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Miguel Borges - Universia Brasil

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O promotor José Carlos comentou com o Valérioque estava preparando a petição para interditaro filme. Pedi ao Valério que marcasse um encontrocom o promotor. Ficou marcado para odomingo seguinte, no clube Marimbás, aquelena ponta do Arpoador, Posto 6, onde ele eracomodoro (dirigente).Ficamos a uma mesa de pedra, tomando umageladinha, (que ninguém é de ferro) e discutindoo assunto. O José Carlos me diz: Infelizmente vouter que requerer a interdição de seu filme, seique vai ser um contratempo muito grande pravocês, mas acho que é meu dever como promotor.Eu pergunto: por quê? Ele responde: Olha, ofilme é bom, e por ser bom, vai causar comoçãopopular e pode influir no julgamento dos acusados,comovendo o corpo de jurados, pois vocêapresenta o acusado rico numa boa, curtindoa vida fora do pais; e o pobre numa masmorramedieval; e é esse que vai sofrer a ação da Lei;e na comparação entre a situação do rico e a dopobre, a opinião pública e o corpo de juradosvão ficar sensibilizados a favor de soltar o pobre,o socialmente menos favorecido.267Eu respirei fundo, molhei a garganta e respondi:É bem possível que você tenha razão, nãono pedido de interdição, mas na situação quedescreveu; mas repare só em duas coisas: aquilo

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