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PSICOLOGIA & INFORMÁTICA - BVS Psicologia ULAPSI Brasil

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dando essa mesma realidade, transformando-a em potência, que exigiráuma nova recriação para ser elaborada psiquicamente.É nesse sentido que dirigimos o nosso trabalho e a nossaorientação. Para tal, procuramos observar e aceitar a individualidadedo terapeuta e sua maneira de agir psicologicamente, o que dependeda sua linha de formação e, respeitando-se as diferenças, agregamosos conhecimentos de diversas linhas, nas quais os vários membrosdo grupo são formados.Porém, é através do “ser terapeuta” do orientador (ou orientadores)que se vai escrever a resposta baseada a comunicação que seestabelecerá na orientação. Chamamos de ser terapeuta o “espaçopsíquico” que o psicólogo estará utilizando quando da resposta daorientação. Esse espaço pode ser nomeado de diversas formas, como“atenção flutuante”, “canalização”, “consciência ampliada”, entremuitos outros nomes dados ao espaço em que os insights ocorrem,dependendo da linha que esse segue, tanto nos contatos presenciaiscomo nos virtuais, esse espaço nos parece muito parecido. É a maneiracomo se formalizam esses insights que muda radicalmente quandose fala de orientação psicológica via e-mail.Esse espaço psíquico do terapeuta leitor do e-mail perde umpouco de sua subjetividade e tende a ganhar a idéia de campo depossibilidades. E como campo de possibilidades, ganha-se espaço narelação para a reorganização de outras possibilidades que possamestar ocorrendo concomitantemente, ou seja, abre-se espaço para serepensar a experiência emocional vivida pelo estímulo do objeto.A noção de campo de possibilidades permite a idéia de espaço,por conseguinte instrumentaliza o interlocutor, com função terapêutica,a respeitar a presença de espaço para suas intervenções, emoutras palavras, talvez não se possa dar conteúdos emocionais, semque se crie previamente espaços que possam conter esses conteúdos.Na formalização de uma orientação psicológica via e-mail peloNPPI, existe sempre essa preocupação no sentido de abrir espaçospsíquicos, para a permissão de uma futura elaboração, já contida nofluxo do objetivo do serviço prestado.Levy (1996) interpreta o virtual como exercício da criatividadee a garantia dos processos comunicacionais. Para ele esses processosseriam a criação de novos sentidos: a virtualização seria uma característicada própria comunicação (da linguagem), que estaria presentedesde o momento em que a humanidade passou a produzir textos.<strong>PSICOLOGIA</strong> & INFORMÁTICA | 165

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