uma formação se apresenta
como um fator relevante no uso do computador como ferramenta
pedagógica.Percebe-se que no momento que o professor tem domínio técnico e
pedagógico do uso da informática é possível fazer essa relação teoria e prática
adequadamente. Ao passo que só é possível inferir, analisar, refletir e relacionar
sobre o que nos apropriamos e possuímos conhecimento.
A CPEA, CPEC e PTEC compartilham a opinião de que é importante o uso do
laboratório de informática e dos recursos da tecnologia, entretanto não demonstram
conhecer o real potencial, enquanto ferramenta pedagógica. Respostas como ―[...]o
computador motiva o aluno, é a ferramenta da atualidade ou o computador facilita
(acelera) a educação‖ (VALENTE, 1999, p. 97) derivam da ideia que o computador é
meramente um facilitador da aprendizagem. Entretanto, o uso do computador em
uma perspectiva de construção do conhecimento, possibilita ao aluno agir sobre o
objeto de conhecimento e não receber o conhecimento pronto.
A PLEA ao relatar não conhecer o PPP escola, demonstra não apropriar-se
do documento norteador do trabalho pedagógico da escola. Entretanto, essa
apropriação também deve fazer parte da atuação do professor, nas palavras de
Veiga (2011, p.13), ―Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos
os envolvidos com o processo educativo da escola‖. Desta forma, para o trabalho do
professor é fundamental ter acesso e apropriar-se da teoria da escola, a fim de que
possa ocorrer a relação com a sua prática.
A PTEA, mediante sua resposta, demonstra não ter domínio da concepção
pedagógica que embasa o PPP da escola, e, portanto não consegue fazer a relação
com a prática. Nas palavras de Freire (1996), saber fazer essa relação é
fundamental para o exercício da reflexão crítica, ―A reflexão crítica sobre a prática se
torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando
blá, blá, blá e a prática, ativismo‖ (p.22).