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mito<br />
Mar cintilante<br />
Há muito tempo, quando o mundo ainda era<br />
“novo”, havia uma moça chamada Luh. Num mundo<br />
cheio de escuridão, onde o céu era tão iluminado como é<br />
hoje, Luh “enfeitiçava” a todos com sua bondade<br />
radiante.<br />
Quando adulta, conheceu Mah. Mah era um<br />
rapaz alegre, com um coração puro. Apenas por se<br />
verem, sentiram o amor no ar: era paixão.<br />
Anos se passaram e se tornaram marido e<br />
mulher, vivendo um “sonho”. Para aumentar aquela<br />
alegria, Luh ficou grávida de trigêmeos, que quando<br />
nasceram foram chamados de Esth, Rei e La.<br />
A aldeia onde viviam, infelizmente, entrou em<br />
uma súbita guerra, fazendo o chefe obrigar todos os<br />
homens e crianças a largarem suas famílias e irem para a<br />
batalha, deixando Luh sozinha.<br />
Anos depois, ela estava deitada em seu lindo<br />
jardim, pensando sobre a família, quando o mensageiro<br />
veio, ofegante, e lhe contou sobre a morte dos seus<br />
entes queridos. Arrasada, correu para a mais alta<br />
montanha da aldeia e se suicidou. Zeus, emocionado<br />
com a atitude, tornou Luh a Lua, Esth, Rei e La as<br />
estrelas, e Mah o mar, para eternizar aquele esplêndido<br />
amor radiante.<br />
Heloísa Elias<br />
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