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saúde sexual e reprodutiva de mulheres imigrantes africanas e ...

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A ocorrência da gravi<strong>de</strong>z não <strong>de</strong>sejada é <strong>de</strong>scrita nos grupos focais como sendo frequente,o que vai ao encontro <strong>de</strong> alguns estudos que revelam uma elevada proporção <strong>de</strong> gra vi -<strong>de</strong>zes não <strong>de</strong>sejadas em grupos <strong>imigrantes</strong> <strong>de</strong> vários países europeus (Valli, 2003; Wolffet al., 2008).Um resultado interessante verificado no presente estudo foi o <strong>de</strong> que, para algumas participantes<strong>africanas</strong>, a gravi<strong>de</strong>z não é algo que esteja sob controlo, pois nos seus relatos agravi<strong>de</strong>z é <strong>de</strong>scrita como «apanhei o filho» ou «apanhei a gravi<strong>de</strong>z». No entanto, uma mi -noria <strong>de</strong> <strong>mulheres</strong> <strong>africanas</strong> consi<strong>de</strong>ra que actualmente existe informação suficiente paraque a gravi<strong>de</strong>z possa ser planeada.A falta <strong>de</strong> informação em saú<strong>de</strong> <strong>sexual</strong> e <strong>reprodutiva</strong> em Portugal foi uma temática es pon -ta neamente abordada pelas participantes brasileiras e muito presente nas discussõesrealizadas nos grupos focais com estas <strong>mulheres</strong>. Algumas participantes referem a dificul -da<strong>de</strong> <strong>de</strong> en con trar informação nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>screvem as estratégias que utili -zam para a obter, como seja o recurso à Internet ou aconselhamento com conhecidos oufamiliares. Tam bém outros estudos sugerem que as populações <strong>imigrantes</strong> ten<strong>de</strong>m a pro -curar infor mação sobre questões relacionadas com saú<strong>de</strong> <strong>sexual</strong> e <strong>reprodutiva</strong> (como oVIH/Sida) junto <strong>de</strong> amigos, Internet e meios <strong>de</strong> comunicação social (Lazarus, Himedan,Ostergaard e Liljestrand, 2006; Steffan, Kerschl e Sokolowski, 2005).Apesar <strong>de</strong> realçarem a falta <strong>de</strong> informação, a maioria das participantes brasileirasconsi<strong>de</strong>ra possuir informação suficiente para <strong>de</strong>cidir qual o melhor momento para engravidar.No que respeita à temática da interrupção voluntária da gravi<strong>de</strong>z constata-se a existência<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sfavoráveis relativamente a esta prática na maioria das participantes dosgrupos focais. Várias participantes afirmam ser uma prática frequente em Portugal e r e -latam ter conhecimento <strong>de</strong> várias experiências <strong>de</strong> interrupção voluntária da gravi<strong>de</strong>z.Dados <strong>de</strong> outras investigações têm apontado para uma maior prevalência <strong>de</strong>sta situaçãona população imigrante (Carballo, 2006; Ackerhans, 2003; Janssens, Bosmans e Tem -mer man, 2005; Valli, 2003).(130) Saú<strong>de</strong> Sexual e Reprodutiva <strong>de</strong> Mulheres Imigrantes Africanas e Brasileiras: um estudo qualitativo

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