23 Gestão<strong>financeira</strong> e<strong>operacional</strong><strong>do</strong> <strong>Arpa</strong>Os valores acima não incluem recursos executa<strong>do</strong>sdiretamente por outros parceiros como, por exemplo, acooperação técnica <strong>do</strong> WWF-Brasil e da GiZ (Agência deCooperação da Alemanha), ou as contrapartidas governamentais(federal e estaduais).O <strong>Arpa</strong> começou a se estruturar em 2003, com o iníciodas articulações necessárias para garantir sua implementaçãoe com a criação da Unidade de Coordenação <strong>do</strong> Projeto(UCP), no âmbito <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente,para coordenar essa implementação.A maior parte <strong>do</strong>s recursos aloca<strong>do</strong>s no POA de 2003foi destinada a reuniões entre os parceiros (<strong>Arpa</strong>, 2004)e ao reembolso <strong>do</strong>s custos de preparação da estrutura <strong>do</strong>Funbio, responsável pela <strong>operacional</strong>ização <strong>do</strong> <strong>Arpa</strong>. NoPOA de 2004, com o processo de estruturação já bastanteavança<strong>do</strong>, os recursos começaram a chegar às unidades deconservação. No POA de 2005 houve um grande avançona execução <strong>do</strong>s recursos, fato que pode ser credita<strong>do</strong> aoinício <strong>do</strong> funcionamento das contas vinculadas e <strong>do</strong> SistemaCérebro, instrumentos que deram grande agilidade àexecução <strong>do</strong> programa.O incremento na execução orçamentária <strong>do</strong> <strong>Arpa</strong> semanteve nos POAs de 2006 e 2007, sen<strong>do</strong> este último oano que apresentou a maior execução. Em 2008, diantede um volume de recursos disponíveis insuficientes paraa demanda, a execução <strong>do</strong>s investimentos anuais foi desacelerada.O POA de 2009 foi constituí<strong>do</strong> por recursos<strong>do</strong> KfW-BMZ e pela entrada de um novo <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r, o KfW– BMU, cujos recursos se destinaram às unidades de conservaçãode uso sustentável. No entanto, o volume de recursosdisponíveis foi bem menor <strong>do</strong> que os quatro anosanteriores. O gráfico 3 mostra a evolução <strong>do</strong>s valores executa<strong>do</strong>sem cada POA. Os valores se referem a recursos deinvestimentos diretos pelo Funbio. Os recursos destina<strong>do</strong>sao Fun<strong>do</strong> de Áreas Protegidas (FAP) não estão incluí<strong>do</strong>s.Gráfico 3 · Valor (R$) executa<strong>do</strong> em cadaPOA no perío<strong>do</strong> de 2003 a 2011Valores (R$)1.854.2405.471.12621.668.53022.289.34327.474.6892003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011POAFonte: Sistema Cérebro, da<strong>do</strong>s de maio/201216.432.44911.924.6852.151.200Recursos aplica<strong>do</strong>s e resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s5.228.235Em sua 1ª Fase, o Programa <strong>Arpa</strong> estava organiza<strong>do</strong> em cincocomponentes que, por sua vez, se des<strong>do</strong>bravam em subcomponentescom objetivos e metas específicas. A estruturadetalhada, bem como os resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s e os recursosaplica<strong>do</strong>s em cada item, podem ser vistos na tabela 5.A aplicação <strong>do</strong>s recursos se concentrou principalmenteno Componente 1 – Criação e estabelecimento de novasunidades de conservação, onde foram gastos 36,5 milhõesde reais; no Componente 2 – Consolidação de unidadesde conservação de proteção integral existentes, com 40,2milhões de reais gastos; e no Componente 5 – Gestão <strong>do</strong>Programa, no qual foram consumi<strong>do</strong>s 28,8 milhões dereais. Os componentes 1 e 2, relaciona<strong>do</strong>s diretamente às
24 Gestão<strong>financeira</strong> e<strong>operacional</strong><strong>do</strong> <strong>Arpa</strong>UCs individualmente, absorveram 71% <strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong>Programa – na verdade, esse percentual foi maior, poismuitos <strong>do</strong>s recursos aplica<strong>do</strong>s na capacitação <strong>do</strong>s técnicoslota<strong>do</strong>s nas UCs e nos órgãos gestores foram computa<strong>do</strong>sno Componente 5.A alocação de recursos para o Componente 3 – Mecanismosfinanceiros para sustentabilidade de UCs foi menorque a prevista inicialmente. Isso se deve a uma mudançano desenho original <strong>do</strong> projeto, que previa a realização deprojetos-pilotos de geração de renda nas unidades de conservação,individualmente. Os estu<strong>do</strong>s preliminares mostraramque os possíveis projetos dificilmente conseguiriamgerar renda maior que os custos estima<strong>do</strong>s para as UCs. OComponente 4 – Monitoramento e Avaliação da Biodiversidadeem UCs teve pequenos avanços, mas não conseguiuestabelecer um grupo de indica<strong>do</strong>res padrão para o monitoramentoda biodiversidade in loco na UC. Estabeleceu ummonitoramento remoto, onde se pode acompanhar principalmenteo desmatamento nas unidades.O gráfico 4 permite visualizar comparativamente asdespesas executadas por cada um <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong><strong>Arpa</strong>. Cabe salientar que no Componente 3 não estão inseri<strong>do</strong>sos valores <strong>do</strong> FAP.O gráfico 5 demonstra os tipos de gastos e os respectivosvalores apura<strong>do</strong>s na 1ª Fase <strong>do</strong> Programa. O maiortipo de gasto foi representa<strong>do</strong> pelos custos recorrentes,que incluem o pagamento de diárias para as atividades deproteção, integração com entorno, elaboração de plano demanejo, participação em capacitações, compra de passagensaéreas e de combustível, manutenção de equipamentose gastos cotidianos, entre outros.Gráfico 4 · Gastos (R$) em cada componentena 1ª Fase <strong>do</strong> Programa <strong>Arpa</strong>Gráfico 5 · Tipos de gastos e os respectivosvalores apura<strong>do</strong>s na 1ª Fase <strong>do</strong> <strong>Arpa</strong>36.475.85940.257.75739.117.95528.878.334Gastos (R$)463.2041.822.792Valor (R$)4.516.3889.807.41915.972.909 13.202.886Comp. 1Criação de UCsComp. 2Consolidaçãode UCsexistentesComp. 3Mecanismospara aSustentabilidadede UCsComp. 4MonitoramentodaBiodiversidadeComp. 5Gestão <strong>do</strong>ProgramaObras Consultorias Serviços Bens CustosrecorrentesFonte: Sistema Cérebro, da<strong>do</strong>s de maio/2012