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Diretor-Geral para Espanha e Portugal da Cooper Tire<br />
Com mais de um século<br />
de existência, a Cooper<br />
Tire tem as suas origens<br />
em 1914, quando, em<br />
Akron, no estado norte-americano do Ohio,<br />
os cunha<strong>dos</strong> John F. Schaefer e Claude E.<br />
Hart formaram uma empresa para produzir<br />
remen<strong>dos</strong> de pneus e kits de reparação. Mais<br />
tarde, adquiriram a The Giant Tire & Rubber<br />
Company e, logo depois, transferiram o seu<br />
negócio para Findlay, também no Ohio.<br />
Hoje, a Cooper Tire é um <strong>dos</strong> mais conceitua<strong>dos</strong><br />
fabricantes de pneus à escala global. A<br />
qualidade <strong>dos</strong> seus produtos é colocada à<br />
prova em diversas categorias do desporto<br />
automóvel e o estatuto de premium que conquistou<br />
não foi por acaso. Disso mesmo nos<br />
deu conta Marcos Fernández, diretor-geral<br />
para Espanha e Portugal da Cooper Tire, numa<br />
entrevista que publicamos na íntegra.<br />
Antes de mais, quer fazer-nos uma breve<br />
descrição da história recente da Cooper<br />
Tire no mercado ibérico?<br />
Desde que chegámos à Península Ibérica,<br />
conseguimos fortalecer a empresa entre os<br />
consumidores através de uma imagem de<br />
marca premium e de excelentes serviços e<br />
produtos, que respondem às necessidades <strong>dos</strong><br />
automobilistas, sempre com uma extraordinária<br />
relação qualidade/preço. Paralelamente<br />
ao prestígio mundial da nossa gama 4x4,<br />
conseguimos colocar as restantes gamas<br />
de que dispomos num elevado patamar de<br />
reconhecimento no merca<strong>dos</strong> de Espanha<br />
e Portugal.<br />
Em sua opinião, como está o mercado de<br />
pneus (ligeiros e pesa<strong>dos</strong>) na Península<br />
Ibérica?<br />
Com a dureza da longa crise que temos<br />
vivido em toda a Europa, especialmente<br />
em Espanha e Portugal, as vendas de pneus<br />
caíram para níveis nunca antes vistos. A recuperação<br />
do mercado tem sido tão lenta<br />
quanto a saída da crise. Este ano, as vendas<br />
começaram a crescer em ritmos anteriores à<br />
crise. No entanto, recentemente, o mercado<br />
evidenciou uma certa desaceleração devido<br />
a diversas causas, como o aumento do preço<br />
das matérias-primas, a libertação de stock ou<br />
as várias incertezas políticas.<br />
Como descreve a atual gama de pneus para<br />
veículos leves e pesa<strong>dos</strong> da Cooper Tire?<br />
A Cooper Tire oferece uma gama completa<br />
de pneus para automóveis de passageiros,<br />
4x4 e van. Os nossos pneus oferecem elevado<br />
desempenho, que tem sido reconhecido<br />
por testes de entidades independentes<br />
ou revistas profissionais, ainda maiores do<br />
que as de outros grandes fabricantes.<br />
Da qualidade de nossos produtos, fruto de<br />
um enorme trabalho de pesquisa e desenvolvimento,<br />
podemos citar a presença de<br />
campeões tão prestigia<strong>dos</strong> como Xavi Foj e<br />
David Coulthard, embaixadores das nossas<br />
gamas 4x4 e turismo, respetivamente. Ambos<br />
estão, também, bastante envolvi<strong>dos</strong> no desenvolvimento<br />
de novos produtos. Desta forma,<br />
os consumidores podem encontrar nas nossas<br />
gamas o pneu que se adapta perfeitamente<br />
às suas necessidades.<br />
Em termos gerais, quais são os fatores<br />
que mais condicionam (positivamente e<br />
negativamente) o mercado de pneus na<br />
Península Ibérica?<br />
Como referi anteriormente, o aumento do<br />
preço das matérias-primas, a libertação de<br />
stock e as incertezas políticas, afetaram negativamente<br />
o mercado. Positivamente, a renovação<br />
do parque automóvel, proporcionada<br />
pelo fim da crise, e a maior disponibilidade<br />
financeira das famílias, bem como as campanhas<br />
de ajuste de preços e as promoções que<br />
realizamos com os fabricantes, geram maior<br />
consciência sobre a importância <strong>dos</strong> pneus<br />
na segurança rodoviária.<br />
As marcas premium investem na qualidade<br />
e no desempenho <strong>dos</strong> pneus, mas o cliente<br />
final procura preço e, na maioria das vezes,<br />
não valoriza a qualidade do produto. O que<br />
podem os fabricantes premium fazer para<br />
inverter esta mentalidade?<br />
É obrigação do fabricante dar ênfase a importância<br />
de ter um produto de gama alta para<br />
garantir a máxima segurança rodoviária. Isso<br />
é fundamental. Mas, também, é necessário<br />
que o consumidor conheça e compreenda<br />
que o pneu é um tipo de produto altamente<br />
especializado. O setor sofre da incapacidade<br />
de comunicar os seus pontos fortes. Isso sempre<br />
aconteceu e devemos corrigi-lo. Para tal,<br />
é necessário contar com o envolvimento de<br />
to<strong>dos</strong> os players do setor: desde o fabricante ao<br />
canal de distribuição, passando pelo ponto de<br />
venda e pelas administrações públicas. Quanto<br />
ao preço, as margens já estão severamente<br />
ajustadas, pelo que não existe muito espaço<br />
de manobra para os reduzirmos ainda mais.<br />
A que se deve a entrada de tantos pneus<br />
chineses no mercado ibérico? Como pode<br />
esta situação ser alterada?<br />
Sem dúvida. Esta situação saiu reforçada pela<br />
guerra de preços desencadeada na sequência<br />
da crise económica. Situação esta que abriu<br />
a porta à chegada massiva de produtos mais<br />
baratos. Mas também convém não esquecer<br />
que com muito menor qualidade e menos<br />
eficazes. Além disso, a imposição de tarifas<br />
impostas pelos EUA sobre a importação desses<br />
pneus do sudeste asiático, que desviaram o<br />
seu destino para merca<strong>dos</strong> norte-americanos<br />
menos intervencionistas, também tem a sua<br />
quota-parte de influência. u<br />
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