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PSICOLOGIA & INFORMÁTICA - BVS Psicologia ULAPSI Brasil

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como aquela que não produz nenhum tipo de problema à saúde dosque a exercem. Porém, mesmo se essa atividade beneficiar-se de umespaço de criatividade que não poderia ser comparado com o que éoferecido em funções de trabalho repetitivo taylorizado ou fordizado,está-se muito longe da imagem que é feita, habitualmente, doanalista como um “gênio criador”, que desenvolve seu trabalho emcompleta liberdade e cuja única limitação seria a dos limites de suaprópria imaginação. Essa situação de trabalho, se ela algum dia existiu,não corresponde, em absoluto, a dos analistas de hoje. Na verdade,esses trabalhadores estão submetidos a importantes pressões:pressões da direção da empresa para respeitar os prazos de produção,necessidade de gerenciar as relações com os clientes, exigênciasoriginadas nas rápidas mudanças que intervêm no conhecimento enos produtos informáticos, e que nem sempre podem ser controladas,etc. E, se o sofrimento psíquico do qual podem ser vítimas émuito importante, ele nem sempre aparece nos dados dos serviçosmédicos das empresas, pois ele se situa, na maior parte do tempo, emum nível infrapatológico. Mesmo quando manifestações somáticasou psíquicas são reveladas, elas são totalmente inespecíficas e nãopermitem estabelecer uma relação clara com a atividade.Na pesquisa que fizemos com um grupo de analistas de informática,em uma filial de Porto Alegre, de uma grande empresaestatal de processamento de dados, foi possível constatar que existeuma grande parte de prazer no trabalho que eles fazem e há, também,uma clara valorização do trabalho realizado, tanto dentro, comofora da empresa.A pesquisa foi realizada com cinco analistas da filial. O grupoera composto de quatro homens e uma mulher com idades entre28 e 30 anos. Os dias, os horários e o local das reuniões foram escolhidospelo grupo. As reuniões ocorreram em uma sala isolada dabiblioteca da filial, duas vezes por semana. Foram feitas seis reuniões,com duas horas de duração cada uma.É importante lembrar que não é possível encontrar-se, na atividadede análise, a repetitividade e a monotonia próprias às funçõestayloristas clássicas. Isso, talvez, por se associá-la em um primeiromomento, por suas características de concepção, às dos setores demétodos e processos. Contudo, ver-se-á que não é exatamente esse ocaso. A especificidade do trabalho informático, tal como ele se desen-12 | <strong>PSICOLOGIA</strong> & INFORMÁTICA

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