REVISTA 4a. ed. 30.01.2017 - online

Mito
Um beijo azul
Há milhões de anos, existia ao invés do mar e
do céu, a Celestina, que foi o nome dado a junção
desses dois fenômenos naturais, que estavam ligados
por um fio impartível, que era chamado de Linha do
Horizonte.
Esse planeta era habitado por dois povos de
deuses diferentes, os Cuicuis, de indígenas, e os
Abtodos, de gregos, além de animais, plantas e pessoas.
Os Cuicuis achavam que a Celestina deveria se
separar, porque era algo de tão grande imensidão, que
depois não caberia no planeta. Já os Abtodos diziam
que aquilo era algo bom, já que quanto maior, mais
poder teriam.
No meio de uma noite fria, os deuses
indígenas decidiram cortar a linha, então foram até lá.
Seus inimigos já esperavam por isso e estavam de
prontidão.
Lutaram por horas, até que, em seu último
suspiro, o cacique cortou a linha, com sua espada de
ferro, dando origem ao mar, ao céu e à linha do
horizonte.
Infelizmente, ambos não sabiam que ali um
amor floresceria, dessa forma, o mar e o céu cruzam o
horizonte para um beijo azul eterno.
Juliana Santos
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