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REVISTA 4a. ed. 30.01.2017 - online

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Conto<br />

A morte não é o fim.<br />

Era uma noite escura, apesar da lua cheia. Estávamos eu,<br />

Isabelle, Makenna, Issac e Kyle, meu melhor amigo, acampando em uma<br />

pequena floresta de árvores finas e altas, em Lowrence, Kansas, nos Estados<br />

Unidos. Eu, Johnnie, resolvi escrever um diário sobre os fatos daquela noite<br />

e, antes de começarem a lê-los, quero que saibam que foi tudo real.<br />

Eram quase dez horas da noite de uma sexta-feira. Estávamos<br />

sentados ao r<strong>ed</strong>or de uma fogueira, em frente a duas barracas:<br />

— Vamos fazer alguma coisa! – exclamou Makenna.<br />

— Humm... Você conhece a lenda do poltergeist vingativo? —<br />

começou Kyle.<br />

— É! Dizem que é um espírito vingativo que assombra uma<br />

casa aqui perto – disse Isaac, apontando para trás de mim – depois daquele<br />

morro alto. Diz a lenda que a família que morava lá foi morta por um<br />

incêndio, mas o pai foi o único que sobreviveu para se vingar de quem<br />

queimou a casa. Parece que ele mata todos que tentam entrar naquele<br />

lugar.<br />

Apesar de Isabelle e eu discordarmos da ideia, começamos a<br />

nos dirigir àquela casa, após os outros três terem implorado tanto. Subimos<br />

o pequeno morro, de onde já avistamos a construção. Kyle tentava assustar<br />

Isabelle, enquanto Isaac o encorajava:<br />

— Vamos! É só entrar e dar uma olhada! Nenhum “poltergeist”<br />

vai nos matar! — zombava ele.<br />

A casa estava em péssimo estado. Era feita apenas de madeira,<br />

restante do incêndio, e partes de cimento, que deixavam a construção ainda<br />

de pé.<br />

— Makenna abriu a porta da frente, entramos, e eu peguei a<br />

minha câmera para fazer alguns vídeos engraçados de “terror”.<br />

— Olha que quadro bizarro, Johnnie! — Kyle me chamou.<br />

Entrei no quarto em que meu amigo se encontrava, enquanto<br />

as meninas e Isaac andavam pelo corr<strong>ed</strong>or. Isabelle não parava de repetir<br />

que deveríamos sair de lá. Voltei para a sala principal.<br />

— Nossa! A Isa ficou mais de um minuto sem reclamar! — disse<br />

Isaac olhando para trás, onde ela não mais se encontrava. Isabelle!? Haha...<br />

Agora está tentando me assustar?<br />

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