Fevereiro/2016 - Referência Industrial 171

tempo de cura é fundamental para preservativos e produto
base óxido. É durante a cura que os princípios ativos presentes
nas formulações dos preservativos fixam-se às fibras da
madeira.
Produtores de pimenta só devem utilizar estacas de madeira
tratada, nas áreas de cultivo, após o completo processo
de fixação dos ingredientes ativos na madeira tratada. Assim,
fica preservada a integridade fitossanitária das plantas
e assegurado o melhor desempenho estrutural do conjunto
de sustentação.
Determinadas práticas podem se mostrar prejudiciais
à saúde das mudas das pimenteiras recém-transplantadas.
É o caso, por exemplo, da aplicação de produtos químicos
como o óxido de cálcio (cal extinta) na base do mourão tutor.
O produto pode reagir com a presença de água e provocar
lesões por queimadura nas folhas das plantas jovens prejudicando
seu estágio de desenvolvimento.
O emprego da madeira tratada por processo industrial
em atividades agropecuárias é perfeitamente assegurado
a partir das prescrições descritas nas normas técnicas NBR
9480 – Peças roliças de eucalipto para construções rurais –
Requisitos; e NBR 16.143 – Preservação de madeiras – Sistema
de categorias de uso, para o tratamento adequado e em
conformidade com cada finalidade desejada. A utilização
dos preservativos nas retenções definidas para a condição
de exposição, bem como o respeito rigoroso ao tempo necessário
à cura completa das peças que saem da autoclave
são pré-requisitos para que se obtenha o melhor desempenho
do cultivo. Plantadores da pimenta-do-reino têm manifestado
reconhecimento pelo bom desempenho das estacas
de madeira tratada, que constituem nada menos do que a
principal opção ao uso de espécies nobres cada vez mais raras
e caras.
Jackson Vidal,
Químico da Montana Química S.A.
Silvio Lima,
Gerente comercial da Montana Química S.A.