69complicação gastroduodenal séria (sangramento e perfurações) é quase 10 vezesmais alta em relação a hepatotoxici<strong>da</strong>de.Na avaliação macroscópica do fígado nos sub grupos K1 e K2 não foramobserva<strong>da</strong>s alterações representativas no fígado, já no sub grupo K3, dos cincoanimais quatro apresentaram presença de fibrina aderi<strong>da</strong> ao órgão e dispersa nacavi<strong>da</strong>de abdominal, fato esse que pode ter sido originado pela toxici<strong>da</strong>degástrica do medicamento, segundo Papich (2003).Na avaliação microscópica nos animais do sub-grupo K1, nenhum dosanimais apresentou evidência de alteração hepática, concor<strong>da</strong>ndo com Silveira etal. (2004), que realizou um estudo comparativo com o cetoprofeno, que fármaconão causou alteração macroscópica severa no fígado de Rattus norvegicus. Emoutra pesquisa, o mesmo autor, afirma que AINEs não seletivos, como ocetoprofeno, o flunixin meglumine, e o piroxican, podem ser utilizados comsegurança durante cinco dias, em doses terapêuticas para cães, sem evidência <strong>da</strong>presença de efeitos tóxicos (Silveira, 2000).Porém Garcia-Rodriguéz et al. (1994) e Duncan (2002), ressaltam que osefeitos adversos de AINEs não seletivos podem incluir <strong>da</strong>nos hepáticos, devendoser considera<strong>da</strong> a relação eficácia-toxici<strong>da</strong>de e Traversa et al. (2003), declaramque o risco na utilização de AINEs em relação ao fígado, não pode serconsiderado pequeno, porque o mecanismo em potencial gerador dehepatotoxici<strong>da</strong>de é desconhecido, sendo avaliados, na maioria <strong>da</strong>s vezes, efeitoshepáticos sintomáticos após a utilização dessas drogas.No sub grupo K2, dois animais apresentaram apoptose discreta e aleatóriasendo que, esse achado não representa alteração hepática significativa segundoCarlton (1998), pois lesões focais e discretas não podem produzir efeitos como aper<strong>da</strong> <strong>da</strong> função hepática normal (Carlton, 1998; Kerr, 2002).Já no sub grupo K3, todos os animais apresentaram alterações no fígado,como infiltrado mononuclear, fibrina, tumefação e apoptose concor<strong>da</strong>ndo comCarlton (1998), que cita o metabolismo hepático de Fase 1, através <strong>da</strong> enzima
70citocromo P-450, como o maior sistema enzimático do fígado envolvido com ometabolismo de drogas. Sendo que esse processo pode também bioativar algumassubstâncias nocivas em uma forma mais tóxica, podendo com o tempo, causaruma lesão hepática (Kerr, 2002; Traversa et al., 2003). Para Carlton (1998) amorfologia <strong>da</strong> lesão hepática induzi<strong>da</strong> pode variar, consideravelmente, com otipo, a dose e a duração <strong>da</strong> exposição à toxina e reações do hepatócito à agressãotóxica agu<strong>da</strong> pois incluem tumefação celular e acúmulo de lipídios. A tumefaçãocelular cita<strong>da</strong> por Carlton confirma as observações depara<strong>da</strong>s no sub grupo K3,onde três animais apresentaram tumefação celular discreta e difusa.Para Garcia-Rodriguéz (1994) o fígado tem uma grande capaci<strong>da</strong>de dereserva funcional, portanto seu funcionamento não de altera quando existemapenas lesões focais localiza<strong>da</strong>s, mesmo assim perante a injúria com drogas,como o acetaminofeno e drogas AINEs não seletivas, é possível observaralterações histológicas como tumefação, apoptose e necrose do hepatócito.Concor<strong>da</strong>ndo com a apoptose, observa<strong>da</strong> nesse estudo, Fiorucci et al., (2002)declara que os hepatócitos de ratos quando tratados com o acetaminofeno podemapresentar tumefação e morte induzi<strong>da</strong>. A infiltração celular, observa<strong>da</strong> no fígadodos animais, coincide também, com achados de Shimpo et al. (1990) que, emestudo realizado com cães, constataram nos animais sobreviventes, após a terapiacom AINE tradicional, infiltração celular hepática e necrose do hepatócito.Pórem Silveira (2000), não encontrou alteração histopatológica em ratosenvolvidos na terapia por 15 dias, com o AINE cetoprofeno, obedecendo aintervalo de 24 horas.Na avaliação macroscópica do rim esquerdo dos animais pertencentes aogrupo K, não se constataram alterações, porém na avaliação microscópica do rim,independente do sub-grupo, visualizou-se em nove animais ou 60% delesdegeneração e necrose tubular sendo que a necrose tubular variou de multifocaldiscreta a acentua<strong>da</strong>, concor<strong>da</strong>ndo plenamente com Shimpo et al. (1990), queafirmam que a utilização de AINEs semelhantes ao cetoprofeno podem produzir
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