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Dezembro/2015 - Revista VOi 126

Grupo Jota Comunicação

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• HISTÓRIAS<br />

H ISTÓRIAS<br />

cURITIBANAS<br />

Sete anos... é tradição<br />

Enfeites, luzes, árvores,<br />

toalhas, guirlandas.<br />

Esses são alguns exemplos<br />

de decoração, que<br />

todos os curitibanos seguem<br />

à risca. Ou quase<br />

todos. Roberta, personagem<br />

desta história, não.<br />

Para ela, o Natal não<br />

tinha tanta importância<br />

como para a maioria<br />

das pessoas. Ela havia<br />

se mudado, saído da<br />

casa dos pais há mais<br />

ou menos três meses,<br />

e não tinha nem panelas<br />

em casa, quem dirá<br />

enfeites de Natal. Ela<br />

nem pensou em comprar<br />

qualquer decoração,<br />

nem mesmo um enfeite<br />

na porta.<br />

Mas esta resistência<br />

estava para ser vencida.<br />

Assim que Roberta<br />

chegou na casa de sua<br />

mãe, Dona Jaquelinne,<br />

que era a animação em<br />

pessoa, aquela que contagia a todos com sua empolgação<br />

com o Natal e faz quase com que os outros acreditem em<br />

Papai Noel, viu a casa inteira linda, iluminada, decorada.<br />

Mas nada. Roberta falou: “E daí? Eu não quero decorar a<br />

minha casa”. Assim que Dona Jaquelinne ouviu isso surtou.<br />

“Como isso, menina? Tem que enfeitar a casa, sim. Amanhã<br />

nós vamos até o Centro de Curitiba comprar, pelo menos,<br />

uma árvore para sua casa.”<br />

Roberta ainda tentou argumentar, mas não teve jeito.<br />

Dona Jaquelinne estava decidida. No dia seguinte, lá foram<br />

as duas atrás de árvores,<br />

enfeites e luzes. Rodaram<br />

a Rua XV, entraram em<br />

todas as lojas, mas nada<br />

agradava a filha. Enquanto<br />

isso, Dona Jaquelinne<br />

ficava maravilhada com<br />

a decoração nas vitrines<br />

e comprava todos os enfeites<br />

que podia. No final<br />

do dia, Roberta estava<br />

cansada da via-sacra e<br />

Dona Jaquelinne cheia de<br />

sacolas. Roberta não havia<br />

comprado um alfinete<br />

vermelho sequer. Foram<br />

embora, Dona Jaquelinne<br />

animadíssima para enfeitar<br />

a casa com as novidades<br />

que havia comprado e<br />

Roberta crente que estava<br />

livre da decoração.<br />

Roberta resolveu visitar<br />

uma amiga depois do<br />

dia sem compras e quando<br />

chegou em sua casa,<br />

teve uma surpresa. Sua<br />

mãe havia enfeitado toda<br />

a casa: uma árvore linda com muitos enfeites, iluminada,<br />

tinha até neve artificial.<br />

Roberta ficou emocionada, até chorou, adorou sua<br />

casa toda natalina e, ainda, aliviada porque não teve<br />

esforço algum.<br />

Entretando Dona Jaquelinne avisou: “depois que monta<br />

a primeira vez, tem que montar sete anos seguidos. É a<br />

tradição.” Mal sabia ela que o espírito de Natal havia contagiado<br />

a filha Roberta, que nunca mais deixou de enfeitar<br />

a casa durante as festividades de final de ano.<br />

Ilustração: Fernanda Domingues<br />

DEZEMBRO 97

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