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REVISTA 4a. ed. 30.01.2017 - online

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Carta pessoal<br />

São Paulo, 21 de setembro de 2016.<br />

Cara Rosiane,<br />

No período dos dias 18 a 20 de agosto, nós, estudantes do 7º ano do<br />

CONSA, visitamos a cidade de Paraty, uma cidade litorânea de planície no Estado do<br />

Rio de Janeiro. Escrevo essa carta para contar um pouco sobre a viagem e a história<br />

da cidade.<br />

Durante o século XVIII, no auge do descobrimento do ouro no Brasil,<br />

em Minas Gerais, os portugueses precisavam de uma cidadã litorânea para levar o<br />

ouro até Portugal. Paraty, que é uma baía, foi escolhida por ser litorânea e próxima de<br />

Minas Gerais.<br />

Quando chegaram à Paraty, os portugueses se depararam com uma<br />

área habitada por índios guainás, que por ter uma área mais elevada, onde era<br />

possível observar quem chegava ao mar, a usaram para construir um forte. Nele se<br />

encontram até hoje três canhões que, na época, eram usados para enviar sinais de<br />

um forte para outro, até o Rio de Janeiro, para avisar sobre possíveis invasões. No<br />

forte também pode ser encontrada uma casa que era utilizada como quartel, havia<br />

um escritório e duas celas, uma masculina e uma feminina.<br />

O ouro vinha de Minas Gerais, seguia até Paraty através do Caminho do<br />

Ouro, uma trilha aberta pelos índios, a qual os portugueses passaram a utilizar para<br />

transportar o ouro e outras riquezas vindas de Minas Gerais. Atualmente, o<br />

calçamento do caminho é o mesmo feito pelos portugueses, conhecido como pé-demoleque,<br />

mas só se encontra esse caminho por lá, porque historiadores retiraram a<br />

terra que o cobriu com o tempo. O caminho fica na Mata Atlântica, uma formação<br />

vegetal com biodiversidade enorme e solo argiloso.<br />

Além da Mata Atlântica, em Paraty também se pode encontrar a Mata<br />

de Restinga, que tem solo arenoso e vegetação de pequeno porte, devido ao<br />

desmatamento. Ademais, há o manguezal, o berçário de animais marinhos.<br />

Falando em manguezal, durante a viagem, fomos a uma igreja que foi<br />

construída em um local onde havia um manguezal, a Igreja Nossa Senhora dos<br />

Remédios, que era só para homens “brancos”. Não só as igrejas, mas o centro<br />

histórico refletem características do final do século XVIII. Inclusive, algo muito<br />

interessante é que os mosaicos na fachada de algumas casa não eram apenas<br />

decoração, indicavam um grupo secreto de maçonaria existente em Paraty<br />

antigamente.<br />

Paraty é uma cidade litorânea, as casas são construídas para imp<strong>ed</strong>ir a<br />

maré de entrar. Também por isso o clima é tropical litorâneo, faz calor por lá o ano<br />

todo, até no inverno, quando fomos, não faz frio. Chove com certa frequência, chuvas<br />

orográficas, por conta da Serra do Mar que “contorna” Paraty.<br />

Bem, a viagem foi incrível, aprendi muito sobre a cidade e nós nos<br />

divertimos muito. Espero que você possa ter uma experiência como essa e também<br />

que tenha gostado do meu resumo da viagem e do que aprendi durante ela.<br />

Abraços,<br />

Gabriela Lustre<br />

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