REVISTA 4a. ed. 30.01.2017 - online

Dois anos depois, o rei tentou escapar da terrível situação
em que tinha se encontrado após a declaração da
Monarquia Constitucional, mas foi destituído e preso.
A partir daí, meu pai só falava de uma tal de
“Convenção Nacional” e como eu iria crescer e representar o
poder dos “girondinos”. Não havia entendido o que ele quis
dizer, até que foi proclamada a República após diversas
revoltas.
Eu sempre ouvia meu pai conversando com a
minha mãe sobre o crescimento dos jacobinos, até que, um
dia, ele disse: “O Terror chegou!” e logo em seguida deu
adeus a nós e partiu para a revolta. Nunca mais o vimos.
Desde então, minha mãe estava feliz com a ascensão do
Terceiro Estado, mas eu sempre ouvia ela sussurrando
consigo mesma: “meu marido já deve ter sido decapitado na
guilhotina, espero que não tenhamos o mesmo destino”.
Quando chegou o dia 9 de Termidor de 1794 – e
eu já era um jovem adulto – os girondinos tomaram o poder
e as coisas passaram a melhorar para nós. Logo surgiu o
Diretório, que não durou muito, devido a grave crise
econômica. Ele foi sucedido pelo Consulado, que tinha três
deputados no lugar de cinco.
Nele, havia o Primeiro Cônsul, que tinha mais
poder em relação aos outros. Esse cargo foi logo tomado
pelo jovem-general Napoleão Bonaparte, em 18 de Brumário
de 1799.
Rodrigo Guerreiro
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