Miguel Borges - Universia Brasil

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Capítulo IVA Revolução do Cinema Novo com CincoVezes Favela e o meu Zé da CachorraPor volta de 1962, obteve-se, através do Ministroda Educação do Governo João Goulart, uma verbapara fazer um filme, através do CPC, CentroPopular de Cultura, que era um instrumento deagitprop (agitação e propaganda).Nunca concordei muito com as teorias do CPC,embora fizesse parte. Mas eu participava maisdo lado do Marcos Farias do que do Vianinha,pois não achava aquele tipo de movimentoeficaz. Cultura é cultura e propaganda é outracoisa, cada qual com seu valor. Usar cultura parafazer propaganda não é eficiente, não que eutivesse algum preconceito ético, apenas achavaque não funcionava.79Eu não admitia a eficiência disso, e tinha razão,não funcionava mesmo.Eu trabalhava na Prensa Latina, que, era a agênciade notícias da Cuba de Fidel Castro.Fidel estava começando a se tornar persona nongrata dos americanos. Pouco depois (1959) elese declarou comunista.
Me liga o Vianinha pra redação da Prensa Latina,no edifício chamado Bolo de Noiva, na esquinada Almirante Barroso com Graça Aranha, dizendoque tinha conseguido dinheiro para fazer ofilme, e queria que eu estivesse no projeto, quehavia apresentado e defendido meu nome lá ehavia sido aprovado. Eu fui pra lá então, e na discussãoeu sugeri o titulo de Cinco Vezes Favela,o pessoal gostou e o nome ficou. Era pra seremcinco curtas-metragens compondo um longa.80O Jânio havia renunciado em Agosto de 1961e o Governo vigente era o de João Goulart. Euhavia tido apenas a experiência frustrada docurta sobre o cafezinho, e de repente me vi como desafio de dirigir um filme, mas sempre fuiabusado e atirado, meti a cara e dirigi o episódioZé da Cachorra.O filme teve os cinco episódios: Um Favelado,dirigido por Marcos Farias, Zé da Cachorra, dirigidopor mim, Escola de Samba Alegria de Viver,dirigido por Cacá Diegues, Couro de Gato, dirigidopor Joaquim Pedro de Andrade e PedreiraSão Diogo, dirigido por Leon Hirszman.As condições de filmagem eram precárias, umapenúria, principalmente para mim que fui oprimeiro a filmar, servi de cobaia, começaram asegurar muito o dinheiro.
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Miguel BorgesUm Lobisomem Sai da So
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Coleção AplausoO que lembro, tenh
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IntroduçãoA partir de 2002, quand
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AgradecimentosAna Paula Nunes - Cen
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alguns meses, falava-se muito na mo
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Dei entrevista ao Globo: Eu não ve
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Capítulo VIII1968 - Maria Bonita,
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Ela sempre vinha acompanhada da mã
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Era chicote de cena, mas Celi bateu
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de cavalgada, o que aliás é uma f
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hora e local da fofoca. E Sônia, e
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Essa era a famosa falta de estrutur
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comigo. Ele foi até os figurantes
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conosco no movimento cineclubista,
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É ou era essa paixão que leva o c
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Saímos juntos para o cinema para v
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valinho nos meus ombros. Fomos conh
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te, pois tinha uma visão global do
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A carteira de financiamento, o sist
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Cinema Novo, com raras exceções,
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Em 1969, eu fiz a montagem do filme
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As Escandalosas
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Mas ficou muito ligada ao Élio, me
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As EscandalosasAs Escandalosas
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Digo a ele que eu queria empinar um
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Wilson me chamou para ajudá-lo a o
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Capítulo X1971 - O Barão Otelo no
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Barretão foi um grande produtor no
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gravar, pois não tinha segurança
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Em 1973 me telefona Nilo Dante, hav
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te. Quando acabou a cerimônia, vei
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cientista e humanista. O documentá
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da, em todos os níveis da hierarqu
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Bruno já havia demonstrado talento
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Capítulo XI1974 - Na Televisão, D
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Trabalhei várias vezes com Paulo U
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çou no lugar dele no jogo de atra
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Você vê o rosto dela meio estraga
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Capítulo XII1974 - O Último Malan
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O Último Malandro
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para a distribuidora da Embrafilme,
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Mas o diretor resolve então, a par
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Capítulo XIII1975 - Aquele que Con
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Pecado na Sacristia207
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Mauro quem!?; e ele Francisco Milan
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vendo minha reação. Quando eu lev
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Mas quando eu cheguei lá na Rua M
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Pecado na Sacristia não era um fil
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um cinema perto da Croisette, não
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Nos dias seguintes, saiu o dinheiro
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achou a sacada genial, mas quem tin
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Em 1976, deu-se uma história engra
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Em 1978, houve um concurso de rotei
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um cara disse que havia ali ao pé
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Capítulo XIV1978 - Eu Como Preside
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o de presidente. Eu fui eleito dent
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Briguei muito politicamente com Rob
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Eu perguntei a ele se o Governo ia
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Capítulo XV1978/1986 - Na Cooperat
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fraca, a receita do cinema ia para
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terceiro salário, pusemos as conta
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O Amaral era um cara afável, seus
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concluindo o roteiro, se o diretor
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Primo Carbonari, famoso produtor de
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E eu senti que minha base, os produ
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O Caso Cláudia
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Como o filme tinha muito acontecime
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mais. Quando viram a primeira cópi
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sua carreira talvez seja truncada,
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O pai de Cláudia Lessin Rodrigues,
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havia uma porta fechada. Eu bati, a
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ção do Carlos Tourinho, a TVC, na
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que você chama de masmorra medieva
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O filme teve resultado mediano e pa
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Ele me diz pelo telefone que já ha
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Fui apanhado meio de surpresa, por
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Devido à obrigatoriedade de cumpri
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Naquela manhã de março de 1991, f
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mento da lei que exige que o direto
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E o diretor da Embrafilme via no te
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a Biblioteca Nacional está receben
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vana, que queria fazer um discurso
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O investimento quase não era mais
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doras. Havia um anteprojeto do depu
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Mas logo em seguida, ao vencer uma
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Um belo dia, me liga o Pedro Rovai,
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Com o filme pronto, Rovai não se a
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Capítulo XX1997 - São Lourenço -
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uma mula e tinha um ajudante, a Fac
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Edgar Soares dos Anjos, um baixinho
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A Eubiose é uma escola de iniciaç
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A maçonaria tem as Grandes Lojas e
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Agora, os eixos planetários devem
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Marcos? ele diz: você fica bravo e
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Álbum de FamíliaTia Mundinha, irm
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Pai e Mãe de Miguel com os netos
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Avó materna, D. Higina Reis Feitos
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no Barreto, Ficção de curta-metra
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O AutorAntonio Leão da Silva Neto
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ÍndiceApresentação - José Serra
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Crédito das FotografiasA presente
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Carlos Coimbra - Um Homem RaroLuiz
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João Batista de Andrade - Alguma S
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Série Teatro BrasilAlcides Nogueir
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Denise Del Vecchio - Memórias da L
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Renata Fronzi - Chorar de RirWagner
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Ney Latorraca - Uma CelebraçãoTan
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© 2008Dados Internacionais de Cata
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