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A virtuosa relação crescimento/emprego/rendaPara Claudio Dedecca, aumentar a renda e o poder de consumo das famílias é algoque favorece a arrecadação do Estado, o que permite uma ampliação do seu gastosocial com infraestrutura e políticas sociaisPor Graziela WolfartIHU On-Line – Quais as novidadesno Brasil em relação às políticaspúblicas de trabalho, renda e proteçãosocial?Claudio Dedecca – A experiênciarecente brasileira nega um conjuntode expectativas que havia sido constituídono final de década de 1990 nopaís sobre as perspectivas do mercadode trabalho. Ao longo da décadade 1990, a avaliação que se tinha doponto de vista do mercado de trabalhoé de que nós teríamos uma situaçãode desemprego recorrente, emque não seria mais possível ampliar osetor formal ou realizar a geração deemprego e desenvolver políticas públicasde proteção e desenvolvimentodo trabalho. A década passada mostraque essa avaliação da década de 1990EDIÇÃO 416 | SÃO LEOPOLDO, 29 DE ABRIL DE 2013era totalmente falaciosa. Foi possívelpara o país voltar a crescer, gerar empregos,elevar os salários e realizarpolíticas públicas de proteção e desenvolvimentodo trabalho. Portanto,nosso grande desafio a partir deagora, em termos de país, é darmoscontinuidade de sustentação a essatrajetória positiva que conhecemosnos últimos tempos.IHU On-Line – Qual a importânciapara o mundo do trabalho brasileirodo fato de o Lula ter reconstituídouma visão nacional no país, deque temos que ter um projeto queatenda aos interesses dos diversossegmentos da sociedade brasileira? 11 Reflexão levantada pelo professor naNa visão do professor Claudio Dedecca,da Unicamp, a década passadamostrou que “foi possível para o paísvoltar a crescer, gerar empregos, elevar ossalários e realizar políticas públicas de proteçãoe desenvolvimento do trabalho. Portanto,nosso grande desafio a partir de agora,em termos de país, é darmos continuidadede sustentação a essa trajetória positiva queconhecemos nos últimos tempos”. Na entrevistaa seguir, concedida por telefone à IHUOn-Line, ele defende que “a política econômicatende a ter uma trajetória própria e apolítica de infraestrutura, isto é, investimentoem saneamento, transporte, etc., acabaocorrendo na brecha permitida pela políticaeconômica”, o que já estaria melhorando,mas ainda precisa avançar. E aponta: “o trabalhadordepende que o mercado de trabalhofuncione bem, o desemprego seja baixo,a renda aumente, as condições de empregosejam favoráveis, mas ele depende igualmentedo desenvolvimento de um conjuntoimportante de políticas de Estado em termosda sua condição de vida”.Claudio Salvadori Dedecca é professor doInstituto de Economia da Unicamp. Possuigraduação, mestrado e doutorado em CiênciasEconômicas pela Universidade Estadualde Campinas. Dentre outros, é autor de Trabalhoe Gênero no Brasil: Formas, Tempo eContribuição Sócio-Econômica (Brasília: UNI-FEM - ONU, 2005) e Racionalização e Trabalhono Capitalismo Avançado (Campinas: Unicamp- IE, 1999).Confira a entrevista.Claudio Dedecca – O impactoé enorme e extremamente positivo,porque obviamente a reconstituiçãodo projeto nacional para o país restabeleceuma confiança dos diversossegmentos da sociedade em relaçãoao futuro que esse país pode ter. Enesse exato momento existe uma razoávelconvergência em boa parte dossetores da sociedade brasileira, quepossuem a confiança de que é possívelque o país estabeleça uma trajetóriaprópria de desenvolvimento combenefícios sociais, com redução da desigualdade,com geração de emprego,entrevista “O governo Lula e a reconstituiçãode uma visão nacional no país”,publicada na IHU On-Line número 413,de 01-04-2013, disponível em http://bit.ly/XVHGVy (Nota da IHU On-Line)Tema de Capa www.ihu.unisinos.br25

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