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Ana Maria Santiago Patalão Património Geológico dos concelhos ...

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O conjunto geológico estruturado no final do Ciclo Varisco constitui a ossatura geológica fundamentalda península e é designado por Cadeia Central (fig. 2.2). Os bor<strong>dos</strong> deste Maciço (Orlas Ocidental eMeridional a W e S), ou as depressões no seu interior (Bacias do Douro, Tejo e Sado, depressões doEbro e Guadalquivir) registam a acumulação de sedimentos e rochas gera<strong>dos</strong> no Ciclo Alpino, o qualainda continua em evolução nos tempos actuais.Do ponto de vista paleogeográfico, nos finais do Câmbrico, a área em estudo, ocuparia a zona axialdo Terreno Ibérico (na figura 2.8 é possível acompanhar a variação da posição geográfica <strong>dos</strong> terrenosda Península Ibérica). Os Terrenos da Península Ibérica estariam posiciona<strong>dos</strong> no bordo norte <strong>dos</strong>upercontinente Gondwana, em paleolatitudes muito altas, próximo do Pólo Sul (fig. 2.8- A), oGondwana estaria separado da Báltica e Sibéria por um oceano, o Prototethys.O maciço antigo de Miranda do Douro, é essencialmente, composto por rochas gnáissicas de ≈530Ma, representando o testemunho do soco cristalino cadomiano (Castro et al., 2003). Todavia, estamesma crusta regista relíquias de eventos mais antigos compreendidas entre 1800-1400 Ma,preservadas nos núcleos de alguns minerais (zircões), o que indicia tratar-se de uma crusta maisantiga, reciclada no Ciclo Cadomiano (Castro et al., 2003).Segundo Pereira, na “Breve História Geológica do NE de Trás-os-Montes” (s/data), doNeoproterozóico ao Câmbrico (≈650-488 Ma) e em discordância sobre os gnaisses do Maciço deMiranda, os quais sofreram o adelgaçamento crustal durante a fase extensional (rifting), inicia-se adeposição de uma espessa sequência de sedimentos na frente do Orógeno Cadomiano quecolmataram o extenso fosso marinho intracontinental, correspondente à Zona Centro-Ibérica (fig. 2.3).Na região de Miranda do Douro, depositam-se as duas unidades superiores do Grupo Douro(Complexo Xisto-grauváquico). Estes sedimentos, subsequentemente deforma<strong>dos</strong> e metamorfiza<strong>dos</strong>,são visíveis, por exemplo, no acesso à barragem de Miranda do Douro. O fosso desenvolvido no interiorda microplaca Ibérica a qual, no período que estamos a considerar, ocupava a margem norte <strong>dos</strong>upercontinente Gondwana, só se torna possível por estiramento e subsidência (afundimento) dacrusta de forma a acumular a espessa camada de sedimentos do Grupo Douro. As margens do fossoregistaram actividade magmática e vulcânica, indicadores de que a ruptura continental que originou oposterior oceano varisco se iniciou neste período (fig. 2.9).33

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