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Desporto&Esport - ed 10

Revista digital Desporto&Esport (www.desportoeesport.com)Faça o Download desta revista em: https://www.magzter.com/PT/Desporto&Esport;/Desporto-&-Esport/Sports/201599 ou se preferir o Paypall https://www.presspadapp.com/digital-magazine/desporto-esport

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“CAPITALISMO VELOCIPÉDICO?”<br />

No passado anterior a 2005, as Equipas<br />

Profissionais, subiam e desciam de escalão, fossem<br />

elas economicamente mais ou menos abastadas, não<br />

apenas pelas suas capacidades económico/financeiras,<br />

mas pelo valor e pelos resultados dos seus atletas<br />

(ciclistas) resultante também, de um trabalho de<br />

toda a Equipa.<br />

O acesso às competições não era limitado por este<br />

tipo de regras, o que permitia que todas as equipas<br />

pudessem “lutar” e obter as preciosas pontuações, as<br />

quais ditavam o seu futuro, bem como o futuro dos<br />

atletas, fossem eles de países emergentes ou pertencentes<br />

ao “velho continente europeu”.<br />

A subida ou a descida de divisão podia ser constante<br />

(anual) e esse fator permitia uma dinâmica ainda<br />

mais evolutiva.<br />

Hoje, isso é uma “miragem” pertencente ao passado.<br />

Hoje, também no ciclismo o dinheiro é o mais<br />

importante e a manutenção ou a permanência das<br />

equipas nas respetivas categorias é exclusivamente<br />

ditada pela maior ou menor capacidade financeira,<br />

o que não contribuí para que as oportunidades de<br />

trabalho e de futuro, mais ou menos gracioso, seja<br />

o mesmo para todos os atletas, de todas as equipas<br />

inscritas na UCI, representantes dos mais variados<br />

países.<br />

O PARADOXO<br />

Apesar do deslumbre da WorldTour, os jovens atletas<br />

de equipas Sub-23, que ambicionam tornar-se<br />

profissionais, assim como um bom número de ciclistas<br />

profissionais, que formam a “base da pirâmide”,<br />

poderão vir a perder-se para a modalidade, ainda<br />

antes de atingirem a maturidade.<br />

Ser Ciclista Profissional de uma equipa do escalão<br />

Continental e mesmo do escalão Continental<br />

Profissional, significa por vezes ser explorado.<br />

De que forma?<br />

Pagando com o próprio salário, em muitos casos,<br />

sendo já ele mínimo ou encontrando patrocínios<br />

pessoais para poder fazer parte destas mesmas formações<br />

e assim poderem competir.<br />

A obsessão pela Globalização coloca em causa os<br />

fundamentos tradicionais, mas essenciais da própria<br />

modalidade, sem os quais a mesma poderá arriscar<br />

perder a sua identidade, bem como a sua<br />

“Matéria-prima” de base.<br />

AS REFORMAS E O FUTURO<br />

Do ponto de vista da cr<strong>ed</strong>ibilidade e da verdade<br />

desportiva, a constituição e recente aparecimento<br />

(2014) de uma comissão independente denominada<br />

CIRC (Comissão Independente para a Reforma do<br />

Ciclismo), veio reatar e estabelecer relações que são<br />

prioritárias, com os organismos de referência mundial<br />

nesta matéria, nomeadamente a AMA (Agência<br />

Mundial de Anti Dopagem) e<br />

o TAS (Tribunal Arbitral do<br />

Desporto). Estas relações são<br />

indispensáveis, fortalecem e<br />

solidificam a imagem global da<br />

modalidade.<br />

Com um m<strong>ed</strong>iatismo crescente,<br />

resultante da inequívoca<br />

espetacularidade desta modalidade,<br />

desde 2012 que as<br />

Equipas se movimentam de<br />

forma a poderem ser recompensadas<br />

pelos direitos de transmissão<br />

e utilização das imagens<br />

(algo que lhes é legítimo). No<br />

entanto, tal como em outras<br />

matérias, não existe consensualidade.<br />

A Velon, atual detentora desta<br />

responsabilidade e representante<br />

das equipas que dela fazem<br />

parte, conduz o processo e os<br />

respetivos interesses, o qual<br />

ainda assim, não encontra,<br />

nem reúne um consenso geral,<br />

face aos distintos interesses<br />

dos organizadores para com as<br />

empresas de televisão, detentoras<br />

dos direitos de transmissão.<br />

Outro aspeto tem a ver com<br />

a relação existencial que une<br />

as equipas da mesma nacionalidade<br />

dos organizadores, que<br />

desta forma lhes permite acesso<br />

quase direto às competições que<br />

as mesmas organizam.<br />

Outras reformas estão ainda<br />

previstas, entre as quais, a<br />

da diminuição do número de<br />

equipas pertencentes ao World<br />

Tour, das 18 atuais para 16 em<br />

2017. Será igualmente perspicaz<br />

ou mesmo racional pretender<br />

diminuir o número de efetivos<br />

(atletas) nas equipas WorldTour<br />

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