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Relato de memórias<br />
A doce ansi<strong>ed</strong>ade<br />
Acho que eu devia ter uns 11 anos de idade quando comecei a fazer<br />
teatro, porque na minha escola era uma matéria escolar. No teatro nós temos que<br />
improvisar, ser criativos, enfim, atuar.<br />
Em uma aula, a minha linda professora p<strong>ed</strong>iu para nós nos dividirmos<br />
em grupos e montarmos uma peça com tema livre. Eu não sou uma pessoa que gosta<br />
desse “tema livre”, pois tantas ideias e tantos assuntos se passam na minha cabeça,<br />
que é impossível escolher apenas um. Eu e meu grupo treinamos a semana inteira, me<br />
lembro que, no começo, foi um desastre, era confuso, mas depois todos se<br />
concentraram e focaram na peça.<br />
Então, havia chegado o dia tão esperado (apenas para alguns) e nem sei<br />
como explicar a minha ansi<strong>ed</strong>ade, é uma sensação tão boa e, ao mesmo tempo, ruim.<br />
Eu nem sei explicar, é uma sensação estranha, como um frio na barriga. Me pareceu<br />
que isso não acontece apenas comigo, o que eu acho muito legal, pois poder<br />
compartilhar sentimentos é como tirar um peso das costas.<br />
Eduarda Mezzetti<br />
A primeira improvisação<br />
Estava eu, em uma de minhas primeiras aulas de teatro, imaginando as<br />
experiências que viriam a ocorrer durante o curso. Enquanto falava, a professora<br />
escreveu na lousa as nossas atividades a serem realizadas no dia, uma delas era a<br />
nossa primeira experiência com improvisação.<br />
Ao chamado da professora para nos sentarmos e formar uma plateia,<br />
eu saí de minha carteira à beira da janela em direção ao resto dos meus colegas de<br />
classe, que estavam sentados no chão frio de nossa sala de aula.<br />
Após a explicação da professora sobre o tema da improvisação,<br />
algumas pessoas se dirigiram ao centro da sala e começaram a improvisar de acordo<br />
com o tema.<br />
Depois de várias improvisações, a professora olhou quem ainda não<br />
havia atuado, e então, ela chamou meu nome e deu um tema. Eu me dirigi de forma<br />
trêmula até o “palco”, acompanhado de outras pessoas, o tema era uma queixa de<br />
assassinato numa delegacia, eu só falei durante alguns minutos e, depois, deixei o<br />
palco. Após um minuto de silêncio, sendo que havia apenas uma pessoa no palco,<br />
alguns meninos invadiram a cena e simularam um assalto, e a partir daí, o m<strong>ed</strong>o de<br />
entrar no palco foi tomado por um consentimento de alegria e diversão.<br />
Francisco Mota<br />
201