19maioria moléculas áci<strong>da</strong>s. Esta acidez não parece essencial para a ativi<strong>da</strong>deantiinflamatória, mas é responsável, em conjunto com a inibição <strong>da</strong> COX-1,pelos efeitos adversos destes medicamentos sobre a mucosa gástrica (Carvalho &Lemônica, 1998).São medicamentos sintomáticos, não interferindo na causa <strong>da</strong> doença,podendo, inclusive, mascarar sintomas que podem confundir e/ou negligenciar otratamento específico (Tasaka, 2002), porém, são medicamentos amplamenteutilizados para o controle <strong>da</strong> dor em pacientes traumatizados (Kehlet, 1989;Ilkiw, 2002).Dentre os AINEs, o ácido acetilsalicílico é o antiinflamatório padrão. Suadescoberta ocorreu no século XVIII (Booth, 1992; Tasaka, 2002) maisespecificamente em 1763, quando o reverendo Edmund Stone, relatou asproprie<strong>da</strong>des antifebris <strong>da</strong> casca do salgueiro, o Salix Alba. Verificou-seposteriormente que a árvore continha a salicilina, a partir <strong>da</strong> qual Lenoux, em1829, sintetizou o ácido acetilsalicílico; sendo que em 1899 iniciou-se o seu usona prática médica (Tasaka, 2002).A Farmacologia tem, atualmente, direcionado sua busca para os AINEs queinibem seletivamente a COX-2, preservando a COX-1.Antiinflamatórios clássicos como a dipirona, piroxican, paracetamol,flunixin meglumine e cetoprofeno inibem as duas ciclooxigenases. AINEs commaior ativi<strong>da</strong>de sobre a COX-2 (meloxican, loxoprofeno e o mais recente grupodos coxibs - celecoxib, rofecoxib, parecoxib, valdecoxib) tem menor incidênciade efeitos colaterais, por não interferirem com a COX-1, porém sua limitaçãorefere-se à via de administração, pois são administrados na forma de cápsulas,por via oral, o que restringe, muitas vezes, seu uso em espécies de tamanhopequeno.Para McMurray & Hardy (2002) é provável que a classe de inibidoresseletivos tornar-se-ão as drogas de primeira escolha no século 21 para tratamento<strong>da</strong> dor agu<strong>da</strong>, dor crônica, (e na maioria <strong>da</strong>s condições inflamatórias e
20reumáticas).2.7.1 Cetoprofeno:O cetoprofeno é derivado do ácido arilcarboxílico pertencente ao grupo doácido propiônico, <strong>da</strong>s drogas antiinflamatórias não esteroi<strong>da</strong>is. Possui ativi<strong>da</strong>desantiinflamatória, antipirética e .apresenta ativi<strong>da</strong>de analgésica (Tasaka, 2002;Oliva, 2004).É um inibidor de dupla ação, pois inibe COX-1 e 2; atuando tanto sobre aciclooxigenase quanto sobre a lipoxigenase, levando ao bloqueio <strong>da</strong>s respostasinflamatórias celulares e vasculares (Tasaka, 2002).Artigos mais recentes têm questionado sua ação inibitória sobre a via <strong>da</strong>slipoxigenases, sendo o derivado mais potente e seguro dentro do grupo do ácidopropiônico (Tasaka, 2002).Possui ação analgésica central, atravessando rapi<strong>da</strong>mente a barreirahematoencefálica, atuando diretamente no tálamo; e ação analgésica periférica,inibindo as prostaglandinas moduladoras <strong>da</strong> dor, além de agir por inibição direta<strong>da</strong> bradicinina (Grisneaux et al., 1999).É um dos mediadores mais potentes <strong>da</strong> dor, sendo considerado cerca de 100vezes superior a fenilbutazona ou a aspirina (Landoni et al., 1995; Malinoviskyet al,. 1998). Possui ação condroprotetora, já que a maioria dos antiinflamatóriosdiminui a síntese de proteoglicanos e acelera a destruição <strong>da</strong>s cartilagensarticulares (Malinovisky et al., 1998).Esse fármaco é indicado para pacientes com dor de grau leve a moderado(Fantoni & Mastrocinque, 2002; Oliva et al., 2004) e, aparentemente não hádiferença significativa mediante seu uso preventivo ou posterior ao estímulocirúrgico, sendo bem-vindo seu uso em animais que apresentam dor de origeminflamatória como, por exemplo, a dos procedimentos ortopédicos (<strong>Alves</strong> et al.,2001).
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