9Celsus, um filósofo romano e contemporâneo de Cristo, enunciou quatrosinais cardeais que são observados macroscopicamente na inflamação agu<strong>da</strong>: orubor, o tumor, o calor e a dor, seguido de um quinto fator, que corresponde àper<strong>da</strong> <strong>da</strong> função (Cheville, 1994).O processo inflamatório agudo, caracteriza-se pela curta duração eapresenta os sinais cardeais <strong>da</strong> inflamação (completamente explicados pelasobservações de Lewis em 1927); já o processo inflamatório crônico, além deperdurar por um período indeterminado, não apresenta padrão tão estereotipado,variando de acordo com os tipos de mediadores celulares e humorais envolvidos(Tasaka, 2002).Dentre os principais produtos teciduais liberados, durante o processoinflamatório, são citados a histamina, bradicinina, serotonina, prostaglandinas(Boothe, 1989; A<strong>da</strong>ms, 1992; Guyton & Hall, 1997; Fantoni & Mastrocinque,2002; Tasaka, 2002; Oliva 2004), produtos <strong>da</strong> reação do sistema complemento,produtos <strong>da</strong> reação do sistema de coagulação sangüínea, múltiplas substânciashormonais denomina<strong>da</strong>s de linfoquinas, que são libera<strong>da</strong>s por linfócitos T,quando sensibilizados (Boothe, 1989). Várias dessas substâncias ativamintensamente o sistema de macrófagos e, dentro de poucas horas, esses começama fagocitar o tecido lesado; às vezes, os macrófagos também lesam células ain<strong>da</strong>vivas (Guyton & Hall, 1997).Os mediadores químicos inflamatórios mais estu<strong>da</strong>dos são os eicosanóides.O termo “eicosanóide”, refere-se a lipídios insaturados liberados devido à cisãodo ácido araquidônico, a partir de enzimas específicas. Assim, uma injúriaqualquer que <strong>da</strong>nifique a membrana <strong>da</strong>s diferentes células do organismo, serácapaz de liberar frações de fosfolipídeos denominados ácidos araquidônicos,através <strong>da</strong> ação <strong>da</strong> fosfolipase A 2 (PLA 2 ) que, no estado não ativado, encontra-sena forma esterifica<strong>da</strong> liga<strong>da</strong> à membrana celular (A<strong>da</strong>ms, 1992; Booth, 1992;Tasaka, 2002).O ácido araquidônico, quando liberado, não tem ação antiinflamatória
10(Andrade, 1997; Guyton & Hall, 1997; Tasaka, 2002), entretanto, os produtos desua degra<strong>da</strong>ção, formados através <strong>da</strong> ação <strong>da</strong>s enzimas cicloxigenases elipoxigenase, são mediadores químicos fun<strong>da</strong>mentais para o desenvolvimento doprocesso inflamatório (Tasaka, 2002).As ciclooxigenases são enzimas que convertem o ácido araquidônico emendoperóxidos cíclicos instáveis os quais se transformam em prostaglandinas(PGs) (Guerra et al., 2001), prostaciclinas (PGI 2 ) e tromboxanos (Boothe, 1989;A<strong>da</strong>ms, 1992; Booth, 1992; Andrade, 1997; Tasaka, 2002), substânciasconheci<strong>da</strong>s globalmente com o nome de eicosanóides (Feria, 1998; Isel, 1998;Olivera, 2004).Os chamados eicosanóides são os agentes participantes dos diversos grausdos mecanismos patógenos <strong>da</strong> inflamação, <strong>da</strong> dor e <strong>da</strong> febre (Feria, 1998). Porsua vez, as lipoxigenases dão origem aos leucotrienos (LTs); durante esseprocesso, as diferentes vias enzimáticas podem gerar radicais livres (Boothe,1989; Tasaka, 2002).A fase denomina<strong>da</strong> celular, ocorre concomitantemente com a fase vascular,devido alterações sangüíneas (Booth, 1992). De início verifica-se marginação deleucócitos no leito vascular e a passagem destes para o tecido através dediapedese. O tipo celular predominante nessa fase poderá ser de célulaspolimorfonucleares como: neutrófilos, eosinófilos e basófilos (Andrade, 1997). Amigração celular é constante, e durante as primeiras seis horas o predomíniocelular é dos neutrófilos. A partir <strong>da</strong>s 12 horas, os macrófagos são numerosos ese igualam com os neutrófilos, por volta <strong>da</strong>s 24 horas começam a aparecer, nalesão, os linfócitos. A migração de células ocorre primariamente <strong>da</strong>s vênulas,imediatamente após o início <strong>da</strong>s alterações vasculares (Coelho, 2002).Sabe-se que os corticóides endógenos estabilizam as membranas doslisossomos e são inibidores potentes dos grânulos dos neutrófilos, <strong>da</strong> digestãointracelular e <strong>da</strong> quimiotaxia. Assim, dessa forma, reduzem a aderência doneutrófilo, bloqueando sua habili<strong>da</strong>de de aderir-se ao endotélio e de migrar para
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