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REVISTA 4a. ed. 30.01.2017 - online

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Relato de memórias<br />

A doce ansi<strong>ed</strong>ade<br />

Acho que eu devia ter uns 11 anos de idade quando comecei a fazer<br />

teatro, porque na minha escola era uma matéria escolar. No teatro nós temos que<br />

improvisar, ser criativos, enfim, atuar.<br />

Em uma aula, a minha linda professora p<strong>ed</strong>iu para nós nos dividirmos<br />

em grupos e montarmos uma peça com tema livre. Eu não sou uma pessoa que gosta<br />

desse “tema livre”, pois tantas ideias e tantos assuntos se passam na minha cabeça,<br />

que é impossível escolher apenas um. Eu e meu grupo treinamos a semana inteira, me<br />

lembro que, no começo, foi um desastre, era confuso, mas depois todos se<br />

concentraram e focaram na peça.<br />

Então, havia chegado o dia tão esperado (apenas para alguns) e nem sei<br />

como explicar a minha ansi<strong>ed</strong>ade, é uma sensação tão boa e, ao mesmo tempo, ruim.<br />

Eu nem sei explicar, é uma sensação estranha, como um frio na barriga. Me pareceu<br />

que isso não acontece apenas comigo, o que eu acho muito legal, pois poder<br />

compartilhar sentimentos é como tirar um peso das costas.<br />

Eduarda Mezzetti<br />

A primeira improvisação<br />

Estava eu, em uma de minhas primeiras aulas de teatro, imaginando as<br />

experiências que viriam a ocorrer durante o curso. Enquanto falava, a professora<br />

escreveu na lousa as nossas atividades a serem realizadas no dia, uma delas era a<br />

nossa primeira experiência com improvisação.<br />

Ao chamado da professora para nos sentarmos e formar uma plateia,<br />

eu saí de minha carteira à beira da janela em direção ao resto dos meus colegas de<br />

classe, que estavam sentados no chão frio de nossa sala de aula.<br />

Após a explicação da professora sobre o tema da improvisação,<br />

algumas pessoas se dirigiram ao centro da sala e começaram a improvisar de acordo<br />

com o tema.<br />

Depois de várias improvisações, a professora olhou quem ainda não<br />

havia atuado, e então, ela chamou meu nome e deu um tema. Eu me dirigi de forma<br />

trêmula até o “palco”, acompanhado de outras pessoas, o tema era uma queixa de<br />

assassinato numa delegacia, eu só falei durante alguns minutos e, depois, deixei o<br />

palco. Após um minuto de silêncio, sendo que havia apenas uma pessoa no palco,<br />

alguns meninos invadiram a cena e simularam um assalto, e a partir daí, o m<strong>ed</strong>o de<br />

entrar no palco foi tomado por um consentimento de alegria e diversão.<br />

Francisco Mota<br />

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