12.07.2015 Views

Miguel Borges - Universia Brasil

Miguel Borges - Universia Brasil

Miguel Borges - Universia Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

346Eu era estudioso de cinema, eu estudava cinema,lia, ia muito ao cinema, pesquisava. O MarcosFarias, o Carlos Peres, antes de virar diplomata,o Leon Hirszman, este às vezes, fazíamos caravanaspara ver filmes japoneses em São Paulo,pois esses filmes não passavam no Rio. Havia oTóquio, o Jóia e o Niterói, no bairro da Liberdade.Passávamos o final de semana em São Paulovendo filmes japoneses de diretores consagradoscomo Kurosawa [Akira Kurosawa: 1910/1998],Mizoguchi [Kenji Miozoguchi: 1898/1956], Inagaki[Hiroshi Inagaki: 1905/1980]. No Rio, haviaum lugar que passava um filme japonês em umdomingo por mês, foi o Dejean quem descobriue íamos lá também. Era no auditório da ABI –Associação <strong>Brasil</strong>eira de Imprensa, para a colônia.Uma coisa muito importante embora óbvia,mas que o Cinema Novo não compreendia, oucompreendia muito precariamente, a importânciado gênero. Como o cinema é uma linguagemconvencional, ele está dividido quanto ao tipo defilme, de assunto, em gêneros, e a definição dogênero é fundamental para que aquela convençãode comunicação funcione de cara. Quando oespectador vê o cartaz e vai ver um filme, ele jávai sabendo qual é o gênero; ele já tem metade dacomunicação garantida, ele já sabe o que aquelefilme vai mostrar a ele. Por isso eu procurei, dealgum modo, de forma pessoal, cultivar gêneros.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!