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Logos 18 - Logos - Uerj

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Perplexidade e fascínio na manipulação do corpo pela ciênciaum corpo fragmentado, haja vista o sujeito sem cabeçade O homem que anda, de Auguste Rodin, e poemascomo A carniça, de Baudelaire, em que vermes devoramossos humanos.À luz dos dezoito ensaios que compõem O homemmáquina,ingressamos em um campo aberto – a tecnociência– que multiplica as indagações acerca da relaçãoentre natureza e cultura, tornando-as reflexão obrigatóriatanto no domínio da filosofia e das ciênciashumanas e sociais, como nas discussões do mundotécnico e científico. Quando a nova condição do corpopertence ao domínio da liberdade, esse lugar passívelde ser transformado de acordo com nossas vontadese ações, são os deslocamentos operados pela técnicaque precipitam um novo modo de questionamentodo ser do homem. Trata-se de pensar o homem segundoe a partir da própria transformação que a tecnologiaengendra, e não o contrário.Atestar que “a ciência manipula o corpo” é considerálacomo agente que transforma e complexifica tanto omundo quanto a relação que os indivíduos podem tercom ele. A sensação de indeterminação que é cara aessa complexificação responde ao fato de que os própriosparâmetros da ética vêm sendo (re)constituídos.Eis que sobrevém o encanto ou o espanto de que “viveremostempos interessantes”.Fernanda Pizzi é mestranda em Comunicação Socialna Universidade do Estado do Rio de Janeiro.Ano 10, nº <strong>18</strong>, 1º semestre de 2003<strong>18</strong>1

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