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Logos 18 - Logos - Uerj

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Fernanda Pizziem que defende a idéia de que os seres humanos eramcomo máquinas, porque, assim como Descartes diziados animais, também não tinham alma. La Mettriesustentava que, só concebido como “um relógio quenão precisa de um relojoeiro que lhe dê corda”, ohomem poderia ser livre, independente de Deus oude alma espiritual. Assim, o valor do humano estaria“no que ele faz de si mesmo, e não na posse de umagrandeza inata” (Op.cit., p.53).De forma similar, o que pauta a investigação deRenaud Barbaras (A alma e o cérebro) é a filosofia queconsidera a experiência da irredutibilidade da almauma ilusão. Barbaras procede então uma interrogaçãoda assertiva: “não há na alma nada além do que há nocérebro” (Op.cit, p.67).As relações entre corpo e sociedade merecemdestaque nos textos de Antônio Cavalcanti Maia e MariaRita Kehl. O primeiro, filósofo, segue o enfoque iniciadopor Michel Foucault para tratar da atuação do podersobre os corpos. O ensaio Biopoder, biopolítica e o tempopresente busca salientar “o impacto no campo políticodos avanços tecnológicos e o modo como se relacionamvida, corpos, estratégias de poder e desenvolvimentodo capitalismo” (Op.cit., p.79). Já o corpo como sujeitoé o tema da psicanalista Maria Rita Kehl. As máquinasfalantes estuda o corpo no circuito da linguagem, daspráticas culturais, da organização do tempo, dasinterdições e das demandas, reforçando a relação entreo corpo, a linguagem e o outro. “Cada cultura produz ocorpo que lhe convém, assim como produz os sintomasque tentam dar conta do resto pulsional impossível desatisfazer”(Op.cit., p.249). Excluído da comunidade, o178LOGOS <strong>18</strong>: Comunicação e Artes

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