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Logos 18 - Logos - Uerj

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Fernando do Nascimento Gonçalvesem diferentes instâncias do cotidiano, que instauremindisciplinas, “instabilizando toda uma ordemsincrônica, social, política” (CAIAFA, 1997, p.8).Neste sentido, a performance se situaria dentro deum campo de produção de novas experiênciassubjetivas com a linguagem artística e, como veremosmais adiante, com o que René Berger chamou de“comunicação poética” (1977, p.137). Como formaexpressiva, a performance usa então a mescla para forjarseus processos criativos e abrigaria possibilidades deindisciplinas e de rompimentos com as grandestradições estéticas. Com isso, tensiona e amplia aspróprias possibilidades do fazer artístico, que podetornar-se capaz de produzir outros agenciamentos egerar novos enunciados.A performance como forma de expressão artísticaé também uma tentativa de produzir uma linguagemque não se torne barreira para uma comunicaçãopoética. Não se trata aqui de uma comunicação quese limita ou reduz à manipulação de seus códigos paraalcançar uma inteligibilidade “pura” ou que busca umasimples transmissibilidade. Tão pouco trata-se de umaforma expressiva na qual uma idéia deve padronizarsepara estabilizar o sistema de transmissão e derecepção dentro de um mecanismo que visa a imposiçãode determinadas coordenadas semióticas,para usar um termo de Deleuze.Falamos de uma comunicação onde a mensagemnão corresponderia, como afirma René Berger, a umasignificação necessariamente preestabelecida a priori.Lidamos aqui com uma comunicação que se produz“num permanente estado de tensão entre a forma e22LOGOS <strong>18</strong>: Comunicação e Artes

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