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Fevereiro/2016 - Referência Industrial 171

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

prejudicada, porque se eles não aprendem, nunca vão<br />

recomendar”, desabafa Carlito.<br />

Na opinião de Everaldo Pletz, professor da UEL (Universidade<br />

Estadual de Londrina) e um dos coordenadores<br />

científicos do evento, a América Latina tem uma cultura<br />

voltada à construção com concreto. Mas o sul do Brasil,<br />

especialmente o Paraná, tem uma ligação um pouco mais<br />

forte com o material. Por isso, pesquisadores de outros<br />

países vão mostrar o que é feito ao redor do mundo, que<br />

pode servir de exemplo para os profissionais brasileiros.<br />

Na XV edição do Ebramem, o foco será na tecnologia<br />

e, dentro desse contexto, a proposta é abordar a questão<br />

da sustentabilidade. “Vamos mostrar que a opção pela<br />

madeira é a mais feliz de todas, porque o material contempla<br />

a sustentabilidade em todos os seus aspectos. Ela<br />

também é um material que pode se compatibilizar com<br />

outros. O grande problema é o desconhecimento. Queremos<br />

desfazer esse preconceito e emocionar o arquiteto e<br />

o engenheiro, mostrando a beleza que o material oferece.<br />

Essa união de forças vai ser importante para, aos poucos,<br />

fazermos essa transformação e abrirmos espaço para a<br />

madeira”, aponta Everaldo.<br />

Ele também cita que a madeira é o material do futuro,<br />

porque tem forte vocação para industrialização. Na opinião<br />

dele, não é possível pensar em industrializar a construção<br />

civil sem incluir a madeira. Christine Laroca, professora<br />

da Utfpr (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e<br />

coordenadora científica do Ebramem, reforça a opinião dos<br />

professores e avalia que as universidades não incentivam<br />

a pesquisa e o ensino nessa área. Por isso, ela destaca que<br />

o encontro é importante para que as universidades vejam<br />

o que existe de novo, o que está sendo feito em outros<br />

países e as inúmeras possibilidades de uso. Assim, poderão<br />

ampliar a pesquisa dentro da academia para formar novos<br />

arquitetos e engenheiros com conhecimento técnico para<br />

projetar em madeira.<br />

“Fora do Brasil é difícil encontrar uma casa de alvenaria,<br />

mas aqui ainda estamos engatinhando. Precisamos<br />

muito mais. Poucas pessoas sabem, por exemplo, que<br />

podemos projetar casas muito mais confortáveis do ponto<br />

de vista acústico e térmico. Temos que atuar nas três áreas<br />

- pesquisa, ensino e extensão -, para mudar essa realidade.<br />

O arquiteto e o engenheiro é que vão convencer o consumidor.<br />

Eles precisam conhecer as propriedades para poder<br />

indicar”, declara Christine.<br />

Para incentivar o projeto e a pesquisa nessa área e<br />

chamar a atenção das universidades, o Ebramem vai promover<br />

ainda um concurso em arquitetura da madeira, com<br />

uma versão para profissionais e outra para estudantes. “O<br />

evento em Curitiba é uma grande conquista. Vamos tentar<br />

retomar a história do Paraná em relação à madeira. Vai ser<br />

um marco”, completa a professora.<br />

Informações adicionais você encontra no site oficial do<br />

evento: www.ebramem.com.br.<br />

Foto: divulgação<br />

46 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br

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