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Fernanda PizziUnesco, adverte, em A ciência e a ética da responsabilidade,que a possibilidade criada pela ciência de usar partesdo corpo para salvar ou reproduzir vidas acabou transformandoórgãos em objetos de mercado. Volnei Garrafa,coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisasem Bioética da UnB, explora a tensão entre a responsabilidadee a liberdade da ciência e da política,apontando a “prudência” como virtude e a “ética daresponsabilidade” como vetor decisivo para a demarcaçãodos limites do controle do ser humano sobre avida. Em seu Bioética e manipulação da vida, Garrafa sugere:“avançar, mas com controle...” (Op.cit., p.220).Quanto à possibilidade da clonagem humana e dapesquisa com embriões, Axel Kahn desafia: seria aMorte do Sexo? O que o geneticista e membro do ComitêConsultivo Nacional de Ética francês perguntaé o quanto a possibilidade de clonagem humana parareprodução pode terminar por abolir a relação sexualcomo forma de procriação da espécie.A expressão do corpo através de sua presença nasartes é encontrada nos textos do filósofo Luiz FernandoFranklin de Matos (O corpo enclausurado – sobreA religiosa, de Diderot), do crítico João Luiz Vieira(Anatomias do visível: cinema, corpo e a máquina da ficçãocientífica) e do historiador da arte Carlos Antônio LeiteBrandão (O corpo do Renascimento). A crítica de arteHelena Katz (A dança, pensamento do corpo) parte dadança para definir o corpo como a mídia básica, exemplardos processos de comunicação da natureza. Aindanessa temática, Jorge Coli (O sonho de Frankestein),professor de história da arte da Unicamp, lembra quea arte do século XIX foi marcada pela exposição de180LOGOS 18: Comunicação e Artes