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Edição Especial - Engenharia de Pesca - Uema

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Rev. Bras. Enga. <strong>Pesca</strong> 2[Esp.]A pescaria se inicia sempre na baixa-mar e, <strong>de</strong> acordo com os ventos e as correntes existentes, ospescadores <strong>de</strong>finem o local i<strong>de</strong>al para cravar os mourões no substrato, em uma faixa <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>que varia normalmente <strong>de</strong> 4 a 5 m. A parte inferior da re<strong>de</strong> é amarrada próxima à extremida<strong>de</strong> inferiordo mourão, com um nó <strong>de</strong> porco, e a parte superior é amarrada próxima a sua meta<strong>de</strong>, com dois nós: oprimeiro é um nó <strong>de</strong> porco e o segundo um nó <strong>de</strong> laçada, distando cerca <strong>de</strong> 20 cm <strong>de</strong> um do outro. Istoé feito por segurança, garantindo que a re<strong>de</strong> se mantenha presa ao mourão caso o primeiro nó seja<strong>de</strong>sfeito. Após a colocação do mourão e fixação da re<strong>de</strong> ao mesmo, inicia-se o lançamento da re<strong>de</strong> aomar. Ao final <strong>de</strong>sta operação, uma bóia <strong>de</strong> isopor é fixada à extremida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong>, a qual fica à <strong>de</strong>riva,ao sabor das correntes. Este mesmo procedimento é efetuado com a segunda re<strong>de</strong>, após o qual ospescadores retornam à praia.A operação <strong>de</strong> recolhimento inicia-se 12 horas após, durante a baixa-mar, localizando–se a bóiafixada na extremida<strong>de</strong> das re<strong>de</strong>s. Dois pescadores proce<strong>de</strong>m ao recolhimento, operação que dura emtorno <strong>de</strong> 2 horas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do estado do mar. Os peixes são mantidos emalhados, sendo retiradosapenas após o <strong>de</strong>sembarque. No retorno à terra, a canoa navega com as velas içadas para chegar comrapi<strong>de</strong>z ao ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarque e iniciar a comercialização do pescado.Na chegada, toda re<strong>de</strong> é lavada diretamente na praia, momento em que todos os peixescapturados são retirados. A espécie <strong>de</strong> tainha mais capturada nessa operação é a M. liza, conhecida naregião como “cambiro”.TARRAFAA pesca <strong>de</strong> tarrafa é realizada com o auxílio <strong>de</strong> uma pequena bóia (ou outro objeto flutuantequalquer, como um coco seco ou um pedaço <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira), a qual é lançada na água para atrair astainhas. Quando o cardume se concentra em torno da bóia, a tarrafa é lançada sobre o mesmo. Emoutras ocasiões, o pescador, através da visualização direta do cardume na superfície da água, efetua olançamento da tarrafa, sem recorrer ao uso da bóia. Este procedimento é executado com doispescadores a bordo da canoa, sendo um o responsável pelo lançamento da tarrafa e o outro pelacondução da embarcação e pelo da mesma na hora do lançamento da tarrafa. Esta pescaria é feita noinício da baixa-mar ou preamar e, ao contrário das duas acima <strong>de</strong>scritas, ocorre tanto no interior doestuário, como nas proximida<strong>de</strong>s da <strong>de</strong>sembocadura do rio Manguaba ou no mar <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro. A pescariadura em torno <strong>de</strong> 3 a 4 horas, numa profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> até 10 m.As espécies <strong>de</strong> tainhas mais capturadas nessa operação são a M. curema e M. curvi<strong>de</strong>ns,vulgarmente conhecidas na região como sauna do olho preto e negrão, respectivamente.13

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