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Logos 18 - Logos - Uerj

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Comunicação e experimentações com a linguagem na performanceA performance como fenômeno artístico e delinguagem vem sendo amplamente estudada nosEstados Unidos e na Europa desde a segunda metadedos anos 70. No Brasil, foi primeiramente caracterizadacomo linguagem por Renato Cohen, em suadissertação de mestrado, embora sua prática jáchamasse a atenção de artistas e críticos de arte dopaís desde o final dos anos 70, início dos 80.Segundo o pesquisador argentino radicado nosEstados Unidos, Jorge Glusberg, a performancepode ser concebida como um fenômeno de “artecorpo-comunicação”,status que muito interessa àspesquisas contemporâneas da comunicação, namedida em que permite retomar suas dimensõesprocessual, criadora, estética e questionadora, nummomento em que essas pesquisas tendem, não raro,a se colar – e a se reduzir - aos aspectos de suamediação tecnológica e de forma pouco crítica.Não se trata de refutar o fato de vivermos numacultura “mediatizada”, que se apóia cada vez mais emsistemas midiáticos e tecnológicos. Antes, o que sepretende aqui é garantir um espaço para umpensamento que favoreça a investigação de processosculturais onde a comunicação se dê não apenas emseu aspecto de transmissibilidade, mas no daexperimentação e da resignificação dos códigos sociais.A discussão sobre a performance vai nos interessarpor ser esta uma “arte de fronteira” e, ao mesmo tempo,um “topos de experimentação com a linguagem”(COHEN, 1987), o que nos permite fazer uma série dereflexões acerca da comunicação como processo -histórico, cultural, político e estético - complexo.Ano 10, nº <strong>18</strong>, 1º semestre de 200313

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