saúde sexual e reprodutiva de mulheres imigrantes africanas e ...

Eu não gosto do aparelho, eu sempre tive medo de pôr um corpo estranho dentro demim. (participante africana)Eu quero minha saúde livre, livre de comprimido, livre de tudo (…). (participanteafricana)(…) os comprimidos por dentro começam a fazer uma camada do nosso organismo, edepois correm o grande risco de não poderem ter mais filhos, (…), por isso (…) nuncatomei, não quero tomar. (participante africana)Eu não tomo, nem quero tomar, porque acho que é vicioso, acaba por ser vicioso (…).(participante africana)De forma geral, as participantes descrevem a existência de métodos alternativos, como ala queação de trompas: Quando fui à consulta, a médica disse que a melhor coisa a fazerera a laqueação de trompas. (…) Eu sabia que a minha prima já tinha feito, então comojá tinha os meus filhos, eu decidi fazer (participante africana). Um grupo de participantesfaz também referência a métodos inadequados:Lá na África, eu sei que os nossos pais davam de mamar para prevenir a gravidez. En -quanto se tiver a dar de mamar o período não vem, e muitas mulheres previnem assim.(participante africana)Eu tinha um companheiro que era inteligente e, nesse ponto, ele sabia usar métodos di -ferentes e não prejudicava a saúde a tomar o anticoncepcional. (participante bra sileira)3.5. Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e uso do preservativoAs imigrantes africanas revelam algum desconhecimento sobre IST e formas de transmissão:(…) ah! é uma doença que se apanha através de marido. (participante africana)Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Imigrantes Africanas e Brasileiras: um estudo qualitativo (77)