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Gestão financeira e operacional do Arpa

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45 Gestão<strong>financeira</strong> e<strong>operacional</strong><strong>do</strong> <strong>Arpa</strong>Leonar<strong>do</strong> Lacerda / WWF-Canonconclusão é de que é preciso equilibrar os custos de oportunidadeeconômica das UCs com os benefícios econômicosda conservação florestal e os custos programáticos daredução <strong>do</strong> desmatamento.Uma das prioridades nas negociações de mudanças climáticasno âmbito da ONU é assegurar recursos financeirosque sejam realmente novos e adicionais para garantiro financiamento de 30 bilhões de dólares anuais em curtoprazo e 100 bilhões de dólares até 2020. Esses montantesdevem ser destina<strong>do</strong>s ao financiamento de ações para reduçãode emissões em países em desenvolvimento – comoo Brasil. Além de ações para reduzir as emissões de gasesde efeito estufa oriundas <strong>do</strong> desmatamento e da degradaçãoflorestal, estão incluídas ações de adaptação às mudançasclimáticas, capacitação e transferência de tecnologia. Énecessário, ainda, definir sistemas para mensurar, relatar everificar os resulta<strong>do</strong>s a serem obti<strong>do</strong>s.Para a Amazônia brasileira, estima-se que o custo daredução das emissões oriundas no desmatamento seja de1 a 2 dólares por tonelada de CO2 equivalente. Esse valorincluiria o pagamento de programas de comunidades locaisque vivem nas ou das florestas e outros ecossistemas,compensação parcial de custos de oportunidade, reforçona aplicação das leis e mais apoio financeiro para as áreasprotegidas. No geral, de forma simplificada, o GovernoBrasileiro normalmente considera que a biomassa contém100 toneladas de carbono por hectare.4 Algumas projeçõesindicam o montante <strong>do</strong>s custos diretos das UCs seria nomáximo 40% <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> carbono não emiti<strong>do</strong> até 2050(Conclusões <strong>do</strong> Seminário).5É recomenda<strong>do</strong> um apoio para cobrir parcialmenteesses custos no âmbito de um acor<strong>do</strong> internacional <strong>do</strong>clima. Tal apoio compreenderia incentivos econômicospara os países tropicais reduzirem suas emissões de carbonooriundas <strong>do</strong> desmatamento e da degradação florestal(REDD). Qualquer tipo de estímulo à redução das emissõesoriundas <strong>do</strong> desmatamento – inclusive por meio dediferentes mecanismos de compensação <strong>financeira</strong> – serãomuito bem-vin<strong>do</strong>s para minimizar (mitigação) as mudançasclimáticas, promover a adaptação a essas mudanças emanter as salvaguardas sociais e de biodiversidade.A conclusão é de que a proteção de áreas florestaisconstitui uma das estratégias mais eficazes, práticas e deefeito imediato para combater as mudanças climáticas. Éum bom investimento: os ganhos econômicos das UCspara o Brasil, até 2050, foram estima<strong>do</strong>s em dezenas debilhões de dólares.Segun<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s mais recentes incorpora<strong>do</strong>s nas estatísticasglobais, em 2008, mais de 120 mil áreas terrestres emarítimas protegidas nos diferentes países cobriam 21 mi-

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