7Os processos dolorosos acarretam uma série de alterações fisiológicas quepodem ser gravemente deletérias. A diminuição na ingestão de água e comi<strong>da</strong>resulta em per<strong>da</strong> de peso, catabolismo protéico e até desidratação (Morton, 1985;Haskins, 1997; Redrobe, 1997), resultando em alterações metabólicas, hormonaise desconforto para o animal (Popilskis et al., 1993), motivos pelos quais temhavido crescente preocupação com o bem estar animal.Nas últimas déca<strong>da</strong>s, tem-se reconhecido a importância ao tratamento <strong>da</strong>dor, através de avanços consideráveis, referentes à fisiopatologia <strong>da</strong> dor agu<strong>da</strong>,introdução de novos fármacos e desenvolvimento de técnicas mais atuais para aadministração de medicamentos, com os quais obtém-se uma melhora bastanteobjetiva no tratamento <strong>da</strong> dor (Carr & Gou<strong>da</strong>s, 1999).A dor causa várias interferências nos eixos neuroendócrinos com aumentonos níveis de aldosterona, causando retenção de sódio e desequilíbriohidroeletrolítico (Hamill, 1994); aumento nos níveis de cortisol, levando ahiperglicemia e aumento também nas catecolaminas que são responsáveis poralterações cardíacas como arritmias e aumento no consumo de oxigênio pelomiocárdio (Fox et al., 1994).Entre as alterações respiratórias em animais com dor, podem-se citarvariações no tônus vascular pulmonar, aumento nas concentrações de dióxido decarbono no ar expirado, atelectasias e, por conseqüência, hipoventilação ehipóxia (Gaynor, 1999).Em coelhos e pequenos roedores o manejo <strong>da</strong> dor pós-operatória é vital,pois esses animais, com dor, ficam anoréxicos e desenvolvem íleo paralítico, oque exige uma terapia específica, isto é, estimuladores <strong>da</strong> motili<strong>da</strong>de do tratogastrintestinal assim como analgesia, ou a condição pode ser fatal. Essa seqüela éuma causa comum de morte pós-operatória em filhotes de coelho que nãoreceberam analgesia (Hellebrekers, 2002).Os critérios de per<strong>da</strong> de peso e alterações no consumo de alimento e águasão indicadores sensíveis de dor pós-operatória em roedores. Uma avaliação
8simples do comportamento, pode não ser tão útil na avaliação <strong>da</strong> dor(Hellebrekers, 2002; Redrobe, 2002).A utilização de analgésicos como, por exemplo, a morfina produz depressãono sistema nervoso central (SNC), cardiovascular, respiratório e termorregulador,podendo seus efeitos colaterais variar em muito conforme a espécie do roedor(Harkness & Wagner, 1993).Uma única dose intra-operatória de um AINE, pode conferir analgesiasuficiente depois de cirurgias de grande porte, sendo que o período crítico para ouso desses analgésicos são as primeiras 6-12 horas pós-cirurgia, no caso de ratose camundongos (Redrobe, 2002).A dor como experiência sensorial e emocional desagradável é subjetiva<strong>da</strong>,sendo que por anos houve resistência em reconhecê-la, a literatura humanarelutava em admitir que a dor pós-operatória era sub-trata<strong>da</strong>, assunto quecomeçou a ser debatido na administração <strong>da</strong> dor do câncer e em salas deemergência (Ilkiw, 1999; Redrobe, 2002).Na Medicina Veterinária temos mais culpa em ignorar a dor, pois estudosmais recentes de práticas analgésicas, em cães de companhia, também sugeremcui<strong>da</strong>do inadequado <strong>da</strong> dor pós-operatória (Ilkiw, 1999).2.3 Dinâmica do processo inflamatório:A inflamação (L. inflammare, pôr fogo), é uma série complexa de alteraçõesvasculares que se desenvolvem em resposta à injúria (Cheville, 1994). Quandoocorre a lesão tecidual causa<strong>da</strong> por bactéria, trauma, substâncias químicas, calorou qualquer outro fenômeno, múltiplas substâncias são libera<strong>da</strong>s pelo tecidolesado. O conjunto total <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças teciduais é denominado de inflamação(Guyton & Hall, 1997).
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