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Ana Maria Santiago Patalão Património Geológico dos concelhos ...

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azinheira, existindo, no entanto, alguns povoamentos desta espécie que assumem uma extensãoconsiderável. Estes constituem autênticas relíquias paisagísticas e um <strong>dos</strong> ex-libris florísticos desteterritório. A sua presença é especialmente nos vales estreitos, preferencialmente em esporões rochososdas arribas do Douro e seus afluentes.FungosA área <strong>dos</strong> <strong>concelhos</strong> e especialmente do PNDI é fértil em fungos, tanto em diversidade de espéciescomo em quantidade de exemplares. To<strong>dos</strong> os anos, principalmente no Outono, muitas pessoasdedicam-se à recolha de cogumelos. Os mais procura<strong>dos</strong> são as sanchas Lactarius deliciosus, osmíscaros Tricholoma equestre, os frades Macrolepiota procera, os boletos Boletu spp., os cantarelosCantharellus cibarius e as trombetas-<strong>dos</strong>-mortos Craterellus cornucopioides. Na Primavera procuramseprincipalmente as pantorras Morchella esculenta.Além destes cogumelos comestíveis, existem muitos outros não comestíveis, como por exemplovárias espécies do género Amanita, entre as quais o conhecido e venenoso Amanita muscaria, váriasespécies de Russula, Phallus impudicus e Lycoperdum echinatum, entre outros.6.2- Património CulturalO valor do património cultural não é mais que a capacidade de estimular a memória das pessoashistoricamente vinculadas à comunidade, contribuindo para garantir sua identidade cultural emelhorar sua qualidade de vida.Os <strong>concelhos</strong> de Miranda do Douro e Mogadouro são riquíssimos em tradições, lendas, curiosidadespopulares e religiosas, tais como a famosa dança <strong>dos</strong> pauliteiros de Miranda (dança guerreira muitoantiga, de origem celta), o artesanato típico, a variada gastronomia, o comércio, o riquíssimopatrimónio histórico e arquitectónico, para além da generosidade das suas gentes.Há ainda a destacar a própria língua mirandesa, o Mirandês que ainda se pode ouvir fluentementenas diferentes povoações e que, além de ser a única considerada como segunda língua em Portugal, éestudada nas escolas e usada na toponímia local (fig. 6.3 - A).Habitação e hospitalidade transmontanaUm valor indiscutível é o da hospitalidade <strong>dos</strong> transmontanos, especificamente nos dois <strong>concelhos</strong>.―Entre, quem é ?‖, dizem os transmontanos quando alguém lhes bate à porta, espelhando nestaexpressão emblemática a sua hospitalidade. A cozinha da casa rural transmontana é a divisãoessencial, sendo aí que a família passa a maior parte do seu tempo de convívio. Principalmentedurante os longos perío<strong>dos</strong> de Inverno rigoroso, a família transmontana reúne-se em volta da lareira,onde se alinham as panelas, com água para o banho, o caldo de legumes, petiscos fumegantes, água139

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