REVISTA 4a. ed. 30.01.2017 - online

Carta pessoal
São Paulo, 28 de setembro de 2016.
Oi, Ranlely,
Que saudades, amiga! Estou mandando esta carta para contar sobre a
viagem que fiz com a escola, de que tanto comentei.
Conforme te falei, fomos para a cidade de Paraty, RJ. A arquitetura do
lugar é colonial, no centro histórico as ruas são calçadas por pedras grandes, há
sobrados antigos e igrejas históricas como: Santa Rita, Nossa Senhora da Penha,
Nossa Senhora dos Remédios, e outras. Devido a estrutura antiga, as igrejas são
pequenas, parecem capelinhas! Além disso, na cidade também tem casas, meios de
transporte, como pequenas embarcações e uma ponte que liga a praia com o centro
histórico.
As ruas são feitas de pedras graças ao desenvolvimento trazido pelo
Ciclo do Ouro. As pedras eram necessárias porque as tropas de mulas, carregadas de
ouro ou café, faziam grandes atoleiros nos dias de chuva e nuvens de poeira nos dias
de sol.
As construções foram realizadas acima do nível da rua por conta da
invasão das águas das marés, previstas para entrar e inundar a cidade.
Podemos afirmar que o clima da cidade é o tropical litorâneo, pois
contém temperaturas quentes e úmida, com chuvas constantes.
Já o relevo é bem diferenciado em relação ao de São Paulo que, na
verdade, é um planalto, enquanto Paraty fica em uma planície litorânea e a Serra do
Mar contém relevo irregular.
O tipo de vegetação da cidade é composta de Manguezais, Restingas e
Mata Atlântica.
Em Paraty, há um forte histórico no Morro da Vila Velha. É o Forte
Defensor Perpétuo, ele foi construído com o objetivo de proteger a cidade de
invasões piratas. Este forte é feito de pedra e é possível encontrar vestígios de
canhões. Foram construídas sete fortificações na baía de Paraty.
A importância da cidade no passado colonial era, principalmente o
comércio e a exportação do ouro, que era transportada pelo conhecido Caminho do
Ouro.
O Caminho do Ouro é uma estrada construída pelos escravos nos
séculos XVIII e XIX, a partir de trilhas feitas pelos índios Guaianazes. Está bem
preservado atualmente, pois se encontra envolto pela exuberância da Mata Atlântica
do Parque Nacional de Bocaína e passa por Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Então foi isso amiga! Espero que minhas explicações tenham sido
claras: da próxima vez você vem comigo, vai ser muito legal!
Beijos,
Rafaella
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